Produção de leite no Brasil
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Comentários
Olá André
De acordo com os dados do IBGE, no Rio de Janeiro a produção de leite cresceu no período de 2005 a 2013, quando voltou a reduzir, Veja os dados que tenho:
Produção de leite em mil litros: 2005: 464.946 2013: 569.088 2015: 513.276
Vacas ordenhadas - cabeças 2005: 391.938 2013: 441.483 2015: 405.706
Produtividade - litros/vaca/ano 2005: 1.186 2013: 1.289 2015: 1.265
Apesar da redução no volume total, a produtividade animal praticamente se manteve, de 2013 a 2015.
Vamos torcer para que os dados de 2016 e 2017 sejam maiores
Abraço
Prezada Drª Rosangela, sobre o Estado do Rio de Janeiro, há algum tempo atrás li um artigo seu na Revista Balde Branco, se não me engano em 2004, onde descrevia o decréscimo da produção no estado, ou seja, o RJ ao contrário dos outros estados vem numa curva decrescente de produção.
Pergunto:
1 - Essa tendência de redução da produção ainda permanece nos levantamentos e pesquisas atuais?
2 - Qual o percentual da queda, se houve, nos últimos 10 anos?
Desde já agradeço,
No aguardo.
Um forte abraço!
Muito boa abordagem do assunto.
Se nâo houver qualidade, marcaremos passo o resto da vida.
Rosangela, creio que o mercado, com o tempo, extinguirá os "tiradores de leite", seja pelo não atendimento à IN 62, baixo retorno econômico ou falta de sucessão. Mas pequenos produtores, que tenham acesso e que acreditem na assistência técnica poderão se manter na atividade por muito tempo, pois o fator renda quando satisfatório, pode vir a interessar os sucessores a permanecerem na atividade.
Bom dia Paulo Cesar
Concordo plenamente com sua análise da atividade leiteira no País e principalmente de que com profissionalismo e dedicação podemos tornar um importante player do mercado de lácteos. O que ainda é difícil de conviver é com a falta de planejamento queexiste no setor, principalmente dos produtores extrativistas, que são os "tiradores" de leite.
Parabéns pela apresentação Rosângela, já assisti algumas pessoalmente e são sempre muito esclarecedoras.
Creio que a diversidade entre as regiões produtoras de leite tendem a aumentar. Vejamos a região Sul, principalmente a bacia leiteira do Paraná, com intensificação da produção de leite, investimento alto em tecnificação (principalmente com a aquisição de ordenhas robotizadas) e utilização predominante da raça Holandês, especializada em produção de leite. É a região com mais potencial para assumir a liderança na produção de leite.
A região Sudeste, vem crescendo, porém em ritmo menor. Com climas distintas, seco no Norte de Minas e clima ameno e de altitude no Sul, apresenta diversidade também quanto às raças utilizadas e sistemas de criação. Vejo forte crescimento no Triângulo e Alto Paranaíba, onde a mecanização facilita a implantação de grandes projetos. Na região onde resido, Zona da Mata, observo grande descrédito na produção de leite. Falta de mão-de-obra, desinteresse pela sucessão, topografia como limitante para mecanização e fatores culturais, são alguns fatores que irão modificar o cenário da produção de leite na região (e no país também).
A região Centro-Oeste vem se destacando no aumento da produção de leite, principalmente por estar inserida no maior centro produtor de grãos, como soja e milho, componentes da ração animal, o que reduz significativamente os custos de produção. Já se observa grandes projetos nesta região, utilizando até mesmo gado da raça Holandês, criado em sistema free-stall.
Nas regiões Norte e Nordeste, sigo as palavras de Manoel Dantas (Faz. Carnaúbas Taperoá), tem que se buscar os elementos biológicos, planta e animal, que mais se adaptem às condições de clima e alimentação da região, como ele vem fazendo com a seleção de animais das raças Sindi e Guzerá de dupla aptidão.
Essas variações regionais devem permanecer, podem até diminuir entre algumas regiões, mas sempre irão existir.
Sou um entusiasta da produção de leite e acredito que com a aplicação das técnicas corretas, profissionalismo e dedicação podemos sim ter uma vida digna e confortável trabalhando na atividade leiteira.