Venho levantar uma questão muito discutida no meio leiteiro onde existem correntes de pensamentos variadas e distintas.

Gostaria de discutir sobre os melhores cruzamentos a serem utilizados para regime de pastejo rotacionado irrigado e adubado com baixa oferta de concentrados. Temos observado situações diversas, desde o criador de holandês puro até o criador de gir puro, em ambos os casos observa-se pontos positivos sendo a principal divergência entre estes modelos a oferta de concentrados e manejo sanitário, fatores diretamente ligados à complexidade e, consequentemente, do custo da operação, como também o custo da dieta.

 O Objetivo é encontrar animais mais bem adaptados a este sistema de manejo, mantendo longevidade, regularidade de produção, rusticidade, bom escore corporal e fertilidade, para atender uma produção média pouco abaixo dos 15 litros/vaca/dia, oferecendo abaixo de 2,5kg/vaca/dia de milho moído.

Este modelo tem crescido bastante no Sul da Bahia por conservar um baixo custo de produção por litro e não exige grandes investimentos estruturais.

Acho que será muito produtiva esta discussão. 

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Respostas

  • Sidney, 

    Não vai adiantar muito você analisar pasto, por mais rápida que seja feita a analise, quando o resultado chegar você já tem um pasto diferente do que analisou. Pode se orientar por tabelas mesmo. Além do mais, a amostra que você vai coletar é igual ao que a vaca come?

     

    Sidney Alves Bastos disse:

    Fernando,

    chama a atenção sua colocação. Me lembrou que na realidade essa adaptação depende muito da nutrição também, correto?

    Então, vamos ter que comparar o que o nosso alimento vindo do pasto fornece e o que pode vir do concentrado.

    Agora vou planejar a seca desse ano, portanto vou fazer uma análise da gramínia para podermos conversar.

  • Amigos,

    Algum de vocês cria gado leiteiro somente a pastejo? Isso é possível? Que raças utilizam e que espécie de forragem utilizam? Grato.
  • Oi amigos,

    Realmente são várias determinantes a considerar.

    Pelo que tenho lido, muita gente tem optado por animais rústicos e de estatura média a baixa, sempre considerando a aptidão leiteira, já tem faculdade grande aprimorando o Sindi Leiteiro para este tipo de cruzamento juntamente com o Jersey.

    Na realidade de nossa propriedade temos um pouco mais de dificuldades, nosso gado é muito heterogêneo, mas com alta rusticidade, estamos analisando indivíduo por indivíduo para ver o que faremos melhoramento genético e o que será descartado. Estamos separando vacas que produzem acima de 20 litros em apenas uma ordenha exclusivamente a pasto, o problema é que encontramos vários graus de sangue, 1/2 girolando, gir, Gusolando, etc. Estamos pensando em cobri-las com pardo suíço leiteiro devido a sua rusticidade e vigor físico, sera que estou no caminho certo?

  • Correto Sidney. Uma nutrição equilibrada aliada ao manejo sanitário eficiente, um ambiente ótimo e animais de comprovada gética para esse segmento (leite) lhe trarão grandes resultados. 

    Ótimo exemplo você nus dar, planejar o período de estiagens onde se tem baixa oferta de volumoso de baixo valor nutricional. A solução é como você mesmo falou conservar e em períodos de grande oferta. valeu!

  • Fernando,

    chama a atenção sua colocação. Me lembrou que na realidade essa adaptação depende muito da nutrição também, correto?

    Então, vamos ter que comparar o que o nosso alimento vindo do pasto fornece e o que pode vir do concentrado.

    Agora vou planejar a seca desse ano, portanto vou fazer uma análise da gramínia para podermos conversar.

  • Ótima questão ser discutida Luciano. Explorar animais leiteiros em regime de pastejo rotacionado com baixa oferta de concentrado vem sendo adotado por muitos produtores de leite em virtude do baixo custo em comparação a sistema convencional. Não tenho conhecimento se existe uma raça especifica obtida através de cruzamentos dirigidos para esse sistema de exploração. O que devemos observar são outros fatores como por exemplo clima da região. Raças zebuínas tem uma maior adaptação as regiões áridas como a do nordeste e europeias a regiões de temperaturas amenas como sul do país. Outro fator a se deter é com relação ao manejo da pastagem, não adianta ter animais de excelente genética para teu sistema, se a pastagem não corresponde ao nível do empreendimento. Temos que observar o tipo de gramínea a ser utilizada levando em questão palatabilidade, teor de matéria seca e proteína, etc. Outro fator é a fertilidade do solo, solos deficiente de baixa fertilidade não propiciaram bom desenvolvimento da pastagem, sendo necessário fazer analise preliminar do solo. E por ultimo fazer uma analise do valor nutritivo da gramínea a ser pastejada, para uma correção de deficiência no concentrado a ser ofertado no cocho. Acredito que cruzamento o absorvente entre a raça europeia como a holandesa e uma zebuína com aptidão leiteira e rusticidade como a gir pode ser uma excelente escola haja vista que o sistema requer animais mais doceis. 

  • Também acredito que precisamos conhecer bem os animais que entraram neste regime.

    Eu tenho especificamente esta realidade. Piquetes rotacionados e irrigados.

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