Para melhorar a qualidade na educação no campo, em atendimento ao jovem rural, são necessárias políticas para o desenvolvimento do ensino e investimento na capacitação de professores nessa modalidade de ensino, adotando o sistema adequado ao meio rural, alinhado com a “Educação do Campo” e modalidades como a “Pedagogia da Alternância”, conforme publicado recentemente em artigo dos pesquisadores Lauro Charlet Pereira da Embrapa Meio Ambiente e Andréia de Bem Machado da Uniasselvi. Essa modalidade de ensino é destaque no artigo 28 da LDB 9394/96, que inclui o reconhecimento da diversidade sociocultural na educação brasileira.
No cenário brasileiro, no que tange ao meio rural, ocorreram transformações devido às grandes mudanças tecnológicas. Deste modo, observa-se que há grande número de agricultores à margem da modernização, no quesito tecnologia de produção agrícola, e também de inúmeras outras tecnologias e serviços que proporcionam qualidade de vida e integração entre as pessoas.
Os jovens rurais enfrentam dificuldades em construir o seu projeto de vida no campo e, cada vez mais, estão em busca por melhores condições nos centros urbanos.
Por isso, procuram pela escolarização, em uma iniciativa individual, para melhorar sua qualidade de vida. Porém, questiona o artigo, qual seria o currículo adequado para atender estes estudantes? “Para responder a essa questão teríamos a educação no campo, responsável pela educação integral do homem do campo, com o objetivo de valorizar o seu espaço, tempo e modelo de currículo que priorize atividades em seu próprio ambiente e que abranjam a sua família, além de estratégias para o desenvolvimento sustentável”, acredita Pereira.
Com esse artigo, explicam os autores, destaca-se a construção das Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo, cujo documento é considerado um marco do direito à educação nos territórios rurais. Assim, nesse contexto, é necessário estabelecer peculiaridades da vida no campo e de cada região, definindo-se orientações para aspectos essenciais à organização didático-pedagógica.
O artigo de Andréia de Bem Machado e Lauro Charlet Pereira encontra-se aqui.
Cristina Tordin (MTb 28.499/SP)
Embrapa Meio Ambiente
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