O uso de marcadores está aumentando, paralelamente o número de informações sobre sua importância.

       Primeiramente pontuamos que é eficaz, dependendo da característica. Os marcadores são utilizados para identificar os animais que têm um gene ou conjunto de genes que são expressos através de uma característica fenotípica, produtiva ou quantitativa como a beta-caseína, que é alérgica para algumas pessoas.

       São fantásticos os resultados dos melhoramentos utilizando os marcadores, mas não é só as metodologias que ajudam; dependem de um programa de melhoramento bem executado.

       Há também a questão financeira, afinal há genes que correspondem ao melhoramento de 3% na produção, o que em minha opinião, não justifica seu uso. Para aumentar a produção de gado leiteiro, os fatores nutrição, sanidade e manejo pesam muito.

       Também é possivél o uso de marcadores para selecionar animais que não transmitam doenças genéticas como o BLAD (Bovine Leucocyte Adhesion Deficiency) encontrado em animais holandeses entre outros.

       Em fim é uma ótima ferramenta, caso seja empregada NO AUXILIO de programas de melhoramento.

 

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Respostas

  • Olá Glaucyana e Mérik,

    Eu adicionaria à lista de técnicas que permitem avaliaçào genética com base em marcadores aquela que é a mais popular no momento: a seleção genômica.

  • Olá Mérik!

    Obrigada por compartilhar sua opinião e suscitar discussão a respeito da utilização de marcadores moleculares como ferramenta dos programas de melhoramento genético.

    É possível usar informações de marcadores moleculares com o objetivo de auxiliar o processo de seleção, visando o aumento do ganho genético em programas de melhoramento e, principalmente, para aquelas características com baixa resposta à seleção tradicional. Por exemplo, podem-se citar características de baixa herdabilidade, de difícil mensuração (expressas tardiamente) ou limitadas pelo sexo, como a produção de leite.

    A eficiência de um marcador depende de fatores como a característica a qual está relacionado, a raça, na qual foi identificado, e às diferenças existentes entre indivíduos. Grande parte dos estudos, em gado de leite, foram conduzidos em raças taurinas, dessa forma, são necessários estudos de genotipagem em populações representativas das raças zebuínas para identificar possíveis marcadores a serem utilizados de forma confiável em programas de melhoramento.

    Existem marcadores moleculares identificados em diversas raças, como: kappa-caseína (alelo B – menor tempo de coagulação e maior rendimento para a produção de queijo), beta-lactoglobulina (alelo A – maior produção de leite e maior teor proteico/ alelo B – maior teor de gordura e maior rendimento para a produção de queijo), DGAT1 (alelo A – maior produção de leite e maior teor proteico/ alelo B – maior teor de gordura no leite e maior marmoreio da carcaça), para características produtivas, e outros marcadores relacionados à expressão de doenças como BLAD (Deficiência de Adesão Leucocitária), CVM (Complexo de Má Formação Vertebral), DUMPS (Deficiência de Uridina Monofosfato Sintase). Dados de alguns marcadores moleculares já estão disponíveis em sumários de touros, como os publicados pela Embrapa, para as raças Gir, Holandês, Guzerá e Girolando.

    Quanto à beta-caseína, estudos indicaram que o surgimento do alelo A1 em bovinos ocorreu devido a uma mutação. Um dos produtos finais após a digestão da beta-caseína A1 no trato gastrintestinal humano, está relacionado a várias doenças, como a alergia. A frequência do alelo A1 é maior em raças taurinas como a Holandesa e Pardo-Suíço, intermediária na raça Jersey e muito baixa na raça Guernsey. Esse trabalho está disponível no link: http://www.aptaregional.sp.gov.br/index.php/component/docman/doc_vi....

    Portanto, os marcadores moleculares podem ser utilizados como ferramenta em programas de melhoramento genético, associados às informações fenotípicas levantadas a campo.

    P.s: Segue o link da publicação da Dra. Maria Gabriela sobre o nosso tema. Link: http://www.cileite.com.br/panorama/qualidade36.html.

    Um abraço,

    Glaucyana.

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