A renda per capita está estagnada inibindo o consumo geral das famílias e, em particular, o de lácteos. Vendas menores no varejo pressionam os preços para baixo inibindo as margens e a expansão de toda a cadeia produtiva.
Os preços ao produtor tiveram uma trajetória ascendente iniciada em fevereiro, mas já em abril, as cotações ao produtor ficaram praticamente estagnadas. No caso da indústria, a situação é bem mais complicada. Os laticínios não conseguem reajustar os preços, sobretudo de produtos tradicionais, comprometendo a rentabilidade de diversas empresas que atuam nesses mercados.
Um outro complicador é que Argentina e Uruguai devem ter sua disponibilidade recomposta até meados do ano, gerando excedentes que podem pressionar as exportações para o Brasil. Isso cria uma grande incerteza para o segundo semestre, baseada em pelo menos quatro motivos: 1) a relação entre os preços do leite e dos insumos está favorável ao produtor e tende a estimular a oferta; 2) o baixo consumo de lácteos decorrente do fraco desempenho da economia; 3) baixa competitividade para exportar excedentes de produção; 4) preços de importação mais competitivos que os domésticos.
Confira essa análise completa com mais detalhes na NOTA DE CONJUNTURA da Plataforma de Inteligência Intelactus em sua edição de maio de 2019, que também apresenta uma análise sobre oferta, demanda e preços internacionais nesse início de 2019.
A publicação está disponível no site do Centro de Inteligência do Leite e pode ser acessada no link: http://www.cileite.com.br/content/nota-conjuntura
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