Resumo: O Programa de Melhoramento Genético de Caprinos Leiteiros (Capragene) completa 15 anos, tornando-se a mais longa e ininterrupta iniciativa, em bases científicas, voltada à promoção do melhoramento genético de caprinos para produção de leite do Brasil. Iniciou-se como um projeto de pesquisa e ganhou força a partir do estabelecimento da parceria entre a Embrapa e os criadores, sob a liderança da Associação dos Criadores de Caprinos e Ovinos de Minas Gerais (ACCOMIG/Caprileite), e do fomento por parte do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e que proveu recursos necessários à implantação do Serviço de Controle Leiteiro (SCL). Além da implantação do SCL, ferramenta fundamental para a criteriosa coleta dos dados de desempenho e de genealogia dos animais dos rebanhos colaboradores, o Capragene foi pioneiro no país ao implantar o 1º Teste de Progênie de Reprodutores Caprinos Leiteiros, no ano de 2005. Neste quesito, também foi, e continua sendo, fundamental o apoio da Associação Brasileira dos Criadores de Caprinos (ABCC), na indicação dos bodes do 1º grupo de teste de progênie e na temática do registro gene-alógico e da manutenção do sigilo dos códigos dos animais em teste.O trabalho de estruturação do Capragene culminou como o lançamento do 1º Sumário de Avaliação Genética, no ano de 2014. Três anos mais tarde, em 2017, o Capragene continuou a inovar com o lançamento do 2º Sumário de Avaliação Genética e 1º Sumário de Avaliação Genética Genômica. As informações disponibilizadas, por meio dos sumários de avaliação genética, deram aos criadores a oportunidade de selecionar reprodutores e matrizes com base no mérito genético, para a produção de leite sob as condições de produção típicas dos sistemas intensificados de produção de leite caprino no Brasil.Em continuidade a este esforço de inovação, a partir de uma base de dados com um aumento de 32,5% no número de lactações analisadas, este 3º Sumário de Avaliação Genética e 2º Sumário de Avaliação Genética Genômica de Caprinos da Raça Saanen, traz melhorias nos modelos de avaliação que permitem, por exemplo, um aumento de 6% na confiabilidade média com a qual as Capacidade Prevista de Transmissão Genômica (GPTAs) foram preditas.
Ano de publicação: 2020
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