A seca no semi árido nordestino está durando mais de um ano, e nós estamos vendo os impactos que estão causando na pecuária dessa região. Eu quero propor uma discussão sobre quais tecnologias hoje a Embrapa e demais centros de pesquisa estão desenvolvendo para orientar os sertanejos a passarem por esses períodos de seca brava, como foi de 2012 para 2013. Abaixo está um vídeo, no G1, mostrando a recuperação da palma forrageira, que foi dizimada pela cochonilha e através da pesquisa está sendo lançado novos cultivares tolerantes a essa praga.
Para adicionar comentários, você deve ser membro de Rede de Pesquisa e Inovação em Leite.
Respostas
Prezado Angelo, a discussão é bem interessante, novas tecnologias adaptadas ao semi-árido são sempre muito bem vindas. Penso que um ponto importante que deve ser considerado é a utilização de plantas nativas do semi-árido (são muitas espécies por sinal) para serem utilizadas na alimentação animal.
Essa é uma boa discussão. Estou vivendo essa situação com mais intensidade nesses últimos três anos. A Seca, dizimou nosso rebanho, nossas lavouras, nossas pastagens, e para recuperar será necessário além do tempo, uma grande soma de esforços. O que depende de decisão politica, é demorado e decidido nos gabinetes, muitas vezes por gente que nunca viu uma vaca, quanto mais o que significa conviver com a seca. Nossas alternativas, tem que ser com as culturas que resistem a falta de chuvas - algaroba, palma, mandioca brava e aproveitamento de subprodutos disponíveis em cada região - resíduos de frutas, caroço de algodão, ração de Ouricuri, enfim é preciso alinhar a disponibilidade com os recursos de quem pode ao menos pagar o frete. Essas maquinas distribuídas de forma eleitoreira pelo PAC, deveriam estar a disposição dos produtores para abrir poços, fazer barreiros para retenção das aguas de chuvas, construir pequenas barragens, indiscriminadamente, desde que priorizadas as regiões mais criticas e com pessoal técnico para saber definir os locais que permitam essas construções com eficiência.
Obrigado Luiz Gustavo!!!
Bom saber que estão desenvolvendo tecnologias para contornar essa situação. Achei interessante o desenvolvimento de cultivares de milho adaptado as condições do semi árido.
Essa semana mesmo tive a informação que a Embrapa também lançou uma nova cv de Brachiária, a BRS Paiaguás, que também é tolerante a seca.
Prezado Ângelo,
Parabéns pela iniciativa do fórum. Ao menos parece que a chuva está chegando ao sertão.
A Embrapa Gado de Leite tem um núcleo regional instalado em Aracaju e vem desenvolvendo pesquisas e transferência de tecnologias relacionada à convivência com a seca em parceria com as unidades da Embrapa do Nordeste (Embrapa Semiárido, Caprinos e Ovinos, Meio Norte, e Tabuleiros Costeiros) e outras instituições. Estamos desenvolvendo projeto de pesquisa relacionado a alternativas forrageiras para sistemas de produção de leite no nordeste. Temos trabalhado com a avaliação de genótipos de milho, sorgo e milheto com intuito de indicar os materiais mais adaptados a cada região.
Alguns links com os resultados:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1807-86722013000100003&scr...
http://www.scielo.br/pdf/abmvz/v62n6/v62n6a19.pdf
http://www.univasf.edu.br/~tcc/000001/000001E9.pdf
Temos trabalhado na busca por alimentos alternativos produzidos em condições semiárido, com destaque para: mandioca e subprodutos, cactáceas, algaroba, mucilagem e subprodutos do sisal. Como resultado iremos disponibilizar uma tabela de composição de alimentos e um software de formulação de dietas para vacas de leite adaptado às condições do nordeste.
Outras tecnologias que a Embrapa tem participação são:
Barragem Subterrânea
http://www.alice.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/339434/1/OPB1522.pdf
Programa Água Doce:
http://www.mma.gov.br/agua/agua-doce