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A maior oferta de milho com a comercialização da safrinha e o bom ritmo de plantio da safra de grãos 2021/22 exerceu pressão de baixa no cereal e na soja.
O preço dos lácteos no mercado atacadista seguiu recuando em novembro e afetou negativamente as cotações no Spot e ao produtor.
Veja essa análise na nova edição do Boletim de Preços disponível no site do Centro de Inteligência do Leite.
O preço do leite ao produtor registrou queda em outubro, mas a relação de troca litros de leite/mistura (milho+f.soja) ficou estável. O preço da mistura também apresentou pequena queda em outubro.
O preço internacional dos lácteos segue em elevação pelo terceiro mês consecutivo.
Veja essa análise na nova edição do Boletim Indicadores Leite e Derivados disponível no Centro de Inteligência do Leite.
Informativo periódico de divulgação de publicações técnicas do Centro de Inteligência do Leite - CILeite.
Equipe: Alziro Carneiro, Denis Teixeira, Fábio Diniz, Glauco Carvalho, João César de Resende, José Luiz Bellini, Kennya Siqueira, Lorildo Stock, Manuela Lana, Marcos Hott, Paulo Martins, Ricardo Andrade, Samuel Oliveira, Walter Magalhães Júnior.
O conteúdo do CILeite pode ser reproduzido, desde que seja citada a fonte da publicação.
O projeto Lagos do São Francisco, uma parceria da Embrapa Semiárido, Chesf e BNDES, com apoio da Univasf e de prefeituras municipais, vem propagando o uso da palma forrageira e da gliricídia como alimentos na bovinocultura leiteira do Semiárido. Essas forragens estão sendo utilizadas em propriedades rurais pela equipe da Embrapa, no intuito de solucionar problemas de oferta de forragem nas épocas mais secas do ano.
Os trabalhos também buscam melhorar os custos para a produção de leite, já que a alimentação representa de 40% a 60% das despesas na criação animal, variando em função da eficiência do manejo alimentar, que pode ser otimizado na diversidade e qualidade das forragens.
A pesquisadora da Embrapa Semiárido Salete de Moraes lembra que o produtor precisa ficar atendo aos alimentos convencionais como milho e soja, que possuem uma variação de preço muito alta, principalmente pelo envolvimento com o mercado internacional, aliados às oscilações climáticas.
"Em virtude do aumento dos custos para suprir a demanda de forragens e insumos, estamos buscando alternativas mais sustentáveis e que minimizem as despesas essenciais para a criação do gado leiteiro", comenta a pesquisadora.
Salete explica que a palma forrageira, espécie de origem mexicana, foi trazida para o Brasil no século 19 e desde a década de 40 é utilizada para alimentar rebanhos devido a sua composição rica em carboidratos e água. Já a gliricídia, árvore de porte médio nativa da América Central, é uma leguminosa difundida como banco de proteína nas propriedades, apresentando de 17 a 22% de proteína bruta na sua composição.
"A combinação das duas é uma solução bem sucedida, pois além de apresentarem uma composição química semelhante aos alimentos convencionais que normalmente são utilizados, juntas elas possuem os nutrientes necessários para os animais. É uma maneira de diminuir os custos e aumentar a produtividade leiteira com aporte de água, carboidratos, fibra e proteína", enfatiza.
Para o fornecimento dessas duas forragens, a palma pode ser oferecida no estado natural, apenas picada no cocho. A gliricídia pode ser oferecida triturada ou ainda conservada na forma de silagem ou feno.
A recomendação aos produtores é que escolham sempre recursos forrageiros adaptados às condições climáticas da região, e sigam as orientações técnicas relacionadas ao plantio diversificado de espécies que atendam às exigências de produção dos animais.
Clarice Rocha (MTb 4733/PE)
Embrapa Semiárido
Maydilla (estagiária de jornalismo)
Embrapa Semiárido
Será realizado nesta quarta-feira (17) o 9º Dia de Campo do Leite, promovido pela Embrapa Clima temperado, com o apoio do Núcleo Avançado de Apoio à Transferência de Tecnologia (Regional Sul), da Embrapa Gado de Leite. O tema deste ano é “Leite seguro” e a transmissão começa às 18h, pelo canal do Youtube da Embrapa (https://www.youtube.com/embrapa).
O Dia de Campo, que era realizado de forma presencial, desde 2020, tornou-se virtual, devido à pandemia. Neste ano, o evento integra as ações do Programa Leite Seguro, trazendo seus cinco eixos à programação: Segurança do Leite e Boas Práticas Agropecuárias; Pesquisa em resíduos e contaminantes; Transferência de Tecnologias; Tecnologia da Informação - Fluxo informações; e Consumidores – Benefícios de consumo e consumo consciente.
As atividades serão divididas em cinco estações temáticas. Serão apresentados vídeos didáticos previamente gravados. Ao fim do evento, será lançado a publicação “Programa Leite Seguro: Segurança, Qualidade e Integridade de Leite e Produtos Lácteos Sul-brasileiros para Alimentação Saudável e Proteção ao Consumidor". O material será disponibilizado gratuitamente a quem tiver efetuado a inscrição para o evento.
Programa Leite Seguro
Lançado oficialmente na Expointer, em 2019, o Programa Leite Seguro promove ações de pesquisa e capacitação, diagnósticos e desenvolvimento de soluções que melhorem a gestão interna das propriedades leiteiras. As propriedades parceiras recebem acompanhamento técnico do Programa, que visa aumentar a segurança, qualidade e integridade do leite e derivados no Sul do Brasil.
O projeto também busca facilitar o acesso a informações sobre os lácteos, para ajudar as pessoas a tomar decisões de consumo mais conscientes. A iniciativa obteve financiamento de 30,5 milhões de reais, por meio de edital do Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDD) do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
A importância da Região Sul para a produção de leite
A competitividade da cadeia produtiva do leite depende da produção e processamento do leite com qualidade e segurança, tanto para aumento do consumo no país, como das exportações de lácteos. Segundo a equipe do Projeto, os principais gargalos para aumento de competitividade do leite brasileiro são: baixos níveis de produtividade, altos custos de produção e de capital, sanidade do rebanho, baixa qualidade média do leite e limitações de infraestrutura (energia, saneamento, comunicação e transporte).
“Apesar de avanços, a complexidade desses desafios requer pesquisa, desenvolvimento e inovação de ponta para gerar tecnologias e soluções de melhoria contínua dos sistemas produtivos”, explica Marcelo Bonnet, coordenador do Leite Seguro.
A Região Sul, onde está localizada a Embrapa Clima Temperado, é a maior produtora nacional de leite, possuindo condições altamente apropriadas à produção e industrialização láctea de alta qualidade, como topografia predominantemente plana; abundância de água e potencial para produção de alimentos de alta qualidade para os animais; distribuição regular de chuvas; temperaturas amenas; elevado potencial de geração de energia sustentável; e ampla disponibilidade de profissionais competentes.
“A Região Sul do RS tem localização geopoliticamente estratégica no cone Sul, privilegiada com pelo menos um porto marítimo de grande porte (Rio Grande) e com rápida expansão de malhas de transporte (rodovias, ferrovias e aeroportos). Essas condições privilegiadas contribuem para o avanço do setor lácteo na região e oportunizam pesquisa, desenvolvimento e inovação de excelência única na Embrapa Clima Temperado, como também para regiões mais distantes do país, como Centro-oeste, Nordeste e Norte”, completa a pesquisadora Maira Zanela, da área de qualidade do leite.
Rubens Neiva (com apuração e texto de Pedro Almeida) (MTb 5445)
Embrapa Gado de Leite
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A Embrapa Caprinos e Ovinos (CE) desenvolveu uma nova ferramenta para facilitar o gerenciamento e o melhoramento genético de rebanhos de caprinos e ovinos. O aplicativo SGR Mobile para smartphones e tablets com o sistema Android é de download gratuito e permitirá a coleta de dados por produtores rurais, técnicos e outros interessados que atuam no campo, com a vantagem de não necessitar de conexão com a Internet durante o registro de informações.
De acordo com o criador do aplicativo, o pesquisador Raimundo Lôbo, a nova ferramenta surgiu a partir da demanda de produtores que já utilizavam o Sistema de Gerenciamento de Rebanhos (SGR) da Embrapa, mas registravam os dados zootécnicos em fichas ou planilhas e tinham dificuldade para fazer a inserção posterior no sistema, por dificuldade de acesso ou conexão da Internet em áreas de campo nas zonas rurais. O aplicativo dispensa o uso de planilhas e facilita o upload dos dados.
“O SGR Mobile foi desenvolvido com a finalidade de realizar coletas em campo sem a necessidade de Internet. É uma ferramenta que vai facilitar o dia a dia dos criadores, dispensando o uso de papel e planilhas impressas. A Internet só é indispensável em um primeiro momento para a instalação do aplicativo, e, depois, para fazer o primeiro credenciamento”, destaca Lôbo.
O aplicativo é uma extensão do SGR - software em rede que permite o registro, armazenamento e gerenciamento das informações geradas em rebanhos de caprinos e ovinos - e seu download poderá ser feito a partir da Google Play Store. Com a ferramenta instalada, o usuário poderá inserir, no celular ou tablet, os principais dados requeridos para um processo de escrituração zootécnica: informações referentes aos animais, partos, pesagens, controle leiteiro, composição do leite e ocorrências no sistema de produção.
Lançamento no Semiárido ShowO SGR Mobile será lançado durante a edição de 2021 do Semiárido Show no dia 23 de novembro, às 9 horas, como parte da programação da Tenda do Conhecimento. A Tenda reunirá capacitações, com uma centena de palestras, minicursos, dias de campo, seminários e mesas redondas sobre os mais diversos temas. Para acessar a programação do evento, clique aqui. Em sua nona edição, o Semiárido Show, feira de inovação tecnológica voltada para a agricultura familiar do Semiárido brasileiro será realizado pela primeira vez de forma totalmente virtual. As inscrições são gratuitas para participar do evento, que terá ainda programações na Tenda Sabores do Sertão (espaço de valorização da gastronomia e produtos regionais) e Tenda das Conexões (com estandes virtuais para os empreendimentos regionais). As inscrições para o evento são gratuitas e podem ser feitas aqui. |
Aplicativo gera expectativa nos produtores rurais
Para o acesso, é necessário que o rebanho do usuário já esteja cadastrado no SGR. O aplicativo oferece um filtro de acordo com a natureza dos animais para as funcionalidades que interessam. “Se o seu rebanho é de corte você não terá acesso à parte do controle leiteiro, composição do leite ou lactação, uma vez que não há esse tipo de controle em rebanhos para produção de carne. Já para os rebanhos de produção leiteira e de duplo propósito, você poderá ter acesso a essas informações”, explica Lôbo.
A possibilidade de contar a nova ferramenta já gera expectativa em produtores rurais que são usuários do SGR. É o caso de Jorge Luiz Alves, do sítio Ty Glaz (foto do local abaixo), localizado no loteamento Canto Verde, em Amélia Rodrigues (BA), que possui rebanho de caprinos leiteiros e fabrica queijos de leite de cabra artesanais. “Quando estiver em funcionamento será de uma ajuda enorme, principalmente no campo, por não ser dependente de Internet”, ressalta ele.
De acordo com Jorge, o uso do SGR na atual versão de software já traz benefícios para a gestão da sua propriedade. “Sem sombra de dúvida, o Sistema passou a me oferecer uma gestão muito mais confiável e integrada, fornecendo informações sobre os animais que antes era impossível obter. Antes eu usava vários controles não integrados, o que dificultava muito a gestão. E o mais interessante, de forma gratuita. Aplicativos comerciais que se assemelham ao SGR são caros para um criador do meu porte”, afirma ele.
Além da versão em português, o SGR Mobile estará disponível em versões em inglês e espanhol, para facilitar o acesso a usuários de outros países. Atualmente, o SGR atende aos programas Data Recording and Management System (DREMS), desenvolvido pelo Icarda para países da África e Ásia; Meat Goats Genetic Evaluation System (MGGES), nos Estados Unidos; e Programa de Desarrollo de la Genética Caprinas y Ovina de Colombia(COLGENETICA).
Funcionalidades do SGR Mobile
O SGR Mobile possibilitará ao usuário a inserção e armazenamento dos principais dados necessários para a escrituração zootécnica e acompanhamento dos rebanhos, aspectos importantes para promover o melhoramento genético. A conexão com a Internet não é necessária no momento dos registros e inserção desses dados na rotina do campo. Após a inserção, o usuário pode fazer o upload das informações para o sistema do SGR, quando houver conexão com a Internet. Uma vez feito o upload, os dados registrados não permanecem no celular ou tablet, evitando ocupar memória de armazenamento do dispositivo.
Uma vez feito o cadastro no SGR Mobile, é possível identificar o rebanho já cadastrado no sistema SGR e, assim, inserir informações como:
- Animais: data de nascimento registros do pai e mãe; peso; tipo de nascimento; sexo; categoria, composição racial; tipo de registro; e avaliação feita pelo criador;
- Partos: para registro das características dos partos dos animais
- Peso: data de pesagem; tipo de manejo (extensivo, intensivo, semi-intensivo);
- Controle Leiteiro: tipo de controle (oficial ou feito pelo produtor); data de ordenhas; tipo de aleitamento (artificial ou natural); tipo da ordenha (manual ou mecânica); possíveis enfermidades no momento do controle leiteiro;
- Composição do leite: a partir de análise de amostra, inserir informações de porcentagem de gordura, proteína, lactose, contagem de células somáticas;
- Encerramento de lactação: assinalar quais foram os animais, as datas e motivos de encerramento;
- Ocorrências: para registros como abate, descarte, morte ou venda de animais
Potencial para Melhoramento genético
Inovações como o SGR Mobile trazem perspectivas de maior adesão de produtores de caprinos e ovinos a programas e ações de melhoramento genético animal, visto que permitem aos criadores tomar decisões para seleção de animais e acasalamentos que, ao longo do tempo, favorecem o surgimento de espécies mais adaptadas às características desejadas, como melhor produção de leite ou de carne. Segundo o pesquisador Raimundo Lôbo, da Embrapa Caprinos e Ovinos, o melhoramento de rebanhos é a principal ferramenta para impulsionar a produção animal como atividade econômica competitiva e eficiente.
“O melhoramento genético é a “mola propulsora” da produção animal. É o único meio capaz de elevar o nível em produtividade. Todas as demais práticas de produção, como manejo, reprodução, alimentação e sanidade, permitem apenas maximizar o potencial produtivo de um rebanho. Se essas práticas forem atendidas, o rebanho irá produzir com sua máxima eficiência, entretanto, não poderá subir de patamar para um nível superior, pois o potencial genético dos animais limita essa eficiência”, frisa Lôbo.
De acordo com ele, não se estimula que o produtor rural busque o melhoramento de seu rebanho por meio de ações isoladas, mas que procure integrar programas de melhoramento genético. “O processo de seleção animal necessita de procedimentos organizados, técnicos, rotineiros e especializados. Portanto, a participação em um programa de melhoramento estruturado é crucial para que o criador tenha condições de encontrar o suporte que necessita para alcançar esse processo”, recomenda o pesquisador.
Lôbo enfatiza, ainda, que a rotina de escrituração zootécnica é fundamental para a gestão de rebanhos e, mais especificamente, para subsidiar as informações necessárias para os programas de melhoramento genético. “É importante saber que não há como promover melhoramento genético de rebanhos sem dados de produção organizados. Por isso, é fundamental a escrituração zootécnica é essencial como rotina. Sem essa prática, não há como identificar o status produtivo dos animais e, assim, selecionar aqueles mais produtivos”, destaca.
Segundo o pesquisador, a prática de escrituração também auxilia na eficiência para alimentação animal, reprodução e sanidade, permitindo conhecer com profundidade o rebanho, facilitando manejo, separando lotes, prevenindo e antecipando boas práticas de produção animal.
Programas de melhoramento genéticoA Embrapa tem programas de melhoramento genético animal desenvolvidos para caprinos e ovinos. São eles: - Capragene - O Programa de Melhoramento Genético de Caprinos Leiteiro (Capragene®) tem como base a identificação de reprodutores geneticamente superiores para características de produção e qualidade do leite. O programa apresenta dois pilares: controle leiteiro oficial e teste de progênies de reprodutores de raças leiteiras. Periodicamente, o programa publica o Sumário de Avaliação Genética do Capragene® com informações sobre o valor genético de reprodutores e matrizes, servindo como uma ferramenta para o auxílio aos criadores nas tomadas de decisões de seleção e acasalamento para o melhoramento genético dos rebanhos. - GENECOC® - O Programa de Melhoramento Genético de Caprinos e Ovinos de Corte, da Embrapa Caprinos e Ovinos, traz ferramentas para suporte aos produtores rurais nos processos de coleta, controle e gerenciamento da informação de rebanhos, tais como avaliações genéticas e estimativas de valores genéticos expressos para as características desejadas pelos usuários. O Genecoc® utiliza esses valores como referência para a construção de índices de seleção e indicação de acasalamentos que maximizam o ganho genético do rebanho. |
Embrapa Caprinos e Ovinos
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Considerado um dos principais eventos do setor no Brasil, o 10º Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite (SBSBL) inicia nesta terça-feira (9), às 13h30. Promovido pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet), o evento ocorrerá de maneira totalmente on-line até quinta-feira (11), com transmissão a partir da BS Áudio, em Chapecó (SC). Paralelamente ocorrerá a 5ª Brasil Sul Milk Fair virtual.
A abertura oficial contará com pronunciamentos de autoridades e, na sequência, ocorrerá a palestra inaugural, às 14h25. O tema “Cenário macroeconômico e seus impactos no agronegócio” será abordado pelo engenheiro agrônomo e doutor em estratégias empresariais Marcos Fava Neves, um dos brasileiros mais respeitados internacionalmente na área de agronegócio.
Com especialistas brasileiros e internacionais, o Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite será palco do compartilhamento de conhecimento e tecnologias importantes para a produção. “Buscamos trazer assuntos de alta relevância para o momento. A programação deste ano contará com painéis sobre os cenários de mercado, gado jovem, instalações e ambiência para vacas leiteiras”, frisa o presidente da comissão científica, Airton Vanderlinde, ao acrescentar que desde a primeira edição o objetivo é promover o aprimoramento dos médicos veterinários, zootecnistas, consultores, pesquisadores, profissionais da agroindústria, produtores e demais profissionais envolvidos com a cadeia produtiva.
Os temas e conteúdos acompanham a evolução do setor e as novas perspectivas que estão chegando com a pandemia. “O sucesso do evento tem sido baseado em uma abordagem pragmática de assuntos do dia a dia e que possam agregar conhecimento técnico e aplicação prática”, realçou Vanderlinde.
O presidente do Nucleovet, Luiz Carlos Giongo, ressalta que o SBSBL é um evento essencialmente de natureza científica, com grande capacidade para indicar tendências e atualizar sobre o setor de bovinocultura de leite. “Em uma década, transformou-se em um importante fórum de discussão do segmento, reunindo especialistas, ao lado de agentes desse especializado mercado, para o compartilhamento de conhecimento e tecnologias”, sublinha.
A qualidade do evento é citada pelo vice-presidente do Nucleovet, Lucas Piroca. “Estamos evoluindo a cada edição e, neste ano, com o formato on-line. Temos uma estrutura ampla e moderna, com transmissão ao vivo em alta qualidade, tradução simultânea e tecnologia que permite interação e networking. Além disso, as palestras ficam gravadas para acesso posterior ao evento”.
INSCRIÇÕES
A comercialização do terceiro lote dos ingressos segue durante todo o Simpósio, com os valores: R$ 460 para profissionais; R$ 360 para estudantes; R$ 360 para agroindústrias e órgãos públicos; e R$ 350 para universidades. Pacotes – a partir de dez inscrições – têm o benefício de inscrições bonificadas, cujas regras podem ser consultadas no site.
As inscrições podem ser feitas no site https://nucleovet.com.br/.
O 10º Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite tem apoio da Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa, do Conselho Regional de Medicina Veterinária de SC (CRMV/SC), da Embrapa Gado de Leite, do Icasa, da Prefeitura de Chapecó, do Sindicato dos Produtores Rurais de Chapecó, do Sistema FAESC/SENAR-SC, do Sindirações, da Sociedade Catarinense de Medicina Veterinária (Somevesc) e da Unochapecó.
PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA DO 10º SIMPÓSIO BRASIL SUL DE BOVINOCULTURA DE LEITE:
09/11/2021 (terça-feira)
13h30 às 14h20 – Abertura oficial
14H20 ÀS 16H50 – PAINEL: CENÁRIOS DE MERCADO
14h25 às 15h15 - Cenário macroeconômico e seus impactos no agronegócio
Palestrante: Marcos Fava Neves
15h15 às 15h30 - Intervalo
15h30 às 16h20 - Tendências e perspectivas para o mercado de lácteos
Palestrante: Tabajara Marcondes
16h20 às 16h50 - Discussão
16h50 às 17h30 - Novas abordagens no tratamento da mastite clínica
Palestrante: José Pantoja
17h30 às 17h50 - Discussão
10/11/2021 (quarta-feira)
13H30 ÀS 17H50 – PAINEL GADO JOVEM: INVESTINDO NO FUTURO DA FAZENDA
13h35 às 14h20 - Epigenética, colostro e leite de transição
Palestrante: James D. Quigley
14h20 às 15h05 - Manejo nutricional de bezerras (dieta líquida e sólida): qual a melhor estratégia para otimizar o crescimento, produção futura e obter o melhor custo/benefício
Palestrante: Michael Steele
15h05 às 15h35 - Discussão
15h35 às 15h50 - Intervalo
15h50 às 16h35 - Nutrição e manejo pós desmama: como melhorar a performance e a eficiência financeira
Palestrante: João Costa
16h35 às 17h20 - Manejo de instalações e controle eficiente de enfermidades
Palestrante: Viviani Gomes
17h20 às 17h50 - Discussão
11/11/2021 (quinta-feira)
13H30 ÀS 17H50 – PAINEL: INSTALAÇÕES E AMBIÊNCIA
13h35 às 14h20 - Avaliando a performance de diferentes sistemas de resfriamento
Palestrante: Adriano Seddon
14h20 às 15h05 - Free-Stall x Compost Barn
Palestrante: Flávio Damasceno
15h05 às 15h35 - Discussão
15h35 às 15h50 - Intervalo
15h50 às 16h35 - Como o resfriamento no período seco afeta a saúde e performance futura
Palestrante: Geoffrey Dahl
16h35 às 17h20 - Estratégias de manejo ambiental para reduzir os impactos negativos do estresse calórico
Palestrante: Grazyne Tresoldi
17h20 às 17h50 - Discussão
Divulgação
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Pedida por produtores, ação destaca importância do setor na economia.
Por Alex Rodrigues – Repórter da Agência Brasil - Brasília
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento lançou hoje (3) a 1ª Semana do Leite e Derivados. Desenvolvida em parceria com entidades do setor privado, a pedido de produtores, a iniciativa busca estimular a população a consumir mais laticínios e destaca os benefícios destes para a saúde humana e a importância do segmento para a economia brasileira.
“Esta iniciativa foi um pedido da nossa Câmara Setorial [da Cadeia Produtiva de Leite e Derivados], dos produtores, que nos fizeram vários pedidos, dentre eles um para que fizéssemos algo para promover [o consumo do] leite”, informou a ministra Tereza Cristina durante a cerimônia de apresentação da campanha, nesta manhã, em Brasília.
Criada em 2003, como um órgão consultivo do ministério, a Câmara Setorial reúne a representantes de 30 instituições, além de convidados, para discutir políticas, estratégias e diretrizes relacionadas à produção e comercialização do leite e de seus derivados, subsidiando o governo federal na tomada de decisões. A realização da campanha foi uma das principais decisões discutidas durante a 18ª reunião do órgão, realizada no dia 17 de setembro deste ano.
Com o lema Alimentos Que Fazem o Brasil Crescer, a primeira edição da semana contará com a divulgação de peças publicitárias que buscam promover o consumo dos produtos lácteos. Estabelecimentos comerciais também divulgarão o estímulo à ingestão de mais leite e derivados.
“O setor supermercadista acolheu com muito carinho e disposição o pedido da ministra para promovermos todo o segmento lácteo em nossas mais de 90 mil lojas afiliadas à Associação Brasileira de Supermercados [Abras], bem como [nas plataformas de] comércio eletrônico”, disse o presidente da Abras, João Galassi, citando o exemplo de outras campanhas, como as de promoção da carne suína, de pescados e do vinho nacional.
“Mas, nesta jornada, nos propusemos a conceber uma ação que transcende o foco das vendas promocionais. Esta campanha tem como essência uma agenda mais abrangente e educativa. Traduzida pelo objetivo de trabalharmos importantes mensagens, com a qualidade da produção brasileira de lácteos e dos benefícios destes para a saúde de todos”, acrescentou Galassi.
O presidente do Sistema Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lpes de Freitas, destacou que a iniciativa chega em momento oportuno para os produtores – referindo-se às dificuldades de um cenário que conjuga alta dos custos de produção com leve queda do valor de referência pago pela indústria láctea aos pecuaristas.
No Rio Grande do Sul, por exemplo, o Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite estima que, entre outubro de 2020 e o mês passado, os custos de produção aumentaram cerca de 33%, enquanto o valor de varejo que a indústria paga aos produtores aumentou apenas 12,8%. Já o Índice de Custos de Produção de Leite (ICPLeite), calculado pela Embrapa Gado de Leite, mostrou que, em setembro, a alta dos custos acumulada em 12 meses chegava a 33,9%. O índice aponta que, de abril deste ano (R$ 1,98/l) a setembro (R$ 2,39/l), a média nacional dos valores pagos aos produtores teve seis altas consecutivas, em parte por causa da menor oferta do produto.
“O que todos querem… eu quero o preço do leite um pouco melhor. Ainda mais numa época como esta, em que o preço [pago ao produtor] está dando sinal de baixa. Mas queremos mais que isto. Queremos desenvolvimento social. Precisamos de prosperidade para o nosso país”, afirmou Lopes. “E o desenvolvimento que fazemos com um setor não é só pela pujança econômica, é pela capacidade das pessoas se organizarem.”
Segundo a Embrapa, após ter aumentado ano a ano, por mais de uma década, o consumo de lácteos, no Brasil, estagnou a partir de 2014. Entre 2000 e 2014, a produção de leite cresceu à taxa média anual de 5,2% - acima, portanto, da expansão média do Produto Interno Bruto (PIB), de 3,3% ao ano. No período de 2014 a 2020, a produção leiteira cresceu apenas 0,5% ao ano.
Ainda assim, o Brasil é, hoje, o terceiro maior produtor de leite e derivados do mundo, tendo respondido por 34 bilhões de litros em 2020. De acordo com o Ministério da Agricultura, 99% das cidades brasileiras contam com pelo menos um produtor de leite. No total, o país tem mais de 1 milhão de produtores, a maioria, agricultores familiares. Segundo a pasta, o setor movimenta mais de R$ 100 bilhões ao ano e gera mais de 4 milhões de empregos.
“Por isto, este é um momento ímpar dentro da história da cadeia produtiva do leite. Este movimento, esta campanha, tem uma importância muito grande para mostrarmos à sociedade não só o quanto o leite e seus derivados são importantes para a saúde humana, mas também a importância da nossa cadeia sob todos os pontos de vista, principalmente em relação à geração de emprego e renda”, destacou o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite, Geraldo de Carvalho Borges.
Na cerimônia de lançamento, os produtores pediram que a campanha se torne regular, o que tem apoio da própria ministra Tereza Cristina. “Tenho certeza de que esta iniciativa será um sucesso e duradoura”, disse a ministra, lembrando que iniciativas como esta demonstram a importância do trabalhador rural para quem vive nos centros urbanos.
"Às vezes, a criança conhece só a caixinha de leite que pega na prateleira do supermercado; não sabe que alguém acordou cedo, apartou o bezerro da vaca, tirou o leite, colocou o leite para refrigerar antes de outra pessoa ir buscá-lo e transportá-lo até a indústria que o transformou para que chegasse ao supermercado. É muito importante que estas campanhas sejam educativas em todos os aspectos, da nutrição [ao esclarecimento] sobre o que o homem do campo faz para levar alimento do campo à cidade”, enfatizou a ministra.
Edição: Nádia Franco
Os preços dos lácteos recuaram em outubro, refletindo a baixa demanda doméstica e maior oferta de leite com o período de safra.
No mercado de grãos houve pequena queda no preço do milho, apesar da alta nas cotações internacionais. A arroba do boi segue em baixa.
Veja essa análise na nova edição do Boletim de Preços disponível no site do Centro de Inteligência do Leite.
Informativo periódico de divulgação de publicações técnicas do Centro de Inteligência do Leite - CILeite.
Equipe: Alziro Carneiro, Denis Teixeira, Fábio Diniz, Glauco Carvalho, João César de Resende, José Luiz Bellini, Kennya Siqueira, Lorildo Stock, Manuela Lana, Marcos Hott, Paulo Martins, Ricardo Andrade, Samuel Oliveira, Walter Magalhães Júnior.
O conteúdo do CILeite pode ser reproduzido, desde que seja citada a fonte da publicação.
O 4° Sumário de Avaliação Genômica de Fêmeas Gir Leiteiro será apresentado aos criadores e demais interessados na raça nesta quinta-feira (04/11). O evento será à distância, transmitido pelo canal do Youtube da ABCGIL (Associação Brasileira de Criadores de Gir Leiteiro) a partir das 19 horas. A publicação traz os PTA’s das fêmeas jovens e adultas da raça Gir Leiteiro, classificadas entre o TOP 10% no GPTA Leite.
Segundo o pesquisador da Embrapa Gado de Leite, João Cláudio Panetto, um dos coordenadores do Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro (PNMGL), o quarto sumário não traz qualquer alteração metodológica em relação aos anteriores. “A novidade é que tivemos em 2021 o maior número de animais genotipados desde o primeiro sumário, mostrando a grande adesão e a confiança na metodologia genômica por parte dos criadores”, afirma Panetto. Entre machos e fêmeas, foram 7520 animais genotipados em 2021.
Além do lançamento do sumário, a ABCGIL entregará aos criadores as GPTA’s de todas as fêmeas genotipadas. Também serão entregues as STA’s de todos machos candidatos à pré-seleção para o teste de progênie da raça.
Genômica – A implantação da seleção genômica é um marco no melhoramento genético do Gir Leiteiro. Desde 2017, ABCGIL e Embrapa Gado de Leite concentraram esforços nos trabalhos de organização e operacionalização para coleta de material biológico para as ações de avaliação genômica. O objetivo é aumentar o banco de dados de genótipos para melhorar a robustez da equação genômica da raça.
Segundo diretores da ABCGIL, o empenho dos criadores em impulsionar a confecção da ferramenta genômica iniciou um movimento sem precedentes na pecuária brasileira: a coleta e a genotipagem de amostras de miliares de animais em dezenas de criatórios espalhados por todo o país em um curto espaço de tempo, financiado exclusivamente pelos criadores. O sumário é uma importante fonte de informação para os criadores e produtores interessados na seleção dos melhores animais para os seus rebanhos. “O método de seleção genômica, utilizado pela Embrapa Gado de Leite desde 2018, permite maior confiabilidade das estimativas, especialmente no caso dos animais jovens”, destaca Panetto.
O Canal da Embrapa no Youtube (https://cutt.ly/sumario_femeas), Repileite e no Facebook também transmitirão a live de lançamento do sumário.
Rubens Neiva (MTb 5445)
Embrapa Gado de Leite
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Solução tecnológica desenvolvida pela Embrapa em parceria com outras instituições, a forrageira BRS Capiaçu foi lançada em 2016. Desde então, desfruta de grande sucesso com mais de 200 mil hectares plantados e presença em todas as regiões do Brasil. Atualmente existem 16 viveiristas credenciados para distribuição de mudas em sete estados, todos no bioma Mata Atlântica (RS, SC, PR, MG, ES, SP e AL). Segundo o pesquisador Paulino Andrade, está sendo solicitada a extensão de uso pra outros biomas (Cerrado e Amazônia). Desde seu lançamento, há cinco anos, a BRS Capiaçu lidera o índice de contatos registrados pelo Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) com pedido de informações sobre manejo, aquisição e dados técnicos quase que diariamente.
Recentemente, Paulino Andrade recebeu do viveirista credenciado Laudelino J. Carvalho, de Vargem Grande (SP) uma elogiosa mensagem em que cumprimenta toda a equipe que participou do desenvolvimento da planta. Leia abaixo:
“Olá, caro amigo Dr. Paulino, parabéns mesmo aos cinco anos de lançamento da BRS CAPIAÇU, mas, principalmente, parabéns a todos os pesquisadores que se dedicaram, e continuam a se dedicar, a tanto tempo em seu desenvolvimento. A Pecuária do Brasil, do Mundo Tropical e sub-tropical, são já no presente e o serão por muitas décadas, os grandes beneficiários pela conquista dessa cultivar forrageira tão importante, fruto de planejamento, dedicação, investimento, e trabalho de muitos cérebros, reunidos pela EMBRAPA, e colocados de forma harmoniosa, a interagirem na construção e conquista de um organismo novo, a partir da concepção mental do objetivo delineado. Sou, na qualidade de Viveirista Credenciado EMBRAPA para a produção e comercialização de mudas de BRS CAPIAÇU, e também BRS KURUMI, um privilegiado devedor, cuja dívida só conseguirei reduzir, sem jamais a extinguir, por meio de uma dedicação intensa e exclusiva, buscando honrar, dando o melhor de mim, para que, cada uma das pessoas que nos buscam, procurando por material propagativo dessas cultivares, recebam o melhor material genético tenham o melhor atendimento técnico possível, como se estivessem recebendo diretamente das mãos dos senhores, a genética original, fruto abençoado, cujo aniversário de nascimento para os usuários, completa neste dia sua primeira infância. Parabéns, BRS CAPIAÇU. Parabéns Drs. Antonio Vander Pereira, Alexander Machado Auad, Alexandre Magno Brighenti dos Santos, Andrea Mittelmann, Carlos Augusto de Miranda Gomide, Carlos Eugênio Martins, Domingos Sávio Campos Paciullo, Francisco José da Silva Lédo, Jackson Silva e Oliveira, José Luiz Beline Leite, Juarez Campolina Machado, Leovegildo Lopes de Matos, Mirton José Frota Morenz, Paulino José Nelo Andrade, Sérgio Elmar Bender, Wadson Sebastião Duarte da Rocha, e todos os demais colaboradores da EMBRAPA GADO DE LEITE, que tocam afinados, como uma grande orquestra. Com alegria e gratidão mais uma vez digo: Parabéns BRS CAPIAÇU. Seu futuro será cada vez mais brilhante”. Abraços a todos.
A cultivar BRS Capiaçu é um clone de capim-elefante (Pennisetum purpureum Schum) de alto rendimento para suplementação volumosa na forma de silagem ou picado verde. Devido ao seu elevado potencial de produção (50t/ha/ano), também pode ser utilizada para a produção de biomassa energética. Tem porte alto (até 4,20 metros de altura), se destacando pela produtividade e pelo valor nutritivo da forragem quando comparada com outras cultivares de capim-elefante. A BRS Capiaçu apresenta maior produção de matéria seca a um menor custo em relação ao milho e a cana-de-açúcar. A silagem deste capim constitui uma alternativa mais barata para suplementação do pasto no período da seca. A cultivar possui boa tolerância ao estresse hídrico, mas é susceptível às cigarrinhas das pastagens. Entretanto, quando a capineira é bem manejada, apresenta boa tolerância ao ataque da praga.
Marcos La Falce
Embrapa Gado de Leite
marcos.lafalce@embrapa.br
Em setembro de 2021, o indicador internacional de preço ao produtor subiu 3,3% em relação a agosto. Já o custo da mistura concentrada recuou 4,0%, melhorando a margem do produtor de leite.
A margem do leite sobre a mistura, na média de janeiro a setembro, encontra-se 17,9% superior ao valor histórico média de 2018 a 2020.
Veja essa análise na nova edição do Boletim Radar Internacional disponível no Centro de Inteligência do Leite.
Informativo periódico de divulgação de publicações técnicas do Centro de Inteligência do Leite - CILeite.
Equipe: Alziro Carneiro, Denis Teixeira, Fábio Diniz, Glauco Carvalho, João César de Resende, José Luiz Bellini, Kennya Siqueira, Lorildo Stock, Manuela Lana, Marcos Hott, Paulo Martins, Ricardo Andrade, Samuel Oliveira, Walter Magalhães Júnior.
O conteúdo do CILeite pode ser reproduzido, desde que seja citada a fonte da publicação.
Veterinário recomenda algumas medidas para melhorar o bem-estar dos recém-nascidos
O período de nascimento de bezerros requer muita atenção e cuidado nas propriedades leiteiras.
Assim que o animal nasce, ele precisa receber o colostro, primeiro leite secretado pela mãe pós-parto. O colostro é considerado "a primeira vacina" do filhote, já que a placenta não passa a imunidade ao recém-nascido.
De acordo com o veterinário Eduardo de Oliveira, da Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos – SP), curar o umbigo é um manejo básico e muito importante, principalmente na época chuvosa. O local pode ser uma porta de entrada para infecções e a chuva deixa o cordão umbilical úmido, favorecendo a proliferação de microrganismos. O veterinário recomenda que a cura do umbigo seja feita duas vezes ao dia, durante três dias, com solução de iodo (10%), garantindo assim a cauterização química completa para não haver risco de infecção.
Outra ocorrência muito comum nesta época de chuvas é a pneumonia nos bezerros. Segundo Oliveira, o produtor deve ficar atento a sinais, como: falta de apetite, cansaço e febre.
Diarreia também é bastante frequente nos recém-nascidos. Algumas medidas contribuem para redução dessa enfermidade, como limpeza do comedouro e do bebedouro, higienização dos utensílios usados para fornecimento de leite e do local onde os animais ficam. Assim, evita-se a transmissão e proliferação de microrganismos.
A separação dos bezerros pode ser uma alternativa para impedir a contaminação cruzada.
Manter o calendário de vacinação em dia e fazer a vermifugação adequada são essenciais à sanidade e ao bem-estar de todo o rebanho.
Gisele Rosso (Mtb 3091/PR)
Embrapa Pecuária Sudeste
Contatos para a imprensa
pecuaria-sudeste.imprensa@embrapa.br
Os preços dos produtos lácteos no mercado externo, de acordo com a plataforma Global Dairy Trade (GDT), sinaliza recuperação. Segundo afirmou o analista da Embrapa Gado de Leite, Lorildo Stock, durante a reunião mensal de conjuntura do CILeite (Centro de Inteligência do Leite da Embrapa Gado de Leite), ocorrida em outubro, o principal fator para a recuperação dos preços é a atividade da economia mundial, após a Pandemia. Segundo Stock “o ano de 2021 começou com aumentos nos primeiros quatro meses em mais de 23%, puxados pela demanda chinesa, baixo nível de estoque mundial, e por uma menor oferta dos países exportadores”. Em setembro a valorização do preço internacional do leite foi de 3,3% em relação a agosto, cotado a um valor bruto de US$ 0,43/kg.
“Com a vacinação e o controle da pandemia de Covid-19 no mundo, há uma forte recuperação da demanda”, diz Stock. O aumento do consumo, principalmente na China – o maior importador mundial de lácteos – vem puxando a cotação para cima. “Soma-se a isso, o crescimento em menor ritmo da produção dos Estados Unidos, que afeta a oferta”, explica o analista.
No Brasil, o preço líquido do litro de leite ao produtor chegou a quase o equivalente a 0,46 centavos de dólar, valor acima da cotação internacional em 14%. Pesquisadores e analistas do CILeite explicam que o índice no mercado interno, embora ainda esteja influenciado pela entressafra que terminou em setembro, reflete principalmente o aumento dos custos de produção. Glauco de Carvalho, também pesquisador da Embrapa Gado de Leite, argumenta que os preços das commodities agrícolas atingiram o maior nível desde outubro de 2015.
Os preços internacionais da soja e do milho influenciam diretamente nos custos de produção do leite. Mas, no caso brasileiro, utilizando dados atualizados do Instituto de Economia Agrícola, a cotação do milho nos primeiros nove meses de 2021 fechou a R$ 1,52/kg, em média. Isso representa o dobro em relação à média histórica 2018/2020. A soja teve um aumento menor, mesmo assim está 50% a mais do que a média histórica, em R$ 3,00/kg.
Carvalho afirma, porém, que os custos estão altos em todo o mundo e não se limitam ao preço dos grãos, que compõem a ração do rebanho. “O frete do transporte marítimo também está elevado, devido ao aumento da demanda mundial. Além disso, precisamos considerar a cotação do petróleo, provocando aumento dos combustíveis em todo o mundo”, diz o pesquisador.
Outro fator identificado pela elevação dos custos, e que ganhou destaque nas últimas semanas refere-se a baixa oferta de fertilizantes no mundo. O Brasil é um grande importador de fertilizantes, principalmente de potássio. Na pecuária de leite, o fertilizante impacta na produção de volumoso. Para os analistas e pesquisadores da Embrapa, há uma demanda maior de modo geral no mundo e a China, grande produtor desse insumo, teve que reduzir a produção para se adequar aos novos parâmetros de emissão de carbono.
No caso dos preços de lácteos no Brasil, há um certo desaquecimento da demanda, embora o preço do litro de leite pago ao produtor esteja mais caro internamente do que no mercado internacional, está entrando menos leite importado no país. A baixa demanda, aliado ao fim da entressafra, está tornando o produto mais barato no atacado: em 15 dias, o preço do litro de leite UHT (caixinha) caiu de R$3,63 para R$3,44. No varejo, a caixinha de leite, que custava R$4,28 chega a ser vendida a R$4,19 e o preço deve cair mais nas próximas semanas.
Rubens Neiva (MTb 5445)
Embrapa Gado de Leite
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O preço do leite ao produtor registrou, em setembro, a sexta alta consecutiva no ano, influenciada pela baixa disponibilidade do produto.
Esse aumento no preço ajudou a melhorar a relação de troca do leite com insumos como milho e soja, mas as margens continuam pressionadas.
Veja essa análise na nova edição do Boletim Indicadores Leite e Derivados disponível no Centro de Inteligência do Leite.
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Equipe: Alziro Carneiro, Denis Teixeira, Fábio Diniz, Glauco Carvalho, João César de Resende, José Luiz Bellini, Kennya Siqueira, Lorildo Stock, Manuela Lana, Marcos Hott, Paulo Martins, Ricardo Andrade, Samuel Oliveira, Walter Magalhães Júnior.
O conteúdo do CILeite pode ser reproduzido, desde que seja citada a fonte da publicação.
A Embrapa Gado de Leite lança nesta quinta-feira seu novo curso no formato de ensino a distância: “Cria de bezerras leiteiras: estratégias para aumentar a eficiência”. As inscrições já estão abertas e as matrículas podem ser realizadas até o próximo dia 21. A taxa de inscrição com valor promocional é de R$ 29,90 e pode ser feita no site https://ead.cnpgl.embrapa.br/.
Voltado para profissionais da assistência técnica, produtores e demais profissionais e estudantes de ciências agrárias, o curso possui três módulos, abordando maternidade, manejo nutricional e sistemas de criação de bezerros e gestão. Durante o curso haverá fóruns de discussões e ocorrerá um ‘encontro’ on-line para solucionar as dúvidas dos alunos. Segundo a pesquisadora Mariana Campos, coordenadora do curso, as aulas abordarão as principais estratégias para aumentar a eficiência na cria de bezerros leiteiros, com vídeos que mostram a rotina real de fazenda.
“Criar bezerras de forma eficiente é fundamental para um sistema de produção de leite, afinal, elas serão as vacas de amanhã”, diz Mariana Campos. Segundo a pesquisadora, trata-se de um investimento a longo prazo onde o mais importante é a capacitação da mão-de-obra.
Nesta quinta-feira (14), a Embrapa Gado de Leite realizará uma live de lançamento, transmitida pelo canal da Embrapa no Youtube, Facebook e REPILeite. Marina Campos realizará uma palestra abordando os fatores-chaves para o sucesso da criação de bezerras. Serão emitidos certificados aos participantes. Veja os links para acompanhar live:
Palestra online: Fatores chave para o sucesso da criação de bezerras – 19 horas ao vivo. Assista em:
- YouTube: https://cutt.ly/cria-bezerras-leiteiras
- Repileite: http://www.repileite.com.br/page/palestras-recentes
Rubens Neiva (MTb 5445)
Embrapa Gado de Leite
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O custo de produção de leite registrou alta de 1,37% em setembro. A maior elevação foi no grupo de qualidade do leite, seguida da alimentação concentrada.
No acumulado de doze meses o ICPLeite subiu 33,9%. A alimentação do rebanho foi o grupo que mais contribuiu para este aumento.
Veja essa análise na nova edição do Boletim ICPLeite/Embrapa disponível no site do Centro de Inteligência do Leite.
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Equipe: Alziro Carneiro, Denis Teixeira, Fábio Diniz, Glauco Carvalho, João César de Resende, José Luiz Bellini, Kennya Siqueira, Lorildo Stock, Manuela Lana, Marcos Hott, Paulo Martins, Ricardo Andrade, Samuel Oliveira, Walter Magalhães Júnior.
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