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O aumento no preço do leite combinado com as reduções nos preços do milho e do farelo de soja contribuíram para melhora na relação de troca leite/mistura. Em junho foram necessários 48,6 litros de leite para aquisição de 60 kg de mistura a base de milho e farelo de soja, 8,6 litros a menos que no mês anterior.
 

Veja esses e outros dados atualizados dos principais indicadores para a cadeira do leite no Boletim Indicadores Leite e Derivados disponível no site do Centro de Inteligência do Leite.

Informativo periódico de divulgação de publicações técnicas do Centro de Inteligência do Leite - CILeite.
Equipe: Alziro Carneiro, Denis Teixeira, Fábio Diniz, Glauco Carvalho, João César de Resende, José Luiz Bellini, Kennya Siqueira, Lorildo Stock, Manuela Lana, Marcos Hott, Paulo Martins, Ricardo Andrade, Samuel Oliveira, Walter Magalhães Júnior.
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Uma aposta certeira traz ganhos para o produtor de carne e leite

Os produtores de gado leiteiro e de corte estão na fase da escolha do capim. A época de plantio para implantação de pastagens é ampla, vai desde as primeiras chuvas, setembro e outubro, até março, dependendo da região. Quanto antes se planejar, melhores resultados na implantação da pastagem, com bom estabelecimento, desenvolvimento, cobertura de solo e produção animal, o produtor terá.

Segundo estudos da Embrapa é possível elevar de seis a oito vezes a capacidade produtividade da pastagem com estratégias adequadas. O primeiro passo é intensificar a produção adotando um dos vários modelos intensivos existentes no Brasil. Um deles é a combinação de tecnologias para uso no período das águas e da seca.

Baseado em resultados de pesquisa, na Embrapa Gado de Corte, com a adoção da proposta “a lotação da propriedade sai de uma média de 0,9 para 2,8 arroba/hectare/ano, com produção ao redor de 1.000/1.050 kg de peso vivo/hectare/ano, refletido em 530 kg de equivalente de carcaça, com redução na idade de abate, entre 20 e 24 meses a pasto”, revela o pesquisador Rodrigo Barbosa (Campo Grande-MS).

Para as águas, o especialista em manejo de pastagem, afirma que a estratégia é identificar o tamanho da área a ser intensificada, os materiais com potencial produtivo para esse modelo e a adubação correta. Ele lembra que uma análise de solo eficiente determina o potencial produtivo durante o período das águas, e a adubação determina a velocidade de crescimento da planta e de utilização, o que reflete no produto final.

Já para o período seco, a recomendação é a vedação do pasto, com plantas de florescimento precoce, preferencialmente, e que tenha capacidade produtiva no período das chuvas. Outro ponto é a época para vedação de pasto, entre janeiro e marco, para utilização na seca. Por fim, escolher o tipo de suplementação (proteinada, confinamento, semi), que depende do sistema produtivo da propriedade, e pode ser usado com o pasto vedado.

 

Resultados em produção leiteira

Os índices positivos também são evidentes na produção de gado de leite. Em experimentos na Embrapa Gado de Leite (Juiz de Fora-MG), a escolha pela BRS Paiaguás (brachiaria brizanta), em pastejo rotacionado “conseguiu trabalhar com até 7 vacas/hectare, no período chuvoso, produzindo 13-14 litros/vaca e produção diária em torno de 100 litros/hectare/dia, entrando bem na entressafra, e diminuindo o uso de concentrados, o que impacta nos custos”, conta o pesquisador Carlos Gomide. A tolerância da cultivar ao período seco é um de seus diferenciais.

Em ensaios na Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos-SP), José Ricardo Pezzopane e André Novo utilizaram a BRS Paiaguás em produção leiteira, em modalidades de integração. Na opção BRS Paiaguás com milho + eucalipto para produção de silagem (milho), “produzimos cerca de 57 a 60 toneladas de matéria verde de silagem por hectare, o que pagou a implantação do sistema (plantio de arvores e pasto). Apontamos como vantagens não somente esse pagamento da implantação, mas as árvores proporcionaram diversificação de renda para o produtor e promovem benefícios aos animais, além de aumentar o sequestro de carbono.”

Os resultados são otimistas, igualmente, quando a opção é a BRS Quênia, cultivar de panicum maximum, com taxa de lotação ao redor de 10 vacas/hectare, 15 litros/vacas/dia e 145 litros/hectare/dia. A “maior facilidade de manejo, devido ao porte intermediário, e o maior valor nutritivo, são pontos a considerar quando se pensa em intensificar”, aponta Gomide.

Outro panicum com desempenho considerável é a BRS Zuri, “gramínea com diferencial, potencial produtivo e adequada para sistemas intensivos de produção animal”, afirma Domingos Paciullo, pesquisador da Embrapa (Juiz de Fora-MG). Nos ensaios a campo, para produção de leite, se obteve até 10 vacas por hectare, em torno de 13-15 kg/vaca/dia e uma produção por área de 140 kg/leite/hectare.

 

Na Amazônia

O capim Zuri ainda apresenta índices inspiradores no bioma amazônico, que representa 30% do rebanho bovino brasileiro, e ao longo das últimas décadas, com investimento e pesquisa, modernizou-se. Características como produtividade, vigor, capacidade de suporte, ganho de peso e tolerância ao encharcamento levaram esse panicum maximum ao solo amazônico.

Carlos Maurício de Andrade, pesquisador da Embrapa (Rio Branco-AC), comenta que “no Acre, novilhas cruzadas em pasto de Zuri teve ganho de peso entre 520 e 540 gramas/dia, ao longo de dois anos de experimentos na Embrapa Acre, somente com suplementação mineral. A boa tolerância ao encharcamento – não alagamento - para a Amazônia, clima equatorial quente e úmido, com estação chuvosa intensa e prolongada, traz a BRS Zuri com excelente aceitação e números entre os produtores.”

 

Implantação da pastagem

Para chegar aos índices revelados pelos pesquisadores, a implantação da pastagem é ponto-chave, assim como a qualidade da semente. Para a implantação, o pesquisador Ademir Zimmer elenca fatores que o produtor precisa observar, como escolha da forrageira, adaptada para os solos da propriedade; preparo de solo; época de semeadura; taxa de semeadura; plantio e profundidade de plantio. Por exemplo, a profundidade de semeadura recomendada para “panicuns é de 2 a 5 cm e para braquiária, entre 3 e 6 cm. As sementes incorporadas nesta profundidade terão melhor contato com a umidade, com o solo, rápida emergência e estabelecimento e isso faz toda diferença”.

“Os atributos da semente, o preparo e os cuidados com a semeadura vão formar, adequadamente, a pastagem e a produtividade, afetando todo o sistema de produção e, infelizmente, as sementes comercializadas no País ainda são de baixa qualidade. É uma questão cultural, a qualidade e a pirataria”, completa Jaqueline Verzignassi, especialista em tecnologia de sementes de forrageiras tropicais da Embrapa. Verzignassi e Zimmer enfatizam que as pastagens precisam ser tratadas como uma cultura e isso exige cuidados semelhantes.

No combate a essa qualidade inferior e pirataria, a Unipasto (Associação para Fomento à Pesquisa de Melhoramento de Forrageiras) lançou uma plataforma para rastreabilidade segura de sementes, baseada em um aplicativo e um selo de segurança aplicado à sacaria. A Semente Legal, parceria com a Ceptis Agro, segundo Marcos Roveri, gerente-executivo da Unipasto, chegou para coibir a pirataria de sementes, mostrando para os agropecuaristas os materiais produzidos conforme as regras, as normativas, com qualidade e avaliação adequadas, oferecendo segurança ao produtor na hora da compra.

A Embrapa e a Unipasto são parceiras no desenvolvimento de cultivares forrageiras desde 2002. Prestes a completar 20 anos, o convênio já lançou três braquiárias, três panicuns e um feijão-guandu, o que permitiu a diversificação dos pastos brasileiros e a melhoria da produtividade. Na última sexta-feira, as duas empresas reuniram especialistas para o primeiro Dia de Campo Virtual - produção intensiva de leite e carne em pasto (8). As Unidades - Acre, AgrossilvipastorilCerrados, Gado de Leite, Gado de Corte, Pecuária Sudeste - e a Secretaria de Inovação e Negócios (SIN) trouxeram os mais recentes resultados das pesquisas e apresentaram para o público como é possível diminuir o risco de ter uma única cultivar de pastagem, 'quase como monocultura'. 

Dalízia Aguiar (MTb 28/03/14/MS)

Embrapa Gado de Corte

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A equipe do PNMGuL (Programa Nacional de Melhoramento do Guzerá Para Leite) apresentou, em live realizada no dia sete de julho, o 22º Sumário de Touros e Matrizes da Raça Guzerá. O evento teve início com a fala do chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, saudando os pesquisadores e produtores envolvidos. ”A raça avançou muito nestas quase três décadas e que há muito a avançar”, afirmou Martins.

Em seguida, o presidente do Centro Brasileiro de Melhoramento Genético do Guzerá (CBMG²), Paulo Roberto Menicucci, saudou os 27 anos de trabalhos junto à Embrapa. O pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Frank Ângelo Tomita Bruneli iniciou a apresentação do Sumário homenageando criadores e profissionais envolvidos no programa que faleceram recentemente, entre eles o também pesquisador da Embrapa, Fernando Madalena.

Segundo Bruneli, desde o princípio do Programa, a raça Guzerá vem ganhando em progresso genético tanto em relação aos machos quanto pelas fêmeas. O pesquisador fez um breve relato das informações contidas na publicação, como produção de leite, idade ao primeiro parto e eficiência na produção de leite para touros e matrizes, além de relacionar os novos touros incluídos no Sumário 2021.

Outro destaque para os touros, foi o mérito genético para a produção e o teor de constituintes do leite, como gordura, proteína e sólidos totais e a reação ao ambiente produtivo, uma avaliação que considera a interação genótipo X ambiente sobre o desempenho das filhas dos touros. A publicação traz ainda a lista de touros que tem exames laboratoriais para marcadores moleculares de importância para a produção de leite e derivados como caseínas (beta e kappa), beta-lactoglobulina, diacilglicerol aciltransferase 1, prolactina e tireoglobulina. Quanto ao mérito genético de matrizes Guzerá, Bruneli destacou que no Sumário são apresentadas apenas as que obtiveram DEP acima de 300 quilos de leite com confiabilidade acima de 60%. Muitos criadores selecionam dentre essas fêmeas as que serão doadoras de oócitos para produção in vitro de embriões, devido ao potencial genético que apresentam. Além disso, após o lançamento do Sumário surgem diversas oportunidades de negócio e parceria entre os proprietários desses animais.

Nesse ano de 2021, o PNMGuL ultrapassou a marca de 760 touros provados e publicados no Sumário. Com essa ferramenta em mãos, o produtor rural dispõe de uma ampla variedade de reprodutores para incrementar o desempenho de seu rebanho para uma ou mais características, dentre as 23 disponíveis no documento. E o Programa segue na busca por novos fenótipos e metodologias modernas que trarão benefícios à cadeia produtiva do leite.

Há ainda uma série de informações a respeito da raça contidas na publicação. Desde o ano passado, o Sumário da raça Guzerá vem sendo disponibilizado em 3 idiomas (português, espanhol e inglês) o que , segundo o pesquisador, amplia o alcance da publicação e contribui para o desenvolvimento da pecuária leiteira em outros países tropicais que também utilizam o sêmen exportado do Guzerá. Para ver a live no Youtube, acesse o site: https://www.youtube.com/watch?v=quxMkeV3z3w .

Os interessados poderão acessar a versão digital do sumário pelos sites dos links abaixo:

Embrapa Gado de Leite

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Em junho, a inflação do custo de produção de leite, calculada pelo ICPLeite/Embrapa, foi de 3,14%. Os grupos Produção e compra de volumosos e Alimentação concentrada apresentaram as maiores altas no mês.
 

Somente nesse primeiro semestre de 2021, o ICPLeite acumula alta de 16,02%.

Veja esses dados no Boletim ICPLeite disponível no site do Centro de Inteligência do Leite.

Informativo periódico de divulgação de publicações técnicas do Centro de Inteligência do Leite - CILeite.
Equipe: Alziro Carneiro, Denis Teixeira, Fábio Diniz, Glauco Carvalho, João César de Resende, José Luiz Bellini, Kennya Siqueira, Lorildo Stock, Manuela Lana, Marcos Hott, Paulo Martins, Ricardo Andrade, Samuel Oliveira, Walter Magalhães Júnior.
O conteúdo do CILeite pode ser reproduzido, desde que seja citada a fonte da publicação.

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O primeiro dia de campo virtual da Embrapa, em parceria com a Unipasto, será realizado na próxima quinta-feira (8) e poderá ser acompanhado ao vivo, a partir das 18h, no canal da Embrapa no Youtube (cutt.ly/embrapadiadecampovirtual). Além de técnicos da Unipasto, o evento contará com a participação de pesquisadores de sete unidades da Embrapa: Embrapa Acre, Embrapa Agrossilvipastoril, Embrapa Cerrados, Embrapa Gado de Corte, Embrapa Gado de Leite, Embrapa Pecuária Sudeste e Secretaria de Inovação e Negócios (SIN).

Farão a abertura do evento o Presidente da Unipasto, Pierre Patriat e da Diretora Executiva de Inovação e Negócios da Embrapa, Adriana Regina Martin. O dia de campo contará com três estações e será moderado pelo consultor criativo, Fabrício Di Martino.

Segundo o chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Gado de Leite, Bruno Carvalho, a oportunidade de um dia de campo virtual, além de ser uma forma segura de promover “encontros” em meio à pandemia, “é uma oportunidade de ultrapassar as barreiras regionais, tornando possível levar os ricos conhecimentos da Embrapa a todos os interessados no Brasil e no Mundo.”

“Esse Dia de Campo Virtual marca o início das celebrações dos 20 anos de parceria de sucesso entre a Embrapa e a Unipasto”, destaca Presidente da Unipasto. Pierre Patriat. Segundo ele, várias soluções desenvolvidas pelas instituições foram lançadas e incorporadas pelo setor produtivo.  “Além de trazer conteúdos relevantes sobre origem e qualidade de sementes, manejo do pastejo e práticas de rotina de sistemas de produção em pasto, o evento também traz o componente forrageiro dentro do sistema de integração lavoura-pecuária”, afirma.

 “A Embrapa cumpre sua meta de estar sempre próxima da cadeia produtiva, disponibilizando conteúdos de qualidade e tirando as dúvidas. Mesmo em tempos de pandemia, busca formas de continuar a cumprir com o seu papel junto aos produtores, extensionistas e estudantes”, conclui Vitor Del Alamo Guarda, pesquisador da Secretaria de Inovação e Negócios.

Será emitido certificado para os participantes.

Confira abaixo os temas e apresentadores de cada uma das estações:

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Após cada uma das estações, haverá debates no quais os participantes poderão fazer perguntas.

Rubens Neiva (MTb 5445)

Embrapa Gado de Leite

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Telefone: (32) 99199-4757

 

 

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Os interessados em conhecer mais sobre ILPF já podem fazer suas inscrições

As inscrições para o VII Simpósio de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) do estado de São Paulo já estão abertas. O evento será nos dias 15 e 16 de setembro no formato virtual. Técnicos, produtores e pesquisadores terão a oportunidade de conhecer e discutir as principais metodologias, inovações e soluções para sistemas de produção integrados.

A iniciativa, organizada pela Embrapa Pecuária Sudeste e Grupo de Estudos Luiz de Queiroz (GELQ – Esalq/USP), busca aumentar a adoção e o adequado manejo da ILP e da ILPF por meio do acesso a informações e conhecimentos.

Temas como pecuária de baixo carbono e efeito poupa terra estarão em foco durante o simpósio. Especialistas também vão falar sobre indicadores de saúde do solo em ILPF, novos mercados, biodiversidade e controle biológico em sistemas integrados, o papel do técnico na implantação, entre outros assuntos.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas aqui.

Serviço

VII Simpósio de ILPF de SP

15 e 16 de setembro de 2020

Horário: 17h às 19h

Local: virtual

Inscrições e mais informações: aqui

Gisele Rosso (Mtb 3091/PR)

Embrapa Pecuária Sudeste

Press inquiries

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A Embrapa Gado de Leite e a Nestlé iniciam uma parceria pioneira para o desenvolvimento de uma pecuária de leite “Net Zero” no Brasil. O projeto integra o compromisso global da empresa de neutralizar as emissões de carbono de suas operações até 2050, já prevendo uma redução de 20% até 2025 e 50% em 2030.

Com duração de três anos, o trabalho se divide em quatro eixos principais: plano de adequação para conversão de 20 propriedades leiteiras em produção “Net Zero” em diversos biomas e sistemas de produção; cursos de capacitação presenciais e à distância (EAD, vídeos e podcasts) sobre práticas para mitigação da emissão de carbono e adoção de agricultura regenerativa na produção de leite; transformação de dois sistemas de produção da Embrapa (confinamento e a pasto) em carbono neutro e estimulo à criação de soluções inovadoras por greentechs e cleantechs, focadas nos desafios da conversão.

“Nosso propósito é contribuir para que os produtores brasileiros adotem técnicas sustentáveis visando à produção de leite carbono neutro. Este desafio será compartilhado entre os pesquisadores da Embrapa, os técnicos da Nestlé e os produtores participantes”, explica Paulo Martins, chefe-geral da Embrapa Gado de Leite.

Segundo Bárbara Sollero, gerente de Desenvolvimento do Fornecedor e Qualidade da Nestlé, há o compromisso assumido de levar oito das 20 fazendas ao balanço neutro de carbono e a reduzir a emissão nas demais. “Além do trabalho de analisar os cenários da fazenda, o processo será validado, garantindo que de fato foi neutralizado. Outro ponto importante é que, dessa parceria, vai se originar o primeiro grupo de especialistas em pecuária leiteira de baixo carbono do Brasil”, explica.

Ao todo, 20 propriedades leiteiras fornecedoras da Nestlé no Paraná, São Paulo, Goiás e Minas Gerais vão receber recomendações técnicas e o acompanhamento da evolução do processo de adequação “Net Zero”. Estarão envolvidos pequenos, médios e grandes produtores, além de diferentes sistemas de produção: compost barnfree stall, sistema intensivo em pasto e semiconfinado. Os pesquisadores da Embrapa e os técnicos da Nestlé irão avaliar o perfil tecnológico e as emissões de carbono nas propriedades. Desse marco zero será feito o planejamento individualizado e, por meio do acompanhamento mensal, serão feitas sugestões de adequações.

“Nos dois sistemas de produção da Embrapa, vamos medir os impactos gerados com animais girolando e holandês, em ambiente fechado e aberto. Esta parceria vai gerar conhecimento que será compartilhado com pequenos, médios e grandes produtores”, finaliza Paulo Martins.

O pesquisador Inácio de Barros, da Embrapa, pontua que, hoje, a sociedade está mais preocupada com a pauta sustentabilidade: “As pessoas estão demandando produtos que não impactem ou impactem menos o meio ambiente. Por isso, é preciso demonstrar que a produção de leite pode ser feita de forma sustentável, com mínimo impacto ao meio ambiente. Desenvolver tecnologias para isso é missão da Embrapa".

Como vai funcionar...

Nas fazendas serão avaliadas as emissões de gases de efeito estufa e desenvolvidos planos de adequação para cada uma delas pela melhor combinação de tecnologias e com o objetivo de reduzir as suas emissões de carbono. Esse plano de adequação terá por finalidade converter essas propriedades, a partir da situação atual, para uma situação com emissões neutras ou de baixo carbono. “É um processo complexo que vamos acompanhar com balanços periódicos para avaliarmos se estão em direção à neutralização”, explica Inácio.

A Embrapa Gado de Leite terá duas vitrines, que vão mostrar as tecnologias disponíveis para a redução das emissões de carbono: Compost barn (confinado) e Leite Verde (produção a pasto). Será feita a avaliação da pegada de carbono. Serão implantadas as melhores tecnologias para converter esses sistemas em carbono neutro e realizadas ações para divulgar as tecnologias para técnicos e produtores, além de produção de vídeos e podcasts.

Luciana Peralta (MTb 13000)

Embrapa Gado de Leite

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O movimento de valorização dos lácteos, iniciado em maio, se manteve em junho, mas com certa acomodação dos preços nas últimas semanas. Nesse contexto, os Conseleites projetam elevação de preços para julho, a quarta alta do ano.

No mercado de insumos, os preços de milho e soja recuam com maior oferta e valorização do Real.

Veja esses dados no Boletim de Preços de junho de 2021 disponível no site do Centro de Inteligência do Leite.

Informativo periódico de divulgação de publicações técnicas do Centro de Inteligência do Leite - CILeite.
Equipe: Alziro Carneiro, Denis Teixeira, Fábio Diniz, Glauco Carvalho, João César de Resende, José Luiz Bellini, Kennya Siqueira, Lorildo Stock, Manuela Lana, Marcos Hott, Paulo Martins, Ricardo Andrade, Samuel Oliveira, Walter Magalhães Júnior.
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9847000491?profile=originalA Embrapa Cerrados montou, em parceria com a Embrapa Milho e Sorgo, seis vitrines tecnológicas com cultivares geneticamente superiores de milho, sorgo e milheto desenvolvidas pela empresa e parceiros. Os campos demonstrativos foram formados em Planaltina (DF), sede da Embrapa Cerrados (foto), e no Riacho Fundo II (DF), onde se localiza o Centro de Inovação em Genética Vegetal (CIGV), ligado ao centro de pesquisa. No total, os visitantes podem conhecer no campo 32 cultivares, sendo 16 de milho, 14 de sorgo e duas de milheto.

 “Queremos apresentar a potencialidade agronômica dessas cultivares, algumas já lançadas e outras em fase final de desenvolvimento”, explica Fábio Faleiro, chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Cerrados. A ideia, segundo ele, foi montar um espaço para visitação de técnicos, consultores, extensionistas, produtores e potenciais parceiros na região para produção e comercialização de sementes. 

As vitrines também servirão para avaliar os materiais com relação à resistência a pragas e doenças na região do Cerrado do Planalto Central com vistas aos sistemas de produção na safrinha. “É uma ótima oportunidade para unir os esforços da transferência de tecnologia com a pesquisa no sentido de otimizar os nossos recursos”, afirma Lineu Rodrigues, chefe de Pesquisa & Desenvolvimento da Embrapa Cerrados. 

“Vamos promover cursos de capacitação de agentes multiplicadores com relação à genética Embrapa. O que queremos com as vitrines é aproximar cada vez mais o setor produtivo da pesquisa”, afirmou Faleiro. Ele também explicou que, com as vitrines tecnológicas, busca-se ainda desenvolver o mercado por meio de ações de promoção dessas cultivares, tendo em vista a recomendação delas para o plantio no Cerrado, principalmente para a produção de segunda safra (safrinha). “A Embrapa está a procura de licenciados que não só produzam e comercializem sementes mas, também, ajudem a divulgar a tecnologia para os produtores”, explica. 

 “Nossa ideia é apoiar os centros de produto da empresa, como a Embrapa Milho e Sorgo, no trabalho de pós-melhoramento dos materiais no bioma Cerrado”, explicou Sebastião Pedro, chefe-geral da Embrapa Cerrados. Para ele, é preciso que os materiais desenvolvidos pela instituição de pesquisa tenham cada vez mais visibilidade para que possam gerar demanda no mercado. Esse é considerado um projeto piloto. “Queremos fomentar essa iniciativa de transferência de tecnologia fazendo uma sinergia com outras unidades da Embrapa. Precisamos tornar nossas tecnologias cada vez mais visíveis”, afirmou. 

“Adorei tanto a ideia quanto a execução desse projeto das vitrines”, afirmou o pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, Cícero Beserra. Segundo ele, o que o melhoramento precisa é justamente de pontos de demonstração como esses. “Essas vitrines são excelentes para mostramos o nosso trabalho. Dessa forma, dá para ver a nítida diferença de um material para o outro”, afirmou.

O pesquisador destacou também que, no caso das vitrines do sorgo, elas ainda cumprem outro importante papel: divulgar a cultura para os produtores. “O sorgo é um complemento ao milho. É uma alternativa importante para a safrinha, por ser uma cultura mais tolerante a condições de estresse hídrico e demandar investimentos relativamente menores que o de outras culturas. Quando apresentamos o sorgo para o produtor estamos tratando de segurança”, alerta. 

Lauro Guimarães, chefe adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Milho e Sorgo, ressaltou a importância da interação entre unidades de pesquisa tanto para a apresentação dos avanços científicos, em termos de produtos, práticas, processos e serviços, úteis diretamente aos produtores rurais e a sociedade, quanto para a promoção de novas oportunidades de relacionamento com empreendedores do setor privado, por meio do estabelecimento de parcerias que disponibilizarão essas tecnologias em diferentes regiões do país.

Segundo ele, a região de Brasília e do entorno representa um ambiente de alto potencial de produção de grãos, de modo que as culturas de milho, sorgo e milheto estão entre as melhores alternativas para composição de sistemas de produção, juntamente com soja e forrageiras, a depender de manejo e “janelas de plantio” na segunda safra.

“A  instalação das vitrines com cultivares BRS, na região do Planalto Central, permite a demonstração da genética Embrapa para essas três importantes culturas agrícolas, sendo uma oportunidade para divulgação de cultivares adaptadas e para estímulo à produção de sementes localmente, potencializando benefícios produtivos, econômicos e sociais, principalmente no contexto de alta demanda e bons preços de grãos”, afirma. 

Informações sobre os materiais apresentados na vitrine já lançados podem ser obtidas no www.embrapa.br/cultivares 

Juliana Caldas (MTb 4861/DF)

Embrapa Cerrados

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Em maio de 2021, o indicador internacional de preço ao produtor ficou 47,7% acima da média de 2018-2020. Mesmo com a forte elevação do custo da mistura concentrada no mesmo período, a margem do produtor fechou o mês 21% acima da média histórica.

Veja esses dados no novo Boletim “Radar Internacional” disponível no site do Centro de Inteligência do Leite

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A variação do custo de produção de leite em maio foi 2,89%, conforme o ICPLeite/Embrapa. Os grupos ligados à alimentação animal continuam como os principais responsáveis pelas altas nos custos.

Veja esses dados e as variações acumuladas no ano e em 12 meses, no Boletim ICPLeite disponível no CILeite.

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Um novo kit de diagnóstico desenvolvido pela Embrapa Gado de Corte (MS) obteve alto índice de acerto na detecção da tuberculose bovina (TB), doença responsável por perdas anuais de cerca de US$ 3 bilhões na pecuária de corte mundial. A inovação está em associar o método Elisa (sigla inglesa para ensaio de imunoadsorção enzimática) ao teste intradérmico, atualmente o único oficial para a tuberculose bovina no Brasil.  O novo kit apresenta como vantagens a praticidade, rapidez e possibilidade de testar várias amostras em curto espaço de tempo, além de automação na obtenção dos resultados, baixo custo e fácil padronização para uso em diferentes laboratórios. 

Uma parceria firmada com o laboratório americano Ellie Lab, Miladin Kostovic em 2017, especializado em soluções analíticas nas áreas de saúde animal, medicina e segurança alimentar, para produção e comercialização do kit Elisa vai possibilitar que a tecnologia desenvolvida pela Embrapa chegue em breve ao mercado brasileiro. O processo de registro da tecnologia no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a produção do Kit pelo Ellie e tratativas de importação e comercialização já estão em andamento, como informa o representante do laboratório americano no Brasil, Jorge Agottani, da VPdiagnóstico.  

Novo kit beneficia produção e abre portas para exportação

Segundo o pesquisador da Embrapa Gado de Corte Flábio Ribeiro Araújo, especialista em imunologia e biologia molecular, o teste sorológico Elisa está fundamentado em um antígeno para imunodiagnóstico da tuberculose causada pela bactéria Mycobacterium bovis. “O exame é feito em placas e quando a reação é positiva ele gera uma coloração”, explica. O novo teste sorológico complementa o intradérmico ou tuberculinização, oficialmente usado hoje no Brasil. Além de acelerar o saneamento do rebanho, não interfere no estado imunológico do animal, podendo ser feito várias vezes  

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Outra vantagem é a detecção da doença em diferentes níveis. “Os anticorpos contra as proteínas são produzidos em tempos distintos dependendo do estágio de infecção dos animais, e o kit Elisa consegue identificar a doença em diferentes estágios”, esclarece Araújo. De acordo com ele, durante as pesquisas foi possível detectar, corretamente, 88,7% dos animais doentes e 94,6% dos sadios. “O método enzimático indireto de leitura acusa a presença de anticorpos contra o bacilo da tuberculose nos animais, aumentando a cobertura diagnóstica quando usado em conjunto com o teste intradérmico, que atualmente é o único oficial para detectar a tuberculose bovina no Brasil”, acrescenta.

Além disso, a técnica não exige que os animais sejam manuseados mais de uma vez para a coleta de amostras de sangue, que podem ser utilizadas também para diagnóstico de outras doenças, o que representa benefício econômico. Vale destacar ainda que a coleta de sangue pode ser feita a qualquer momento para ser testada de imediato ou armazenada para estudos retrospectivos. 

A nova tecnologia da Embrapa pode impactar também a exportação. Atualmente, a tuberculose bovina é um grande problema em função das crescentes exigências sanitárias por parte dos países importadores, que impõem, cada vez mais, restrições às propriedades com diagnóstico positivo. Estima-se que as perdas anuais com essa doença no mundo girem em torno de 3 bilhões de dólares, o que justifica a realização de novas pesquisas com testes de diagnóstico mais rápidos, seguros e com melhor acurácia para a realização do abate sanitário dos animais infectados e, principalmente, para controlar a disseminação da doença. 

A pesquisa contou com as parcerias da Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e da Embrapa Gado de Leite e Embrapa Pantanal no fornecimento de amostras para análises. 

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Sem vacina nem tratamento, o melhor controle é a prevenção 

O tratamento nos animais com tuberculose não é permitido e o serviço de defesa sanitária deve ser notificado sobre todo animal com diagnóstico da doença. Os infectados devem ser sacrificados em até 30 dias e essa ação deve ser acompanhada pela inspeção do serviço oficial de defesa sanitária animal, seja em matadouro frigorífico ou com destruição e enterro na propriedade.

Araújo ressalta que a melhor estratégia para o produtor é monitorar seu rebanho periodicamente. Segundo o pesquisador, as medidas preventivas começam pelo manejo dos animais, higiene, transporte e gerência na entrada de novos lotes na fazenda. Ele afirma que estabelecer controles no rebanho é de grande valia na gestão da propriedade, como, por exemplo, ter controle sobre a origem dos animais, identificação, testar aqueles que forem adquiridos, entre outras ações. “Todas essas medidas são importantes na erradicação do problema, além, é lógico, de seguir à risca o protocolo do PNCEBT”, salienta. 

O produtor com rebanho contaminado tem o valor comercial de seus animais depreciado, ficando em desvantagem no mercado. São várias questões levadas em consideração na gestão da propriedade, inclusive a de continuar no mercado competitivo ou não. Estar em dia com as obrigações sanitárias evita maiores prejuízos, o que inclui seguir o regulamento do PNCEBT, que estabelece medidas de caráter compulsório e de adesão voluntária a serem observadas pelo produtor. 

As compulsórias consistem em vacinar bezerras de três a oito meses de idade contra a brucelose, eliminar animais diagnosticados para brucelose ou tuberculose e cumprir as exigências de trânsito com os animais. Já as voluntárias se referem a iniciativas dos produtores para certificar as suas propriedades como livres de brucelose e tuberculose. A vantagem dessa adesão são os benefícios econômicos, como a redução dos prejuízos ocasionados pelas doenças, maior credibilidade sanitária e agregação de valor aos produtos. Uma recomendação importante é que o produtor, ao adquirir novos animais, exija os atestados de testes negativos de brucelose e tuberculose. Dessa maneira, reduz o risco de introduzir animais infectados no rebanho.  

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Testes oficiais no Brasil

Os testes oficiais da TB, chamados de tuberculina, são uma medida da resposta imune do animal à bactéria Mycobacterium bovis. Quando exposto ao agente, o animal desenvolve resposta imune específica e quando a tuberculina - um derivado proteico purificado - é injetada intradermicamente, esse sistema é ativado, gerando um inchaço no local da aplicação e indicando a reação positiva.

São três os testes tuberculínicos oficiais utilizados: Cervical Simples (TCS) - adotado como prova de rotina para rebanhos leiteiros;  Prega Caudal (TPC) - utilizado exclusivamente em gado de corte também como prova de rotina com resultado após 72 horas; e o Cervical Comparativo (TCC) - um teste de triagem para rebanhos leiteiros que pode ser utilizado como teste confirmatório em animais reagentes ao teste cervical simples ou ao teste da prega caudal, ou como prova de rotina em rebanhos com histórico de reações inespecíficas, em estabelecimentos certificados como livres e naqueles com criação de búfalos, visando garantir boa especificidade diagnóstica. 

Eliana Cezar (DRT 15.410)

Embrapa Gado de Corte

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O preço do leite ao produtor registrou nova alta em maio, fechando em R$2,04 por litro na média nacional. Já a relação de troca leite/mistura teve uma ligeira queda de 1% no mês.

Na balança comercial, as importações de leite voltaram a subir, enquanto as exportações recuaram na comparação mensal.

Veja esses dados no Boletim Indicadores Leite e Derivados disponível no site do Centro de Inteligência do Leite.

Informativo periódico de divulgação de publicações técnicas do Centro de Inteligência do Leite - CILeite.
Equipe: Alziro Carneiro, Denis Teixeira, Fábio Diniz, Glauco Carvalho, João César de Resende, José Luiz Bellini, Kennya Siqueira, Lorildo Stock, Manuela Lana, Marcos Hott, Paulo Martins, Ricardo Andrade, Samuel Oliveira, Walter Magalhães Júnior.
O conteúdo do CILeite pode ser reproduzido, desde que seja citada a fonte da publicação.

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Nesta sexta-feira,11 de junho, a presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Social, da Câmara dos Deputados, deputada Aline Sleutjes (PSL), os deputados Domingos Sávio (PSDB), Charlles Evangelista (PSL) e Benes Leocádio (Republicanos) visitaram as instalações da Embrapa Gado de Leite, em Coronel Pacheco e Juiz de Fora, para avaliar as oportunidades para que o produtor reduza os custos de produção e maximize a rentabilidade.

De acordo com a deputada, a meta é disponibilizar para os produtores do Brasil possibilidades de redução de custo de produção, que hoje é muto alto, através da transferência de tecnologias comprovadamente exitosas..  Muitas queixas e dificuldades dos produtores foram identificadas pela comissão, Portanto, a busca de soluções, através de visitas técnicas (a primeira foi na Embrapa Gado de Leite e acontecerá, ainda, no Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e Espírito Santo), foi a medida mais certeira para definir alternativas de suporte ao setor.

“Aqui na Embrapa queremos ver as opções. Vamos fazer a leitura de todos os conhecimentos, as oportunidades, as pesquisas, o que está sendo desenvolvido na questão da alimentação, da energia elétrica... A utilização da energia fotovoltaica, se o gado fica no pasto aberto ou confinado, enfim, vamos anotar todas as possibilidades para encontrar o melhor para a economia do produtor. Estamos falando de 20 milhões de brasileiros, direta e indiretamente, no setor leiteiro. Então, temos que achar alternativas para que eles se mantenham no campo e com qualidade”, pontua Aline.

Durante a visita, os deputados puderam conhecer o Compost Barn, onde 217 vacas ficam confinadas e cuidadas. O pesquisador da Embrapa, Pedro Arcuri, explicou como funciona o sistema, que monitora o rebanho, priorizando conforto e limpeza. As vacas ficam com uma espécie de coleira que transmite os dados para o sistema, como, por exemplo, informações sobre a parte reprodutiva, se alguma apresenta doença, dentre outras, o que melhora, e muito, a produtividade do rebanho. Pedro Arcuri ressaltou, ainda, que o modelo é viável, inclusive, para o pequeno produtor, através do aluguel mensal do equipamento. 

Em seguida, o grupo se inteirou de o outro método utilizado pela Embrapa, através do pasto aberto. A produção é chamada de leite verde, pois os animais usam o pasto como base da alimentação. Neste caso, a temperatura, irradiação solar, umidade e locomoção impactam na capacidade de produção do leite. A raça mais adequada é o Girolando, que tem maior resistência ao calor e ao carrapato, por exemplo.  A comissão também pôde conhecer a vitrine de forrageiras, onde há cerca de 60 exemplos de cultivares, entre elas, o BRS Capiaçu e o BRS Kurumi.

O chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo Martins, enfatiza que a visita é uma forma de se buscar soluções para o setor: “Os deputados puderam perceber que existem várias saídas para os problemas que os produtores enfrentam. Tecnologia existe, mas temos que pensar em ter mais, pois buscar novas tecnologias não tem fim. Os problemas novos surgem e precisamos ter soluções novas. É preciso investir e encontrar maneiras eficientes para que o produtor tenha acesso ao que já existe. Além disso, a pesquisa se faz, necessariamente, com recursos públicos e com parceria privada. Quando o governo federal aporta recursos, a gente tem condições de trabalhar com mais eficiência e tranquilidade”, completa.

Leite é o quarto maior faturamento no ranking do agronegócio

De acordo com a Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o valor bruto de produção (VBP) no segmento pecuário, em 2019, alcançou R$ 250,8 bilhões. Só do setor leiteiro, foram mais de R$ 50 bilhões, ocupando o quarto lugar do ranking dos maiores faturamentos, atrás, apenas, da soja, da carne bovina e do milho. Mas, se for considerada a geração de riqueza até no varejo, o faturamento anual da cadeia chega a R$ 100 bilhões. O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), Geraldo Borges, analisou o cenário brasileiro. De acordo com ele, que também estava presente na visita, o setor leiteiro vem passando por mudanças nas últimas quatro décadas de desenvolvimento, produção e de aumento de produtividade.

“O Brasil é o terceiro produtor de leite no mundo. É fundamental que na Câmara dos Deputados exista um trabalho focado na cadeia produtiva láctea para que as políticas públicas possam ser bem elaboradas, as leis sejam bem trabalhadas, para que tragam melhorias para o setor: desburocratizar, fazer com que ele se desenvolva e seja competitivo. Por isso, é muito importante essa visita hoje, para que o trabalho lá na casa legislativa seja bem conduzido, bem trabalhado, dentro da realidade que nós, da cadeia produtiva do leite, precisamos”, destaca Geraldo. De acordo com ele, um dos problemas reais hoje é o custo de produção, que tira a competitividade com os maiores produtores e exportadores de lácteo do planeta.

Segundo dados do último Censo do IBGE, o Brasil tem 1.171.000 propriedades produtoras de leite e em 98% dos municípios tem o produto. Para o deputado Domingos Sávio, a Embrapa é fundamental para a pecuária leiteira. “Primeiro, porque o Brasil é um grande produtor de leite e derivados, que são componentes importantes na segurança alimentar. Segundo, porque não temos outras ações de pesquisa no leite, como temos em outras áreas de produção, como de grãos. A grande pesquisadora do produtor de leite no Brasil é a Embrapa Gado de Leite. Tenho um respeito muito grande por esses profissionais que se dedicam a pesquisar técnicas que melhorem a produtividade e otimizem a atividade do produtor”.

O deputado Benes Leocadio acrescentou que é fundamental esse olhar mais próximo ao setor: “Com as tecnologias, hoje usadas e demonstradas aqui para nós pela Embrapa, confirmamos que é um segmento que deve ser apoiado e cada vez mais fortalecido para termos a certeza e a garantia que é uma atividade que pode ser sustentável. Nas discussões que estamos tendo hoje, no conhecimento, nas várias experiências e ensinamentos que estamos tendo aqui in loco, podemos, através da Comissão de Agricultura, darmos um olhar mais próximo para essa cadeia, para desenvolvê-la e termos resultados lucrativos”.

Comissão visita sede para inauguração do estúdio de EAD da Embrapa

A comitiva chegou à sede e, antes da inauguração do estúdio, conheceu   o Laboratório de Qualidade do Leite (LQL) que, além de apoiar os projetos de pesquisa da instituição, presta serviço de análise de amostras do leite cru para clientes externos, como indústria, cooperativas e produtores rurais. A unidade integra a Rede Brasileira de Laboratórios de Controle de Qualidade de Leite (RBQL), criada pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA).

“Para a legislação brasileira, todo leite, para ser inspecionado, tem que ter necessariamente o aval de um laboratório da rede. Todos os laticínios têm, obrigatoriamente, que fazer a análise do leite e encaminhar uma vez por mês as amostras, para verificar a qualidade do produto. Além disso, é uma forma de subsidiar a tomada de decisão por parte dos produtores com o intuito de melhorar o produto”, explica o chefe-geral, Paulo Martins.

Em seguida, os deputados participaram da inauguração do estúdio onde acontecerá as produções para as aulas remotas. O ensino a distância (EAD), com foco na transferência de tecnologia e conhecimento com soluções para a cadeia do leite, foi a mola propulsora para a criação de uma estrutura com foco em Educação. O estúdio foi feito com verba de emenda parlamentar do Deputado Charlles Evangelista. Para ele, alocar recursos na Embrapa é ter a certeza que serão muito bem aplicados. “Fico muito feliz por poder contribuir com a emenda parlamentar, principalmente por tudo que vem sendo feito pela instituição em favor cadeia do leite, as pesquisas, novas tecnologias, a modernização da produção... São ações que tenho certeza que vai beneficiar todo o agronegócio no país”, ressalta Evangelista.

Link de acesso a live: cutt.ly/visitaembrapagadodeleite

Luciana Peralta (MTb 13000)

Embrapa Gado de Leite

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Uma abordagem inédita obteve sucesso no controle do carrapato-do-boi (Rhipicephalus microplus), importante parasito de bovinos de corte e de leite. Em vez de somente aplicar produtos sobre os animais, cientistas testaram formulações granulares secas com o fungo Metarhizium robertsii que também podem ser aplicadas sobre as pastagens. A abordagem inovadora foi feita por pesquisadores da Embrapa, da Universidade Federal de Goiás (UFG), da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e da empresa norte-americana Jaronski Mycological Consulting.

Os experimentos foram bem-sucedidos no controle do aracnídeo, uma vez que 95% da população de carrapatos em um sistema de produção encontra-se no pasto e não nos animais. As fêmeas botam seus ovos no solo, dos quais eclodem as larvas que em poucos dias estão aptas a parasitar os animais. É a primeira vez que essa estratégia é utilizada. Os resultados foram publicados recentemente na revista Scientific Reports do grupo Nature.

Conforme destaca Éverton Kort Kamp Fernandes, da UFG, o controle biológico por fungos entomopatogênicos é muito explorado na agricultura para o controle de artrópodes-praga e a estratégia do estudo foi aproveitar a ampla literatura e aplicar a técnica no controle do carrapato. Ele lembra que o agente de biocontrole não é uma toxina ou proteína capaz de causar a morte imediata do carrapato, mas um fungo, utilizado vivo para causar uma infecção letal na praga. “Nesse sentido, a aplicação do bioproduto pode ser planejada de duas formas distintas e 

complementares: diretamente no animal infestado ou na pastagem, ou em ambos, para o efetivo controle de carrapatos em diferentes estágio de desenvolvimento”, explica.

As aplicações reduziram significativamente o número de larvas de carrapatos sobre a pastagem durante estação mais úmida, atingindo pelo menos 64,8% de eficácia relativa, porcentagem expressiva e promissora levando em consideração o emprego de um inimigo natural.9847002086?profile=original “A utilização dessas formulações, combinada a outras estratégias de controle, ajudará o produtor a obter animais menos infestados e a diminuir a pressão de resistência do carrapato aos acaricidas químicos, viabilizando a produção de leite e carne de qualidade com animais mais saudáveis e livres de infestações descontroladas”, comenta Alan Marciano, da UFRRJ.

De acordo com os experimentos, a aplicação direcionada à pastagem atinge mais efetivamente a população de carrapatos do que as realizadas em bovinos infestados, além de prevenir ou minimizar os níveis iniciais de infestação no gado. 

O estudo também detectou persistência do fungo no solo e a colonização fúngica das raízes das gramíneas cultivadas nas pastagens. Isso garante resultados prolongados com redução da necessidade de novas aplicações. Os pesquisadores preveem que o fungo possa ser incorporado na manutenção e formação de pastagens, algo que dependerá de futuros estudos.

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Fungo também ajuda no desenvolvimento de forrageira

As formulações granulares de agentes microbianos estão ganhando atenção especial como tecnologia de baixo custo para uso como biopesticidas ou bioinoculantes na agricultura. Visando atingir as pragas de artrópodes que vivem no solo, pequenos grânulos levam propágulos de fungos a locais ocupados pelas pragas-alvo. 

Por se tratar de uma nova formulação, nunca testada em condições naturais, foi necessário que os cientistas investigassem a persistência do fungo no solo e a colonização das raízes da forrageira Urochloa decumbens. Sabe-se que esse fungo, além de controlar pragas, pode também ser um forte aliado no desenvolvimento da planta, e essa variedade é bastante utilizada para alimentar o “gado a pasto” no Brasil.

O experimento ao ar livre revelou que, apesar do controle do carrapato e do envolvimento com a planta forrageira, houve um declínio significativo na persistência do fungo no solo ao longo do tempo. Esse fenômeno é esperado e influenciado por fatores intrínsecos ao microrganismo, edáficos, bióticos, culturais e climáticos. “Variáveis climáticas desafiadoras ao microrganismo foram registradas durante o experimento, e observamos que as duas estações em que ocorreram as aplicações divergiram em termos de persistência e eficácia do fungo contra o carrapato. Essa informação é valiosa para futuros protocolos de aplicação”, relata Alan Marciano. 

O cientista explica que altas temperaturas combinadas com alta incidência de chuva marcaram o período após a primeira aplicação, na qual foi registrada a melhor eficácia de controle do carrapato. Isso evidenciou que o período chuvoso foi benéfico ao fungo, pois propiciou uma umidade do solo adequada ao seu desenvolvimento, mesmo sob alta radiação solar. 

Contudo, durante a segunda aplicação, com temperaturas mais amenas e com menores precipitações, a eficácia relativa do controle de carrapatos foi menor, apesar de a persistência fúngica ter sido menos afetada durante os sete dias iniciais após a aplicação. 

Os pesquisadores explicam que a falta de chuva e o solo mais seco impediram a germinação de propágulos, esporulação e, consequentemente, afetaram o desempenho do fungo em se disseminar e causar a morte dos estágios não parasitários do carrapato (fêmeas em período de postura, ovos e larvas recém-eclodidas). 

O estudo também indica que há uma tendência de o fungo migrar das partes mais superficiais para as camadas mais profundas, acompanhando o sistema radicular após aplicação no solo, corroborando com outras pesquisas no tema, que sugerem que o fungo M. robertsii muda o estilo de vida de patógeno de artrópode para simbiotes de plantas na tentativa de sobreviver e persistir no habitat edáfico. O pesquisador conta que o trabalho permitiu conhecer mais sobre a interação de fungo, carrapato e o ambiente de pastagem, além de identificar pontos que podem influenciar nos resultados de campo.

A equipe de pesquisa já trabalha em melhorias da formulação para mitigar os efeitos deletérios identificados no estudo. Os pesquisadores acreditam que o trabalho é capaz de gerar um futuro produto no mercado, útil tanto para a pecuária quanto para a agricultura. O analista da Embrapa Gabriel Mascarin enfatiza a necessidade de novos estudos visando a persistência prolongada do fungo após a aplicação, em uma gama de condições além da situação brasileira, para otimizar as concentrações de grânulos aplicadas ao solo com o objetivo de incrementar as atuais taxas de eficácia no controle de carrapatos.

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Cristina Tordin (MTb 28.499/SP)
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Marcos Vicente (MTb 19027/MG)
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9846999458?profile=originalFaça os três cursos: "Silagem de capim para a produção de leite", "Forrageiras para a produção de leite a pasto" e "Implantação, manejo e recuperação de pastagens" e receba pelos Correios na sua casa o livro impresso "BRS Capiaçu e BRS Kurumi: cultivo e uso" gratuitamente como material complementar de apoio aos cursos.

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Uma pesquisa desenvolvida pela Embrapa em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) conseguiu identificar fungos do gênero Fusarium que acometem grãos de milho por meio de um método inovador. Os cientistas combinaram imagens hiperespectrais de infravermelho próximo, técnica conhecida pela siga em inglês NIR, com métodos de reconhecimento de padrões e tiveram sucesso na identificação das espécies F. verticillioides F. graminearum, os fungos que mais acometem os grãos de milho e responsáveis pela produção das principais micotoxinas nesse cereal. O primeiro é o principal produtor da micotoxina fumonisina e o F. graminearum está associado à zearalenona.

Micotoxinas são metabólitos tóxicos produzidos por algumas espécies de fungos presentes nos grãos. A toxidade das micotoxinas a animais e humanos tem como consequência a incidência de doenças diversas. Ao mesmo tempo, atualmente, a detecção dos fungos que as produzem envolvem processos caros e complexos dificultando sua aplicação. Por causa disso, há uma demanda de especialistas e de grandes indústrias por um método de identificação preciso e rápido para evitar essa contaminação por espécies de Fusarium.

“Buscamos obter um método não destrutivo, livre de produtos químicos e de execução mais rápida, o método de imagem hiperespectral de infravermelho próximo (Near infrared hyperspectral imaging – HSI NIR), associado à análise de imagem multivariada. Esse método foi desenvolvido para permitir uma leitura rápida da amostra, além de uma precisão maior na distinção dos patógenos”, conta a pesquisadora Maria Lúcia Ferreira Simeone, da Embrapa Milho e Sorgo (MG).

Publicação científica

Os resultados foram publicados recentemente na revista Food Chemistry, no artigo Application of near-infrared hyperspectral (NIR) images combined with multivariate image analysis in the differentiation of two mycotoxicogenic Fusarium species associated with maize foi publicado na revista Food Chemistry (Aplicação de imagens hiperespectrais de infravermelho próximo (NIR) combinadas com análise de imagem multivariada na diferenciação de duas espécies de Fusarium micotoxicogênicas associadas ao milho).

Ela ressalta que a identificação desses fungos patogênicos é uma etapa inicial importante de controle de doenças em milho, porém, os métodos mais tradicionais de diferenciação de espécies requerem um alto nível de conhecimento, técnicas laboratoriais de alto custo, além de consumirem bastante tempo na execução. Simeone acrescenta que esses patógenos são de difícil identificação e controle. “Por isso, a busca por métodos alternativos é de grande relevância para toda a cadeia produtiva do milho”, informa a cientista.

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Para obter esse método foi desenvolvida uma tese de doutorado na UFMG, em parceria com a Embrapa Algodão e a Embrapa Milho e Sorgo. “Nosso objetivo foi utilizar a técnica de HSI-NIR e técnicas de análise multivariada de imagens combinadas com a de reconhecimento de padrões, como a discriminante de mínimos quadrados parciais (PLS-DA) de imagens. E assim desenvolver um método rápido para identificação de F. verticillioides F.graminearum”, conta Simeone.

O trabalho foi apresentado ao Programa de Pós-graduação em Microbiologia do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, pela doutoranda Renata Regina Pereira da Conceição. A estudante foi orientada pela professora Maria Aparecida de Resende Stoianoff e co-orientada pelas pesquisadoras da Embrapa Milho e Sorgo Maria Lúcia Simeone e Valéria Aparecida Vieira Queiroz.

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De acordo com Renata Conceição, o modelo PLS-DA aplicado a F. verticillioides F. graminearum apresentou separação significativa entre as duas espécies, com 100% de precisão, sensibilidade e especificidade, demonstrando a eficácia do HSI-NIR para a diferenciação de espécies de fungos do gênero Fusarium.

“Os resultados obtidos revelaram que a imagem hiperespectral no infravermelho próximo (HSI-NIR) é uma ferramenta útil para categorizar duas importantes espécies agrícolas de Fusarium. A pesquisa comprovou que a relação custo-benefício da técnica HSI-NIR apresenta maior vantagem sobre as técnicas-padrão de identificação de fungos por ser mais fácil e rápida de executar, além de menos onerosa. E possui uma abordagem não destrutiva das amostras, dispensando uso de produtos químicos durante o processo”, frisa Conceição.

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Um problema da cadeia do milho

O milho (Zea mays L.) é um dos alimentos mais presentes na dieta humana e animal e possui grande importância econômica e social. A elevada importância socioeconômica do milho pode ser evidenciada pela expansão da área de cultivo e seu uso extensivo em diversos produtos para rações e alimentos, produção de biocombustíveis e matéria-prima para diferentes indústrias.

De acordo com a estimativa do décimo levantamento da safra 2020/2021, no ranking mundial de produção de milho, o Brasil ocupa o terceiro lugar, com 109 milhões de toneladas, precedido apenas pelos Estados Unidos e China, com produção de 360,3 e 260,7 milhões de toneladas, respectivamente. O Brasil é o quarto maior consumidor do cereal com 70 milhões de toneladas anuais.

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Anualmente, 25% da produção mundial de grãos é acometida por micotoxinas, segundo estimativa da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) , conforme publicação dos autores Mari Eskola e equipe, na pesquisa Worldwide contamination of food-crops with mycotoxins: validity of the widely cited ‘FAO estimate’ of 25%, revista Food Science and Nutrition, em 2020 (Contaminação mundial de culturas alimentares com micotoxinas: validade da amplamente citada ‘estimativa da FAO’ de 25%).

Pesquisa realizada por Nicole J. Mitchell e sua equipe, em 2016, avaliou que a contaminação por aflatoxina pode causar prejuízos à indústria de milho que variam de US$ 52,1 milhões a US$ 1,68 bilhão anualmente nos Estados Unidos. A estimativa foi publicada no trabalho Potential economic losses to the US corn industry from aflatoxin contamination (Potenciais perdas econômicas para a indústria de milho dos EUA devido à contaminação por aflatoxina).

A pesquisadora da Embrapa Dagma Dionísia da Silva, coordenadora do projeto “Tecnologias para identificação, quantificação e mitigação de fungos toxigênicos e micotoxinas em grãos de milho” ressalta que “o milho é uma cultura altamente suscetível à infecção por fungos patogênicos”. “Essa infecção pode ocorrer tanto antes, quanto depois da colheita, comprometendo direta e indiretamente a qualidade dos grãos de milho e seus derivados, reduzindo sua qualidade sanitária e física, interferindo na sua classificação comercial e tornando os grãos impróprios para o consumo”, relata Silva.

“A contaminação de milho e de seus produtos com agentes microbiológicos patogênicos pode causar graves consequências aos consumidores, sendo motivo de grande preocupação em nível mundial. Por isso, nos últimos anos, a busca por alternativas para garantir a segurança dos alimentos tem sido o foco de ações internacionais", complementa a pesquisadora da Embrapa Valéria Queiroz.

Fotos: Renata Silva (plantação de milho) e Dagma Silva (milho com sintomas de podridão fúngica)

Sandra Brito (MTb 06.230/MG)
Embrapa Milho e Sorgo

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Em abril, a inflação do custo de produção de leite foi 1,21%, conforme o Índice de Custos de Produção de Leite – ICPLeite/Embrapa. A maior variação foi encontrada no grupo Sal mineral, que subiu 8,82% em comparação com o mês anterior. Também apresentaram variações positivas os grupos Sanidade (3,64%), Produção e compra de volumosos (1,81%) e Alimentação concentrada (1,32%).

No primeiro quadrimestre de 2021, o ICPLeite/Embrapa acumulou alta de 9,33%. Já em 12 meses, a inflação acumulada foi de 31,14%.

Veja essa análise no Boletim ICPLeite/Embrapa de abril de 2021 disponível no site do Centro de Inteligência do Leite.

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Equipe: Alziro Carneiro, Denis Teixeira, Fábio Diniz, Glauco Carvalho, João César de Resende, José Luiz Bellini, Kennya Siqueira, Lorildo Stock, Manuela Lana, Marcos Hott, Paulo Martins, Ricardo Andrade, Samuel Oliveira, Walter Magalhães Júnior.
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Os preços do leite e derivados registraram pequena valorização, influenciados pela piora na rentabilidade das fazendas, entressafra, redução da importação e aumento da exportação.

O grande desafio daqui em diante refere-se às margens no setor, já que houve queda tanto para o produtor como para a indústria nos últimos meses. No início de maio tivemos pequena recuperação nos preços no mercado Spot, bem como em derivados como UHT e queijo Muçarela, inclusive com reajustes ao consumidor.

Veja essa análise na Nota de Conjuntura de maio de 2021 disponível no site do Centro de Inteligência do Leite.

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A produção inspecionada de leite cresceu 1,3% no primeiro trimestre de 2021 em relação ao mesmo período de 2020. Esse aumento ocorreu mesmo com uma piora na rentabilidade do produtor de leite. No trimestre, foram necessários 27% a mais de leite para a aquisição de uma saca de 60 kg de mistura a base de milho e soja, na comparação com o primeiro trimestre do ano passado.

O preço do leite ao produtor registrou a primeira alta do ano em abril (+2,3%). Na balança comercial, o destaque foi o aumento das exportações, com boas vendas de leite em pó e queijos. As importações seguiram recuando pela conjuntura de maior preço internacional dos lácteos e melhor competitividade brasileira.

Veja esses dados completos no Boletim Indicadores Leite e Derivados de maio de 2021 disponível no site do Centro de Inteligência do Leite.

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