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A preocupação do agricultor Amaro Xavier de Almeida, 67 anos, o seu Babau da microbacia Rio Doce, em São João da Barra, Região Norte, com alimento para o gado acabou. Neste inverno ele vai colher aproximadamente 80 toneladas de cana do projeto de plantio de cana forrageira, incentivado pelo Rio Rural, da secretaria estadual de Agricultura. No ano passado o agricultor foi beneficiado pelo programa com R$ 3.500 para o cultivo de cana para alimentar o gado na seca do inverno.

- Eles me disseram o tipo de cana que eu tinha que plantar para alimentar o gado e aqui nessa terra arenosa a cana se deu muito bem, está linda, e os testes já mostraram que está madura e boa para o gado - revela, animado, o agricultor sobre a cana que cresceu quase quatro metros.

Amaro tem seis vacas produzindo leite atualmente, mas duas estão para parir e com isso ele aumenta a produção de leite e a demanda por ração, já que o pasto está seco e, como a terra onde vive é arenosa, o capim não cresce o suficiente. Ele espera que esse ano a produção de leite de aproximadamente quatro litros por vaca não caia, já que não vai haver racionamento de alimento. Assim como o leite, a família de Amaro também vende queijo, na própria localidade onde vive.

Como a seca em geral dura menos de oito meses, Amaro está pensando em vender mudas de cana para os vizinhos que desejarem investir em alimento para o gado.

- Se eu não vender, a cana acaba ficando ruim - disse o pecuarista, que mantem em sua propriedade uma pequena reserva de restinga.

- Nunca mexi nesse mato, ele é sagrado - finaliza.

                                                                               EMATER-RIO