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  • Gilson Antonio Pessoa Novembro 25, 2011 14:23

    1 - O selenio em femeas tem por função na formação dos ovócitos e na maturação dos folículos que promoveram a ovulação, pela ação da enzima Glutationa peroxidase, que é vital para a proteção da membrana lipídica dos ovócitos, para que não sofra perioxidação pelos radicais livres, que causa a ruptura da membrana e danos graves irreversíveis. A sua ação evita os cistos ovarianos, que são folículos que não ovularam e causam problemas reprodutivos nas vacas. Trabalhos realizados nas Universidades da California e Michigan demonstram que a suplementação intramuscular de Se (0,05 mg/ kg de peso vivo). Os picos de concentração de selênio no sangue e no soro ocorreram nas primeiras 5 horas após a aplicação no grupo tratado (respectivamente, 0,131 ug/ml e 0,154 ug/ml). A concentração de Se caiu após 5 horas e permaneceu abaixo da concentração adequada (0,10 ug Se/ml de sangue) pelo restante do estudo. Com isto eles demonstraram que o Se injetável só conseguiu suplementar o Se sanguíneo por algumas horas, após o que os níveis voltaram à deficiência novamente. Sendo assim, parece que uma ou duas injeções de selênio não conseguem manter concentrações adequadas de Se no sangue de vacas e novilhas prenhes. É essencial o fornecimento de dietas (concentrados) com níveis suficientes de selênio diariamente. Esta situação parece ser mais crítica para vacas a pasto, que não tem acesso a concentrados.

    No entanto atualmente há diversas marcas conceituadas no mercado de sal mineral. Assim em vacas a pasto recomendo além dos 3% usado no concentrado deve ser disponibilizado um sal mineral apropriado para vacas lactantes ou secas sob regime de pastejo.

    2- O cálcio deve ser administrado no pós parto em caso de vacas hipocalcemicas e não no pre parto. Logo não interferiria na dieta anionica. Porem afirmo novamente que a vacas com um bom pré parto serão raros os casos de retenção de placenta, metrite, endometrite e hipocalcemia. Afirmo com certeza porque além de atuar como médico veterinário com rebanhos leiteiros, sou também produtor.

    É importante que o Sr formule e cálcule da dieta anionica sob as condições de sua pastagem, do alimento que dispõe na propriedade. O uso de um sal mineral anionico de boa qualidade certamente será de extrema importância.

  • pedro cunha Novembro 25, 2011 12:20

    ola gilson tudo bem? vc falou que importante uma dieta com selenio qual a quantidade ideal para fornecer para uma ua
    e a aplicaçao de calcio nao prejudica a dieta anionica?
    Gilson Antonio Pessoa disse:

    A metrite é caracterizada como uma infecção pós puerperal até 14 dias pós parto. A partir dos 14dpp denomina-se endometrite. A metrite tem como sinais clínicos aumento temperatura corporal,  presença de conteúdo piosanguinolento e odor fétido na vulva, apatia, anorexia. Geralmente cursa após retenção de placenta.

    Como método diagnóstico no exame ginecológico completo pode se usar a vaginoscopia, palpação retal. O uso do Metricheck (Simcro, New Zealand) também pode auxiliar no diagnóstico.

    http://www.drostproject.org/en_bovrep/1-3/itemtop34.html

     

    J Dairy Sci. 2009 Nov;92(11):5429-35.

    Evaluation of the Metricheck device and the gloved hand for the diagnosis of clinical endometritis in dairy cows.

    Pleticha S, Drillich M, Heuwieser W.
    O tratamento da metrite deve priorizar o tratamento sintomático como controle da hipertermia, desidratação e toxemia quando houver.
    O uso de anitinflamatórios não esteroidal é indicado, bem como a antibioticoterapia a base ceftiofur e cipionato de estradiol para auxiliar na contração uterina. Além disso em vacas hipocalcêmicas a aplicação de CaMg endovenosa é indicada. Alguns protocolos também recomendam a drenagem do conteúdo e a lavagem uterina com solução fisiológica.
    Como método preventivo é recomendado um pré-parto adequado com niveis exigencia de selenio, ADE, e dieta aniônica para evitar a retenção de placenta.
  • Kolowyskys Silva de Alencar Dant Novembro 24, 2011 21:53

    Gostaria de parabenizar aos colegas que nos antecederam pela riqueza das respostas proferidas. O que gostaria de acrescentar, e que faz parte da nossa rotina, seria a inclusão no tratamento, de medicamentos à base de Oxitetraciclina, na antibioticoterapia, e também o uso de PGF2@(Prostaglandina). Gostaria de ressaltar também a importância de um bom peri-parto, fase esta, que se bem sucedida, poderá predizer sobre a saúde geral e reprodutiva da matriz. Leia-se nesta fase, a importância de uma boa ambiência e dietas formuladas corretamente.

  • pedro cunha Novembro 14, 2011 18:14

    muito obrigado gilson vou começar a melhorar a parte pre parto

    obrigado

    Gilson Antonio Pessoa disse:

    A metrite é caracterizada como uma infecção pós puerperal até 14 dias pós parto. A partir dos 14dpp denomina-se endometrite. A metrite tem como sinais clínicos aumento temperatura corporal,  presença de conteúdo piosanguinolento e odor fétido na vulva, apatia, anorexia. Geralmente cursa após retenção de placenta.

    Como método diagnóstico no exame ginecológico completo pode se usar a vaginoscopia, palpação retal. O uso do Metricheck (Simcro, New Zealand) também pode auxiliar no diagnóstico.

    http://www.drostproject.org/en_bovrep/1-3/itemtop34.html

     

    J Dairy Sci. 2009 Nov;92(11):5429-35.

    Evaluation of the Metricheck device and the gloved hand for the diagnosis of clinical endometritis in dairy cows.

    Pleticha S, Drillich M, Heuwieser W.
    O tratamento da metrite deve priorizar o tratamento sintomático como controle da hipertermia, desidratação e toxemia quando houver.
    O uso de anitinflamatórios não esteroidal é indicado, bem como a antibioticoterapia a base ceftiofur e cipionato de estradiol para auxiliar na contração uterina. Além disso em vacas hipocalcêmicas a aplicação de CaMg endovenosa é indicada. Alguns protocolos também recomendam a drenagem do conteúdo e a lavagem uterina com solução fisiológica.
    Como método preventivo é recomendado um pré-parto adequado com niveis exigencia de selenio, ADE, e dieta aniônica para evitar a retenção de placenta.
  • Gilson Antonio Pessoa Novembro 10, 2011 10:51

    A metrite é caracterizada como uma infecção pós puerperal até 14 dias pós parto. A partir dos 14dpp denomina-se endometrite. A metrite tem como sinais clínicos aumento temperatura corporal,  presença de conteúdo piosanguinolento e odor fétido na vulva, apatia, anorexia. Geralmente cursa após retenção de placenta.

    Como método diagnóstico no exame ginecológico completo pode se usar a vaginoscopia, palpação retal. O uso do Metricheck (Simcro, New Zealand) também pode auxiliar no diagnóstico.

    http://www.drostproject.org/en_bovrep/1-3/itemtop34.html

     

    J Dairy Sci. 2009 Nov;92(11):5429-35.

    Evaluation of the Metricheck device and the gloved hand for the diagnosis of clinical endometritis in dairy cows.

    Pleticha S, Drillich M, Heuwieser W.
    O tratamento da metrite deve priorizar o tratamento sintomático como controle da hipertermia, desidratação e toxemia quando houver.
    O uso de anitinflamatórios não esteroidal é indicado, bem como a antibioticoterapia a base ceftiofur e cipionato de estradiol para auxiliar na contração uterina. Além disso em vacas hipocalcêmicas a aplicação de CaMg endovenosa é indicada. Alguns protocolos também recomendam a drenagem do conteúdo e a lavagem uterina com solução fisiológica.
    Como método preventivo é recomendado um pré-parto adequado com niveis exigencia de selenio, ADE, e dieta aniônica para evitar a retenção de placenta.
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