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Boa tarde a todos! Com o objetivo de direcionarmos nossa discussão gostaria de fazer alguns comentários sobre os aspectos técnicos do melhoramento genético para sólidos no leite.

Alguns trabalhos estimaram herdabilidades de 0,50 a 0,60, aproximadamente, para produção de proteína, gordura e lactose no leite em raças taurinas. Isso nos leva a pensar que seria possível obter ganhos em poucas gerações de seleção. É relevante citarmos que para as raças zebuínas existem poucos trabalhos publicados, sendo as estimativas de herdabilidade de aproximadamente 0,25 para os componentes específicos do leite. Portanto, é importante considerar também a correlação alta e negativa da produção de leite com o teor de sólidos, ou seja, haveria perdas indiretas em volume de produção se o objetivo de seleção fosse apenas para gordura e proteína.

Além da definição dos objetivos de seleção, o produtor poderia realizar cruzamentos entre as raças zebuínas especializadas para leite (mais rústicas e adaptadas; ex. Gir ou Guzerá) com raças taurinas que apresentam altos índices de produção de sólidos no leite (ex. Jersey, Pardo Suíço). Dependendo da região, em que está localizada a propriedade, é possível também o cruzamento entre duas raças taurinas distintas (ex. Jersey e Holandês), pensando em ganhos menores, porém, simultâneos, para volume e teor de sólidos no leite.

Associado ao melhoramento genético poderíamos citar alternativas que permitiriam o aumento no teor de sólidos do leite, como, por exemplo, a melhoria do manejo nutricional e sanitário adotado nas propriedades.

Pensando que incialmente os produtores ainda não recebam pagamento diferenciado por qualidade do leite, é possível que, assim como o Sidney a adoção de medidas simples que não onerem o sistema permitam antecipar as demandas de mercado, gerando futuro aumento da receita.

Obrigada a todos e um grande abraço!

Glaucyana.

P.s: Gostaria de pedir desculpas ao Paulo César e ao Evanilton pela inversão dos nomes no post de 31 de agosto do fórum anterior.