Como adotar a IATF em gado de leite?

Estima-se que em 2010 foram comercializados 5,5 milhões de protocolos de IATF (Inseminação Artificial em Tempo Fixo), enquanto foram comercializadas cerca de 10 milhões de doses de sêmen. Ou seja, praticamente 50% das inseminações artificiais realizadas em 2010 foram na forma de IATF e, especialmente, em gado de corte. A estação de monta, comumente utilizada em gado de corte racionaliza o manejo nutricional e permite a formação de lotes homogêneos, em termos de mês de parição e escore da condição corporal, de forma que a IATF pode ser aplicada em vacas de maior fertilidade potencial (paridas no primeiro mês da estação de parição e com condição corporal boa), permitindo excelentes resultados em termos de taxa de gestação. Em gado de leite, por outro lado, os partos ocorrem ao longo do ano e muitas vezes a alimentação varia entre as épocas do ano. E você, qual é a sua opinião sobre a IATF em gado de leite? Quais fatores devem ser observados para a viabilidade da técnica?

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Respostas

  • CARO SIDNEY, PARABÉNS POR SUA INICIATIVA.

    PRECISAMOS DE MAIS RELATOS DE SUCESSO COMO O SEU.

    FINALIZAMOS NOSSA PESQUISA POR DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO POR ULTRSSON NO REBANHO QUE FOI IMPLANTADO O PROGAMA DE MELHORAMENTO GENÉTICO COM AUXÍLIO DA IATF. FECHAMOS COM MÉDIA DE 53% DE PRENHÊS NA PRIMEIRA INSEMINAÇÃO E SE CONSEDERARMOS A 2ª IA FECHAMOS COM MAIS DE 72%. ESTA PESQUISA NOS MOSTROU UM CAMINHO, O DE FOCARMOS CADA DIA MAIS NESTA TECNOLOGIA PARA MELHORARMOS OS GARGALOS APREESENTADOS NO PRIMEIRO ANO DO PROJETO. PARA 2012 DESEJAMOS MELHORAR NOSSA PORCENTAGEM DE PRENHÊZ À 1ª IA PARA COM ISSO REDUZIRMOS O INTERVALO ENTRE PARTOS DO REBANHO LEITEIRO DOS NOSSOS COOPERADOS. 

  • Amigos,

    Que bom o Leonardo ter provocado novamente a discussão.

    Pois eu tenho algumas novidades.

    Sou produtor de leite e já havia percebido a necessidade de tecnificar a produção de leite.

    Iniciei a inseminação artificial no rebanho (vendi o touro) e quase que simultaneamente comecei a utilizãção da IATF.

    Pois é, o primeiro ciclo que fiz foi dia 23 de novembro de 2011. Realizei o ciclo orientado pelo veterinário. Foi cheio de detalhes mas tudo bem anotado foi como seguir uma receita de bolo. Inseminei as vacas com o semen do touro holandez Mr Neon.

    O procedimento foi feito em 4 vacas. Destas 3 emprenharam na primeira vez. A quarta repeti a inseminação 17 dias depois. Agora parece que está prenha também.

    Se minhas impressões estiverem certas será muito interessante. Já tenho planejada a proxima bateria para daqui 2 meses. Em março faço em mais 10 animais.

    Acho que temos que tentar sempre usar tecnologia para melhorar nossa produção e procurar o sucesso na atividade.

    Qualquer dúvida que eu puder ajudar estou a disposição.

    Moro em Goiânia e a propriedade fica próximo a Jandáia.

  • A reportagem do Globo Rural, disponível no link abaixo, auxilia nesta discussão:

    IATF aumenta produção de carne e leite



  • Sydney,

     

    Se quiser me enviar o link com as explicações sobre o produto posso tentar ajudar.

    Na minha experiência nunca utilizei testes rápidos pra disgnóstico de gestação em bovinos.

     

    Atenciosamente,

    Carolina

    Sidney Alves Bastos disse:

    Carolina,

     

    estas considerações foram muito importantes. Vou procurar um profissional para me auxiliar. Quanto aos testes de laboratório para o diagnóstico de prenhês, tem alguma opinião? Qual será o motivo que nenhuma pessoa fala deles? Será que não é verdade? Será que é propaganda enganosa?

    Se colocar no google diagnóstico prenhês bovinos aparece um monte deste teste para comprar.

     

    Tenho que saber mais sobre isso.

  • Carolina,

     

    estas considerações foram muito importantes. Vou procurar um profissional para me auxiliar. Quanto aos testes de laboratório para o diagnóstico de prenhês, tem alguma opinião? Qual será o motivo que nenhuma pessoa fala deles? Será que não é verdade? Será que é propaganda enganosa?

    Se colocar no google diagnóstico prenhês bovinos aparece um monte deste teste para comprar.

     

    Tenho que saber mais sobre isso.

  • Boa Tarde!

     

    Gostaria apenas de indicar alguns fatores que devem ser considerados para definição de um protocolo de IATF.

    Cada um destes fatores tem impacto na escolha do protocolo hormonal mais indicado e consequentemente dos resultados obtidos:

    1. Raça

    2. Produção leiteira

    3. Categoria (novilhas, vacas primíparas, vacas multíparas ou solteiras)

    4. Sistema de produção (free stall, leite a pasto)

    5. época do ano

    6. ciclicidade (animais ciclando ou em anestro)

    7. escore de condição corporal dos animais

    8. condição das pastagens

    9. Dias pós-parto dos animais no momento do tratamento

    10. Manejo pré-parto

     

    Todos estes fatores influenciam nos resultados de um tratamento hormonal para inseminação artificial em tempo fixo (IATF) e devem, portanto, ser considerados quando da definição do tratamento a ser utilizado em cada fazenda.

    O protocolo é apenas parte da estratégia que deve estar ligada ao manejo da fazenda como um todo.

    Por isso a importância de buscar ajuda com profissionais especializados.

    Quando utilizada sem instrução a técnica pode ser mais onerosa do que funcional, mas quando bem utilizada ela permite aumentar a eficiência reprodutiva e produtiva da propriedade, pois permite:

    * Eliminar a barreira da deficiência na detecção de cio da fazenda, permitindo a inseminação de todos os animais em tempo pré-programado;

    * Concentrar o manejo, reduzido custo e otimizando o uso da mão de obra;

    * Concentrar a produção leiteira em épocas de maior interesse;

    * Concentrar a parição, gerando lotes mais uniformes;

    * Reduzir o intervalo entre partos, reduzindo o período de anestro pós-parto dos animais, entre outras.

     

    Sobre o diagnóstico de gestação precoce, concordo ser uma grande ferramenta para melhorar o desempenho do rebanho. O uso do ultrassom no diagnóstico de gestação permite que o mesmo seja realizado a partir de 21 dias após a inseminação. Já a palpação retal pode ser realizada geralmente a partir de 40 / 45 dias após a inseminação artificial.

    A partir do diagnóstico nova estratégia pode ser iniciada, acelerando o manejo reprodutivo.

     

    Espero ter ajudado.

     

     

  • O tema veio de encontro a minhas necessidades.

    Estou estudando para implantar a IATF em minhas vacas de leite.

    Algumas vantagens:

    Previsibilidade, formação de lotes homogeneos, férias planejadas.

    Percebi aqui no grupo que uma das maiores inovações tecnológicas para o gado de leite foi o aprimoramento da inseminação artificial. Fiz o curso e algumas adaptações em minha estrutura. Vendi meu touro, pois ele ficava mais no vizinho do que trabalhando para mim. Mas uma das coisas mais dificeis ainda continua acontecendo que é a detecção do cio. Então o controle com os protocolos poderá ajudar bastante. Sei que 50% de prenhês não é o que eu gostaria, mas vou começar a trabalhar com estes números. Tenho que melhorar meus índices, pois usando o Lactus (embrapa) para monitorar meu desemprenho fiquei assustado com os indicadores. Tenho que reduzir o periodo entre partos e o periodo que elas ficam vazias.

    Quem tiver conhecimento dos protocolos poderia nos descrever os principios básicos para que possamos estabelecer metas.

    Um desafio que vou lancar é o diagnostico da gestação. Tenho visto que existe um exame que pode ser comprado na internet. Com um bom diagnostico posso executar os protocolos mais rapidamente e melhorar o desemprenho do rebanho.

     

     

  • Achei muito pertinente o tema, uma vez que em nossa região (Governador Valadares-MG) estamos desenvolvendo um Projeto de difusão da IATF junto a Cooperativa Agropecuária Vale do Rio Doce. De janeiro até final de setembro foram realizados (Escriturados) 3054 IATF. No último mês iniciamos, de forma amostral, realização de Diagnóstico por palpação retal e por Ultrasson. Chegamos preliminarmente a 376 Diagnósticos, e, não contrariando as pesquisas realizadas a nível de Brasil, chegamos exatamente a 188 prenheses (50%). Este número nos deixou muito felizes e nos mostrou que estamos no caminho certo, mas que ainda temos que melhorar alguns pontos. A taxa de observação de cio ficou em 30,32% (57) e a porcentagem de prenhes após observação de cio com touro de repasse e/ou IA foi de 94,78% (54). Esta média de prenhes quando somada ao repasse após IATF nos deu uma porcentagem 64,3%. Ressalvo que a média de produção de nossas vacas não é alto, podendo desta forma ter contrubuído de alguma forma para o resultado. O protocolo preconizado foi com a utilização de eCG no dia da retirada do dispositivo e GnRH na hora da inseminação.
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