Uma das principais doenças que acomete os bovinos leiteiros é a mastite, que é a inflamação da glândula mamária.
Os impactos econômicos surgem através da queda na produção leiteira, perda na qualidade do leite, maior custo de produção e o descarte prematuro de vacas por perda de um ou mais quartos mamários, que se tornam fibrosos e improdutivos. Sua magnitude varia conforme a intensidade do quadro e o agente causador.
A interação entre os microorganismos, as vacas e o ambiente, somada à ação do homem e possíveis erros de manejo, criam condições favoráveis à contaminação da glândula mamária e o desenvolvimento das mastites.
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Prejuízos associados às mastites
A queda da produção é o principal prejuízo imediato das mastites, podendo acarretar a perda de tecido mamário (fibrose) e até a morte da vaca acometida.
As principais perdas decorrentes das mastites (entre 70 e 80% das perdas totais) são causadas pelas mastites subclínicas, que embora não tenha sintomas visíveis (inflamação) diminuíram a síntese do leite. Já os casos clínicos provocam os restantes 20 a 30% das perdas (Philpot e Nickerson, 1991). Estes autores descreveram que um rebanho que apresenta uma Contagem Células de Somáticas (CCS) entre 200 e 500mil células podem perder 8% do seu potencial de produção leiteiro, ou seja, para cada 1000 litros deixa de produzir 80 litros em decorrência das mastites. Acima destes valores podem haver perdas que chegam até 25%. Coloque valores nessas perdas, conforme a produção e veja a dimensão do prejuízo diário do estabelecimento.
A decisão do momento de tratar é uma questão importante. Busque orientação técnica de um veterinário e estabeleça programas de higiene e prevenção que venham a oferecer as condições necessárias para a boa produtividade de seu rebanho.
Infelizmente muitos produtores não possuem ainda, com exceções é claro, o hábito de tratar as vacas no momento da secagem, o que é um método preventivo importante, pois atua antes que o quadro seja mais severo. A vaca no período seco irá recuperar sua glândula mamária para a próxima lactação e eliminar os casos de mastite subclínica presentes no rebanho.
Dessa forma, um dos principais momentos para tratar vacas leiteiras, especialmente visando eliminar a mastite subclínica é durante o período seco. Nesta fase é possível alcançar a cura de 70 a 80% dos casos de mastite, muito acima dos resultados alcançados em tratamentos de vacas em lactação.
Comentários
Olá Marco Antônio! Quanto aos produtos para desinfecção de tetos, a literatura indica boa eficácia para vários produtos: iodo, clorexidina, ácido lático e também o cloro (salvo algumas situações onde o cloro pode ter seu efeito germicida diminuído). Quanto a solução "caseira" de iodo diluído em água, ela tem pouca aderência ao teto porque não possui glicerina em sua fórmula. A glicerina é fundamental para a hidratação da pele do teto, que é a primeira barreira física contra a contaminação por bactérias. Os produtos comerciais possuem glicerina ou outros tipo de emoliente em suas fórmulas. Espero ter ajudado! Abraço!
Com respeito aos cuidados que devem ser adotados, tenho duas quastões a levantar: Qual efetivamente é o melhor produto para usar em pré e pós dipping ( já vi de tudo, desinfetantes a base de Iodophor, Solução de Iodo a 5%, 7%, 10%, glicerinada ou não, e por observação de uso, na prática, uma solução básica de Iodo a 7%, diluida em água 3:1, conforme indicação do fabricante, tem muito pouca aderência ao teto,escorre muito rápido! estou certo ou errado?