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A Embrapa e a empresa Agreenvir Soluções Biotecnológicas estão desenvolvendo um produto com dupla finalidade, apto a adubar as plantas forrageiras, ao mesmo tempo em que controla a infecção por vermes. O adubo nematicida já passou por testes em casa de vegetação e em campo experimental e foi capaz de reduzir a contaminação em 60%, quando comparada a um pasto não adubado, e em 71,84% em relação a um pasto onde foi utilizado adubo químico à base de ureia. Como adubo orgânico, o produto já está pronto para ir ao mercado, mas ainda precisa ser avaliado em área com animais sob pastejo.
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Em mais uma participação no Show Rural Coopavel, em Cascavel (PR), a Embrapa leva uma mostra de forrageiras voltadas para bovinos de corte e leiteiro. Entre os dias 7 e 11 de fevereiro, os visitantes podem conhecer o desempenho dos capins BRS Sarandi, BRS Piatã, BRS Quênia, BRS Paiaguás, BRS Zuri, BRS Ipyporã, BRS Tamani e BRS Integra.
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A publicação Fertilidade do solo em pastagem: como construir e monitorar, lançada pela Embrapa, conscientiza técnicos e produtores rurais sobre a importância de se fazer o manejo adequado de um dos mais preciosos recursos naturais não renováveis do planeta – o próprio solo, essencial para a segurança alimentar global.
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Produtores gaúchos apostam na pastagem de alfafa para garantir lucro com gado leiteiro

Para criadores, forrageira é sinônimo de produtividade leiteira, proteína e rendimento

Embrapa
Foto: Embrapa
Plantio de alfafa pode durar cinco anos ou mais

Tradicionalmente utilizada na produção de feno para alimentação de cavalos, a alfafa tem despertado a atenção dos produtores da Serra Gaúcha, interessados em diminuir o custo de produção e aumentar a produtividade do rebanho leiteiro. Outra vantagem, é que a forrageira perene garante alimento de qualidade o ano inteiro.

– Ela supre um vazio forrageiro na época em que nós não temos pastagens: outono e primavera – explica o agrônomo da Emater/RS-Ascar de Cotiporã, Valfredo Reali. 

O agricultor Lírio Dalmás, do município de Cotiporã, vem aumentando a área cultivada com alfafa ao longo dos anos e reduzindo o uso de concentrados, que oneram a atividade. O primo, Mauro Dalmás, seguiu pelo mesmo caminho. Em 2011, implantou dois hectares da forrageira, divididos em 20 piquetes para pastoreio. A variedade utilizada é a crioula, que está pronta para o pastejo ou corte a cada 40 dias, em média. 

– O momento adequado para o pastejo é antes de a cultura começar a florescer, quando tem o maior rendimento, e que tenha sobra de uns 10 centímetos para ela ter um maior rebrote – explica Mauro. 

Para garantir que a produção não seja afetada em caso de estiagem, o agricultor utiliza a irrigação.

– Como a minha propriedade é pequena, eu tenho que buscar o máximo por área, e com a alfafa eu vi que cada vaca teve um incremento de quatro litros por dia, então, sem alfafa eu não teria como me sustentar mais, me tornaria inviável – confessa Mauro. 

Com 20 animais em lactação, o acréscimo na produção leiteira chega a 80 litros por dia, uma diferença considerável. O aumento se deve ao alto valor nutritivo da alfafa, que faz com que seja conhecida como a “rainha das forrageiras”.

– Nós precisamos cada vez mais de pastagens boas e a alfafa se destaca nesse ponto. As análises indicam que ela tem 25% de proteína, e o produtor consegue chegar a uma alta produtividade. Então vejo esta forrageira, hoje, como muito importante na sustentabilidade da produção de leite – declara o técnico da Cooperativa Santa Clara, Claudir Vibrantz. 

Bem manejado, um plantio pode durar cinco anos ou mais. A forrageira também pode ser utilizada na forma de feno ou ser cortada e fornecida aos animais no cocho. O produtor Rogério Zanella, que tem 23 animais em lactação, optou pelo corte.

– Por ela dar mais rendimento e pelas vacas comerem melhor, porque largando no pasto elas pisoteiam bastante, estercam, e assim eu calculo que rende mais – afirma o agricultor. Após cada corte, ele utiliza adubação química, esterco líquido e cama de aviário. 

Para Zanella, a forrageira é sinônimo de produtividade leiteira, proteína e rendimento. Conforme o agricultor, poucas pastagens apresentam o rendimento da alfafa, entre aproximadamente 1 quilo e 1,5 quilos por metro quadrado por corte, em torno de 10 a 15 toneladas de massa verde por hectare.

– Com a alfafa, nós conseguimos hoje diminuir o consumo de concentrado, ter um aumento na produção de leite, reduzir o custo e melhorar a saúde ruminal do rebanho – conclui Vibrantz.

EMATER/RS

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