Uma simples lavagem com água corrente e enxague com água destilada pode não ser suficiente para eliminar certos contaminantes. Este procedimento é indicado para remoção de contaminantes como ácidos, bases, tampões ou solventes orgânicos. Entretanto, na presença de compostos como ésteres, lipídios ou ácidos graxos, pode haver a necessidade de um procedimento de remoção destes produtos com detergentes (surfactantes aniônicos), que são moléculas orgânicas com uma extremidade polar, hidrofílica e outra não polar, hidrofóbica. Devido a esta estrutura química, tais moléculas são capazes de transformar resíduos insolúveis em solúveis.Detergentes alcalinos livres de minerais têm custo elevado, e geralmente não são suficientes para uma completa descontaminação. Outros procedimentos podem ser necessários para tornar estes materiais reutilizáveis, tais como lavagens ácidas, autoclavagem ou assepsias químicas para remoção de microrganismos. Estes procedimentos podem ter um custo bastante elevado, chegando a ultrapassar o valor de mercado dos materiais reaproveitados. E se adicionarmos a estes custos o tempo gasto pelos técnicos para execução destes protocolos? Podemos adicionar ainda, a estes, o custo de oportunidade, ou seja, o tempo gasto para executar estas tarefas, que poderiam ser utilizados com outros procedimentos analíticos no laboratório. E a questão ambiental, se optarmos por descartar estes materiais e não lavar? Basicamente, todos estes materiais podem ser reciclados caso não contenham agentes biológicos patogênicos a seres humanos, que geralmente são descartados segundo as normas de biossegurança.E você, como base nas colocações acima, optaria por descartar ou lavar estes matérias de laboratório?
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