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Slides apresentações Workshop Compost barn

Dia 17/11/2016 foi realizado em Juiz de Fora/MG o Workshop Compost barn: Uma alternativa para confinamento de vacas leiteiras.

O evento foi realizado pela Embrapa Gado de Leite e transmitido ao vivo pela RepiLeite. Disponibilizamos abaixo link para download dos slides das apresentações dos palestrantes:

http://www.cnpgl.embrapa.br/downloads/publico/compost-barn.zip

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Ideas for Milk vai estimula a criação, a aceleração e o investimento em startups que busquem soluções tecnológicas para o mercado lácteo

9846969879?profile=originalUma competição entre empreendedores na busca pelas melhores inovações tecnológicas para o setor lácteo. Isso é o que pretende o Ideas for Milk, que terá as inscrições abertas no dia 1º de agosto. Podem participar equipes informais e startups já constituídas. Serão submetidas ideias de soluções web, mobile ou em hardware que apresentem inovações em modelos de negócio, produtos, processos, serviços e tecnologias. As propostas devem ter foco nas grandes áreas temáticas do agronegócio do leite, como insumos agropecuários, logística de captação e distribuição do leite, indústria de laticínios, mercado e consumidores finais.

Onze universidades que se destacam nas áreas de agrárias e Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) são correalizadoras das etapas locais: Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), USP de São Carlos, Universidade de Campinas (Unicamp), Pontifícia Universidade Católica de Minas e do Rio Grande do Sul (PUC-Minas e PUC-RS), e as universidades federais de Minas Gerais (UFMG), de Viçosa (UFV), de Lavras (UFLA), de Juiz de Fora (UFJF), de São Carlos (UFSCAR) e do Rio Grande do Sul (UFRGS).

O chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, afirma: "Ainda não encontramos em profusão soluções em softwares, aplicativos e hardwares que auxiliem nas atividades produtivas e que viabilizem precisão nas tomadas de decisões". Sobre o mercado de IoT (Internet das Coisas, da sigla em inglês), que tem como exemplos sensores e chips, ele comenta: "o agronegócio do leite brasileiro ainda não participa da quarta revolução industrial, a da Internet das Coisas".

DESAFIO NACIONAL – O Ideas for Milk será composto de três etapas. A primeira é a seleção das cinco melhores ideias inscritas em cada sede onde haverá uma Final Local. Serão oito Finais Locais e o ganhador de cada uma delas vai para a Final Nacional, que será realizada no dia 14 de dezembro, em Brasília.

O desafio reunirá profissionais do mundo do leite e do mundo das TICs para que se aproximem e criem oportunidades de desenvolver em conjunto inovações. O público alvo do evento é formado por empreendedores, estudantes, professores, pesquisadores e outros profissionais interessados no universo das startups.

STARTUP – O conceito de startup é definido pelo mercado como companhias e empresas jovens, que buscam explorar atividades inovadoras. São empreendimentos recém-criados, que primam pela inovação tecnológica em qualquer área ou ramo de atividade e buscam um modelo de negócio que atraia grande número de clientes e gere lucros em pouco tempo. Empresas como Google, Facebook, Uber e WhatsApp são exemplos de startups que alcançaram êxito mundial.

Aceleradoras, incubadoras e investidores-anjo que acreditem no modelo de negócio fazem parte do universo que impulsiona as startups na caminhada pelo sucesso. Martins explica que o Ideas for Milk irá proporcionar uma interface entre os empreendedores e quem pode ajudá-los a crescer, com ganhos para o agronegócio do leite.

A Embrapa Gado de Leite lidera a iniciativa com três unidades: Embrapa Informática Agropecuária, Embrapa Instrumentação e Departamento de Tecnologia da Informação. As empresas Litteris Consulting, Qranio e Carrusca Innovation fazem parte da realização. Para completar o ecossistema, empresas juniores, empresas de tecnologia, aceleradoras e investidores-anjo participam como apoiadores do Ideas for Milk.

As inscrições para o Ideas for Milk devem ser realizadas no site www.ideasformilk.com.br, entre os dias primeiro de agosto e 12 de outubro. Outras informações podem ser obtidas no próprio site e também na fanpage www.facebook.com/ideasformilk.

Carolina Rodrigues Pereira (Mtb 11055-MG)
Embrapa Gado de Leite
Fonte: Portal Embrapa

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Por Carlos Augusto de M. Gomide e Domingos Sávio C. Paciullo - Pesquisadores da Embrapa Gado de Leite

A intensificação da produção animal a pasto, observada nos últimos anos, tem sido a saída de muitos produtores para compensar o aumento dos custos dos fatores de produção como terra, mão-obra e mesmo do capital. Neste cenário, a busca por sistemas mais eficientes e com maior capacidade para aumento da produtividade é determinante para garantir a lucratividade da atividade pecuária, notadamente da pecuária de leite.

O pastejo rotacionado se adequa bem a esta realidade pois, por meio do maior controle da frequência de desfolha, ditada pelo período de descanso, e da intensidade de desfolha, determinada pela altura residual do pasto após o período de ocupação dos piquetes, é possível aumentar a eficiência de uso da forragem e, com isso, elevar a taxa de lotação e a produção de leite por área. Para Martha Jr. et al (2003), pelo maior controle do crescimento da planta, o pastejo rotacionado é mais indicado para gramíneas cespitosas de alto potencial de produção (capim-elefante, capimMombaça etc.) que têm sua perenidade comprometida quando submetidas a curtos intervalos entre desfolhas, mas que, sob longos períodos de crescimento, apresentam deterioração da estrutura do pasto (elevada proporção de hastes e de folhas mortas).

O pastejo rotacionado é definido como a divisão da pastagem em piquetes que serão pastejados de forma rotacionada pelo lote de animais. Assim, períodos de descanso, tempo que o pasto vai rebrotar após um pastejo, e períodos de ocupação, quando os animais permanecem no piquete para consumo ou rebaixamento do pasto, são os dois fatores do pastejo rotacionado que devem ser levados em conta pelo manejador da pastagem. Da combinação destes dois fatores resulta também o número de piquetes a serem utilizados, de acordo com a fórmula:

NP = PD/PO + X,

sendo: NP = Número de piquetes / PD = Período de descanso / PO = Período de ocupação e X = grupos de animais em pastejo.

Neste texto, consideramos apenas o efeito do período de ocupação dos piquetes sobre o sistema, embora o período de descanso também seja fundamental, tanto para controlar o crescimento do pasto, como para definir o número de piquetes necessários.

Em um sistema de pastejo rotacionado mais simples, o período de ocupação (PO) pode ser igual ao período de descanso (PD), em torno de 25 a 30 dias; chamado de pastejo alternado, onde são necessários apenas dois piquetes. Entretanto, em sistemas rotacionados tradicionais, buscando elevar a taxa de lotação e a produtividade, os períodos de ocupação variam desde um dia (ou ½ dia) até 7 dias. Mas quais são as vantagens e desvantagens destes extremos? Primeiro precisamos ter em mente que a forragem disponível no pasto deve atender às necessidades do rebanho ou de um determinado lote de vacas. Desta forma, se eu decido utilizar um longo período de ocupação para um lote de 20 vacas, por exemplo, é de se imaginar que precisarei de um piquete grande o suficiente para garantir forragem aos animais, teoricamente, até o último dia de ocupação. Já se este mesmo lote de animais for permanecer no piquete por apenas 1 dia, o piquete pode ser menor, mas o número de piquetes a ser feito aumenta consideravelmente. Na tabela 1, se observa o número de piquetes em função do período de ocupação, considerando um pastejo rotacionado com 21 dias de descanso.

Assim, pode-se ver que, com menores períodos de ocupação, há maior divisão da pastagem, aumentando os custos com cerca, bebedouros etc. Por outro lado, se tem melhor uniformidade de pastejo devido ao alto número de animais num piquete relativamente pequeno. Ou seja, não se observa grandes variações de altura do pasto após a saída dos animais. Com isso, não há necessidade de roçada do pasto ou, se o for, apenas pontos específicos de um piquete pequeno serão rebaixados. Outra vantagem é que a produção diária de leite também se mantem estável, uma vez que a dieta das vacas sofre pouca alteração com a troca diária de piquetes e ocorre melhor distribuição das fezes e urina e menor perda de forragem com áreas de malhadouro.

9846967263?profile=originalJá sob longos períodos de ocupação, de 7 dias, os animais experimentam, ao final do período, do 5º ao 7º dia, certa restrição alimentar, já que nestes dias há menor disponibilidade de folhas na pastagem; fração preferencialmente consumida pelos animais e de maior valor nutritivo. Outro ponto desfavorável de longos PO diz respeito ao pasto: no verão chuvoso e sob doses de adubação de cobertura relativamente altas, as gramíneas preconizadas para uso sob pastejo rotacionado apresentam alta taxa de crescimento. Isso faz com que, em poucos dias, de 5 a 7, haja considerável rebrotação das touceiras já pastejadas, levando os animais a repetirem o pastejo nestas touceiras, podendo leva-las ao esgotamento enquanto outras touceiras ficam “mal” pastejadas. Nesta condição, tem-se um pastejo desuniforme com pontos superpastejados e outros subpastejados, tornando a roçada uma prática frequente para controlar a estrutura do pasto para o seguinte ciclo de pastejo.


Períodos de ocupação intermediários, de 2 ou 3 dias, podem conciliar as vantagens apontadas para os dois extremos. Não existe uma recomendação geral para o uso de um ou outro período de ocupação e a decisão de qual utilizar vai depender de fatores como o nível de intensificação desejado, capacidade de investimento do produtor, da gramínea utilizada, do nível de produção das vacas e do nível de suplementação adotado, dentre outros.

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Fonte: Boletim Intelactus - Panorama do Leite/Junho 2016

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Atenção técnicos, gestores, produtores e profissionais que trabalham com as tecnologias de irrigação! Já se encontram abertas as inscrições para o primeiro IrrigaWeb – Capacitação em Uso e Manejo de Irrigação de 2016, ministrado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Os interessados já podem se inscrever acessando o formulário online disponível no portal da Embrapa – www.embrapa.br/ead.

Segundo o coordenador do curso, Frederico Ozanan Machado Durães, gerente-geral da Embrapa Produtos e Mercado, o IrrigaWeb é “um evento-âncora focado na Capacitação Técnica Estratégica sobre a temática Água na Agricultura e Agricultura Irrigada, e está integralmente constituído e configurado para um ambiente de aprendizagem virtual”.

O curso tem carga horária de 200 horas, distribuídas em módulos técnicos, testes-provas objetivas técnicas, videoconferências/oficinas online, vídeos técnicos e de divulgação sobre água na agricultura. Durães explica que os módulos técnicos e as videoconferências online tratam, basicamente, de quatro assuntos de referência:

1. Água na Agricultura e Agricultura Irrigada (água no continuum solo-planta-atmosfera);
2. Água x Disponibilidade x Balanço Hídrico (solo como caixa d´água armazenada e disponível);
3. Requisitos e condições para água pelas culturas (ETo, necessidades hídricas, dimensionamento de sistemas e métodos de irrigação); e
4. Aplicações de água e produtos na irrigação de cultivos.

Haverá um total de 500 vagas, todas gratuitas. Porém, os participantes serão selecionados a partir de critérios focados em um público-alvo de produtores de “tecnologias pelas águas” (técnicos, gestores, produtores e demais interessados da área privada e pública), considerando aspectos de utilidade para a produção irrigada; técnico-científicos; de suporte TIC – Tecnologia de Informação e Comunicação; e disponibilidade de tempo para realização online e finalização das atividades obrigatórias do IrrigaWeb. Dentre a seleção, serão considerados:

i) conhecimento técnico;
ii) experiência profissional;
iii) vinculação à atividade com agricultura irrigada e/ou algum perímetro irrigado ou similar;
iv) território (localização geográfica em regiões brasileiras);
v) demonstração sobre a importância desta capacitação para sua atuação profissional; dentre outros requisitos vinculados aos objetivos instrucionais deste evento-âncora e do potencial de utilização do conhecimento na área de agricultura irrigada.

Se você tiver alguma dúvida, entre em contato com a Embrapa Produtos e Mercado, no email: irrigaweb@embrapa.br.

Mas não se esqueçam: as inscrições ficarão abertas apenas até o próximo dia 21 de março! Corram, aproveitem!

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Brasília (2/3) - Conhecer a realidade do setor leiteiro e buscar soluções para que as cooperativas ampliem e fortaleçam sua relação com os produtores e com o mercado consumidor. Estes são os objetivos do Sistema OCB e da Embrapa Gado de Leite ao realizarem o segundo Censo do Cooperativismo de Leite. As entidades assinaram hoje de amanhã o acordo de cooperação que visa à realização da pesquisa. Os questionários do Censo serão enviados às cooperativas a partir de 4 de abril.

A assinatura foi feita durante a Reunião da Câmara de Leite do Sistema OCB, em Brasília, que também discutiu os cenários dos mercados interno e externo de insumos, como milho e soja, e do setor do leiteiro. O evento contou com a participação de representantes do Governo Federal, do Congresso Nacional e das cooperativas.

No último levantamento, realizado em 2003, as cooperativas eram responsáveis pela captação de 40% da produção de leite no Brasil, reunindo mais de 151 mil produtores. Entretanto, desde o primeiro levantamento, o mercado de lácteos tem passado por mudanças. Diante dos novos cenários, a Câmara de Leite do Sistema OCB deliberou que a segunda edição do censo irá abordar:

- Participação das cooperativas no mercado de leite;
- Perfil dos associados;
- Negócios e modelos;
- Serviços e assistência técnica;
- Visão de futuro.

PARCERIA – Segundo o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, a Embrapa é uma instituição que merece ser reconhecida como irmã do cooperativismo. "Desde a primeira edição do Censo, em 2003, o suporte científico oferecido pela Embrapa tem sido fundamental. Não tenho dúvida de que esta parceria apresenta resultados para nossos cooperados", enfatiza Freitas. O líder cooperativista diz que o censo será uma oportunidade de o setor leiteiro construir um cenário melhor para os próximos anos. "É necessário aceitar a tarefa de um protagonismo mais intenso, fazendo nosso dever de casa e distribuindo as tarefas tanto no âmbito do Executivo quanto do Legislativo", reforça.

FORÇA DA UNIÃO – O presidente da Embrapa, Maurício Lopes, ressaltou que a parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras é fundamental para desenvolver a agropecuária nacional. "Temos muita sinergia com a OCB. Nossa intenção é estar cada vez mais próximos do movimento cooperativista, que pode ser definido em uma palavra como capilaridade", reconhece Lopes. Segundo ele, o Censo "permite a elaboração de ações efetivas para o setor leiteiro, tão cheio de desafios. E, conhecendo a realidade, será possível traçar os passos para um futuro mais produtivo".

EXPECTATIVA – "O mesmo setor que fatura, anualmente, cerca de R$ 80 bilhões, expulsa um produtor do campo a cada 11 minutos. Estamos falando do setor leiteiro. Por isso é tão importante conhecer as especificidades desta cadeia, a fim de encontrar respostas para esta e muitas outras questões", explica o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite. Ele defende que as cooperativas são o melhor caminho para obter tais respostas, já que operam na redução de problemas sociais causados pelas condições econômicas. "Somos testemunhas do quanto esta cadeia passou por melhorias depois que realizamos o primeiro censo", complementa.

EXPORTAÇÃO – "Nossa principal preocupação continua sendo o mercado internacional. Temos uma indústria moderna, perfeitamente nivelada com os patamares americano e europeu. Nossa função é encontrar saídas, mecanismos para crescer com segurança e sustentabilidade", afirmou o coordenador da Câmara de Leite do Sistema OCB, Vicente Nogueira.

O secretário do Produtor Rural e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Caio Rocha, também destaca a capacidade do país para conquistar o mercado internacional: "Ao longo do tempo, diversas foram as distorções do setor e nós precisamos trabalhar para corrigi-las. Para se ter uma ideia, é preciso estimular a exportação de lácteos, considerando que cresce, anualmente, 4%, ao passo que o consumo aumenta 3%. É por isso que a ministra Kátia Abreu tem feito deste assunto um item permanente da pauta do Ministério da Agricultura."

PARTICIPAÇÃO – O evento contou também com a participação dos deputados: Celso Maldaner (SC), presidente da Frente Parlamentar da Bovinocultura de Leite; Valdir Colatto (SC), representante do Ramo Agropecuário na Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop); e Domingos Sávio (MG), representante do Ramo Crédito na Frencoop. O diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, José Luís Vargas, também prestigiou o evento.

Aurélio Prado (OCB)
Fonte: Site Embrapa Gado de Leite

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9846965060?profile=originalO teor de matéria seca é a informação que se precisa para determinar o ponto de ensilagem das plantas, como o capim-elefante, sorgo e milho. Serve também para medir a quantidade de forragem em uma pastagem. O teor de matéria seca ideal para ensilagem é aquele que permite uma boa compactação da massa verde, fermentação fácil e menores riscos de perdas. O teor de matéria seca varia conforme tipo e idade da planta, umidade no solo etc.

Atualmente, nos grandes centros urbanos, existem laboratórios de análise de alimentos que avaliam o teor de matéria seca em forrageiras. O tempo gasto para enviar mostras e receber os resultados do laboratório pode ser longo e o custo alto. No comércio, há equipamentos que medem o teor de umidade da forrageira rapidamente, mas o custo destes equipamentos é alto. Como alternativa, pode ser utilizado o método do forno de micro-ondas.

O objetivo desta publicação é apresentar detalhadamente um método rápido, de baixo custo para o produtor e com boa eficiência para medir o teor de matéria seca da forragem. 

Para fazer o download clique aqui

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No próximo dia 21 (quinta-feira), a segunda edição do Dia de Campo sobre silagem de milho e sorgo organizado pela Embrapa em parceria com a Riber/KWS irá apresentar seis temas. A proposta é compartilhar informações com produtores de leite interessados em aumentar a qualidade da silagem e evitar desperdícios no custo de produção.

O evento será no Campo Experimental José Henrique Bruschi da Embrapa Gado de Leite, das 13h às 17h. São esperados mais de 200 produtores da região da Zona da Mata Mineira, que poderão se inscrever gratuitamente no próprio local.

As estações reúnem pesquisadores de duas unidades da Embrapa – Milho e Sorgo e Gado de Leite – e também técnicos Riber/KWS. Abordam aspectos nutricionais de uma silagem boa, questões relacionadas ao plantio e à colheita das culturas, manejo integrado de pragas e integração de lavoura e pecuária.

O milho e o sorgo têm sido os alimentos mais utilizados para produção de silagem devido à facilidade de cultivo e alta qualidade da silagem, que dispensa o uso de aditivos para fermentação. A cultura do milho tem maior prevalência na bovinocultura leiteira, pois conta com sistema de produção já definido, produção adequada de matéria seca, alto valor energético e consumo voluntário elevado. Entretanto, o sorgo é capaz de tolerar melhor períodos secos, com possibilidade de rebrota, o que justifica sua atratividade.

Dia de Campo Silagem Milho e Sorgo
Data: 21 de janeiro de 2016
Horário: das 13h às 17h
Local: Embrapa Gado de Leite / CEJHB (Rodovia MG 133, km 42, Zona Rural / Coronel Pacheco - MG
Público: produtores ruruais e técnicos de assistência e extensão

Programação:
1. Por que fazer uma silagem boa? - Thierry Ribeiro Tomich – Embrapa Gado de Leite
2. Manejo integrado de pragas – Ivenio Rubens de Oliveira – Embrapa Milho e Sorgo
3. Ponto de colheita / Qualidade da silagem – Jackson Silva e Oliveira – Embrapa Gado de Leite
4. Adubação na cultura de milho e sorgo para silagem – Dimas Antônio Del Bosco Cardoso – Riber/KWS
5. Plantabilidade: distribuição, regulagem de máquinas, plantio – Lucas Miranda – Riber/KWS
6. Integração Lavoura Pecuária - Ramon Costa Alvarenga – Embrapa Milho e Sorgo

Carolina Rodrigues Pereira (MTb 11055-MG)
Embrapa Gado de Leite
gado-de-leite.imprensa@embrapa.br
Telefone: (32) 3311-7548
Fonte: https://www.embrapa.br/gado-de-leite

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  • Planejamento Alimentar na Bovinocultura Leiteira
  • Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF)
  • Integração Lavoura-Pecuária
  • Consórcio Milho-Braquiária 
  • Adubação Verde e Plantio Direto em Sistemas de Base Agroecológica
  • Compostagem


Essas e outras tecnologias para a Agricultura Familiar estão disponíveis em uma publicação especial da Embrapa lançada em outubro de 2015, que está em sua 2ª edição, revisada e ampliada.


Para fazer o download clique aqui.

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Cerca de 100 pessoas participaram dos Dias de Campo sobre Pecuária Sustentável, realizados na Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos/SP), nos dias 15 e 16 de outubro.

Na quinta-feira, 30 jornalistas do estado de São Paulo conheceram as iniciativas em andamento para tornar a pecuária mais sustentável. Na sexta-feira (16), 75 autoridades políticas, lideranças do agronegócio e representantes de empresas públicas e privadas participaram do evento.

A sustentabilidade pecuária é um conjunto de práticas para a criação de animais, utilizando técnicas que reduzem os danos causados à natureza. Está diretamente relacionada ao desenvolvimento econômico, social e material, sem agressão ao ambiente, usando os recursos naturais de forma inteligente, para que eles se mantenham no futuro.

Os participantes puderam verificar in loco os avanços em sistemas de integração lavoura-pecuária (ILP), integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF); pesquisas com gases de efeito estufa; cálculo da pegada hídrica do leite; qualidade da carne; e, melhoramento genético em bovinos e ovinos, este último em especial para a região Sudeste do Brasil.

Vantagens no uso de sistemas ILP e ILPF

Os sistemas ILP e ILPF integram diferentes culturas para aumentar a produtividade de maneira sustentável. Trata-se de unir atividades agrícola, pecuária e/ou florestal, na mesma área, em cultivo consorciado, em sucessão ou rotação. Tecnicamente este sistema recupera áreas degradadas, reduz riscos de erosão, traz eficiência no uso de insumos, desenvolve pastagens com melhor qualidade e maior quantidade, aumentando a capacidade de suporte de animais, além de garantir bem-estar animal pelo conforto térmico e incrementar a produção de carne e leite por hectare.

Economicamente foi demonstrado que os sistemas ILP e ILPF diversificam a produção, gerando renda e reduzindo riscos do produtor; aumentam a produção de alimentos, fibras, biocombustíveis e biomassa, com menor custo; fazem melhor uso da terra; aumentam a competitividade dos produtos agropecuários nos mercados nacional e internacional; estimulam mercados regionais de serviços, insumos e produtos; e, tornam viável a produção agropecuária com adequação ambiental.

Mitigação de gases de efeito estufa na pecuária

A partir da adoção de sistemas integrados e melhores técnicas de manejo, é possível reduzir a emissão de gases de efeito estufa na pecuária. Pesquisas apontam que as principais tecnologias para garantir o desenvolvimento sustentável da pecuária englobam, dentre outros, a recuperação de pastagens degradadas, boas práticas de manejo da planta forrageira e do animal, uso adequado de insumos, melhoramento genético animal, boas práticas de manejo da água, adoção de sistemas integrados de produção (ILPF, ILP, IPF), balanceamento correto da dieta animal, uso de aditivos e o manejo racional dos dejetos animais, que englobam a fertirrigação, biodigestores e fabricação de fertilizantes organominerais.

Pegada hídrica na produção animal

É o indicador de quanta água é consumida, direta e indiretamente, usada na produção de um produto, medida ao longo de toda a cadeia produtiva. A Embrapa desenvolve pesquisas que aplicam o método buscando o valor real para as condições produtivas brasileiras. A média global é de cerca de 15 mil litros para cada quilo de carne produzido. Porém, este não é um valor fixo. Pode-se ter pegada hídrica de 150 litros de água por kg/carne bovina ou de 15 mil litros, a depender se leva em consideração toda a água usada no processo, desde a quantidade consumida na produção do alimento dado ao animal até a utilizada no abate, ou se o cálculo é somente de parte deste processo. O valor depende do sistema de produção,  tipo de animal, composição e origem dos alimentos e formas de uso da água - consumo animal, irrigação, resfriamento e lavagem. O resultado pode subsidiar a formulação de práticas no campo e de políticas públicas sobre o uso da água.

Melhoramento genético e qualidade da carne

Fatores como raça, dieta, maturação, modo de preparo e localização do corte no corpo do animal têm influência nos aspectos sensoriais da carne. Foram apresentadas as estratégias genéticas para melhorar a eficiência de produção e da qualidade da carne bovina no Brasil, abordando dados sobre peso, idade de abate e maciez de bovinos terminados em pastagens, bem como o desempenho de bezerros terminados no pasto e em confinamento. Dados sobre a maciez da carne submetida a diferentes tempos de maturação também foram apresentados.

O mercado brasileiro demanda produtos de origem ovina em quantidade e qualidade. O aumento na disponibilidade desses produtos pode ser obtido pelo aumento do número de animais em produção e/ou pelo aumento de produtividade. Pesquisas sobre melhoramento genético de ovinos para a região Sudeste realizam cruzamentos entre as raças Santa Inês, Dorper, Ile de France e Texel, bem como estratégias de manejo desses animais. O objetivo é extrair o melhor geneticamente de cada raça para obter animais adaptados às condições da região Sudeste, com produção eficiente de carne e pele de qualidade.

Para o jornalista Luís Garmendia, o Dia de Campo serviu para mostrar as tecnologias e ter a certeza que existe um caminho certo para o país - do trabalho e da seriedade. "Existe um Brasil que dá certo, que é exemplo. E este Brasil está na Embrapa", destacou.

Para o diretor da ABAG/Ribeirão Preto, Marcos Matos, foi um dia de muito aprendizado. O deputado federal Lobbe Neto parabenizou o trabalho sério e importante da Embrapa. "Como parlamentar, sempre procuramos apoiar o trabalho desenvolvido pelas duas unidades da Embrapa em São Carlos. Agora, voltando ao Congresso Nacional, podem continuar contando comigo", afirmou o deputado.

Os dois dias de campo foram realizados com apoio das empresas integrantes da Rede de Fomento ILPF, uma parceria entre as empresas Cocamar, Dow AgroScience, John Deere, Parker, Syngenta, Schaeffler e a Embrapa. O objetivo principal é o de acelerar uma ampla adoção dos sistemas de integração lavoura-pecuária‑floresta como parte de um esforço visando à intensificação sustentável da agricultura brasileira.

Cristiane Fragalle 
Embrapa Pecuária Sudeste 
 
Telefone: (16) 3411 5625

Fonte: Portal Embrapa

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O XIII Congresso Internacional do Leite foi realizado de 28 a 30 de julho de 2015 em Porto Alegre/RS. Participaram do evento 1.200 pessoas de 19 estados, além do Distrito Federal, e cinco países: Colômbia, Holanda, Uruguai, Argentina e Itália. Entre o público estavam imprensa, produtores, pesquisadores, laticinistas, cooperativas, autoridades e demais stakeholders do setor. 

Foram debatidos temas como mercado nacional e internacional de lácteos, assistência técnica e extensão rural, mão de obra no campo, sucessão e herança na propriedade leiteira, reprodução, reaproveitamento de água residuária em sistemas de produção, gestão de propriedade, sustentabilidade, gestão ambiental, ILPF, boas práticas, qualidade do leite, governança no agronegócio, políticas públicas, benefícios do consumo de lácteos, novos produtos e probióticos.

Palestras, anais, fotos e outras informações do Congresso podem ser acessadas no endereço https://www.embrapa.br/gado-de-leite/congresso-internacional-do-leite



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Reportagem exibida pelo programa Globo Rural do dia 14/6/2015 mostra que se bem administrada, a produção de leite pode ser um negócio vantajoso e que o sucesso do produtor depende de uma boa gestão e de tecnologia.

Em 2014, a Bolsa de Valores de São Paulo fechou com resultado negativo de quase 3%. Quem aplicou em poupança teve rendimento de 7% no acumulado do ano passado. Já o dólar valorizou pouco mais de 13%, e o ouro 14%. Já entre os produtores de leite pesquisados pela Embrapa, teve gente que conseguiu quase 24% de retorno sobre o capital investido.

Para o Chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo, o resultado dessa pesquisa não pode servir de base para toda a cadeia produtiva do leite, mas pode ensinar muita coisa para quem ainda patina no negócio.

“Quando a gente afirma que tem produtor que está ganhando o dobro de dólar e ouro, não significa dizer que todos os produtores do Brasil ganharam muito dinheiro, ao contrário, boa parte dos produtores que perdem dinheiro está relacionado à falta de gestão”, fala.

A reportagem completa, que tem 7 minutos, pode ser acessada no site do Globo Rural pelo link abaixo:


http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2015/06/pecuaristas-de-leite-investem-em-planejamento-e-aumentam-os-lucros.html

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Abaixo link para download de cartilhas produzidas pela equipe da Embrapa Gado de Leite.

Esta coleção é elaborada a partir de textos científicos de interesse prático e imediato dos produtores rurais, com a linguagem adaptada ao dia a dia no campo. 

As cartilhas tem como objetivo auxiliar a melhoria das condições de trabalho, produção e produtividade agrícola e também servem de apoio pedagógico para a interlocução entre extensionistas e produtores rurais.

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Estão abertas as inscrições e a submissão de trabalhos científicos para a 13ª edição do Congresso Internacional do Leite. O evento será realizado nos dias 28 e 30 de julho em Porto Alegre/RS e é organizado pela Embrapa Gado de Leite, Instituto Gaúcho do Leite e parceiros.

Mais informações no site do evento: http://www.congressoleite.com.br


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9846965499?profile=originalO sequenciamento do genoma da raça bovina Gir Leiteiro está concluído. O feito tem importância histórica, já que é o primeiro sequenciamento do genoma de um mamífero feito por equipe 100% brasileira. O avanço científico também traz perspectivas muito otimistas para o setor produtivo, pois completa a outra metade do quebra-cabeça que forma a genética do Girolando. Este híbrido das raças Gir e Holandesa é responsável por mais de 80% do leite produzido no Brasil. A cadeia leiteira detém o maior faturamento do agronegócio nacional e é a que mais gera emprego, principalmente no interior, já que apenas 50 municípios não produzem leite no país.
 
O genoma da vaca holandesa foi sequenciado em pesquisas nos Estados Unidos. É o animal de produção cujas pesquisas genômicas estão mais adiantadas e com melhores resultados na aplicação comercial. Agora, com as informações sobre o DNA da raça Gir organizadas, o trabalho de sequenciamento do genoma do Girolando será simplificado. A expectativa é que o resultado seja obtido em um ano, enquanto o sequenciamento do genoma do Gir levou quatro anos para ser concluído, envolvendo pesquisadores da Embrapa, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Fiocruz-Minas.
 
O pesquisador Marcos Vinícius da Silva, líder do projeto na Embrapa Gado de Leite, explica como se dá o processo, comparando o DNA a um quebra-cabeça: "O genoma já sequenciado das raças puras seriam a foto que vem na caixa do jogo e que serve de guia para a montagem. Temos então duas fotos: a do Gir e a do Holandês. Partes do quebra-cabeça do Girolando vão seguir a foto do Gir e outras partes seguirão a foto do Holandês. Importante lembrar que são guias apenas. Isto porque o processo de evolução pode gerar novas mutações".
 
Os estudos levam à identificação dos genes que conferem a animais Gir maior tolerância ao calor e mais resistência a doenças, enquanto genes do Holandês respondem pela maior produção de leite. Mas qual é o impacto para o setor produtivo destes avanços da ciência? Neste contexto, basta compreender que será possível acelerar os ganhos genéticos e otimizar os sistemas produtivos em fatores como produtividade, qualidade do leite e saúde animal.
 
Na medicina, estudos do DNA humano já permitem a execução de procedimentos preventivos para eliminar riscos de desenvolver doenças herdadas geneticamente. Também permitem determinar a dieta e o programa de exercícios físicos adequados com base nas informações genéticas individuais do metabolismo. A precisão que começa a transformar a maneira de o homem lidar com sua saúde também poderá transformar a produção no agronegócio.
 
DNA Mitocondrial
 
Outra conquista científica foi o sequenciamento do genoma das mitocôndrias dessas raças. Cada célula carrega informações genéticas no núcleo – DNA nuclear – e também no citoplasma – DNA mitocondrial. Este é menor e com poucos genes em relação ao núcleo, porém porta as características de herança materna, enquanto no núcleo são obtidas as informações herdadas do pai. O genoma mitocondrial está relacionado à possibilidade de se verificar a origem do indivíduo, também a de algumas doenças e processos que envolvem grande demanda energética, como a produção de leite. Foram identificadas diferenças relevantes entre os genomas mitocondriais das raças zebuínas, caso do Gir Leiteiro e do Guzerá, quando comparados com raças taurinas, como o Holandês. 
 
Ferramentas genômicas
 

Com o genoma sequenciado, o grupo de pesquisa atua no desenvolvimento de ferramentas para a seleção de indivíduos com foco no melhoramento genético das raças. Silva explica que já identificaram variantes específicas nos genes do Gir relacionados às características de maior importância econômica: tolerância ao calor, resistência a doenças e metabolismo de lipídios da glândula mamária, que influenciam a concentração e a secreção de lipídios no leite e também o volume da produção leiteira.

Em julho deste ano, essas ferramentas genômicas serão aplicadas na prova de pré-seleção para o Sumário Brasileiro de Touros, uma publicação anual do Programa Nacional de Melhoramento de Gir Leiteiro que ranqueia os indivíduos pelo mérito genético. Embrapa, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Fiocruz-Minas, juntamente com a Associação Brasileira de Criadores de Gir Leiteiro (ABCGIL) estudam um modelo de negócio para que as ferramentas também sejam disponibilizadas no mercado, visando a atender, principalmente, a produtores e centrais de inseminação.

O mesmo caminho será percorrido em relação ao gado Girolando. A perspectiva é disponibilizar até o início de 2016 as primeiras ferramentas associadas a genes de importância econômica para a raça. A solução permitirá que, a partir de um investimento relativamente baixo, os produtores sejam recompensados por evitar que animais geneticamente inferiores sejam incorporados ao rebanho.

Os resultados científicos relatados foram obtidos em pesquisas financiadas por Fapemig, CNPq e Embrapa. Contam com apoio da Secretaria do Estado de Ciência Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais (Sectes/MG), Polo de Genética, Polo de Excelência do Leite, Epamig, Centro Brasileiro de Melhoramento do Guzerá (CBMG) e as associações de Criadores ABCZ e ABCGIL.

 
Viabilidade econômica
 
As diferentes técnicas de seleção, advindas da genética tradicional, da genética molecular e da genômica, são usadas como estratégias complementares no melhoramento de raças. Uma aplicação prática pode ser feita na incorporação de novos indivíduos ao sistema produtivo.
 
Em bovinos leiteiros, a taxa de substituição gira em torno de 20 a 25%. Se um produtor tem 100 vacas em lactação, por exemplo, irá descartar 20 vacas no ano seguinte e deve substitui-las por novilhas geneticamente superiores. Em um plantel de 50 novilhas, é indicado fazer uma avaliação genética tradicional, reduzindo o grupo de interesse para 30 novilhas e, só então, genotipar esses indivíduos. A associação das técnicas garante a eficiência tecnológica e econômica da estratégia de seleção.
 
Outra tecnologia, os chips de DNA, tornou possível maximizar os ganhos genéticos por meio da redução do intervalo de gerações e do aumento da intensidade de seleção. A ferramenta pode ser usada para genotipar, por exemplo, touros testados para banco de sêmen, vacas destinadas para leilão e até mesmo embriões. Assim, não é preciso esperar nove meses de gestação até o nascimento para executar a avaliação genética.
 
Carolina Rodrigues Pereira  (MTb 11055-MG) 

Embrapa Gado de Leite 
 
Telefone: (32)3311-7548

Fonte: Portal Embrapa

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O CAR é o registro público eletrônico das informações ambientais dos imóveis rurais. Tem como objetivos promover a identificação e integração das informações ambientais das propriedades e posses rurais, visando ao planejamento ambiental, monitoramento, combate ao desmatamento e regularização ambiental.

Para acessar uma cartilha com orientações básicas sobre o CAR clique aqui.

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A Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, lançou nesta quarta-feira (11), um hotsite especial na internet com as principais informações sobre os efeitos da crise hídrica na agricultura brasileira. Acesse o site.

"Vamos mostrar como técnicos e produtores rurais poderão fazer uma gestão mais racional da água nas suas propriedades", disse a ministra. “Graças ao notável trabalho dos nossos técnicos, cientistas e especialistas temos inúmeras informações que vamos compartilhar com os produtores e a sociedade brasileira”, completou.

As informações são de extrema relevância e foram organizadas na Embrapa, Agência Nacional de Águas (ANA), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e nstituto Nacional de Meteorologia (Inmet). “Reunimos uma força-tarefa e vamos prestar informações qualificadas, inéditas e de utilidade pública à sociedade brasileira”, resumiu a ministra.

Além de soluções tecnológicas para o melhor uso da água na produção vegetal e na criação de animais, o Hot Site vai relacionar projetos de pesquisa em andamento que estão buscando maneiras inovadoras e diferentes para captar e armazenar água da chuva nas diferentes formas de irrigação.

Outro destaque será o link Observatório Safra 2014/2015, que traz informações inéditas, com análise dos impactos atuais e potenciais da crise hídrica sobre a agricultura e o abastecimento de alimentos no Brasil.

O desafio do uso da água na agricultura brasileira

O conhecimento científico gerado nas últimas décadas comprova ser possível utilizar água na agricultura com racionalidade e sem desperdício. Diante da crise hídrica em regiões importantes do Brasil, é fundamental que a sociedade tenha acesso a este conhecimento.

No site é possível encontrar soluções tecnológicas desenvolvidas ou adaptadas para diferentes biomas, que mostram como usar a água na produção vegetal e na criação animal.

Muitas dessas tecnologias já estão amplamente sendo adotadas no campo, outras começam a despertar a atenção de produtores rurais.

Também estão relacionados projetos de pesquisa em andamento que estão buscando maneiras inovadoras e diferentes para captar e armazenar água da chuva e aproveitar ainda mais esse bem nas diferentes formas de irrigação.

São informações públicas geradas na forma de publicações, vídeos e notícias.

Por fim, o link Observatório Safra 2014/2015 traz informações inéditas, com análise dos impactos atuais e potenciais da crise hídrica sobre a agricultura e o abastecimento de alimentos no Brasil.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

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9846959654?profile=originalA avaliação da condição corporal (CC) de bovinos vai contar com um grande aliado no Brasil. A Embrapa Rondônia desenvolveu um dispositivo formado por duas réguas de 20 centímetros cada uma, com 4,4 centímetros de largura e articuladas de maneira a formar a angulação de 0° a 180°. Por meio desse equipamento o próprio produtor pode monitorar o rebanho de forma rápida e precisa. Chamado Vestcore, é um instrumento simples que deverá ser útil particularmente para pequenos produtores, como os de gado leiteiro. Não há no mercado nenhum instrumento similar para a avaliação da condição. Hoje, para se obter dados de condição corporal dos animais, geralmente é utilizado o método visual, subjetivo e de pouca precisão. A outra opção são programas de imagem ou ultrassonografia, com o apoio de profissionais especializados a um custo mais alto, inacessível a pequenos produtores.

O Vetscore foi inspirado no goniômetro, instrumento circular com 180º ou 360º, utilizado para medir ou construir ângulos. O mais famoso goniômetro é o transferidor, muito popular no ensino escolar. O Vestcore desenvolvido pela Embrapa Rondônia foi validado para as raças nelore e girolando. Com a continuidade dos trabalhos, o pesquisador aponta que poderá haver um Vetscore para cada raça, tornando a tecnologia ainda mais eficiente.

O manuseio do Vetscore é fácil e ele deverá ser oferecido a menos de R$ 10,00. A tecnologia terá maior impacto para pequenos produtores de leite. Geralmente eles possuem menos acesso a técnicos treinados para fazer a avaliação visual da condição corporal, poucos recursos para investirem em avaliação por imagem (alto custo) e o setor leiteiro conta com a peculiaridade de as fêmeas estarem mais sujeitas a alterações da condição corporal em função do pré-parto, parto e pós-parto, portanto, a avaliação da CC é uma informação valiosa para evitar perdas.

"Uma ferramenta simples de usar e a gente vê o resultado na hora. Então, sei o que tenho que fazer com o rebanho. Quando a gente vê a olho, muitas vezes a perda já está muito grande. Com essa ferramenta é possível saber logo o que tem que fazer. Tudo isso conta ainda mais para o pequeno produtor de leite que trabalha com o orçamento sempre apertado. Com certeza, vou usar", diz, animado, o produtor de leite Gilsonmar Aguiar, que testou o Vetscore em seu rebanho em Porto Velho (RO) e se surpreendeu com a simplicidade de uso da tecnologia.

Para fazer a avaliação com o Vestcore, o animal deve ser recolhido em local onde possa ser contido e manuseado sem apresentar riscos ao avaliador e ao próprio animal. Feito isso, o Vetscore deve ser posicionado sobre a garupa do animal, entre a última vértebra lombar e a primeira vértebra sacral, e ser lentamente fechado até que suas réguas estejam em maior contato possível com a pele do animal. A leitura da condição corporal em que o animal se encontra é indicada por cores no visor: vermelha (baixa), verde (adequada) e amarelo-alaranjada (alta). A utilização da escala por cores facilita a avaliação imediata do animal e torna-se mais rápida e prática ao produtor, principalmente ao avaliar muitos animais. Com essas informações em mãos e associadas às práticas agropecuárias adequadas, o produtor pode atingir o máximo de eficiência do rebanho e, consequentemente, maior retorno econômico.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Rondônia e inventor do Vetscore, Luiz Pfeifer, a simplicidade e a eficiência dessa tecnologia fazem dela uma grande aliada do pecuarista. "Nossa recompensa como pesquisadores é ver que a tecnologia que desenvolvemos é útil e vai ser adotada no campo e, principalmente, por pequenos produtores, que terão acesso a informações importantes sobre o rebanho para poderem agir em tempo, evitando prejuízos e proporcionando condições para ganhos maiores", conta Pfeifer.

A maioria das patentes sobre escore de condição corporal de bovinos se baseia no uso de imagens da garupa dos animais. Elas demandam alta tecnologia, conhecimento específico e podem demorar para dar o resultado. O Vetscore deverá chegar ao mercado como um dispositivo de baixo custo e confiável, de simples utilização e resultado imediato. Pfeifer revela que foi realizado o depósito de patente junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). A Embrapa estuda estratégias para disponibilizar o produto no mercado.

Tecnologia de forte impacto para pequenos produtores

O maior impacto esperado dessa tecnologia é o seu uso em pequenas propriedades, pois, além do baixíssimo custo, é de simples utilização e oferecerá ao produtor informações para que ele possa realizar a tomada de decisão quanto ao planejamento do manejo, o monitoramento do estado do rebanho e a identificação dos possíveis problemas de saúde, que podem ser rapidamente solucionados, evitando perdas. Para mostrar o impacto do equipamento, Luiz Pfeifer cita o caso de Rondônia, em que a pecuária de leite é considerada um dos setores mais importantes do agronegócio do estado. Ali, um dispositivo como o Vetscore seria ferramenta importante para auxiliar o pequeno produtor em suas decisões e em como investir melhor os recursos no rebanho. Isso se reflete também no restante do País.

Dados divulgados pela Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron, 2013) mostram que a cadeia produtiva do leite no estado é formada por cerca de 34 mil produtores, estando associada diretamente à geração de renda para a agricultura familiar. Levantamentos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2012) apontam que o rebanho de Rondônia é o 8º do País e o 2º da região Norte. O estado tem ainda uma média de produção acima de 2,2 milhões de litros de leite por dia, sendo considerado o maior produtor de leite da região Norte e o 9º do País. No entanto, a produção média por animal diária (4,4 litros) ainda é baixa. É neste contexto que se destaca a importância do uso de tecnologias e práticas simples que podem mudar a realidade da produção de leite do estado e da qualidade do rebanho. Então, se o produtor tem acesso a um dispositivo com o qual ele consegue comprovar que está ocorrendo perda ou ganho excessivo à condição corporal do animal, ele pode, imediatamente, incrementar a alimentação da vaca, revertendo o quadro. O Vetscore foi desenvolvido e validado em Rondônia, no entanto, pode ser adotado por todos os pecuaristas do Brasil.

O pesquisador Luiz Pfeifer recomenda que a avaliação do rebanho com o Vetscore seja realizada quinzenalmente, pois, por meio do adequado uso da informação obtida, o proprietário terá o máximo retorno com cada animal. As ações de manejo permitirão, por exemplo, que as fêmeas retornem logo ao cio após o parto e, consequentemente, melhorem as taxas de serviço e concepção logo após o período voluntário de espera (PVE – Período de Descanso do Animal Após o Parto). Se usado adequadamente, essa prática pode ainda representar um ganho na produção de leite do rebanho, pois quanto maior a eficiência reprodutiva, maior será a produção de leite ao longo do tempo. Pfeifer exemplifica que, em vez das fêmeas terem um parto a cada 22 meses – média no estado de Rondônia –, as fêmeas podem ter um parto a cada 14, ou 16 meses, se adotadas as medidas nutricionais adequadas.

Além disso, estima-se que a média de partos por ano pode passar de 0,54 para 0,75. Ao contabilizar apenas este ganho, somente em Rondônia, pode-se chegar facilmente a um aumento anual de cerca de 200 milhões de litros de leite por ano. Ao contabilizar o litro do leite a R$0,65, pode haver um incremento de R$ 130 milhões no agronegócio do leite no estado. Elevando este comparativo a níveis nacionais, o impacto pode ser ainda maior. "Oferecer aos produtores acesso às informações mais precisas sobre seu rebanho é um incentivo para que eles sigam em frente, buscando sempre a melhoria da eficiência e, consequentemente, mais ganhos no campo", afirma Pfeifer.

Para os grandes produtores, que geralmente possuem profissionais especializados para cuidar da nutrição do rebanho, o Vetscore também será muito útil, pois a avaliação visual da condição corporal do animal é o primeiro passo para diagnosticar e promover alterações na dieta do rebanho. Assim, o dispositivo desenvolvido poderá ser uma ferramenta inicial de análise precisa. Tanto para o pequeno como para o grande produtor, obter um acompanhamento do escore corporal e atuar em seus resultados significa conquistar a eficiência e reduzir custos. "A nutrição de gado leiteiro é cara e o manejo inadequado pode gerar grandes prejuízos", alerta o pesquisador.

O Vetscore e a eficiência reprodutiva

Conhecer o escore de condição corporal do rebanho (ECC) influencia diretamente na eficiência reprodutiva. Qualquer fêmea bovina em idade de reprodução pode ser avaliada. Ao alinhar as informações coletadas pelo Vetscore às ações de manejo nutricional, será possível fazer com que as fêmeas alcancem seu máximo potencial produtivo e reprodutivo. "Quando ele me mostrou, eu achei fantástico, porque este dispositivo vem auxiliar na uniformização da leitura do escore de condição corporal e na sua precisão, pois o método mais utilizado é o visual e os técnicos levam um bom tempo passando o olho no rebanho para conseguir fazer esta avaliação de forma mais segura, porém, ainda subjetiva", conta o pesquisador da Embrapa Rondônia, Eduardo Schmitt, complementando que o Vetscore é um método sinalizador de que existe algum problema, tanto de perda como de excesso de condição corporal, e a regulação é sempre realizada com a alimentação.

O uso de uma tecnologia como o Vetscore no campo depende muito da adoção, primeiramente, pelos técnicos que realizam a extensão rural. Eles são o elo entre a pesquisa desenvolvida e sua utilização efetiva pelo produtor. O técnico da Emater Rondônia, José Renato Alves, utilizou o dispositivo e o classifica como uma ferramenta primordial quando se fala em eficiência de reprodução e produção de leite. Ele conta que hoje, por exemplo, um dos gargalos enfrentados pelos técnicos extensionistas em Rondônia é a avaliação da eficiência reprodutiva dos rebanhos, porque o limitador recai no escore corporal da vaca, especialmente no período seco, quando há uma queda na produção leiteira e, muitas vezes, o produtor não compreende que se trata de uma deficiência alimentar. "Com este dispositivo será fácil mostrar ao produtor como estão os animais dele e ele próprio poderá passar a acompanhar o escore do rebanho. Isso é importante porque a propriedade deve ser vista como uma empresa que, com uma boa gestão, deve minimizar custos e aumentar os lucros. O pequeno produtor já está buscando isso. Ele quer mais informações para melhorar a produção e a renda. O Vetscore, com certeza, vai fazer parte das nossas ferramentas de trabalho", argumenta o técnico.

Conheça o Vetscore

O novo método de avaliação dos animais, por meio do Vetscore, foi comparado à avaliação padrão, com escore em escala de 1 a 5, em que foi possível correlacionar o ângulo formado entre os lados da garupa do animal e a condição corporal (CC), sendo possível a elaboração de uma nova escala, representada por cores, conforme a angulação.

O pesquisador Luiz Pfeifer argumenta que, com o uso periódico, o Vetscore poderá informar ao produtor a condição corporal ideal nos diferentes estágios da vida da fêmea bovina, como no pré-parto, parto, pico de lactação e secagem. Também pode minimizar perdas econômicas, devido ao estresse nutricional pós-parto e selecionar fêmeas adequadas para programas de Inseminação Artificial por Tempo Fixo, e separá-las de acordo com sua condição corporal. Pode ainda melhorar a fertilidade geral do rebanho por meio do monitoramento da condição corporal pelo uso sistemático de Vetscore.

Vetscore X outros métodos

No método mais utilizado para a avaliação da condição corporal − o visual −, é feita uma medida subjetiva, baseada na classificação dos animais de acordo com a cobertura muscular e a massa de gordura. Para avaliar o escore de um animal, o avaliador deve, primeiramente, conhecer as principais partes anatômicas que serão usadas como indicadores, que são aquelas onde os depósitos de gordura são visíveis. Essas regiões são as costelas, o lombo, a garupa e a inserção da cauda. Nas costelas, quanto mais magra a vaca, mais fácil se visualiza cada costela e o espaço entre elas, a partir da última costela, no sentido da cabeça do animal. Em animais de melhor condição corporal, é mais difícil visualizar as costelas e os espaços intercostais, pois a cobertura muscular e de gordura recobre as costela de maneira uniforme.

Outra forma de realizar a avaliação da CC é por palpação, para verificar a cobertura muscular e de gordura na região lombar dos animais e existem metodologias que utilizam escalas de 0 a 5 ou de 0 a 9, ambas com classificação que vai de muito magras a muito gordas. São métodos práticos, porém subjetivos. Sendo assim, o uso do escore pode variar entre diferentes avaliadores, mas após um determinado período de prática, essas diferenças tendem a diminuir.

Também foram desenvolvidas formas de avaliação objetiva da CC por ultrassonografia, por meio da medição da camada de gordura dos animais. No entanto, nesse tipo de avaliação, além de ter de ser realizada por profissionais altamente especializados, os aparelhos são caros, inviabilizando seu uso pelos produtores. Da mesma forma, a avaliação objetiva por meio de imagens digitais das garupas dos animais, que depois são processadas com estimativa das CCs por programas de computador, é cara e de difícil manuseio, sendo inviável aos sistemas de produção do Brasil.

Renata Silva (MTb 12361/MG)
Embrapa Rondônia
rondonia.imprensa@embrapa.br
Telefone: (69)3901-2511 ou (69)8119-1588

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

Fonte: Portal Embrapa

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Um grupo de 35 profissionais de comunicação e extensionistas, dois dias de intensas discussões e um desafio nas mãos: como desenvolver estratégias para apoiar a interação entre Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural, diretriz para a consolidação de um plano de inovação e formação para a sustentabilidade da agricultura familiar no país? Assim pode ser resumido o workshop “Estratégias para Interação Pesquisa e Extensão na Agricultura Familiar”, que reuniu, na sede da Embrapa (Brasília/DF), nos dias 7 e 8 de outubro, profissionais dos centros de pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), das Organizações Estaduais de Pesquisa Agropecuária (Oepas) e dos escritórios de Assistência Técnica e Extensão Rural, com a representação de todas as regiões brasileiras.

O desafio do grupo foi refletir sobre o papel da comunicação para apoiar o plano e propor ações efetivas de comunicação para a promoção da interação pesquisa e extensão. Como resultado, foi elaborado um plano de trabalho para 2015, com ações imediatas e de médio prazo para consolidar o papel estratégico da comunicação nas oficinas de concertação programadas (fóruns para construção de espaços e agenda conjunta em que participam representantes da pesquisa, extensão e agricultura), nos eventos temáticos e nas ações de formação continuada dos multiplicadores (agentes de ATER, cooperativas, organizações não governamentais etc.).

O programa é resultado de um esforço conjunto do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e da Embrapa e prevê a qualificação de 15 mil agentes de Assistência Técnica e Extensão Rural e de famílias atendidas pelos contratos de ATER do Ministério. Para a definição de prioridades no processo de formação de técnicos da extensão rural, o programa adotou como metodologia encontros regionais com representações locais da pesquisa, extensão e agricultura. A meta é alcançar 230 mil agricultores familiares.

“O desafio é superar o distanciamento que existe entre os serviços de extensão rural, a pesquisa agropecuária e o ensino, estimulando trocas de experiências entre agricultores, extensionistas e pesquisadores, a partir da valorização dos saberes locais e tradicionais. E, para isso, vamos precisar muito da comunicação”, destacou o coordenador do Departamento de Assistência Técnica e Extensão do MDA, Hur Ben Correa da Silva.

O diretor-executivo de Transferência de Tecnologia da Embrapa, Waldyr Stumpf Júnior, presente ao primeiro dia do evento, lembrou que as ações foram criadas no contexto da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) e tem como desafio criar espaços e soluções adequadas para que os agricultores possam se apropriar das tecnologias geradas pela Pesquisa. “Em parceria com o MDA, vamos realizar um conjunto de reuniões em todo o País para conversar, conhecer as realidades, estabelecer as matrizes de oportunidades e desafios para construirmos, juntos, as soluções locais”, destacou Stumpf, lembrando, ainda, que a inovação só acontece quando alguém se apropria de uma tecnologia e consegue melhorar suas condições socioeconômicas.

Para Luciana Silvestre, jornalista do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), encontros como esses são fundamentais para se discutir estratégias de comunicação mais adequadas à realidade dos agricultores. Para ela, além da comunicação institucional, as empresas precisam pensar em ações estratégicas que façam com que o conhecimento científico seja apropriado e resignificado pelos agricultores.

Na opinião do assessor de relações institucionais da Embrapa Gado de Leite (Juiz de Fora, MG), Marne Sidney Moreira, este é o começo de um processo de institucionalização entre pesquisa e extensão rural. Há 48 anos atuando em pesquisa e extensão rural, Carlos César de Queiroz, da Emater-GO, destacou a oportunidade de participar de um processo de construção coletiva, onde a extensão também será protagonista.

Diretrizes prioritárias - Para institucionalizar a participação da comunicação e promover a interação entre pesquisa e extensão, ao final do workshop foram apresentadas aos organizadores algumas diretrizes prioritárias:

• inclusão da participação de profissionais de comunicação da Embrapa, das Oepas e da Ater nos fóruns locais previstos no Programa de Inovação a serem realizados pelo MDA e pela Embrapa nos estados, que começam em 2015;
• realização, durante as oficinas de concertação, de encontros de comunicadores para estabelecer ações regionais para a interação pesquisa, ensino e extensão na agricultura familiar;
• sensibilização dos gestores das instituições sobre a importância da participação da comunicação nas ações do plano;
• participação efetiva da ATER e das Oepas nos programas de rádio e televisão da Embrapa (Prosa Rural e DCTV);
• criação de espaços para compartilhamento de informações (hotsite, videoconferências e encontros regionais de comunicação).

Relato de experiências – Durante o evento, comunicadores e extensionistas tiveram a oportunidade de apresentar experiências de interação junto a públicos específicos, como as oficinas de comunicação para lideranças comunitárias e radialistas do Nordeste; oficinas para mediadores do Projeto Minibibliotecas; os programas de rádio Prosa Rural e Dia de Campo na TV; a produção de materiais pedagógicos regionais, como cartilhas e literatura de cordel para os agricultores do sertão e revistas em quadrinhos para alunos de escolas públicas rurais; o programa Terra Sul, realizado em parceria com a Embrapa Clima Temperado (Pelotas/RS) com a Emater/RS; a Rede de Pesquisa e Inovação em Leite (Repileite) – uma rede social temática que visa o debate de ideias sobre o setor leiteiro, dentre outras ações. Os comunicadores de Ater também destacaram os programas de televisão que realizam com emissoras de TV locais, capacitações e produção de materiais didáticos.


O evento foi uma iniciativa do Departamento de Transferência de Tecnologia (DTT) e da Secretaria de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SAF/MDA) e contou com o apoio da Embrapa Informação Tecnológica (Brasília/DF) e da Secretaria de Comunicação (Secom). Participaram profissionais da Emater-RO, Emater-MG, Emater-PR, Emater-RS, Emater-GO, Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), Empresa Mato-Grossense de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Empaer/MT), Embrapa Agrobiologia, Embrapa Amazônia Oriental, Embrapa Gado de Leite, Embrapa Agroindústria Tropical, Embrapa Tabuleiros Costeiros, Embrapa Acre, Embrapa Semiárido, Embrapa Clima Temperado, Embrapa Agrossilvipastoril, Embrapa Agropecuária Oeste e do Departamento de Assistência Técnica e Extensão do MDA.

Texto: Maria Clara Guaraldo (MTb 5027/MG)

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Você teria curiosidade de saber que tipo de profissionais se encontram na RepiLeite? Ou se os seus interesses são parecidos com o de outras pessoas que movimentam a rede? Para nós da Embrapa essas informações são valiosas porque com elas poderemos adaptar esse projeto ao público participante. Se você acredita nessa iniciativa e quer contribuir para que a rede seja cada vez mais útil em termos de conteúdos e participação de qualidade, colabore respondendo a nossa pesquisa de opinião disponível aqui. Dez minutos do seu dia somados aos dos outros que responderem o formulário são horas de inspiração para a equipe que pensará em melhorias.

Além de questões básicas sobre qual a idade, nível de escolaridade, local onde moram e área profissional do membro, perguntamos ainda por que a RepiLeite é relevante para quem participa da rede. É muito importante que o maior número de pessoas participe para que as visões de diferentes segmentos da cadeia leiteira (pesquisadores, extensionistas, produtores, estudantes e outros profissionais) estejam presentes nos resultados. Quem responder a pesquisa estará nos ajudando a justificar investimentos para esta rede. E mais: essas informações poderão despertar a construção de novas redes em outros setores da agropecuária. Não é interessante? Então, o que está esperando? Clique aqui e participe. A equipe da RepiLeite agradece!!!

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A Embrapa Gado de Leite participa anualmente de um estudo sobre os maiores laticínios do Brasil. O levantamento é liderado pela Leite Brasil, com participação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Organização das Cooperativas Brasileira (OCB), Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios (CBCL) e a Viva Lácteos.

O somatório da produção recebida pelos 12 maiores laticínios em 2013 foi 8,1 bilhões de litros, representando um crescimento equivalente a 9,6% em relação ao somatório do ranking 2012. “Trata-se de um resultado substancialmente acima do que se esperava do crescimento da produção total de leite no Brasil em 2013, que seria entre 5% e 6%”, avalia o colaborador Lorildo Stock, um dos participantes da pesquisa. Ele reforça que o resultado da produção total do leite do Brasil é anualmente publicado no segundo semestre do ano subsequente.

A DPA (joint venture entre Nestlé e Fonterra) manteve a primeira colocação no ranking, com crescimento de 3,8% em relação a 2012, captando um total 2,33 bilhões de litros. No ranking anterior, havia apresentado uma queda de 7,8% na captação em comparação a 2011. Algumas empresas apresentaram crescimento vigoroso, como é o caso da Confepar (54,5%), Laticínios Bela Vista (30,5%), Castrolanda/Batavo (28%), Vigor (26,8%) e Danone (23,6%). Já a LBR e a Italac, que estavam presentes, respectivamente, no 2º e 4º lugar do ranking de 2012, não apresentaram dados no ranking de 2013.

O trabalho mostra que as empresas que compõem o Ranking ocuparam ao longo de 2013, em média, 71% de sua capacidade instalada. Segundo Stock, “chama a atenção o fato de que do total de leite captado, 26% corresponde ao volume comprado de terceiros, mantendo-se a importância, do ponto de vista da indústria, dessa forma de captação, por conta da capacidade ociosa em algumas indústrias, obrigando-as a adquirir leite direto do setor produtivo.” Todavia, Stock informa que há a expectativa de ampliação das plantas especialmente nas regiões de maior crescimento da produção (Sul e Sudeste). A produção média por produtor cresceu 7,7%, reforçando a tendência de crescimento da escala de produção no campo.

Confira o ranking clicando aqui.

Fonte: Site Embrapa Gado de Leite

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