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Olá pessoal, boa tarde!

A Embrapa Gado de Leite está elaborando cartilhas sobre pecuária de leite, abordando temas de grande importância para os produtores.

Estas cartilhas possuem linguagem adaptada, de acordo com o nível de letramento dos produtores, o que auxilia bastante na compreensão das informações e pode ajudar no aumento da adoção das técnicas. Importante ressaltar que esta metodologia de adaptação de conteúdo não visa transformar o nível de letramento dos produtores, e, sim, tornar os textos mais didáticos e de fácil entendimento, melhorando a compreensão das informações tecnológicas disponibilizadas pela Embrapa.

A primeira cartilha é sobre como obter leite de qualidade utilizando ordenha mecânica, e está disponível para download!

Abraço,

Letícia Mendonça.

Clique aqui para fazer o download da cartilha

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O projeto de pesquisa internacional reúne instituições do Brasil, Argentina, Colômbia, Uruguai e Austrália para dar maior competitividade e sustentabilidade a pequenas queijarias por meio do aproveitamento do soro de leite oriundo da produção de queijos. O soro de leite tem alto potencial de agregação de valor na elaboração de coprodutos entre os quais o whey protein, isolado e hidrolisado proteico, queijo tipo ricota, bebidas lácteas, e até para a agroenergia, mas tem servido para alimentação animal ou descartado com graves danos ao meio ambiente por ser altamente poluente.

O pesquisador Amauri Rosenthal, da Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro, RJ), lidera o projeto no Brasil com uma equipe integrada por pesquisadores e analistas da Embrapa Agroindústria de Alimentos, Embrapa Gado de Leite (Juiz de Fora, MG), Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS), da Universidade Federal de Minas Gerais, e pretende agregar parceiros da iniciativa privada, associações de produtores de queijo e órgãos governamentais. No Brasil, a atuação será nas regiões Sul e Sudeste, onde está concentrada a maior parte da produção nacional de queijo, e será iniciada pelo mapeamento da produção de soro, para avaliar a melhor localização e a viabilidade de implantar unidades captadoras e processadoras de soro nas regiões produtoras. Também será promovida a capacitação de pequenas queijarias para a melhoria de processo e produtos, com a elaboração de manuais e a realização de treinamentos.

O projeto, financiado pela AUSAID, agência australiana de desenvolvimento, consolida uma parceria com a CSIRO, The Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation, o órgão nacional australiano para a ciência, e com os países sul-americanos, uma das mais importantes frentes da ação internacional da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Com estes parceiros internacionais será realizado um workshop na semana de 26 a 31 de agosto, em Buenos Aires, para troca de experiências, planejamento de ações e visita a queijarias argentinas.

Fonte: Embrapa Agroindústria de Alimentos

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O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade, assinou nesta terça-feira (6/8/2013), a Instrução Normativa que estabelece critérios adicionais para a produção de queijos artesanais. A assinatura ocorreu no auditório da FAEMG, em Belo Horizonte, e contou com a presença do governador do Estado, Antonio Anastasia. O chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Duarte Vilela, esteve no evento representando o presidente da Embrapa, Maurício Lopes.

Com a normativa, o queijo artesanal mineiro deixará de ser exclusividade dos consumidores do estado. A Instrução Normativa estabelece critérios para viabilizar a venda do produto em todo o país. Iniciado ainda no século 18, o processo de fabricação artesanal do queijo a partir de leite cru, não pasteurizado, permaneceu praticamente intocado até os dias de hoje. O desacordo entre as legislações federal e a mineira fazia com que o legítimo queijo mineiro sofresse restrições sanitárias do Ministério da Agricultura, proibindo-o de ser vendido fora de Minas Gerais.

Esta Instrução Normativa supre as lacunas da norma que regulamentava a produção de queijos artesanais, publica em dezembro 2011, no Diário Oficial da União (IN 57). Além de expandir os requisitos de certificação de queijarias, a norma flexibiliza a análise de estudos técnico-científicos que comprovem que a redução do período de maturação não compromete a qualidade e a inocuidade do produto. O ministro Antônio Andrade, explicou que o período de maturação é importante para eliminar risco de tuberculose e brucelose, mas o controle sanitário ao longo do processo pode dispensar a maturação.

A IN 57 já previa a possibilidade de maturação de queijos por período inferior a 60 dias e definia requisitos para sua produção. A regra estabelecia que a produção de queijos artesanais com maturação inferior a 60 dias ficasse restrita às queijarias situadas em regiões certificadas ou tradicionalmente reconhecidas e em propriedade produtora de leite cru com status livre de tuberculose, brucelose e controle de mastite.

Segundo a IN 57, o leite cru utilizado na produção do queijo deve ser analisado mensalmente pelos laboratórios da Rede Brasileira de Qualidade do Leite. As propriedades produtoras devem estar em dia com as normas do Programa de Boas Práticas de Ordenha e de Fabricação, incluindo o controle dos operadores, controle de pragas e transporte adequado do produto até o entreposto. As propriedades também precisam realizar o controle da água utilizada nas atividades.

Rubens Neiva, jornalista Embrapa Gado de Leite

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Leite de Cabra

Caros          

Segue abaixo o endereço eletrônico da pagina no Facebook de nossa empresa com a marca Caprilat, destinada a divulgar informações sobre leite de cabra, alimentação saudável e curiosidades a respeito.

Se puder, entre na pagina, curta e se achar oportuno, divulgue com seus amigos e contatos.

ATT

Paulo

 https://www.facebook.com/Caprilat

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Olá pessoal!

Encaminho abaixo o link para acessarem a tese da Dra. Daniela de Souza Onça que contraria a hipótese do aquecimento global.

http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8135/tde-01062011-104754/pt-br.php

Para refletirmos, segue um trecho extraído deste trabalho que achei bem interessante.

“A atual histeria mundial em torno do aquecimento global e a mobilização política articulada para controlá-lo têm motivações bastante diferentes daquelas estabelecidas pelo papel da ciência como motor do progresso da humanidade.  O grande desafio que a humanidade enfrenta hoje, não é, pois, a mudança climática, e sim aprender a distinguir entre realidade e fantasia, entre verdade e propaganda. É saber se ameaças que enfrentamos são verdadeiras, se as soluções oferecidas efetivamente farão algum bem, e se nossas percepções realmente partem de nós mesmos.” Crichton (2003); Lino (2010), p.53 citados por Daniela de Souza Onça.  

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1º Simpósio Internacional de Arborização de Pastagens

Meus prezados,

Em outubro (8-10) será realizado o 1o Simpósio Internacional de Arborização de Pastagens em Curitiba-PR

Creio que esta é uma boa oportunidade para aqueles interessados no assunto.

Segue o Site do Evento:http://www.siap2013.com.br/

Estarei participando.

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relacionamento com os animais

Na comunicação entre os homens quando feita com respeito dando atenção ao outro e atendendo com respeito e carinho suas reivindicações conquistamos sua simpatia e respeito, e quando por nossa vez necessitar, de algo e natural que ele vai nos dar toda atenção,o mesmo se da na relação homen e animal

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O leite se tornou indigesto até para o bolso dos gaúchos. Depois que o Ministério Público apontou presença de água, ureia e formol – nesta terça-feira, também foram confirmados coliformes fecais –, o preço do litro do longa vida subiu 4,18% na Capital.

Em sete dias, o preço médio do leite saltou de R$ 2,15 para R$ 2,24. Para comparar o aumento, nos últimos 12 meses o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – principal referência de inflação no país – subiu 6,49%. Procurada por Zero Hora (ZH), a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) não deu retorno sobre o assunto.

Na semana passada, o presidente da entidade, Antônio Cesa Longo, dissera que, desde a revelação da fraude, o consumidor não buscava mais preço baixo, mas marcas em que pudesse confiar. Por isso, não se importaria em pagar R$ 0,10 a mais por litro.

Para o cálculo da variação do preço, Zero Hora pesquisou nove marcas à venda em quatro redes de supermercados da Capital. Os dados foram comparados com os valores colhidos anteriormente pelo Centro de Estudos e Pesquisas Econômicas (Iepe) da UFRGS e pelo Movimento das Donas de Casa.

Terça pela manhã, diretores da Agas se reuniram com o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat). O encontro teve como objetivo discutir a situação do setor após a divulgação da fraude. Amanhã, as entidades prometem medidas conjuntas para tentar devolver a normalidade ao mercado de produtos lácteos.

– Os supermercadistas foram muito pressionados a trocar os produtos. Mas agora não há nenhum item a ser retirado das gôndolas – afirmou o presidente do Sindilat, Wilson Zanatta.

Segundo o dirigente, até o fim do período de entressafra, que se estende até agosto, o leite está sujeito a novas elevações de preço, de acordo com a oferta e a demanda. Nas semanas anteriores ao escândalo da adulteração, porém, os aumentos semanais mal passavam de 1%. Na última semana, quase quadruplicaram.

Depois da informação divulgada por Zero Hora na sexta-feira passada de que crianças sob a tutela do Estado vinham consumindo leite com venda proibida há mais de um mês, a Fundação de Proteção Especial recolheu 1.174 litros do produto UHT da marca Latvida de abrigos da Capital. Esse leite foi servido a crianças e adolescentes em Porto Alegre, onde estão 41 dos 43 abrigos, mas não era consumido nas unidades de Taquari e Uruguaiana. De acordo com a fundação, o fornecedor está realizando a substituição do produto por marcas liberadas para o consumo.

Subindo, subindo, subindo

O preço médio do leite longa vida integral em Porto Alegre teve forte alta:

Última semana de abril: R$ 2,10
Primeira semana de maio: R$ 2,11 (alta de 0,47%)
Segunda semana de maio: R$ 2,15 (alta de 1,89%)
Terça-feira desta semana: R$ 2,24 (alta de 4,18%)

O preço mais barato do longa vida na Capital na comparação entre 30 de abril e 14 de maio:

Supermercado A: R$ 1,98 e R$ 1,99, com variação de 0,5%
Supermercado B: R$ 1,85 e R$ 1,89, com variação de 2,16%
Supermercado C: R$ 1,67 e R$ 1,98, com variação de 18,56%

R$ 1,89 foi o valor mais baixo encontrado no levantamento de Zero Hora de terça-feira (15), que envolveu nove marcas e quatro redes de supermercado, enquanto R$ 2,75 foi o mais alto.

FONTE: A reportagem é do Zero Hora, adaptada pela Equipe MilkPoint.

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Produtores gaúchos apostam na pastagem de alfafa para garantir lucro com gado leiteiro

Para criadores, forrageira é sinônimo de produtividade leiteira, proteína e rendimento

Embrapa
Foto: Embrapa
Plantio de alfafa pode durar cinco anos ou mais

Tradicionalmente utilizada na produção de feno para alimentação de cavalos, a alfafa tem despertado a atenção dos produtores da Serra Gaúcha, interessados em diminuir o custo de produção e aumentar a produtividade do rebanho leiteiro. Outra vantagem, é que a forrageira perene garante alimento de qualidade o ano inteiro.

– Ela supre um vazio forrageiro na época em que nós não temos pastagens: outono e primavera – explica o agrônomo da Emater/RS-Ascar de Cotiporã, Valfredo Reali. 

O agricultor Lírio Dalmás, do município de Cotiporã, vem aumentando a área cultivada com alfafa ao longo dos anos e reduzindo o uso de concentrados, que oneram a atividade. O primo, Mauro Dalmás, seguiu pelo mesmo caminho. Em 2011, implantou dois hectares da forrageira, divididos em 20 piquetes para pastoreio. A variedade utilizada é a crioula, que está pronta para o pastejo ou corte a cada 40 dias, em média. 

– O momento adequado para o pastejo é antes de a cultura começar a florescer, quando tem o maior rendimento, e que tenha sobra de uns 10 centímetos para ela ter um maior rebrote – explica Mauro. 

Para garantir que a produção não seja afetada em caso de estiagem, o agricultor utiliza a irrigação.

– Como a minha propriedade é pequena, eu tenho que buscar o máximo por área, e com a alfafa eu vi que cada vaca teve um incremento de quatro litros por dia, então, sem alfafa eu não teria como me sustentar mais, me tornaria inviável – confessa Mauro. 

Com 20 animais em lactação, o acréscimo na produção leiteira chega a 80 litros por dia, uma diferença considerável. O aumento se deve ao alto valor nutritivo da alfafa, que faz com que seja conhecida como a “rainha das forrageiras”.

– Nós precisamos cada vez mais de pastagens boas e a alfafa se destaca nesse ponto. As análises indicam que ela tem 25% de proteína, e o produtor consegue chegar a uma alta produtividade. Então vejo esta forrageira, hoje, como muito importante na sustentabilidade da produção de leite – declara o técnico da Cooperativa Santa Clara, Claudir Vibrantz. 

Bem manejado, um plantio pode durar cinco anos ou mais. A forrageira também pode ser utilizada na forma de feno ou ser cortada e fornecida aos animais no cocho. O produtor Rogério Zanella, que tem 23 animais em lactação, optou pelo corte.

– Por ela dar mais rendimento e pelas vacas comerem melhor, porque largando no pasto elas pisoteiam bastante, estercam, e assim eu calculo que rende mais – afirma o agricultor. Após cada corte, ele utiliza adubação química, esterco líquido e cama de aviário. 

Para Zanella, a forrageira é sinônimo de produtividade leiteira, proteína e rendimento. Conforme o agricultor, poucas pastagens apresentam o rendimento da alfafa, entre aproximadamente 1 quilo e 1,5 quilos por metro quadrado por corte, em torno de 10 a 15 toneladas de massa verde por hectare.

– Com a alfafa, nós conseguimos hoje diminuir o consumo de concentrado, ter um aumento na produção de leite, reduzir o custo e melhorar a saúde ruminal do rebanho – conclui Vibrantz.

EMATER/RS

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mão de obra

Investimento em pessoas: como atrair e reter mão de obra na pecuária leiteira.

 

 

É muito comum nos tempos atuais, ouvir pessoas envolvidas com a pecuária leiteira comentarem sobre a grande carência de pessoas encontrada nas diversas regiões produtoras nacionais. Muitos falam da dificuldade de encontrar pessoas dispostas a morar nas fazendas, outros comentam sobre o baixo nível médio dos trabalhadores disponíveis e alguns reforçam a dificuldade de encontrar pessoas dispostas a trabalhar no meio rural, especialmente com a atividade leiteira.

Um fato relevante, que agrava um pouco mais a situação, é que um país em franco crescimento econômico tende a diminuir a disponibilidade de desempregados. Tal situação, embora muito interessante para o cenário social nacional, conflita com a realidade encontrada antigamente nas fazendas. É simples concluir que, havendo menos pessoas disponíveis no mercado, certamente será mais árdua a tarefa de selecionar bons profissionais a serem contratados. É comum ouvir produtores dizendo que por não haver opções, tem que contratar “os que estão por aí mesmo”.

Outra situação que merece atenção é a constante diminuição da proporção de moradores da zona rural, comparados aos das cidades. De acordo com o gráfico abaixo, em 1950, no mundo todo, havia aproximadamente 2 pessoas morando na zona rural para cada 1 pessoa habitando nas cidades. Em 2007, essa relação foi invertida, passando a haver mais pessoas na cidade do que no campo. Segundo a FAO, a tendência é que em 2050 haja 70% das pessoas no mundo morando nas cidades, enquanto apenas 30% habitarão a zona rural.

De acordo com o senso do IBGE 2010, em alguns estados das regiões sul e sudeste a taxa de urbanização já está próxima de 95%. Ou seja, somente 5% das pessoas desses estados ainda moram nas fazendas.
Assim, fica evidente a realidade de que está cada vez mais difícil encontrar pessoas para trabalhar nas fazendas. A notícia ruim é que, com base nos dados citados acima, a tendência é que esse quadro piore com o tempo.
Frente à situação acima mencionada, fica a dúvida: O que fazer para conseguir atrair e reter pessoas nas fazendas leiteiras?
Como investir para obter mais e melhores pessoas interessadas em trabalhar nas propriedades rurais? Muitas vezes, os proprietários acreditam que a resposta depende de grandes investimentos financeiros, mas, felizmente, muitas das ações que respondem às questões acima não dependem de grandes investimentos financeiros, mas sim de simples mudanças de conduta.
Abaixo serão citadas algumas ações práticas (também chamaremos de investimentos) que podem auxiliar os produtores neste sentido:

1- A mudança na forma de enxergar o trabalho – De acordo com o cientista alemão Albert Einstein “a definição de insanidade consiste em fazer as mesmas coisas, do mesmo jeito e esperar que os resultados sejam diferentes”.

É necessário que os envolvidos na atividade leiteira entendam que existe um problema que precisa ser solucionado!

Somos remanescentes de uma geração brasileira que ainda fantasia a estória do “Jeca Tatu”, que pensa ser inferior, que nas fazendas os processos são ineficientes, que produtor rural é aquele que não teve oportunidade. Não raro, ouvimos produtores dizendo que querem para os filhos um futuro diferente da realidade por ele vivenciada.

Entidades como a CNA, SEBRAE, empresas privadas e outras organizações vem dando grandes exemplos de ações visando reconstruir a imagem do produtor rural. O resultado do último carnaval quando a escola de samba vencedora teve como personagem principal o Produtor Rural, é um bom exemplo de como essas ações podem contribuir para a evolução da concepção popular do “homem do campo”.

No entanto, é comum encontrar produtores de leite depreciando a atividade nas rodas de conversa, se auto intitulando incompetentes, reafirmando o quão baixo é o nível das pessoas envolvidas com a produção leiteira. Será essa a melhor alternativa para alterar uma realidade?

Você, produtor de leite, caso estivesse procurando trabalho, estaria disposto a trabalhar em uma empresa como a sua?

A seguir serão listadas algumas perguntas cujas respostas ajudarão na questão acima:    

a- Como são as casas dos funcionários da sua propriedade? Com que frequência você as tem visitado?
  b- As pessoas que trabalham para você tem noção daquilo que você prepara para o futuro delas? Você prepara algo para elas?
  c- Os filhos dos seus funcionários vão à escola? Onde ela é? Há escola na sua fazenda?
  d- É na cidade também que as crianças aprendem computação e internet? Onde os filhos dos funcionários começam a namorar?
  e- Aqueles encontros religiosos que antigamente aconteciam na fazenda, ainda persistem?
  f- As esposas e filhos dos funcionários tem oportunidade de trabalhar?
  g- O que eles fazem após o término do trabalho?
  h- Existe plano de saúde, incentivo a esportes, confraternizações?

Embora os questionamentos acima possam parecer desconexos num primeiro momento, é valido refletir profundamente sobre as causas que tem levado a tanta dificuldade em atrair pessoas para as fazendas.
Você, como produtor, tem contribuído para a retenção de pessoas no meio rural?
É mais cômodo pensar e reclamar que faltam políticas públicas, que os governos não auxiliam na retenção dos funcionários rurais. Neste momento, prefiro me ater a questionar o quanto os produtores e técnicos, diretamente envolvidos na produção, têm feito para alterar o cenário existente.
O fato é que as coisas mudam e estão mudando. Caso não haja uma adaptação dos produtores de leite a essa nova realidade dos trabalhadores, às suas demandas e necessidades, às suas famílias, provavelmente por algum tempo, a situação continuará piorando.

É interessante ressaltar que muitas das ações citadas necessitam de pouco investimento e trazem grande retorno. Abaixo, uma foto da confraternização de final de ano seguida de cerimônia religiosa realizada em uma fazenda. Ações simples, baratas e efetivas podem ser determinantes para a inversão do conceito dos trabalhadores.

Dessa forma, para que mais pessoas sejam atraídas para o meio rural é fundamental que os produtores, principais agentes da cadeia, tornem-se ativos no processo de tornar as realidades de suas empresas atrativas a bons profissionais. Além disso, é necessário que invistam na “evolução” cultural das pessoas com relação ao orgulho em “vestir a camisa” do agronegócio.

2- Investir na capacidade de liderança – Mexer com gente no Agronegócio é fácil?

Provavelmente, sua resposta foi não. No entanto, de norte a sul do Brasil, em diversos segmentos de atuação e não somente no agronegócio, é comum ouvir pessoas reafirmando a dificuldade encontrada em trabalhar com pessoas. De acordo com um estudo realizado pela Fundação Dom Cabral, de Belo Horizonte, com 2000 executivos de empresas urbanas brasileiras, 55% dos problemas enfrentados na gestão de suas empresas estão, de alguma forma, ligados à liderança.

 

É comum ouvir questionamentos de gerentes ou proprietários sobre como fazer com que seus colaboradores se comprometam com o negócio, como mantê-los motivados, como formar equipes que sejam criativas, comprometidas e ainda fáceis de relacionar. Infelizmente, a resposta para tais perguntas não é simples e nem tão rápida.

Fato é que, em alguns casos, a atitude dos colaboradores reflete a forma de atuação do seu superior. Ou seja, as características dos gerentes ou proprietários são as grandes responsáveis pelos comportamentos da equipe. No entanto, não é fácil reconhecer e aceitar que a mudança deve começar neles, que são os principais responsáveis pelo sucesso ou insucesso das organizações.

É comum ouvir que o bom gerente dever saber de tudo o que acontece na propriedade. Que deve distribuir os serviços todos os dias pela manhã, acompanhar todo o processo de produção, compras e vendas, enfim, que tudo o que acontecesse nas propriedades deve passar pelas mãos do Gerente.

Bom, se é verdade que o olho do dono engorda o boi, também é verdade que existe um grande preço a ser pago por isso. Quantos olhos tem este
dono? Qual a probabilidade dele conseguir acompanhar todos os processos produtivos da fazenda? Como crescer seu negócio restringindo-o à sua capacidade de gerência presencial? Como formar sucessores para dar continuidade nos seus trabalhos? Como conciliar qualidade de vida e trabalho?

Ao limitar a gestão do seu negócio à sua capacidade de estar presente em todos os processos e setores da propriedade, os gestores estão abrindo mão simultaneamente de várias das respostas a estas perguntas.

Confirmando o raciocínio acima, em uma pesquisa recente, realizada pela Fundação Dom Cabral, foram entrevistados 242 executivos de 161 empresas. Perguntados sobre o que é mais relevante para liderança das empresas, 43% responderam ser “conhecer as pessoas” enquanto 30% responderam ser “conhecer do negócio”.

Entretanto, um grande desafio é criado quando surge, para os gestores, a necessidade de se questionar, avaliar as suas atitudes, repensar a forma como há muito vem gerindo suas propriedades. É muito mais fácil pensar que o problema está nos outros.

3- A capacitação de pessoas no Agronegócio - Quanto do orçamento anual de sua propriedade é gasto com a capacitação das pessoas?

É interessante analisar o conflito existente entre a constante reclamação de produtores e técnicos quanto ao baixo nível de seus funcionários e ao mesmo tempo a inexistência de programas de treinamentos para os mesmos.

Na mesma pesquisa realizada pela Fundação Dom Cabral, 242 executivos forma perguntados sobre os principais benefícios gerados pela capacitação de funcionários em suas empresas:
Dados de uma recente pesquisa FDC – 242 gestores – 161 empresas

 

De acordo com os dados acima, para quase todos os entrevistados, a produtividade é aumentada, assim como a rentabilidade e o aumento de receita a partir dos treinamentos. Nesse raciocínio, se não fossem cogitados outros benefícios, somente pelo retorno financeiro, os treinamentos já seriam muito atrativos.

No entanto, quando analisamos a planilha de custos e investimentos de grande parte das fazendas leiteiras, o item “Treinamentos” frequentemente termina o ano em branco.

Mas, como fazer treinamentos se não há uma sala de reuniões apropriadas, data show, palestrantes, ar condicionado, etc.? Na verdade, existem formas criativas e simples de investir na capacitação das pessoas. A foto abaixo retrata o treinamento de um técnico que visita mensalmente as propriedades assistidas:

 

Muitas vezes os melhores treinamentos acontecerão na beira do cocho, dentro da sala de ordenha, em cima do caminhão de adubo. O principal benefício não está no conforto, mas, sobretudo, na satisfação pessoal das pessoas que passam a tornar-se “entendidos” daquelas que são suas responsabilidades.

De acordo com um renomado filósofo brasileiro chamado Mário Sérgio Cortella, “se fosse um funcionário de uma empresa, só me sentiria leal a ela se percebesse que ela é leal a mim, em relação à minha carreira”.

Outro fato que merece destaque é que produtores e técnicos, muitas vezes analisam o indicador R$/litro de leite gastos com mão de obra como o principal indicador de mão de obra. O que temos visto na prática é que, se restringindo a analisar quantos reais são gastos por mão de obra para produzir um litro de leite, muitas vezes somos levados a focar na redução do gasto com salários e na quantidade de pessoas envolvidas na atividade. No entanto, em um recente levantamento realizado em fazendas assistidas pelo Rehagro, pudemos comprovar que não existe relação entre a redução desse item de custo e a diminuição do custo total. Ou seja, quando focamos em somente reduzir custos de mão de obra, outros indicadores técnicos, se não acompanhados de perto, podem sofrer grandes impactos negativos, gerando perda de competitividade.

Por outro lado, as fazendas que investem em capacitação de pessoas, tendem a aumentar a eficiência do uso de recursos. O grande problema é que esse impacto não é visualizado na conta mão de obra e por isso torna-se difícil ser mensurado na maioria dos casos.

Dessa forma, fica claro que é necessário, inicialmente, aceitar que existe um problema estrutural quanto à atração de pessoas para o meio rural. A partir de então, é preciso investir na quebra do paradigma mentiroso de que não é digno de orgulhar-se quem vive da atividade rural. Por fim, investir em competências de liderança e capacitação das pessoas envolvidas pode ser uma estratégia acertada para a retenção daqueles que se “atreveram” a continuar no meio rural. As ações tem que ser de formiguinha.

É muito fácil reclamar das políticas públicas, da “preguiça” da nova geração de trabalhadores, das dificuldades encontradas na atividade leiteira, mas são efetivas essas ações? Alguns já iniciaram esse processo de focar na inversão de valores e estão conseguindo sucesso. Qual a sua opção?

 

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Precos de gado.

Bom dia a todos!

Estou levantando custos para formacao de um rebanho leiteiro,tenho uma propriedade na zona da mata e gostaria de saber o preco medio de vacas da raca Girolando(prenhas ou nao)na regiao.

Se puderem me indicar bons animais e vendedores de produtos e equipamentos eu agradeco muito.

Gostei da rede,achei muito bacana as materias os comentarios e a preucupacao de dividir ideias e melhorar o setor.É isso que eu procuro.

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Chat: Tratamento de água na propriedade rural

9846960299?profile=originalO quarto Chat da RepiLeite foi realizado no dia 20/3/2013 e contou com a moderação do pesquisador da Embrapa Gado de Leite Marcelo Otenio. O tema foi "Tratamento de água na propriedade rural".

Durante uma hora e trinta minutos foram abordadas questões como a importância do tratamento da água na produção de leite e saneamento rural, os possíveis tratamentos, a legislação vigente e as experiências e dúvidas de cada participante.

Clique aqui para fazer o download dos materiais de aprofundamento que foram citados durante o bate papo.

Agradecemos à participação de todos!

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O Programa Minas Leite executado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), atende atualmente a 1.078 produtores cadastrados no Estado. Entre eles está o produtor familiar Paulo Sérgio Guerra, do município de Senador Cortes, Zona da Mata mineira, que depois de aderir ao Minas Leite, viu o Sítio Guaraná se tornar referência para os produtores da região.

Entre as mudanças efetivadas no sítio, o destaque é o reaproveitamento do espaço. "Ele pegou o pasto e fez uma divisão simples, aproveitando a capineira, de uma maneira bem econômica e com pouco gasto", informa o coordenador da Emater-MG, Antônio Domingues. Para promover as mudanças sugeridas pelo programa, o produtor teve pouco gasto mas está contabilizando lucros.

"O agricultor está lucrando mais depois do Minas Leite. Comprou tanque de armazenamento para o produto não perder a qualidade e segue religiosamente os passos da produção de leite de qualidade, orientados pela Emater-MG". Além disso, segundo informa o coordenador regional, ele trabalha com inseminação artificial.

De acordo com Antônio Domingues, o Sítio Guaraná virou modelo do Minas Leite. Técnicos das cidades da Zona da Mata costumam levar produtores rurais até a propriedade de Paulo Guerra para estimulá-los a seguir as instruções do programa. O objetivo é aumentar a renda familiar dos produtores através de mudanças de baixo custo.

Cuidados básicos para produzir leite de qualidade

O coordenador estadual de bovinocultura da Emater-MG, Feliciano Oliveira, ressalta que a qualidade do leite pode significar um diferencial para o produtor em termos de ganho, pois produzindo o que o mercado exige, ele lucra mais. Além disso, outro ponto importante nesta produção é a saúde pública.

Para produzir leite de qualidade exigido pelo mercado consumidor é preciso tomar alguns cuidados, ou seguir um ritual de produção que tem dado certo, através do acompanhamento da Emater-MG. "O produtor deve observar as seguintes condições dentro da fazenda: saúde do animal, limpeza e higiene das instalações, equipamentos e utensílios de limpeza, passando pela postura do ordenhador, que deve observar sua higiene pessoal e também a do animal, principalmente as tetas. Se a ordenhação for mecânica, deve-se observar a higiene do equipamento."

Conforme explica Feliciano Oliveira, o cuidado com o animal começa em sua condução até a ordenha, que necessita ser a mais tranquila possível. Já o ato da ordenha, deve ser completo e ininterrupto. Depois de obter o leite, é necessário que ele seja levado imediatamente ao tanque de resfriamento para obter a temperatura de 4ºC, nas próximas três horas, ainda dentro da propriedade.

Segundo o coordenador de bovinocultura, a qualidade do leite pode ser prejudicada no transporte ao laticínio, por isso nesta hora é aconselhável redobrar os cuidados, para não correr risco de perder o processo desenvolvido anteriormente. "A coleta e o transporte do leite até o laticínio são pontos de risco, tanto pelo produtor como pela própria indústria que compra o leite, porque o magote, que faz a coleta do tanque para o caminhão, pode comprometer a qualidade se não estiver higienizado".

Feliciano Oliveira informa que o Minas Leite caminha em três linhas de ação: gestão de atividade, boas práticas de produção e qualidade do produto. Na gestão de atividade o produtor é orientado a fazer registros e anotações que irá direcioná-lo a saber o que gasta e o que recebe, levando-o a um equilíbrio entre produção e rentabilidade.

Já nas boas práticas de produção o técnico da Emater-MG dá instruções técnicas para melhorar a qualidade do produto e, por fim, no processo de venda, se a qualidade for boa, o produtor pode lucrar mais, recebendo bonificação do laticínio. Se o produtor seguir este direcionamento, terá sucesso em sua produção, aumentando seu lucro.

Fonte: Agência Minas

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