Resumo: O milho (Zea mays L.) é, na atualidade, uma das maiores commodities do agronegócio brasileiro, sendo constituinte fundamental da alimentação animal e humana, e matéria-prima para a indústria, na conversão para alimentos, bebidas, bioenergia e derivados. O milho é um cereal de grande relevância alimentar, in natura ou transformado, e é um importante produto de consumo doméstico e para exportação. Notadamente, pela viabilidade e competitividade de cultivo, tanto em grande quanto em pequena escala, e pelo valor econômico e nutricional, o milho tem tomado relevância estratégica para a segurança alimentar mundial, fazendo parte também da culinária típica nacional. Para que a produção de milho continue aumentando, tornam-se essenciais investimentos e aplicações em melhorias técnicas e biológicas, arranjos produtivos e logística de distribuição e consumo. Neste contexto de diversidade e versatilidade, com interesses de produção e usos de produtos processados em âmbito comercial e industrial, e também para consumo doméstico, o milho é uma espécie cultivada que requer uma continuada dinâmica em genética, sistemas produtivos e disponibilidades para mercado, em ambientes diferentes e competitivos. Assim, o levantamento analítico e sistematizado de cultivares coloca o produtor em contato com os novos e disponíveis híbridos de milho, que sustentam altos índices de tecnologias, com predominância de sementes transgênicas, que conferem um amplo espectro de resistências às pragas da parte aérea e do sistema radicular, e às moléculas de glifosato e glifosinato de amônio, e de híbridos com maior tolerância ao déficit hídrico. A indústria de sementes, por meio de seus obtentores, licenciados e parceiros, tem buscado produzir nova genética para eventos transgênicos introgredidos nas plantas de milho. Novas cultivares de milho são disponibilizadas a cada ano, aumentando a proteção delas. Estes avanços são devidos ao dinamismo do melhoramento genético e da biotecnologia em milho, que continuamente desenvolvem novas cultivares do cereal, mais eficientes e capazes de produzir mais por hectare em função de eficiência fotossintética e de uma adequada arquitetura radicular e da parte aérea. Além disso, as novas cultivares permitem ser plantadas em espaçamento reduzido, com maior densidade de semeadura por área, e proporcionam um melhor aproveitamento de energia radiante, água e nutrientes. As empresas de sementes progridem na inovação ? técnica, gerencial e mercadológica ? buscando produção e produtividade e minimização dos riscos ambientais bióticos e abióticos. Esta agenda é dependente de novos investimentos em melhorias técnico-científicas, a exemplo do evento VT PRO 4, que está presente nesta safra em várias cultivares de diversas empresas, também associados a outros novos traits de interesse ? atuais e portadores de futuro. Na safra 2022/2023, os eventos que se encontram mais presentes nas cultivares comerciais são respectivamente AgrisureViptera 3, PowerCore Ultra e VT PRO 3. Esta publicação, elaborada pela Embrapa Milho e Sorgo, tem como objetivo a atualização periódica das cultivares disponibilizadas pelos obtentores de sementes de milho do mercado, por safra agrícola. Na safra 2022/2023, observou-se um menor número de cultivares de milho disponíveis para comercialização, quando comparada com a safra passada, mas aumentou o número de novas cultivares lançadas em relação aos anos anteriores. Registra-se que estas entregas do setor sementeiro coincidiram com o período de auge da pandemia da covid-19.
Ano de publicação: 2022
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