Impacto da aplicação de fósforo e calcário na produtividade e composição químico-nutritiva de genótipos de Panicum

Resumo: O objetivo foi avaliar a produção de matéria seca (PMS), a composição química e o valor nutritivo de genótipos de Panicum (Panicum maximum) em resposta a doses de fósforo e calcário. O ensaio foi conduzido em solo argiloso durante 3 anos. O delineamento foi inteiramente ao acaso com parcelas subdivididas e três repetições. O Fósforo (0, 60 e 400 kg/ha de P2O5) foi alocado na parcela e o Genótipo (Massai, Mombaça, BRS Zuri, PM34, PM39 e PM40) na subparcela. O delineamento foi replicado em duas áreas para avaliação de doses de Calcário (saturação por bases de 35 e 50%). No 1º ano, a PMS na dose 60 foi de 7.457, 7.125, 6.937, 6.568, 5.585 e 4.897 kg/ha para Massai, Zuri, PM34, Mombaça, PM40 e PM39, respectivamente, demonstrando aumento em relação à média obtida na dose 0 (857 kg/ha). A partir do 2º ano, a cultivar Massai não respondeu ao P2O5, influenciada pelo aumento em maior proporção da PMS na dose 0, o que também ocorreu para Zuri e Mombaça no 3º ano. O aumento do calcário aumentou a PMS na dose 0 de P2O5 (3.764 vs. 4.780 kg/ha). A proteína bruta (PB) do PM39 e do PM40 foi mais elevada comparada aos demais (8,3 e 8,5%, respectivamente), enquanto a cultivar Mombaça (8,0%) superou tanto o PM34 (7,7%) como a cultivar Massai (7,7%), todos os três similares a cultivar Zuri (7,9%). Exclusivamente para o PM39, Ca e Mg na planta se mantiveram acima do nível crítico, mesmo na dose de calcário mais baixa (35%) (3,7 e 2,1 g/kg, respectivamente). A cultivar Zuri possui elevada capacidade produtiva e responde ao fósforo tanto quanto a cultivar Mombaça, ambas mais exigentes que a cultivar Massai, assim como os demais genótipos avaliados.

Ano de publicação: 2025

Para baixar: clique aqui!