Resumo: A cultivar forrageira BRS Zuri foi lançada em 2014 para suprir uma demanda do mercado por uma cultivar de Panicum maximum Jacq. (sin: Megathyrsus maximus (Jacq.) B.K. Simon & S.W.L. Jacobs) com alto grau de resistência ao fungo foliar Bipolaris maydis que vem dizimando pastagens da cv. Tanzânia, considerada de alta suscetibilidade. A BRS Zuri é bastante semelhante à cv. Tanzânia em suas características morfológicas, porém 10 a 12% mais produtiva. Ela foi selecionada com base na produtividade, vigor, largura das folhas, qualidade, resistência às cigarrinhas-das-pastagens e ao B. maydis. Nos ensaios regionais conduzidos nos biomas Cerrado e Amazônia, a BRS Zuri apresentou maior produção de forragem que as cvs. Tanzânia e Mombaça, com alta adaptação em todos os locais avaliados. Apresenta boa resistência por antibiose e média resistência por tolerância aos três gêneros de cigarrinhas-das-pastagens, semelhante à cv. Tanzânia. Na avaliação sob pastejo no Acre, foi comprovado seu potencial para produção animal pela maior capacidade de suporte, maior ganho em peso por animal, maior ganho em peso por área na época das águas e na época seca, além de maior facilidade de manejo em relação à cv. Tanzânia. Ela também se mostrou tolerante aos solos com drenagem deficiente na Amazônia. Também, em avaliação na Embrapa Gado de Leite, a BRS Zuri apresentou excelente adaptação ao manejo intensivo com alta velocidade de rebrotação, alta produção de forragem e alta produção de leite por hectare durante a estação chuvosa. A carência de cultivares de P. maximum com resistência ao fungo foliar, indicados para intensificação dos sistemas de produção e de mais fácil manejo fazem da cultivar BRS Zuri uma importante alternativa para diversificar áreas hoje plantadas com cultivares de P. maximum. Todas estas características contribuem para a intensificação sustentável da pecuária no Brasil. Esta cultivar contribui para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 1, 2, 3 e 8 da Organização das Nações Unidas. ABSTRACT - The forage cultivar BRS Zuri was released in 2014 to meet a market demand for a Panicum maximum Jacq. (syn: Megathyrsus maximus (Jacq.) B.K.Simon & S.W.L.Jacobs) cultivar with a high degree of resistance to the foliar fungus Bipolaris maydis that has been decimating pastures of cv. Tanzânia, considered to be highly susceptible. The cv. BRS Zuri is quite similar to cv. Tanzania in its morphological characteristics, but 10 to 12% more productive. It was selected based on yield, vigor, leaf width, quality, resistance to spittlebugs and to B. maydis. In the regional trials conducted in the Cerrado and Amazon biomes, cv. BRS Zuri showed higher forage production than cvs. Tanzania and Mombaça, with high adaptation in all evaluated locations. It presents good resistance by antibiosis and medium resistance by tolerance to the three genera of spittlebugs, similar to cv. Tanzânia. In the evaluation under grazing in Acre, its potential for animal production was confirmed by the greater carrying capacity, greater weight gain per animal and greater weight gain per area in the wet and dry seasons, as well as greater ease of management than cv. Tanzânia. It has also been shown to be tolerant of poorly drained soils in the Amazon. Also, in evaluations at Embrapa Dairy Cattle, BRS Zuri showed excellent adaptation to intensive management with high regrowth speed, high forage production and high milk production per hectare during the rainy season. The lack of cultivars of P. maximum with resistance to the foliar fungus, indicated for intensification of the production systems and of easier management, makes cultivar BRS Zuri an important alternative to diversify areas currently planted with cultivars of P. maximum. All these characteristics contribute to the sustainable intensification of livestock in Brazil. This cultivar contributes to the achievement of United Nations Sustainable Development Goals 1, 2, 3 and 8.
Ano de publicação: 2022
Para baixar: clique aqui!