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Veterinário recomenda algumas medidas para melhorar o bem-estar dos recém-nascidos  

O período de nascimento de bezerros requer muita atenção e cuidado nas propriedades leiteiras.

Assim que o animal nasce, ele precisa receber o colostro, primeiro leite secretado pela mãe pós-parto. O colostro é considerado "a primeira vacina" do filhote, já que a placenta não passa a imunidade ao recém-nascido.

De acordo com o veterinário Eduardo de Oliveira, da Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos – SP), curar o umbigo é um manejo básico e muito importante, principalmente na época chuvosa. O local pode ser uma porta de entrada para infecções e a chuva deixa o cordão umbilical úmido, favorecendo a proliferação de microrganismos. O veterinário recomenda que a cura do umbigo seja feita duas vezes ao dia, durante três dias, com solução de iodo (10%), garantindo assim a cauterização química completa para não haver risco de infecção.

Outra ocorrência muito comum nesta época de chuvas é a pneumonia nos bezerros. Segundo Oliveira, o produtor deve ficar atento a sinais, como: falta de apetite, cansaço e febre.

Diarreia também é bastante frequente nos recém-nascidos. Algumas medidas contribuem para redução dessa enfermidade, como limpeza do comedouro e do bebedouro, higienização dos utensílios usados para fornecimento de leite e do local onde os animais ficam. Assim, evita-se a transmissão e proliferação de microrganismos.

A separação dos bezerros pode ser uma alternativa para impedir a contaminação cruzada.

Manter o calendário de vacinação em dia e fazer a vermifugação adequada são essenciais à sanidade e ao bem-estar de todo o rebanho.

Gisele Rosso (Mtb 3091/PR)

Embrapa Pecuária Sudeste

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Os preços dos produtos lácteos no mercado externo, de acordo com a plataforma Global Dairy Trade (GDT), sinaliza recuperação. Segundo afirmou o analista da Embrapa Gado de Leite, Lorildo Stock, durante a reunião mensal de conjuntura do CILeite (Centro de Inteligência do Leite da Embrapa Gado de Leite), ocorrida em outubro, o principal fator para a recuperação dos preços é a atividade da economia mundial, após a Pandemia. Segundo Stock “o ano de 2021 começou com aumentos nos primeiros quatro meses em mais de 23%, puxados pela demanda chinesa, baixo nível de estoque mundial, e por uma menor oferta dos países exportadores”. Em setembro a valorização do preço internacional do leite foi de 3,3% em relação a agosto, cotado a um valor bruto de US$ 0,43/kg.  

“Com a vacinação e o controle da pandemia de Covid-19 no mundo, há uma forte recuperação da demanda”, diz Stock. O aumento do consumo, principalmente na China – o maior importador mundial de lácteos – vem puxando a cotação para cima. “Soma-se a isso, o crescimento em menor ritmo da produção dos Estados Unidos, que afeta a oferta”, explica o analista.

No Brasil, o preço líquido do litro de leite ao produtor chegou a quase o equivalente a 0,46 centavos de dólar, valor acima da cotação internacional em 14%. Pesquisadores e analistas do CILeite explicam que o índice no mercado interno, embora ainda esteja influenciado pela entressafra que terminou em setembro, reflete principalmente o aumento dos custos de produção. Glauco de Carvalho, também pesquisador da Embrapa Gado de Leite, argumenta que os preços das commodities agrícolas atingiram o maior nível desde outubro de 2015.

Os preços internacionais da soja e do milho influenciam diretamente nos custos de produção do leite. Mas, no caso brasileiro, utilizando dados atualizados do Instituto de Economia Agrícola, a cotação do milho nos primeiros nove meses de 2021 fechou a R$ 1,52/kg, em média. Isso representa o dobro em relação à média histórica 2018/2020. A soja teve um aumento menor, mesmo assim está 50% a mais do que a média histórica, em R$ 3,00/kg.

Carvalho afirma, porém, que os custos estão altos em todo o mundo e não se limitam ao preço dos grãos, que compõem a ração do rebanho. “O frete do transporte marítimo também está elevado, devido ao aumento da demanda mundial. Além disso, precisamos considerar a cotação do petróleo, provocando aumento dos combustíveis em todo o mundo”, diz o pesquisador.

Outro fator identificado pela elevação dos custos, e que ganhou destaque nas últimas semanas refere-se a baixa oferta de fertilizantes no mundo. O Brasil é um grande importador de fertilizantes, principalmente de potássio. Na pecuária de leite, o fertilizante impacta na produção de volumoso. Para os analistas e pesquisadores da Embrapa, há uma demanda maior de modo geral no mundo e a China, grande produtor desse insumo, teve que reduzir a produção para se adequar aos novos parâmetros de emissão de carbono.

No caso dos preços de lácteos no Brasil, há um certo desaquecimento da demanda, embora o preço do litro de leite pago ao produtor esteja mais caro internamente do que no mercado internacional, está entrando menos leite importado no país. A baixa demanda, aliado ao fim da entressafra, está tornando o produto mais barato no atacado: em 15 dias, o preço do litro de leite UHT (caixinha) caiu de R$3,63 para R$3,44. No varejo, a caixinha de leite, que custava R$4,28 chega a ser vendida a R$4,19 e o preço deve cair mais nas próximas semanas.

Rubens Neiva (MTb 5445)

Embrapa Gado de Leite

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O preço do leite ao produtor registrou, em setembro, a sexta alta consecutiva no ano, influenciada pela baixa disponibilidade do produto.

Esse aumento no preço ajudou a melhorar a relação de troca do leite com insumos como milho e soja, mas as margens continuam pressionadas.

Veja essa análise na nova edição do Boletim Indicadores Leite e Derivados disponível no Centro de Inteligência do Leite.

 

Informativo periódico de divulgação de publicações técnicas do Centro de Inteligência do Leite - CILeite.
Equipe: Alziro Carneiro, Denis Teixeira, Fábio Diniz, Glauco Carvalho, João César de Resende, José Luiz Bellini, Kennya Siqueira, Lorildo Stock, Manuela Lana, Marcos Hott, Paulo Martins, Ricardo Andrade, Samuel Oliveira, Walter Magalhães Júnior.
O conteúdo do CILeite pode ser reproduzido, desde que seja citada a fonte da publicação.

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A Embrapa Gado de Leite lança nesta quinta-feira seu novo curso no formato de ensino a distância: “Cria de bezerras leiteiras: estratégias para aumentar a eficiência”. As inscrições já estão abertas e as matrículas podem ser realizadas até o próximo dia 21. A taxa de inscrição com valor promocional é de R$ 29,90 e pode ser feita no site https://ead.cnpgl.embrapa.br/.

Voltado para profissionais da assistência técnica, produtores e demais profissionais e estudantes de ciências agrárias, o curso possui três módulos, abordando maternidade, manejo nutricional e sistemas de criação de bezerros e gestão. Durante o curso haverá fóruns de discussões e  ocorrerá um ‘encontro’ on-line para solucionar as dúvidas dos alunos. Segundo a pesquisadora Mariana Campos, coordenadora do curso, as aulas abordarão as principais estratégias para aumentar a eficiência na cria de bezerros leiteiros, com vídeos que mostram a rotina real de fazenda.

“Criar bezerras de forma eficiente é fundamental para um sistema de produção de leite, afinal, elas serão as vacas de amanhã”, diz Mariana Campos. Segundo a pesquisadora, trata-se de um investimento a longo prazo onde o mais importante é a capacitação da mão-de-obra.

Nesta quinta-feira (14), a Embrapa Gado de Leite realizará uma live de lançamento, transmitida pelo canal da Embrapa no Youtube, Facebook e REPILeite. Marina Campos realizará uma palestra abordando os fatores-chaves para o sucesso da criação de bezerras. Serão emitidos certificados aos participantes. Veja os links para acompanhar live:

Palestra online: Fatores chave para o sucesso da criação de bezerras – 19 horas ao vivo. Assista em:

- YouTube: https://cutt.ly/cria-bezerras-leiteiras

- Repileite: http://www.repileite.com.br/page/palestras-recentes


Rubens Neiva (MTb 5445)

Embrapa Gado de Leite

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O custo de produção de leite registrou alta de 1,37% em setembro. A maior elevação foi no grupo de qualidade do leite, seguida da alimentação concentrada.

No acumulado de doze meses o ICPLeite subiu 33,9%. A alimentação do rebanho foi o grupo que mais contribuiu para este aumento.

Veja essa análise na nova edição do Boletim ICPLeite/Embrapa disponível no site do Centro de Inteligência do Leite.

 Informativo periódico de divulgação de publicações técnicas do Centro de Inteligência do Leite - CILeite.
Equipe: Alziro Carneiro, Denis Teixeira, Fábio Diniz, Glauco Carvalho, João César de Resende, José Luiz Bellini, Kennya Siqueira, Lorildo Stock, Manuela Lana, Marcos Hott, Paulo Martins, Ricardo Andrade, Samuel Oliveira, Walter Magalhães Júnior.
O conteúdo do CILeite pode ser reproduzido, desde que seja citada a fonte da publicação.

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Será lançada na quinta-feira (14), às 14h, uma tecnologia inovadora, desenvolvida pela Embrapa, que conjuga rentabilidade e preservação ambiental. Trata-se do consórcio de cana-de-açúcar com milho (Canamilho). O evento de lançamento será on-line e transmitido pelo canal da Embrapa no Youtube. 

A tecnologia Canamilho modifica a logística de plantio da cana, já que sugere a antecipação do plantio da cultura para o início do período chuvoso. Isso amplia a janela de plantio e desafoga a implantação do canavial que é mais concentrada no mês de março. Segundo os especialistas, a cana consorciada, considerada como cana de ano, apresenta rendimentos compatíveis com a cana de ano e meio. 

De acordo com os resultados obtidos pelos pesquisadores, a renovação do canavial por meio do plantio da cana consorciada com milho é promissora e economicamente viável. A palestra técnica do evento ficará a cargo do pesquisador João de Deus dos Santos Junior, da Embrapa Cerrados, líder do projeto “Consórcio cana-de-açúcar e milho para intensificação sustentável da produção de açúcar e etanol no Cerrado”.

Serviço:
Lançamento Web da tecnologia Canamilho
Data: 14 de outubro
Horário: 14h
Local: canal da Embrapa no Youtube - https://www.youtube.com/watch?v=WRNutypCA6o

Juliana Caldas (MTb 4861/DF)

Embrapa Cerrados

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Nas últimas duas décadas, a produção de leite aumentou 1,8 vezes, passando de 19,8 bilhões de litros em 2000 para 35,4 bilhões em 2020.

Esse valor é recorde, considerando a série histórica de volume de leite produzido no Brasil. As regiões Sudeste e Sul representaram juntas 68,4% do leite produzido em 2020.

Veja essa análise no Boletim Especial de Produção disponível no site do Centro de Inteligência do Leite.

 Informativo periódico de divulgação de publicações técnicas do Centro de Inteligência do Leite - CILeite.
Equipe: Alziro Carneiro, Denis Teixeira, Fábio Diniz, Glauco Carvalho, João César de Resende, José Luiz Bellini, Kennya Siqueira, Lorildo Stock, Manuela Lana, Marcos Hott, Paulo Martins, Ricardo Andrade, Samuel Oliveira, Walter Magalhães Júnior.
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Os preços dos lácteos no mercado atacadista e do leite no mercado spot ficaram relativamente estáveis ao longo de setembro. Aliás, as cotações estão neste mesmo patamar desde junho. No mercado de grãos, um avanço nas vendas de milho exerceu pressão baixista sobre os preços do cereal.

Veja essa análise na nova edição do Boletim de Preços disponível no site do Centro de Inteligência do Leite.

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As formigas cortadeiras são consideradas uma das principais pragas em plantios florestais de eucalipto e pínus. Com o objetivo de apoiar seu manejo e controle, a Embrapa Florestas acaba de disponibilizar o “Manejo-Formigas”, ferramenta computacional voltada ao controle de saúvas e quenquéns, que dá suporte aos produtores florestais para a definição das medidas de manejo a serem adotadas em cada etapa do plantio. A ferramenta foi desenvolvida em parceria com a Epagri (SC), com apoio da Universidade Federal do Paraná, Fundo Nacional de Controle de Pragas Florestais (Funcema) e Associação Sul Brasileira de Empresas Florestais (Apre, ACR e Ageflor).

Baseado em resultados de mais de 15 anos de pesquisas, que mostram que vários fatores devem ser considerados no manejo de formigas cortadeiras, o produtor florestal responde perguntas a respeito de seu plantio florestal e a ferramenta aponta a melhor forma de manejo. A ferramenta converte todos os fatores associados ao manejo de formigas cortadeiras e suas possíveis combinações (448 possibilidades diferentes) em 16 recomendações de manejo.

Além disso, o usuário também tem disponível informações sobre como reconhecer os gêneros de formigas e as principais espécies, os sintomas de ataques de formigas nas plantas, recomendações detalhadas para cada etapa do plantio (como e/ou quando fazê-lo), como realizar o controle sistemático e ou o controle localizado, além da melhor forma de aplicação de isca formicida.

A Embrapa Florestas também está disponibiizando uma publicação para orientações de uso da ferramenta:

- Publicação: “Manejo-Formigas”: ferramenta computacional para a tomada de decisão no manejo de formigas cortadeiras em plantios de Pinus e Eucalyptus

Clique aqui para acessar a ferramenta Manejo-Formigas.

A ferramenta foi desenvolvida para uso em dispositivos com o programa Microsoft® Excel®.

Katia Pichelli (MTb 3594/PR)

Embrapa Florestas

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Os preços dos produtos lácteos registraram ligeira alta no leilão GDT de 07 de setembro. Foi a primeira alta após seis quedas consecutivas.

O mercado brasileiro vem convivendo com baixa disponibilidade de leite, o que tem sustentado as cotações.

As previsões climáticas sugerem alerta para os próximos meses, com alta probabilidade de ocorrência do fenômeno La Niña a partir de outubro.

Veja essa análise completa na Nota de Conjuntura, disponível no Centro de Inteligência do Leite.

Informativo periódico de divulgação de publicações técnicas do Centro de Inteligência do Leite - CILeite.
Equipe: Alziro Carneiro, Denis Teixeira, Fábio Diniz, Glauco Carvalho, João César de Resende, José Luiz Bellini, Kennya Siqueira, Lorildo Stock, Manuela Lana, Marcos Hott, Paulo Martins, Ricardo Andrade, Samuel Oliveira, Walter Magalhães Júnior.
O conteúdo do CILeite pode ser reproduzido, desde que seja citada a fonte da publicação.

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Em agosto, a inflação do custo de produção de leite, calculada pelo ICPLeite/Embrapa, voltou a ganhar intensidade, subindo 1,82%. O grupo Energia e combustível apresentou a maior variação, seguido pelos grupos de suplementação mineral e alimentação do rebanho.

Em doze meses, o ICPLeite acumula alta de 39,7%.

Veja essa análise na nova edição do Boletim ICPLeite disponível no Centro de Inteligência do Leite.

Informativo periódico de divulgação de publicações técnicas do Centro de Inteligência do Leite - CILeite.
Equipe: Alziro Carneiro, Denis Teixeira, Fábio Diniz, Glauco Carvalho, João César de Resende, José Luiz Bellini, Kennya Siqueira, Lorildo Stock, Manuela Lana, Marcos Hott, Paulo Martins, Ricardo Andrade, Samuel Oliveira, Walter Magalhães Júnior.
O conteúdo do CILeite pode ser reproduzido, desde que seja citada a fonte da publicação.

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As oito novilhas com melhor desempenho leiteiro na 5ª edição da Prova Brasileira de Produção de Leite a Pasto do Zebu Leiteiro da Embrapa Cerrados foram premiadas nesta segunda-feira (13). Mais que o troféu, os produtores que tiveram suas vacas avaliadas saíram com a garantia de que há uma boa genética em seus rebanhos.

Os dois animais que apresentaram os melhores índices gerais pertencem ao rebanho do Centro de Tecnologia em Raças Zebuínas Leiteiras (CTZL), fazenda experimental da Embrapa Cerrados (DF). A BRGY 87 Freda da Cerrados, que ficou em primeiro lugar, com uma produção de 3,7 mil litros de leite em 305 dias, além de vários outros atributos com a avaliação positiva. A média de produção do Gir leiteiro foi de 3,6 mil quilos nesse período, o que corresponde a três vezes a média nacional, atualmente de 1,2 mil quilos. 

A Freda da Cerrado é filha de um animal já avaliado na prova e com boa produção. “Nós vemos que houve um ganho genético nessa linhagem”, destaca a pesquisadora Isabel Ferreira, supervisora do CTZL. A segunda colocada, BRGY 77 Fortuna da Cerrados, também se destacou em persistência de lactação e menor escore de células somáticas.

Essa é a única prova de leite a pasto de todo o Brasil. O objetivo é identificar animais geneticamente superiores para produção de leite. Para Sebastião Pedro, chefe-geral da Embrapa Cerrados, o leite produzido a pasto é o mais sustentável do mundo. “O Brasil precisa de genética melhorada própria para as condições dos trópicos [...] Esse é o quinto passo nessa direção de identificar animais com genética para esse desafio de produção de leite a pasto no Cerrado”. 

Durante os 305 dias que os animais ficam no pasto, mês a mês, é feito o controle leiteiro, seguindo as normas da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). Um diferencial da prova é que as mensurações são feitas sem uso de fármacos exógenos para indução da lactação. A lactação é estimulada apenas pela presença do bezerro.

Além da produtividade, outros atributos são considerados: persistência da lactação; conformação racial; teores de proteína e gordura no leite; contagem de células somáticas; idade ao primeiro parto; intervalo entre parto e concepção. Também é feita a genotipagem dos animais para alelos A1 e A2 da beta caseína para os pecuaristas que têm interesse em produzir a bebida com menos teor alergênico.

A pesquisadora explica ainda que apesar de a prova ter o foco principal na quantidade de leite produzido, esses outros parâmetros também são muito importantes para o pecuarista. Por isso, além das novilhas com o melhor desempenho na produção de leite, foram destacadas as que apresentaram maior persistência de lactação, menor idade do primeiro parto, maiores teores de sólidos totais do leite e menor intervalo entre parto e concepção.  

Animais com classificação elite e superior

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Seu Hamilton Nunes é participante assíduo da prova de leite organizada pela Embrapa Cerrados em parceria com a Associação dos Criadores de Zebu do Planalto (ACZP). Para o pecuarista de Luziânia (GO), o diferencial dessa atividade é que a Embrapa avalia parâmetros que os criadores não conseguem avaliar na fazenda. Ele explica que só a observação não é suficiente: “Em geral, avaliamos os animais pela sua cor, pela aparência física. Mas a filha da melhor vaca, às vezes, não é o que a gente espera”. Ele aconselha todos os produtores a testarem seus animais para garantir bons resultados econômicos em sua atividade. “Tem gente que desiste da atividade porque falta uma avaliação técnica e responsável”, lamenta. 

Ele conta ainda que depois que começou a participar da prova passou a valorizar mais seus animais e entendeu que o gado rústico é o melhor para produção de leite a pasto na região. Na 4ª edição da prova, que foi finalizada em 2020, sua novilha, a Caiana, terminou em segundo lugar, com classificação Elite. 

Após a premiação, Marcelo de Toledo, superintendente técnico da ACZP, conduziu o público até o curral, onde explicou os critérios relacionados à conformação racial. “Se a gente pensa em produzir leite a pasto, vamos necessariamente precisar desse material genético”, afirma, apontando para as novilhas premiadas. E completa: “Temos que seguir selecionando essa base, nas condições dos trópicos, para ter um leite economicamente viável e sustentável”. 

José Eduardo dos Anjos, produtor rural e veterinário, participante da 5ª edição da prova, lembra que o importante nessa avaliação é descobrir e multiplicar a boa genética. “A Embrapa consegue disponibilizar para os pequenos, médios e grandes produtores uma avaliação com dados fidedignos”, o que possibilita a melhoria dos rebanhos da região.

Assista aqui ao evento de premiação na íntegra. 

Expoabra 2021

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A apresentação dos resultados da prova de leite ocorreu durante a Expoabra Digital 2021, que acontece entre os dias 13 e 18 de setembro, em Brasília (DF), realizada pelo Parque de Exposição Granja do Torto. O evento marcou a reabertura desse espaço.

Durante a solenidade de abertura, Alysson Paolinelli destacou o potencial brasileiro no cenário agropecuário, afirmando que a agricultura brasileira é a mais competitiva e mais produtiva que o mundo tem hoje. 

O superintendente Federal de Agricultura do Distrito Federal, William Barbosa, enfatizou a boa fase da agropecuária da região: “Nós estamos vivendo um momento muito especial no Distrito Federal, com projetos acontecendo, com avanços que estão acontecendo. Hoje o Ministério da Agricultura vê o Distrito Federal como uma grande vitrine tecnológica para todos os outros estados da federação”. 

Já Sebastião Pedro, chefe-geral da Embrapa Cerrados, ressaltou a importante função desse tipo de evento: “Exposições agropecuárias são veículos de transferência de tecnologia, de troca de ideias e, através delas, a agropecuária evolui”. Ele enfatiza que a função da Empresa é transferir tecnologias e levar ao setor produtivo soluções tecnológicas que proporcionem sustentabilidade. “Dentro das fazendas, precisamos ter [sustentabilidade]; no mercado, precisamos demonstrar e provar que temos”. 

O secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Candido Teles, informa sobre os andamentos do plano de desenvolvimento rural sustentável para o Distrito Federal para os próximos 20 anos e da revitalização da cadeia leiteira. Segundo Teles, é um projeto audacioso, que tem a participação da Embrapa e de todas as entidades ligadas à agricultura. “Como diz o Sebastião [Pedro], nós temos tecnologia para produzir quase todas as commodities no Brasil, mas infelizmente não somos autossuficientes no leite. E agora com esse projeto que é nosso [...], Brasília certamente será uma vitrine. Eu acredito na ciência, na biotecnologia, eu acredito na inovação, eu sei que a Embrapa tem essa tecnologia [...]”. 

Assista aqui à solenidade de abertura. 

A programação da Expoabra conta atividades virtuais e presenciais, como palestras e painéis, mini cursos, a Semana Nacional de Orgânicos e provas equestres. Para participar ou assistir aos eventos é preciso preencher um cadastro no site. https://expoabra.com.br/

Juliana Miura (MTb 4563/DF)

Embrapa Cerrados

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As importações brasileiras de leite totalizaram 74,8 milhões de litros em agosto, 46,6% inferior a agosto do ano passado.

O aumento no preço do leite ao produtor está ajudando na recuperação das margens, que se encontram apetadas pela elevação em insumos como milho e farelo de soja.

Veja essa análise na nova edição do Boletim Indicadores Leite e Derivados disponível no Centro de Inteligência do Leite.

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O conteúdo do CILeite pode ser reproduzido, desde que seja citada a fonte da publicação.

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A Embrapa Cerrados (DF) fará, na próxima segunda-feira (13), a partir das 14h, a divulgação dos resultados da “5ª Prova Brasileira de Produção de Leite a Pasto do Zebu Leiteiro no Centro de Tecnologias de Raças Zebuínas Leiteiras (CTZL)”, além das premiações das novilhas mais bem classificadas nessa avaliação e dos melhores animais da edição anterior da Prova.

O evento integra a programação da Expoabra Digital 2021, exposição on-line com transmissão na página oficial (https://expoabra.com.br/) diretamente do Parque de Exposições da Granja do Torto, em Brasília, de 13 a 18 de setembro. A apresentação da Embrapa Cerrados será realizada no Tatersal Joaquim Roriz. Cerca de cinco das novilhas premiadas na 5ª Prova serão exibidas no curral ao lado do auditório montado para o evento. 

“Vamos conversar com os criadores e mostrar como a análise morfológica participa do índice fenotípico e como ela pode ser utilizada para a mensuração e identificação de animais com aptidão leiteira”, informa o pesquisador Carlos Frederico Martins, coordenador da avaliação zootécnica.

Sobre a Prova

Promovida desde 2015 e coordenada pela Embrapa Cerrados e pela Associação Criadores de Zebu do Planalto (ACZP), a prova zootécnica busca o melhoramento genético das raças zebuínas com aptidão leiteira por meio da identificação de matrizes em grupos de animais contemporâneos de cada raça que apresentem potencial genético para a produção de leite a pasto.

Com duração e 12 meses, sendo dois de adaptação e 10 de avaliação, a prova identifica as melhores novilhas das raças zebuínas leiteiras participantes e seus cruzamentos que, em 305 dias de lactação em pasto rotacionado com suplementação, se destacarem nos atributos produção de leite, reprodução, idade ao parto, qualidade do leite, persistência de lactação e avaliação morfológica. Assista ao vídeo: https://youtu.be/1hM9g8jN5bE.

Na 5ª edição da prova, participaram 17 novilhas da raça Gir Leiteiro de criadores do Brasil Central. Os animais pariram entre janeiro e fevereiro de 2020 e foram avaliados entre fevereiro e novembro daquele ano. Já a 4ª Prova foi realizada em 2019 e os resultados apresentados em setembro de 2020 (saiba mais em https://bit.ly/3E25oL5). Mas a premiação dos animais não foi realizada devido à pandemia da Covid-19.

No momento, a 6ª edição da Prova está em andamento no CTZL e a 7ª edição ainda está com inscrições abertas. Acesse o regulamento aqui: https://bit.ly/3zTmN6m.

Serviço

Divulgação dos resultados da 5ª Prova Brasileira de Produção de Leite a Pasto do Zebu Leiteiro CTZL/Embrapa Cerrados e premiação dos animais da 4ª e da 5ª prova
Data: 13/09/2021
Horário: 14h
Transmissão: https://expoabra.com.br/

Breno Lobato (MTb 9417-MG)

Embrapa Cerrados

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Conceito tem como fundamento o uso de mais de uma espécie forrageira, na mesma área, sobrepondo plantas e curvas de produção ao longo do tempo

Danilo Sant’anna, pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, apresentou nesta quarta-feira (08/09) a palestra "Pasto sobre Pasto: estratégias de manejo para redução de vazios forrageiros". O evento ocorreu em formato virtual, com transmissão pelo canal da Embrapa no YouTube e integrou a programação da 44ª Expointer. O Pasto sobre Pasto é um conjunto de princípios e práticas de manejo associadas ao uso de mais de uma espécie forrageira, na mesma área, sobrepondo plantas e curvas de produção ao longo do tempo.

Diversos são os benefícios possíveis com a aplicação do conceito, como ganhos produtivos, melhorias ao ambiente de produção, controle de plantas invasoras, benefícios na integração da pecuária com a agricultura, maior estabilidade na produção de pastagens para os animais e também a possibilidade de redução dos vazios forrageiros, períodos críticos que ocorrem principalmente na transição de estações quentes e frias nas condições do Sul do Brasil.

Acesse aqui uma publicação sobre o Pasto sobre Pasto

“É a sistematização de ideias, conceitos e técnicas que já são usadas há muito tempo, e tem como modelo a própria natureza, principalmente nos sistemas campestres aqui do Sul do Brasil, no Conesul da América do Sul, onde plantas de verão e inverno convivem no mesmo espaço, no mesmo metro quadrado, vegetando no mesmo momento. Isso proporciona um ambiente diverso, que não só fornece comida de forma mais estável para os animais, como também explora melhor o solo”, exemplificou Sant’anna.

Acesse aqui um vídeo sobre o Pasto sobre Pasto

Acesse aqui mais informações sobre o tema

A moderação da live foi feita pelo pesquisador Gustavo Silva, chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Pecuária Sul. A gravação da live está disponível no canal da Embrapa no Youtube. Acesse aqui.

Felipe Rosa (14406/RS)

Embrapa Pecuária Sul

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Simpósio, nos dias 15 e 16, vai discutir prestação de serviços ambientais pelos sistemas integrados entre os temas

As vantagens dos sistemas integrados já são bem conhecidas, como bem-estar animal, por conta da sombra das árvores, diversificação das fontes de renda para o produtor rural, maior produtividade. O que muitas pessoas desconhecem são os serviços ambientais promovidos pela presença de árvores.

A integração com o componente arbóreo reverte-se em melhorias para o solo e para a conservação da água, devido ao aumento de matéria orgânica, da atividade biológica e da ciclagem de nutrientes. De acordo com o pesquisador Alberto Bernardi, da Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos, SP), isso influencia na qualidade do solo, com melhoria na fertilidade e maior infiltração e retenção de água no solo.

Esses sistemas mais conservacionistas, como a integração lavoura-pecuária e lavoura-pecuária-floresta (ILPF), ainda proporcionam maior diversidade de organismos. Essa fauna mais diversa auxilia no controle de pragas e de doenças.

Nos dias 15 e 16 de setembro, o VII Simpósio de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) do estado de São Paulo vai trazer especialistas para discutir um pouco dos serviços ambientais prestados pela ILPF.

O evento será no formato virtual. As inscrições estão abertas para técnicos, produtores, pesquisadores e estudantes.

O objetivo é discutir as principais metodologias, inovações e soluções para sistemas de produção integrados e com isso aumentar a adoção e o adequado manejo da ILP e da ILPF.

A iniciativa é organizada pela Embrapa Pecuária Sudeste e Grupo de Estudos Luiz de Queiroz (GELQ – Esalq/USP).

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas aqui.

Gisele Rosso (Mtb 3091/PR)

Embrapa Pecuária Sudeste

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A quinta edição do Simpósio de reprodução, produção e nutrição de bovinos - Repronutri 2021 está marcada para os dias 13 e 14 de setembro. Desta vez, o evento será realizado no formato 100% online e gratuito, transmitido pelo Canal da Embrapa no Youtube e também pelo Canal do Boi.

O evento é de abrangência nacional e internacional, já foram realizados quatro eventos (2015, 2016, 2017 e 2019), em que o grupo Repronutri, juntamente com as instituições EMBRAPA, UFMS, UCDB, UEMS e UNIDERP, com os profissionais das empresas de consultoria e os patrocinadores, proporcionam a cada evento, palestras abrangentes com profissionais renomados do Brasil.

O Repronutri abordará temas variados relacionados à reprodução, genética, produção e nutrição animal, bem como, a apresentação de dados locais, por profissionais vinculados a propriedades rurais e empresas, além de mesa redonda com debates entre palestrantes e público são o foco do grupo.

O Grupo de Pesquisa em Reprodução, Produção e Nutrição Animal (Repronutri) discute os sistemas de produção pecuária aliando campo e ciência, e trazendo aos produtores resultados recentes de pesquisas que podem ser imediatamente aplicadas em suas propriedades, impactando positivamente seus sistemas de produção, contribuindo para o desenvolvimento da pecuária nacional.

A edição de 2021 é uma realização da Embrapa, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Universidade Anhanguera-UNIDERP, Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), Cia Pecuária Assessoria, FertPlan, InovaGen, Melhore Animal, Fundapam, Grupo Repronutri e outras empresas.

Site para mais informações: repronutri.com.br/

Carga horária | 4h

Congresso | Restrição de público: Aberta

Horário | confira a programação

Rosilene Gutierrez

Embrapa Pantanal

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Telefone: 673234-5875

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As perdas de solo, água e nutrientes devido à erosão são menores em sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) do que em áreas de rotação de culturas agrícolas. A constatação foi feita por meio de uma pesquisa realizada em Sinop (MT), em uma das principais regiões produtoras de grãos do País. O trabalho foi conduzido por pesquisadores da Embrapa Agrossilvipastoril (MT) e Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e contou com participação de Rattan Lal, vencedor dos prêmios Food Prize (2020) e Nobel da Paz (via IPCC em 2007) e professor da Ohio State University, nos Estados Unidos.

A pesquisa mediu a perda de água e solo pelo escoamento superficial causado pelas chuvas e as quantidades de carbono e nitrogênio nos sedimentos desse escoamento em áreas com ILPF, lavoura de soja e milho em sistema de plantio direto, pastagem de braquiária, floresta de eucalipto em crescimento e no solo descoberto. Os dados mostraram que o sistema ILPF teve as menores perdas. No momento da avaliação, o sistema integrado contava com árvores de eucalipto com um ano de plantio, lavoura de soja na safra e de milho com braquiária na segunda safra. 

De acordo com o pesquisador da Embrapa Cornélio Zolin, as avaliações mostraram que, mesmo com as árvores ainda pequenas, a ILPF se mostrou como uma alternativa mais eficiente em termos de conservação de água e solo, elementos determinantes para o sucesso da produção agropecuária. 

“A escolha pela conservação do solo, e consequentemente da água, favorece o maior aproveitamento dos nutrientes e redução de custos ao produtor. Para que essa região tão importante tenha longevidade, frente a cenários climáticos cada vez mais adversos, o olhar atento para a conservação do solo, da água e manutenção dos nutrientes no solo será imperativo”, afirma Zolin.

Outro aspecto importante é a possibilidade de melhorar as práticas de conservação do solo a curto prazo. Com apenas um ano de instalação do sistema, com as árvores ainda em pequeno porte, a ILPF já se mostrou mais conservacionista que as demais formas de uso do solo estudadas.

Publicação científica

Os resultados do estudo foram publicados no periódico Acta Amazonica, no artigo Short-term effect of a crop-livestock-forestry system on soil, water and nutrient loss in the Cerrado- Amazon ecotone (Efeito da integração lavoura-pecuária-floresta em fase inicial sobre as perdas de solo, água e nutrientes no ecótono Cerrado-Amazônia). Assinam o artigo os pesquisadores da Embrapa Cornélio Zolin, Eduardo Matos, Ciro Magalhães, Sílvio Spera e Maurel Behling; a professora da UFMT Janaína Paulino; e Rattan Lal, da Universidade do Estado de Ohio.

 

9847011073?profile=originalILPF com menores perdas 

Os resultados da pesquisa mostraram que, em relação às perdas de solo, os números da ILPF foram estatisticamente semelhantes aos da pastagem e da silvicultura, porém, foram melhores que os da lavoura. A ILPF perdeu 238 kg de solo por hectare, enquanto a rotação de soja e milho perdeu 856 kg. A perda do solo exposto, sem qualquer tipo de cobertura, foi de 16 toneladas por hectare.

Já em relação às perdas de água pelo escoamento superficial, a ILPF obteve o melhor resultado, perdendo 34,5 litros por hectare. A lavoura perdeu 48,1 litros, índice estatisticamente semelhante ao da pastagem e da silvicultura. O solo nu, por sua vez, chegou a perder 675 litros por hectare. 

“Os sistemas que conservam mais água no solo são mais resilientes, uma vez que as plantas poderão explorar melhor o ’adicional‘ de água armazenada, deixando as lavouras menos sensíveis a situações de veranicos e consequentemente às quedas de produtividade decorrentes do déficit de água no solo”, explica o pesquisador. 

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Fonte: Short-term effect of a crop-livestock-forestry system on soil, water and nutrient loss in the Cerrado- Amazon ecotone

 “Os sistemas que conservam mais água no solo são mais resilientes, uma vez que as plantas poderão explorar melhor o ’adicional‘ de água armazenada, deixando as lavouras menos sensíveis a situações de veranicos e consequentemente às quedas de produtividade decorrentes do déficit de água no solo”, explica o pesquisador. 

 A mensuração foi feita por meio de um sistema de calhas que direcionava o escoamento superficial para caixas d’água instaladas em trincheiras. Sacos de algodão filtravam os sedimentos, nos quais foram mensuradas as quantidades de carbono e de nitrogênio perdidas. Nesse quesito, a ILPF também se saiu melhor que a lavoura. Foram perdidos 0,36 kg de nitrogênio (N) e 4,27 kg de carbono (C) por hectare, contra 1,34kg de N e 20,48 kg de C na rotação soja e milho. Os dados da pastagem e da silvicultura não diferiram estatisticamente da ILPF. Já o solo nu teve perdas de 29,23 kg de N e 428,17 kg de C. 

“Observamos na ILPF uma redução da perda de carbono de quase 99% em relação ao solo descoberto e cerca de quatro vezes menor comparada com o plantio direto. Isso significa que o sistema tem capacidade de evitar perdas e, aliado ao maior potencial de aportar mais carbono por meio dos resíduos gerados pelo sistema, contribui para manter ou mesmo aumentar o conteúdo de matéria orgânica no solo”, analisa o pesquisador da Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas da Embrapa (Sire) Eduardo Matos.

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Parceria científica

Os dados da pesquisa foram coletados em um experimento de longa duração instalado na Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop (MT). O trabalho multidisciplinar teve início em 2011 e as avaliações sobre as perdas de água ocorreram de 2012 a 2015. 

Em 2016 o premiado cientista Rattan Lal ministrou um curso de duas semanas na Embrapa Agrossilvipastoril e ficou entusiasmado com as pesquisas com sistemas ILPF. Desde então, vem colaborando na interpretação dos dados relacionados à conservação de solo. 

Recentemente, Lal fez a palestra de abertura do II Congresso Mundial sobre sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta. Na ocasião, ele reforçou o papel da ILPF para a produção sustentável, dizendo que a agricultura precisa ser uma solução para as questões de meio ambiente e que os sistemas integrados são as opções para isso.

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Gabriel Faria (MTb 15.624/MG)
Embrapa Agrossilvipastoril

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Em Naviraí, MS, as árvores em sistema ILPF protegeram 100% da pastagem.  

Depois das fortes ondas de frio ocorridas em junho e julho de 2021, quando foram atingidas temperaturas negativas em muitas partes do Centro-Sul do País, as pastagens sofreram danos severos com as geadas. Visualmente é fácil perceber seus efeitos, já que a paisagem se tornou “amarelada” e muito vulnerável à ocorrência de incêndios.

O clima mais seco no inverno, como ocorre em grande parte da região atingida pelo frio, naturalmente, resulta em queda na produção e qualidade da pastagem nesta época do ano, prejudicando o desempenho animal. Em regiões onde ocorrem as geadas, além das perdas pela seca, ainda há perdas severas por consequência do frio extremo.  

 

Sistemas integrados de produção ajudam

Qual estratégia poderia ser utilizada para amenizar os efeitos das geadas em pastagens? Essa é uma pergunta relevante para muitas regiões no Centro-Sul do Brasil, pois elas experimentam, com alguma frequência, os problemas decorrentes dos eventos de geadas.

Uma das estratégias é ter as áreas cultivadas com pastagem nova, o que é viável no sistema de integração lavoura-pecuária (ILP), quando após safra de soja, implanta-se a braquiária em sequência. Desta forma, sempre se tem área com pasto novo durante o outono-inverno e esse tem maior capacidade de tolerar o frio se comparado aos pastos velhos.

Em pesquisas da Embrapa feitas na Unidade de Referência Tecnológica (URT) em Naviraí-MS, em uma parceria com a Cooperativa Agrícola Sul-Mato-Grossense (Copasul) e a Rede ILPF, vários sistemas de produção estão sendo avaliados. Nas geadas de ocorridas em 2021, a temperatura chegou a atingir valores negativos, com mínima de -1,2 °C. Mesmo assim, a pastagem nova, com três meses em área de ILP, ainda permaneceu com 40% a 50% de massa verde. Porém, as áreas com pasto velho, de dois anos ou mais, foram muito mais afetadas, mantendo, no máximo, 10% de massa verde.

A inserção do componente florestal no sistema de produção minimiza também o efeito negativo das baixas temperaturas tanto para os animais como para a pastagem.

Em Naviraí, MS a Embrapa Agropecuária Oeste identificou que a proteção foi de praticamente 100% quando a pastagem era nova e cultivada dentro da ILPF. Esse efeito protetor se deve às mudanças de ordem microclimáticas que são proporcionadas na área de produção pelo componente florestal, o qual cria uma espécie de “bolsão térmico” que mantém o ar mais quente no ambiente.

Nesta área experimental, que já vem sendo monitorada desde 2015, sempre que ocorreram eventos de geadas as temperaturas dentro do ambiente do ILPF foram de 1 °C a 3 °C maiores do que nas pastagens cultivadas a céu aberto. Isso foi suficiente para manter a pastagem nova livre dos males das geadas. Até mesmo o pasto velho se beneficiou quando cultivado entre as árvores no ILPF, permanecendo com 50% da massa verde.

Portanto, em regiões consideradas susceptíveis a geadas, o uso do sistema ILPF, pode ser uma alternativa para proteger a pastagem e assegurar, pelo menos em parte da área, uma opção para garantir forragem de melhor qualidade para o gado.

Parcerias: Embrapa Agropecuária Oeste, Embrapa Gado de Corte, Copasul, Rede ILPFMichely Tomazi, Júlio Cesar Salton, Danilton Luiz Flumignan, Éder Comunello (Pesquisadores)

Embrapa Agropecuária Oeste

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