O uso de feno de alfafa é uma solução tecnológica para o gado leiteiro.Embora tenha alto valor nutritivo, seu custo de produção é elevado, sendo exigente em clima e solo para produção eficiente da alfafa, seja na forma de feno ou de pastagem. A disponibilidade de sementes é baixa, bem como a oferta de cultivares.
O livro "Cultivo e utilização da alfafa em pastejo para alimentação de vacas leiteiras" (FERREIRA et al., 2015), traz informações importantes sobre o assunto. A área cultivada com alfafa é estimada em 40.000 hectares, sendo 90% nos Estados do Paraná e Rio Grande do Sul; algumas iniciativas bem sucedidas foram registradas nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Alguém tem experiências bem sucedidas sobre o assunto para compartilhar?
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Respostas
SIM. EM SÃO CARLOS, SÃO PAULO, EMBRAPA PECUÁRIA SUDESTE, DEU PROSSEGUIMENTO ÀS PESQUISAS EM PASTEJO DE ALFAFA TENDO EM VISTA QUE EM CORONEL PACHECO, NO CEJHB DA EMBRAPA GADO DE LEITE, AS CONDIÇÕES DE SOLO NÃO PERMITIRAM DAR PROSSEGUIMENTO A ESTA LINHA DE PESQUISA, SENDO À ÉPOCA, SUBSTITUÍDA POR UMA PROMISSORA LINHA DE PESQUISA EM CYNODON A QUAL CONTINUA ATÉ OS DIAS ATUAIS.
Obrigado pela informação, Duarte!
Certamente, existem outros resultados positivos, tanto da pesquisa quanto da iniciativa dos produtores rurais. Sempre acreditei que o potencial da alfafa precisava ser melhor explorado - seja como pastagem, seja como feno.
Caro colega Persio. Temos sim. Existem poucos trabalhos de pesquisa sobre a produção de leite em pastagens de alfafa no Brasil. Porém, Vilela e colaboradores em 1994, na Região Sudeste, avaliaram dois sistemas de manejo de vacas da raça Holandesa com elevado potencial de produção: um tendo o pasto de alfafa como único alimento e o outro com os animais em confinamento total. A composição química da pastagem de alfafa é um fator positivo em se pensar alimentar vacas de alta produção. Com 24 a 26% de proteína bruta na MS e 65 a 72 % de digestibilidade concluíram que o pasto de alfafa em condições de clima tropical tem sido o sistema com maior potencial para se atingir maiores produtividades de leite por unidade de área sem recorrer a suplementações estratégicas, e como alimento exclusivo para vacas em lactação é viável, por apresentar potencial para suportar 3,0 vacas/ha e proporcionar produção média de leite de 20,0 kg/vaca/dia, atingindo, no início da lactação, 23,6 kg/vaca/dia, sem comprometer o peso vivo e a eficiência reprodutiva dos animais. Além do mais, não foi observado nenhum caso de timpanismo nos animais estudados.