Pesquisador Marcelo Otenio mostra na prática a compostagem de carcaça de grandes animais
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Comentários
bom dia Marcelo Serpa, voce pode utilizar qualquer material que seja composto por celulose, para sobra de madeireiras voce deve estar atento para não utilizar o material muito fino, o que si da "planadeira" por exemplo é muito fino e não vai permitir a aeração.
Nesse processo de compostagem eu posso usar somente a sobra de madeireiras , tanto na base aonde vai a carcaça, como a cobertura da mesma??
Resposta do pesquisador Marcelo Otenio:
Bom dia José, muito boa e importante sua colocação. No desenrolar da proposta de trabalho vamos iniciar ainda no próximo ano um trabalho em parceria com a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Uma pesquisa para avaliar e controlar a eliminação de microorganismos pelo processo de compostagem. E um micro-organismo que nos preocupa é o clostridium. Segue como anexo um artigo que trata do assunto.
Quero lembrar que a compostagem é aeróbica e assim mesmo que seja no final do processo deverá haver uma inativação de bactérias anaeróbias como clostridium. Falta realmente comprovarmos que a compostagem vai impedir ou tambem inativar os esporos Bacterial%20survival%20studies%20to%20assess.pdf
Olá Marcelo!
Estive dando uma olhada no vídeo e como microbiologista veterinário, acredito que bactérias do genero Clostridium sobrevivam ao processo. Quando falo em Clostridium, falo de esporos que poderão persistir no ambiente após a decomposição. Acho que poderia ser feita a pesquisa de esporos nesta compostagem para verificar a sua sobrevivência. Mas acho que este problema poderia ser resolvido ao retirar algumas visceras internas como os proventriculos e intestinos. O conteúdo ruminal,reticulo e barrete poderia ser imediatamente esvaziado e devolvido ao campo.Os únicos problemas são os intestinos delgado, cecum e grosso. O restante de orgãos poderia ser deixado no interior da carcaça. Como este genero esta no interior do conteúdo dos proventriculos e intestinos se estas visceras forem retiradas estas bacterias não participarão do processo fermentativo e de autólise que ocorrerá na compostagem. Estas visceras poderiam ser enterradas a parte da compostagem ou realizar uma compostagem separadamente com elas.Assim, não haveria a possibilidade deste genero de bacterias sobreviverem ao processo!
O que você acha????
Vale a pena testar!!!
Abraços
José Francisco
Bom dia Ernando, muito bem colocada sua observação. O processo de compostagem é um processo gerado pela ação aeróbica dos micro-organismos ali presetnes, e esta ação bioquimicamente deve gerar calor e aumento de temperatura.
Iniciaremos para breve experimentos para acompanharmos o aumento e manutenção da temperatura da pilha, onde está a carcaça, e este aumento deve ser, para garantia da eliminação de miro-organismos patogênicos, maior que 60°C e por pelo menos 1 semana. A idéia é inserir sensores (sondas) de temperatura no interior da pilha e acompanhar o processo para termos a garantia do aumento e manutenção da temperatura alta na carcaça e no seu redor!
Oi Marcelo,
O vídeo ficou muito bom. Não observei nenhuma informação a respeito da temperatura. No processo de "compostagem tradicional" observamos um aumento considerável da temperatura. Neste processo também ocorre o aumento de temperatura?
Que legal o vídeo Marcelo!
Muito bem feito e explicativo!
Um abraço!