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Pesquisa de consumos de lácteos na pandemia

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Em abril de 2020, a Embrapa Gado de Leite/Centro de Inteligência do Leite realizou uma pesquisa para acompanhar os efeitos da pandemia sobre o comportamento do consumidor brasileiro de leite e derivados. Os resultados podem ser acessados no site do CILeite.

Temos agora uma nova pesquisa para acompanhar as mudanças ocorridas nesse período.

A pesquisa leva apenas 5 minutos. Ficará disponível para respostas de 14 a 24 de outubro de 2020.

Participe e compartilhe com seus contatos!9846994871?profile=original

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O setor lácteo mundial pós Covid-19

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A nova edição do Radar Internacional apresenta informações sobre os principais impactos da pandemia no setor lácteo pelo mundo. Além disso, a publicação destaca as oportunidades para a cadeia e uma visão de especialistas internacionais para 2025. A análise completa, com as informações consolidadas da última conferência do International Farm Comparison Network – IFCN que reuniu centenas de especialistas dos diferentes continentes está disponível no site do Centro de Inteligência do Leite.

Veja essa análise completa com mais detalhes na RADAR INTERNACIONAL disponível no site do Centro de Inteligência do Leite.

Informativo periódico de divulgação de publicações técnicas do Centro de Inteligência do Leite - CILeite.
Equipe: Alziro Carneiro, Denis Teixeira, Fábio Diniz, Glauco Carvalho, João César de Resende, José Luiz Bellini, Kennya Siqueira, Lorildo Stock, Manuela Lana, Marcos Hott, Paulo Martins, Ricardo Andrade, Samuel Oliveira, Walter Magalhães Júnior.
O conteúdo do CILeite pode ser reproduzido, desde que seja citada a fonte da publicação.

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 9846992867?profile=originalAvaliar a infestação de moscas hematófagas na propriedade e, caso a infestação esteja alta, o exame deve ser repetido.

  • Verificar se há redução da produção de leite e da ingestão de alimentos por alguns animais após a confirmação da doença no rebanho.
  • Solicitar um médico veterinário para elaborar um protocolo de controle e tratamento da doença. Este profissional poderá definir quais medicamentos devem ser aplicados, dosagens e intervalos de aplicação dos mesmos, assim como planejar um sistema para controlar os vetores.

 Atualmente é possível a prevenção e tratamento dos animais doentes, pois existem medicamentos eficazes, como “aceturato de diminazeno” e o “cloreto de isometamidium”. No caso deste último, o médico veterinário, funcionário da indústria que comercializa o medicamento, quando solicitado vai até a propriedade, realiza o exame clínico de alguns bovinos; coleta amostras de sangue e envia ao laboratório conveniado para realização dos exames. Se a tripanossomose for confirmada, o profissional que identificou o problema desenvolverá, juntamente com o médico veterinário que assiste o rebanho, um plano de controle e tratamento específico.

 Aspectos importantes a serem considerados durante o tratamento:

  1. Lembrar sempre que o tratamento é de rebanho e não apenas dos animais com sintomas clínicos, como emagrecimento progressivo, queda da produção de leite e dos índices reprodutivos.
  2. Para que o tratamento com o medicamento importado seja eficiente, são necessárias quatro aplicações com intervalos de 90 ou 120 dias cada.
  3. Nos rebanhos doentes é necessário um monitoramento através de exames laboratoriais a cada seis meses. Esta medida, assim como o tratamento recomendado após a confirmação da doença tem um custo alto (medicamento é importado), mas são importantes para a avaliação do número de animais infectados e recuperação dos animais doentes.

 

Segue abaixo importantes considerações feitas por médicos veterinários da indústria de medicamentos, que no momento disponibiliza um produto importado, eficaz para prevenção e tratamento da tripanossomose dos bovinos no Brasil:

“A doença tem tratamento, mas é preciso cuidado com o medicamento, dose e via a ser utilizada. Dependendo da forma como a parasitose é combatida, os animais podem adquirir resistência. Neste caso, após um ou dois meses da primeira infecção, o contágio volta a ocorrer, atingindo todo o rebanho.  Dessa forma, por erro de tratamento, a doença retorna e causa os mesmos transtornos, baixa de produtividade e mortes, como se nunca tivesse ocorrido na fazenda em questão.”

Segundo os autores, muitas vezes o tratamento não funciona quando, por medidas de economia, utilizam a metade da dose. Esclarecem ainda que a eficácia do medicamento perdura por um período aproximado de 3 meses, que é o tempo necessário para controlar a infecção e, que sem adoção de medidas de controle, o problema não é resolvido em sua essência.

O maior problema relacionado à prevenção, controle e tratamento da tripanossomose dos bovinos, certamente está relacionado à falta de informação e conscientização por parte de produtores e técnicos sobre a relevância e prejuízos ocasionados pela doença. Os prejuízos são muitas vezes incalculáveis e, devido ao custo do tratamento, alguns produtores nem mesmo dão início a um programa de controle ou adoção de medidas que previnem e curam os animais doentes.

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Ferramentas para a nutrição de precisão no cocho e a pasto foi o tema do debate da quarta edição do Ideas for Milk Lives, na última terça-feira (29/9). Entre os objetivos da iniciativa que integra o movimento Ideas for Milk está o de incentivar a participação no desafio de startups, cuja final acontece no dia 4 de dezembro, e também gerar ideias e apontar rumos para que os jovens de qualquer empresa ou instituição as transformem em soluções inovadoras para a cadeia do leite.

O encontro virtual coordenado por Pedro Arcuri, chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Gado de Leite, reuniu Marcos Neves Pereira, professor estudioso da nutrição em gado leiteiro e titular da Universidade Federal de Lavras (UFLA); Wagner Beskow, diretor da Transpondo Pesquisa Treinamento e Consultoria Agropecuária, e Mirton Morenz, pesquisador da Embrapa Gado de Leite. Após 24 horas da transmissão, o debate registou cerca mais de 1.400 acessos de 10 estados do Brasil e também do Paraguai e continua disponível na REPILeite e no canal da Embrapa no Youtube. Durante a transmissão, houve pico de 185 pessoas assistindo simultaneamente.

Beskow lembrou que a agricultura de precisão está consolidada há pelo menos 10 anos no mundo e possui ferramentas importantes disponíveis no mercado. Mas em termos de nutrição, especialmente no Brasil, ainda estamos saindo da estaca zero. Para ele, quantificar e monitorar o efetivo consumo de cada vaca do rebanho é o desafio a se enfrentar. “Há ferramentas para fazer isso no cocho mas há carência para executar tal trabalho nas pastagens. Esta pode ser um das oportunidades para os jovens que desejam participar do Ideas for Milk”, apontou.

O professor Marcos Pereira frisou a importância de atender, sem falta e sem excesso, a necessidade nutricional do rebanho. “É uma tarefa que exige precisão, pois o excesso custa caro, polui e pode prejudicar o aspecto reprodutivo do animal e a falta o penaliza em uma outra série de variáveis”. Ele argumenta que é na produção de leite que o produtor precisa focar e a nutrição adequada é um elemento essencial para uma boa produção .”A mais antiga e disponível ferramenta de precisão no país ainda é a balança, mas infelizmente muitas fazendas no país sequer a usam, muitas propriedades não fazem o controle leiteiro. E é possível fazer isso sem equipamentos sofisticados”, ressalta. Ele reconhece e estimula o desenvolvimento e o uso de sistemas que definam com precisão a exigência nutricional de cada animal, que englobe na equação o peso, a capacidade produtiva e a composição das dietas. Ele comenta que existem ferramentas úteis para tudo isso, mas que podem ainda ser aprimoradas inclusive com uso de imagens e também disponibilizadas de modo mais fácil e a custo mais baixo para o produtor. “Este pode ser um caminho para os participantes do Ideas for Milk”, indicou.

Mirton Morenz  afirma que a maior limitação para se fazer nutrição de precisão é ajustar o máximo de nutrientes dentro do requerimento nutricional do animal e conhecer o que o alimento pode oferecer. E isso é muito mais difícil no pasto, onde o espaço possui um número muito maior de variáveis. Ele destaca que o manejo da pastagem tem interferência diretamente no valor nutritivo e isso é um aspecto que deve ser tratado com muita atenção. “Tecnologias que busquem um equilíbrio entre pasto e cocho, que possibilitem conhecer melhor o alimento a ser oferecido aos animais e sejam adequadas de acordo ao perfil do produtor, envolvendo as diferentes raças, graus de tecnificação e variação climática, entre outros elementos, serão sempre muito úteis”, enfatizou.

Marcos La Falce

Embrapa Gado de Leite

Mais informações sobre o tema

Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

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  • A primeira medida a ser tomada é evitar a entrada de animais de rebanhos desconhecidos na propriedade. Procurar rebanhos livres da doença, buscando informações antes de fazer a compra e, ao adquirir animais de fora, o ideal é mantê-los em quarentena, pois, mesmo com aparência saudável, o animal pode estar infectado.
  • Fazer o controle de moscas nos currais, estábulos e nos demais ambientes onde circulam os animais. O uso de produtos pour on, inseticidas e repelentes de moscas devem ser utilizados no controle.
  • Fazer uso de agulhas descartáveis ou esterilizadas e seringas esterilizadas durante a aplicação de medicamentos ou vacinas.
  • Animais positivos devem ser imediatamente tratados com o medicamento específico, usado tanto na prevenção quanto na cura da doença.
  • Animais de rebanhos contaminados devem ser avaliados com frequência, tanto através de exames clínicos quanto de laboratório. Pode ter ocorrido contaminação destes animais, mas o nível do protozoário no sangue é baixo não sendo, portanto, detectado pelo teste.
  • O ideal é que seja tomada uma decisão, juntamente com o médico veterinário, sobre os bovinos que devem ser descartados, como por exemplo, os que apresentam a doença em estado grave e aqueles tratados e depois de certo período voltaram a adoecer. Estes últimos podem ser portadores da doença na forma crônica e contaminar outros animais do rebanho.

 

Devido à gravidade da doença o rebanho deve ser acompanhado e monitorado por um médico veterinário, que poderá avaliar a origem da infecção e fazer um plano de controle direcionado. Um exemplo é em relação às propriedades onde os animais doentes são principalmente vacas leiteiras, levando a suspeitar, portanto, de que a origem do problema esteja relacionada ao uso de ocitocina na ordenha. Já em propriedades, onde animais de diferentes faixas etárias como bezerros, novilhas, machos reprodutores ou não, vacas, etc., estão sendo infectados, o problema pode estar relacionado à picada de moscas. Estas, entre outras observações ajudarão o profissional a identificar a origem da infecção e traçar um programa de controle direcionado para cada rebanho, separadamente.

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  • Através dos sintomas: o ideal é que a Tripanossomose seja diagnosticada por um médico veterinário, pois muitos sintomas da doença não são característicos e muitas vezes são similares aos da tristeza parasitária (babesiose e anaplasmose). Os mais comuns como já descritos são: anemia, febre, falta de apetite e emagrecimento. Podem ocorrer sintomas diversos como conjuntivite, córnea opaca e até cegueira e, em casos crônicos, aborto e redução da produção de leite. Porém, como cada organismo reage de uma forma, nem sempre todos os sintomas estão presentes e outras vezes estão, mas não são percebidos. Em alguns animais demoram mais de um mês para aparecer e em outros se manifestam em função da gravidade da doença, como por exemplo:
  • inchaços em partes inferiores dos membros;
  • quando os parasitas se instalam nos linfonodos, estes incham e o animal apresenta febre.

Obs. A febre no caso desta enfermidade é recorrente, isto é, pode durar alguns dias, desaparecer, retornar e permanecer por mais um período.

  •  em casos mais graves da doença ocorre hemorragia nas vísceras e os animais morrem. Porém, antes de isto ocorrer, aparecem os sinais característicos da doença e o animal pode ter sintomas nervosos.

 Como no campo é difícil identificar a tripanossomose dos bovinos apenas através dos sintomas, assim como diferenciá-la da tristeza parasitária, os exames laboratoriais são indispensáveis.

 Exame Laboratorial: a maneira mais simples e viável de identificar o parasita (Tripanossoma vivax) é através de esfregaços sanguíneos (de sangue não coagulado, em lâminas), no período de até três semanas após iniciar a infecção. Não é um teste muito preciso, mas indispensável, pois muitas vezes possibilita identificar o parasita e auxiliar no diagnóstico diferencial entre esta doença e a tristeza parasitária. Outros testes mais precisos podem ser realizados, como os testes sorológicos RIFI ou Elisa ou moleculares (PCR), mas somente em laboratórios especializados. Porém, em alguns casos, os resultados destes testes podem ser negativos e o animal estar infectado. Aconselha-se então, em rebanhos positivos ou suspeitos, repetir os testes (de seis em seis meses, anualmente ou de acordo com a situação) e associar os sintomas clínicos aos resultados dos exames.

 

Devido a gravidade da doença e as inúmeras perdas que esta pode ocasionar, reforçamos a necessidade de que os rebanhos suspeitos ou positivos sejam acompanhados por um médico veterinário experiente.

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  • O aumento do trânsito de bovinos entre propriedades ou entre regiões, provavelmente contribui para a disseminação e aumento da tripanossomose no Brasil. Portanto, sua ocorrência é sempre maior em propriedades que compram animais de procedência desconhecida. Este problema se agrava quando vetores hematófagos (moscas) picam bovinos infectados de uma determinada propriedade e, posteriormente, picam animais de rebanhos vizinhos.  Quando isto acontece, a doença pode ser transmitida para os animais que foram picados.
  • A contaminação também ocorre através do uso de agulhas contaminadas com sangue de bovinos doentes. Isto ocorre com mais frequência durante a época de vacinação, quando usam a mesma agulha em vários animais; também quando fazem uso contínuo e, cada vez mais frequente de ocitocina, para promover a descida do leite. Este último tem sido responsável por muitos casos da doença em rebanhos bovinos.

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Obs.: as moscas Stomoxys calcitrans, transmissoras da tripanossomose, depositam seus ovos em material orgânico e nos resíduos de álcool e de açúcar das usinas. Portanto, seu desenvolvimento é maior em propriedades localizadas nas proximidades das usinas ou com grande acúmulo de esterco.  

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9847004283?profile=originalA tripanossomose ou tripanossomíase bovina é uma doença causada por
um protozoário, o Tripanossoma vivax, hemoparasita que vive no sangue
dos bovinos e, normalmente é transmitido por moscas que se alimentam de
sangue e por agulhas contaminadas. No Brasil surtos estão sendo
identificados no sudeste e em outras regiões e preocupado produtores, pois
as perdas são muitas, principalmente devido a morte de animais. O bovino
doente apresenta anemia, febre, falta de apetite e, consequentemente,
emagrecimento, fraqueza, podendo entre outros sintomas apresentar aborto,
hemorragias e, em muitos rebanhos, ocorre a morte de animais doentes
num curto espaço de tempo. Um grande problema relacionado à
tripanossomose é que os sintomas clínicos dos animais doentes são muito
semelhantes aos da tristeza parasitária (Babesiose e Anaplasmose) bovina.
Assim, os animais são medicados como se estivessem com esta outra
enfermidade e com a mesma dosagem do medicamento recomendado
principalmente para babesiose.


Principais prejuízos ocasionados pela tripanossomose


Redução ou interrupção da produção de leite; perda devido à mortalidade
de animais; perda de peso; perdas devido a problemas de reprodução;
gastos com exames de laboratório; despesas com serviços veterinários;
gastos com medicamentos para tratamento e recuperação dos animais
doentes, entre vários outros.

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Realizada pelo Centro de Tecnologias para Raças Zebuínas Leiteiras (CTZL) da Embrapa Cerrados (DF), em parceria com a Associação dos Criadores de Zebu do Planalto (ACZP), a 4ª Prova Brasileira de Produção de Leite a Pasto do Zebu Leiteiro teve os resultados apresentados no dia 16 de setembro, por meio de conferência com os participantes pela internet. 

prova zootécnica teve como objetivo identificar, em um grupo de animais contemporâneos, matrizes que, em 305 dias de lactação em pasto rotacionado com suplementação, se destacarem nos atributos de interesse econômico: produção de leite, reprodução, idade ao parto, qualidade do leite, persistência de lactação e na avaliação morfológica, comprovando assim o potencial genético para a produção de leite a pasto em ambiente de Cerrado do Brasil Central. Assista ao vídeo de apresentação do CTZL e da prova.

Realizada entre novembro de 2018 e dezembro de 2019, a prova contou com a participação de 13 novilhas da raça Gir Leiteiro de nove criatórios do Distrito Federal e de Goiás, nascidas entre julho de 2014 e setembro de 2016. A divulgação dos resultados havia sido adiada em função da pandemia do novo coronavírus.

Metodologia

A pesquisadora Isabel Ferreira apresentou a metodologia utilizada na condução da prova, que teve duração de 13 meses, sendo dois (novembro e dezembro de 2018) de adaptação dos animais e 11 de mensuração da lactação. Os partos ocorreram em janeiro e fevereiro de 2019, sendo então mensurada toda a lactação.

Durante a prova, as novilhas são mantidas em uma área de 13 hectares com pastagem de Brachiaria brizantha BRS Piatã, em dois módulos de oito piquetes de 0,7 hectares cada. “Nesses módulos, fazemos o manejo rotacionado. A cada dois dias, os animais da prova permanecem em pastejo no lote ponta e os demais animais do CTZL fazem o repasse para ajuste de altura do pós-pastejo. Iniciamos com a forragem na altura de 30 e 35 cm e, na saída de pós-pastejo, de 15 cm”, explicou Isabel.

A pesquisadora detalhou o manejo alimentar dos animais na fase de adaptação (capim BRS Piatã e 2 kg de concentrado) e após o parto (volumoso, concentrado, sal mineral e água à vontade); e o manejo nutricional e sanitário dos bezerros. Para a avaliação da produção e a qualidade do leite, as novilhas foram ordenhadas mecanicamente duas vezes ao dia com a presença do bezerro ao pé, sem o uso de ocitocina ou outros medicamentos e fármacos para indução da lactação. 

Segundo a pesquisadora, o controle leiteiro foi realizado mensalmente, conforme as normas do PMGZ Leite, da ABCZ: “Uma vez ao mês, o leite era pesado, sendo que as vacas eram secadas no dia anterior. Uma amostra era retirada para análise da composição do leite, com teores de gordura, proteína e sólidos, e da qualidade, com a contagem de células somáticas”. As amostras foram encaminhadas ao laboratório de qualidade do leite da Universidade Federal de Goiás.

Por meio de análise laboratorial, as novilhas foram genotipadas para os alelos A1 e A2 da proteína do leite beta-caseína. Segundo estudos médicos, a beta-caseína A2 é menos alergênica para o ser humano que a variante A1. Também foi analisada a persistência da lactação, que é o cálculo da porcentagem média de manutenção da produção de leite após o pico. “Esta é uma característica interessante e que buscamos melhorar nos animais zebuínos: alta produção de leite e manutenção da produção após o pico da lactação”, apontou Isabel.

Isabel também falou sobre o manejo da reprodução (os animais pariram no CTZL), da sanidade e da conformação animal, este último realizado pelo técnico Fábio Mizziara, da ABCZ, e que obedeceu a uma pontuação para aparência geral (20 pontos); forma, volume e tetos do úbere (30); garupa (15); tórax (15); aprumos (10) e características raciais (10), totalizando 100 pontos.

A partir das avaliações, foi calculado, para cada animal, o índice fenotípico geral, que pondera dos principais fatores de importância econômica para uma novilha de características equilibradas. Dessa forma, as características e respectivos pesos que compõem o índice são a produção de leite (40%); a reprodução (15%), na qual se avalia o intervalo de tempo entre o parto e a próxima concepção; a idade ao parto (5%), que verifica a precocidade do animal; teor de gordura no leite (5%) e teor de proteína no leite (5%), componentes sólidos remunerados pelos laticínios; escore de células somáticas do leite(5%), sendo que quanto menor o número, melhor é a qualidade; conformação racial do animal (10%); e persistência da lactação (15%).

Os animais melhor colocados foram classificados em elite (pontuação acima de 50% além da média do grupo, considerando o valor de 100%) e superior (pontuação até 50% acima da média do grupo).

Resultados

O superintendente técnico da ACZP, Marcelo Toledo, detalhou os resultados de cada novilha participante da prova. Ele agradeceu à participação dos criadores: “É extremamente importante ter o apoio dos produtores para que consigamos dar sequência a este trabalho”, ressaltou.

Dos 13 animais inscritos, 11 se classificaram. Toledo mostrou as tabelas com a classificação dos animais em cada um dos fatores que compõem o índice fenotípico geral. Também mostrou uma tabela com a bonificação para teores de gordura e proteína e para contagem de células somáticas do leite com base na remuneração estipulada pela Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (CCPR) para a produção do leite durante a lactação em 2016, com valores corrigidos pelo IGP-M para dezembro de 2019.

Na genotipagem dos animais para os alelos A1 e A2 da beta-caseína, 10 novilhas foram identificadas com genótipo homozigoto A2A2, o que significa produção de leite A2, menos alergênico. Somente a novilha Aroeira (Registro Genealógico Definitivo ALDF 154) é A1A2.

O pesquisador Carlos Frederico Martins, coordenador da prova, apresentou a classificação final dos animais pelo índice fenotípico. Ele informou que, a partir dos resultados obtidos nesta edição da prova, foi gerado um documento técnico. 

A grande vencedora foi a novilha Laranja (AAPO 142), do criador Anselmo José de Azevedo, do Distrito Federal, que com o índice fenotípico geral de 172,5% foi classificada como elite. Laranja também foi primeira colocada nos fatores conformação racial (18,2% acima da média) e produção de leite (3.913,5 kg durante os 305 dias de lactação, 75,9% acima da média do grupo), sendo a remuneração com bonificação da produção durante a lactação estimada em R$ 4.990,67 para dezembro de 2019. A segunda colocada foi Caiana (HNC 605), de Hamilton de Carvalho, produtor em Luziânia (GO), com índice de 154,7%, também classificada como elite. 

Outras quatro novilhas obtiveram índice fenotípico geral entre 100 e 150% e foram classificadas como superiores: PH Emília (PHPO 602), de Paulo Horta Barboza da Silva (DF), com 122%; Babilônia (HC 566), com 110,8% e Brahma (HC 596), com 107,5%, ambas de Hamilton de Carvalho; e Omala (ZIP 512), de Emilio de Castro (Uruana, GO), com 102,1%.

Martins reforçou o convite aos criadores para participarem da 6ª Prova Brasileira de Produção a Pasto do Zebu Leiteiro do CTZL, que começará a receber os animais participantes no dia 26 de outubro, e salientou os benefícios da prova zootécnica. “Nesta edição, teremos a predição genômica para a produção de leite e idade ao primeiro parto pela ABCGIL, além da possibilidade de leilão virtual das fêmeas melhor classificadas por meio da parceria com a ACZP”, informou. 

O pesquisador pediu apoio aos criadores para o fortalecimento da prova: “As provas são realizadas para os criadores, assim como as informações geradas. Nosso trabalho é reforçado se vocês participam, se envolvem e enviam seus animais. Quanto mais animais, mais informações podemos obter de forma científica para que vocês possam utilizar os resultados para os seus sistemas de criação”, finalizou.

Criadores comemoram

Dono da novilha vencedora da 4ª edição, Anselmo José de Azevedo revelou orgulho de falar sobre a prova, da qual foi um dos incentivadores. “Considero-a de extrema importância para a seleção do zebu no Brasil, especialmente do Gir Leiteiro, que é a raça que crio. Os animais são submetidos ao manejo nutricional e de ordenha padronizado e são provados junto com outros animais de grandes criatórios do País, havendo uma grande pressão de seleção, que nos ajuda demais em nossa seleção em casa”.

“A prova é importantíssima para nós, criadores, melhor selecionarmos nossos animais em regime de pasto em nossas propriedades”, disse Hamilton de Carvalho, que cria Gir Leiteiro e Girolando a pasto. Já para Emílio de Castro, a prova no CTZL veio a calhar. “Era tudo o que eu esperava para tirar dúvidas sobre o desempenho dos meus animais em relação a outros, em condições de manejo comuns nas fazendas de produção de leite, sem artificialismos. Os resultados me mostram que não estou muito distante, que meu programa (de seleção) é válido. Sinto-me estimulado a continuar”, afirmou.

Produtor pioneiro na seleção genética da raça Gir Leiteiro no Distrito Federal, Paulo Horta, saudou os realizadores e os participantes pelo sucesso da prova, destacando sua importância. “Esta é a verdadeira avaliação do Gir que, sendo raça zebuína, tem que ser utilizado no que é importante em nossa região intertropical, com produção a pasto e avaliação dos animais mais completos, permitindo cruzamentos para obter Girolando e Girsey de melhor qualidade”, afirmou.

Parceria

A prova contou com a parceria da Belo Arames e da Associação para o Fomento à Pesquisa de Melhoramento de Forrageiras (Unipasto), e do apoio da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), da Associação Brasileira dos Criadores de Sindi (ABC Sindi), da Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro (ABCGIL), da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), da Universidade de Brasília, da Universidade Federal de Goiás, da Emater-DF, do Sindicato dos Criadores de Bovinos, Bubalinos e Equídeos do Distrito Federal, da Federação da Agricultura e Pecuária do Distrito Federal, da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal e da Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba (Emepa – Gestão Unificada).

O chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Cerrados, Carlos Eduardo Santos, ressaltou a importância da prova, cuja quinta edição está em realização e a sexta já está recebendo inscrições de animais. Ele também destacou a parceria com a ACZP e demais associações de criadores, o que tem viabilizado a execução das provas. “Isso mostra que esse elo da cadeia produtiva, dos produtores organizados, é capaz de produzir benefícios para toda a cadeia”, afirmou, agradecendo também ao apoio das demais instituições e empresas. “Mas o grande parceiro é o produtor rural, que traz a sua demanda, participa e contribui para os resultados”, finalizou, cumprimentando os criadores participantes da prova.

Marcelo Toledo representou o presidente da ACZP, Franco Couto de Oliveira. Ele agradeceu à Embrapa pela oportunidade de manter a parceria há quase seis anos, bem como aos criadores de raças zebuínas de aptidão leiteira participantes da prova. “É uma honra muito grande poder fazer parte desse processo, dada a importância dos resultados produzidos no CTZL em termos de evolução da pecuária de produção de leite a pasto”, afirmou.

Claudio Karia, chefe-geral da Unidade, salientou que a apresentação dos resultados da prova não poderia deixar de ser realizada, devido à importância do trabalho. “É uma parceria público-privada com todos os atores dos segmentos comercial, da produção, das associações. Dessa forma, conseguimos captar as necessidades dos produtores e resolver ou minimizar muitos dos problemas por meio do conhecimento científico, que é o nosso negócio”, disse.

Karia lembrou que a prova realizada no CTZL é uma das poucas no País que trabalha com lactação completa dos animais, em sistema a pasto de Integração Lavoura-Pecuária. “Os resultados são idôneos, isentos. Procuramos ter o máximo de cuidado na aquisição e na análise dos dados”, apontou. 

Prestes a deixar a chefia da Unidade, ele agradeceu aos realizadores, participantes e parceiros da prova e pediu a continuidade do apoio para fortalecer a pecuária do Cerrado. “Sem o apoio de todos, não conseguiríamos realizar todas essas provas. Peço que continuem nos apoiando e, também, nos cobrando soluções e mostrando quais são, de fato, os problemas para que possamos captá-los e repassar as soluções aos produtores. Se forem temas novos, que os coloquemos em nossa programação e façamos a pesquisa, se possível, junto com vocês para trazer as soluções mais adequadas para todos”, concluiu, parabenizando os vencedores da prova.

Breno Lobato (MTb 9417-MG)

Embrapa Cerrados

Contatos para a imprensa

Telefone: (61) 3388-9945

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Novidade CILeite: Leite em Mapas

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O Centro de Inteligência do Leite acaba de disponibilizar mapas de densidade de produção de leite e de vacas ordenhadas para o Brasil e todos os Estados da Federação.

Os mapas mostram a evolução da produção e do rebanho por km2 em todo o território nacional de 1990 a 2018.

Acesse o site e selecione as opções para gerar os mapas de seu interesse. No site também estão disponíveis os mapas de produção de leite, rebanho e produtividade por municípios.

Link para o site: https://www.cileite.com.br/content/leite-mapas

Informativo periódico de divulgação de publicações técnicas do Centro de Inteligência do Leite - CILeite.
Equipe: Alziro Carneiro, Denis Teixeira, Fábio Diniz, Glauco Carvalho, João César de Resende, José Luiz Bellini, Kennya Siqueira, Lorildo Stock, Manuela Lana, Marcos Hott, Paulo Martins, Ricardo Andrade, Samuel Oliveira, Walter Magalhães Júnior.
O conteúdo do CILeite pode ser reproduzido, desde que seja citada a fonte da publicação.

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A terceira edição do Ideas for Milk Lives, realizada nesta terça-feira (22/9), abordou a importância do investimento das propriedades leiteiras em tecnologias digitais e como transformá-las em fazendas 4.0. O programa reuniu o chefe de transferência de tecnologia da Embrapa Gado de Leite, Bruno Carvalho; o gerente de produção animal da Cooperativa Agropecuária e Industrial (Cotrijal), Renne Granato e o professor da Universidade de Kentucky (EUA), João Henrique Costa. As discussões foram moderadas pelo jornalista Altair Albuquerque, da empresa Texto Comunicação.

Durante a transmissão, a live recebeu acessos de 10 estados brasileiros. Após sua exibição o programa atingiu cerca de 1400 acessos em 13 horas, algo em torno de um acesso a cada 34 segundos, incluindo visualizações da Argentina e de Angola. Durante esse tempo somou 134 likes. O Idea for Milk Lives faz parte do movimento Idea for Milk, que engloba as caravanas 4.0, o Vacathon e o desafio de starups. As lives acontecem sempre às terças feiras às 17h, com temas originais, abordados de maneira inusitada, até o dia 20 de outubro. Portanto, mais quatro exibições ainda irão acontecer.

Renne Granato lembrou que começou a se informar sobre as tecnologias digitais para o campo em 2016, por curiosidade e necessidade, afinal ele atuava como diretor de assistência técnica da cooperativa. “Ao mergulhar neste mundo, o que vimos foi uma gama de possibilidades de gestão impressionante em todas as áreas, facilitando a tomada de decisões”, comentou.  Ele destaca a precisão e a velocidade dos dados e informações captadas que proporcionam uma grande capacidade de transformação do processo produtivo. “As fazendas do futuro não podem prescindir dessas tecnologias”, afirmou.

Solicitado, por Altair Albuquerque a comparar os cenários americano e brasileiro em relação a adoção de tecnologias digitais, o professor João Costa afirmou que tanto nos Estados Unidos quanto na Europa há maior disponibilidade dessas tecnologias para os produtores, que são mais organizados em associações e cooperativas, o que facilita o investimento.

Para ele, no Brasil há ainda empecilhos em razão do custo ser maior e há também uma resistência maior do produtor em investir naquilo que ele ainda desconhece. Segundo o professor, tanto nos países do hemisfério norte como no Brasil há muito campo para se desenvolver e a velocidade com que isso acontece, especialmente no mundo 4.0, é impressionante. “O valor da tecnologia não está no seu preço, mas na capacidade de analisar dados, fazer predições, facilitar o trabalho e torna-lo mais eficiente”, advertiu.

No campo da pesquisa agropecuária, Bruno Carvalho explica que o foco é estudar como utilizar e analisar melhor os dados gerados por essas novas tecnologias e desenvolver novas ideias e soluções próprias, de acordo com a necessidade do Brasil, ao invés de apenas adotar as ferramentas importadas. “E este tem sido o papel do movimento Ideas for Milk ao longo dos últimos anos, criar um ecossistema favorável ao desenvolvimento de soluções digitais e inovadoras para a pecuária de leite, conforme nossa realidade”, apontou.

O pequeno produtor- Uma importante questão foi levantada por Altair, como fica o pequeno produtor neste cenário? “O médio e o grande têm maiores possibilidades de experimentar e investir”, observou. Granato informou que a Cotrijal tem reunido capital para implementação de diversos projetos que utilizam tecnologia digital. A ideia é que todos os produtores aprendam juntos e avaliem de forma segura como e onde investir. “Mas para isso tivemos que nos preparar muito para lidar com a resistência natural do produtor e com tanta novidade disponível”, recordou.

João Henrique frisou que o primeiro passo para transformar uma fazenda em 4.0 é procurar onde estão os principais problemas e desafios da propriedade e investir na tecnologia que vai resolver essas questões. “Não adianta investir num sistema que vai aquecer o ambiente para as vacas se a fazenda é em Pernambuco”, exemplificou. Ele reforça que não existe uma única solução para tudo. “Cada desafio demanda uma ferramenta para solucioná-lo. É preciso, no entanto, conhecer essas soluções”, completou.

De acordo com Carvalho, a pesquisa agropecuária tem a capacidade de mostrar os resultados e os ganhos que se pode obter com o investimento em tecnologia. “O uso otimizado dos recursos é que vai garantir a rentabilidade, com a redução dos custos e aumento da produção”, ressaltou. Ele também afirmou que as startups têm trazido soluções com custos bastante acessíveis e que o investimento em serviços também pode ser uma saída para reduzir o custo inicial de implementação de determinada solução. Segundo o pesquisador, Há hoje uma grande oferta de aluguéis de equipamentos e até mesmo de serviços de monitoramento e equipamentos de ordenha robótica, entre outros. Há ainda os testes gratuitos disponibilizados pelos aplicativos e as linhas de leasing oferecidas por instituição financeiras. “O produtor não precisa apenas adquirir a tecnologia, ele pode alugá-la e, se compensar, investir na compra futuramente. O mundo 4.0 está trazendo novos de modelos de negócios que podem facilitar para os produtores com menor capacidade de investimento”, garantiu.

O programa pode ser assistido pela REPILeite ou pelo canal da Embrapa no Youtube

Ideas for Milk – O Ideas for Milk é uma idealização da Embrapa Gado de Leite, em parceria com Agripoint, KER Innovation, Ciatécnica, Texto Comunicação, que entra em sua quinta edição. E conta com o Patrocínio Diamante do Sebrae; Patrocínio Ouro da Tetrapak, Boehringer Ingelheim e TIM; Patrocínio Prata da Faemg/Inaes, Silemg, Vaccinar e Patrocínio Bronze da DSM/Tortuga, ABDI, CLASS, JA Saúde Animal, Nestlé, Piracanjuba, Vivalácteos, Belgo Bekaert e ABIQ. Apoio da Microsoft, Abraleite, Vivare, Revista Indústria de Laticínios e Revista Balde Branco. Além do Ideas for Milk Lives, o evento é formado pelo Vacathon, Caravana 4.0, Desafio de Startups e pelo Prêmio Ideas for Milk de Inovação. Além universidades brasileiras, participarão equipes de Portugal (Universidade de Évora), Angola (Instituto Superior Politécnico de Tecnologias e Ciências – ISPTEC) e Argentina (Bolsa de Commodities de Rosário). Para outras informações sobre os eventos, visite o site do Ideas for Milk: https://www.ideasformilk.com.br/.

Marcos La Falce

Embrapa Gado de Leite

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Especialistas da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE) e Embrapa Cocais (São Luís, MA) discutem na segunda (28) os diversos usos da leguminosa gliricídia em sistemas integrados de produção agropecuária.

O seminário digital ‘Múltiplo uso da gliricídia como tecnologia agropecuária’ integra a série de webinars promovidos pelo Grupo de Inovação em Sistemas Integrados de Produção (Gintegra), que reúne especialistas da Embrapa, Instituto Federal do Maranhão (IFMA) e Universidade Estadual do Maranhão (UEMA).

Com início às 18h (horário de Brasília) e transmissão ao vivo pelo canal Gintegra no YouTube, o evento conta com a participação de Joaquim Costa, pesquisador da Embrapa Cocais, e Evandro Muniz e Samuel Souza, respectivamente, pesquisador e analista da Embrapa Tabuleiros Costeiros.

Gliricídia
Gliricidia sepium tem demonstrado grande potencial como fornecedora de nitrogênio ao solo, podendo substituir total ou parcialmente o uso de fertilizantes nitrogenados. Vinda do México e América Central, essa planta possui elevada concentração de nitrogênio nas folhas e permite a fixação simbiótica desse nutriente ao solo por meio de bactérias existentes em suas raízes.

Trabalhos desenvolvidos nos últimos anos por pesquisadores da Embrapa têm reforçado essa capacidade da leguminosa de melhorar a fertilidade e fixar nitrogênio ao solo, tornando-se um componente de alto potencial e grande valor para a composição de sistemas de produção em Integração Lavoura - Pecuária - Floresta (ILPF), especialmente em regiões mais quentes e com menos chuvas.

A gliricídia apresenta teores de proteína em torno de 23% e produz até 70 quilos de matéria verde por ano. É considerada por produtores uma espécie de “ouro verde” para as regiões secas e quentes. É resistente a climas rigorosos e pode ser usada para recuperar e manter a temperatura do solo, além de servir como cerca viva. 

Na alimentação de ovinos e bovinos, situações em que é altamente recomendável, essa leguminosa consegue reduzir em 70% o uso do farelo de soja, que representa elevado custo na ração animal.

Saulo Coelho (MTb/SE 1065)

Embrapa Tabuleiros Costeiros

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O preço do leite no mercado Spot apresentou uma correção de preços na última quinzena, recuando cerca de 5%. De todo modo, os níveis de preços de todos os produtos lácteos analisados seguem em patamares historicamente mais elevados.

Veja essa análise completa na nova edição do Informativo Especial de Preços de 21 de setembro, disponível no novo site do Centro de Inteligência do Leite.

No informativo também estão apresentados os dados mais atuais de diversos produtos de interesse para cadeia do leite, além de produtos agrícolas de importância para o Brasil.

Acesse o site do Centro de Inteligência do Leite e aproveite.
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 *Renato Andreotti


Sim, os animais podem desenvolver resistência contra vacinas, assim como já desenvolveram resistência a vários princípios ativos de carrapaticidas ou acaricidas, porém é mais difícil. Os produtos químicos, atualmente são os mais utilizados para controlar o carrapato-do-boi e merece atenção dos pecuaristas uma vez que, sem nenhum tipo de controle, o prejuízo é certo tanto em bovinos de corte como de leite.

Um dos principais problemas na utilização dos químicos ou acaricidas é a resistência dos carrapatos a estes produtos em pelo menos seis gerações deles. Ressalto que o uso desses acaricidas sem orientação técnica adequada ocorre em todo território nacional e gera prejuízos como aumento da contaminação nos animais, nos seus produtos, nos trabalhadores e no ambiente.

O uso da vacina como alternativa, ou associada a um controle integrado, tem sido desenvolvida com uma eficácia em torno de 50% no Brasil, mas os estudos continuam com vistas a aumentar esse índice.

É importante ressaltar que a tecnologia deve ser associada com controle de carrapatos nas pastagens, ao mesmo tempo levando-se em conta o valor adequado da dose no mercado, ancorados em uma política pública. O que estou querendo dizer é que, como o que foi pensado para aftosa, um programa semelhante poderia ser desenvolvido para o controle do carrapato e acredito que grande parte do problema seria resolvido ou amenizado.

Neste contexto, será que podemos ter a mesma situação de desenvolvimento de resistência dos carrapatos às vacinas como acontece com os acaricidas? Minha explicação é de que com as informações conhecidas hoje em dia, todo sistema biológico pode sofrer mutações. Nas situações mais simples, como no caso do vírus da gripe, temos um sistema de alta mutação em que todo ano é apresentada uma nova vacina para as variantes circulantes.

Com relação aos carrapatos, a situação é mais complexa e necessita de mais estudos. Lembramos que o alvo são os antígenos - proteínas com estruturas mais complexas do que os acaricidas - e, ao mesmo tempo, o genoma do carrapato do boi (Rhipicephalus microplus) que é duas vezes maior do que o genoma humano.

Realizamos pesquisas com esta espécie de carrapato nas diferentes regiões do Brasil mostrando que existe estabilidade filogenética na população. O que observamos é que o carrapato-do-boi possui ramificações dentro de uma mesma população devido a influência do fluxo de comercialização de bovinos.

Também estudamos a resposta imune das vacinas em bovinos e elas mostram uma identidade com o sistema imune nas diferentes regiões do mundo e que existe uma estabilidade para o antígeno da vacina, o que nos faz concluir que é possível obter uma vacina global efetiva contra esses carrapatos utilizando um único antígeno universal baseado no Bm86, por exemplo.

Mutações acontecem a todo momento, podendo impactar o controle do carrapato por meio de acaricidas, mas no caso das vacinas contra o carrapato é pouco provável de acontecer essas mutações e desenvolver resistência em curto prazo e por esse motivo estamos trabalhando na criação de uma vacina eficaz que venha atender o anseio não só dos produtores, mas de toda cadeia produtiva.

No momento temos o controle com base em uma ferramenta química que está se esgotando por conta da resistência do carrapato e o uso da vacina é um caminho potencial que precisa ser implementado logo para obter experiência dessa realidade. 

Para se ter ideia do rombo ocasionado pelo descontrole do carrapato, a estimativa de perda chega perto de 3,2 bilhões de dólares ao ano no país, o que é muito preocupante. O produtor ao investir em genética deve levar em consideração a importância de controlar o carrapato em raças sensíveis para transformar o potencial da genética em carne/leite e não em carrapato.


*Pesquisador da Embrapa Gado de Corte


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Está disponível no Youtube da Embrapa o Ideas for Milk Lives, exibido ao vivo na última terça-feira, que aborda o tema “Como tornar vacas e pessoas felizes”. O programa tem como objetivo fomentar a inovação tecnológica na cadeia produtiva do leite e debater problemas e soluções para o setor. Ancorada pelo chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins,  a live conta com a participação de três grandes empreendedores do setor: Roberto Jank (Agrindus/Letti), Maurício Coelho (Fazenda Santa Luzia/Grupo Cabo Verde) e Renê Machado (Nestlé), que também são apoiadores do movimento “Ideas for Milk”, idealizado pela Embrapa, que entra neste ano em sua quinta edição.

Roberto Jank abre o debate respondendo a uma provocação de Martins: “O que é ter vacas felizes?”. Segundo o produtor, melhorar o bem e estar e conforto da vaca representa para a atividade diversos efeitos positivos. Para ele, ter vacas felizes influencia no ganho de longevidade, eficiência reprodutiva e alimentar, manejo, qualidade do leite etc. “Vacas felizes estão associados tanto ao resultado do negócio quanto à satisfação do produtor”, diz. Já Mauricio Coelho afirma que ter vacas felizes significa cumprir os requisitos básicos para que a vaca expresse todo o seu potencial. “É preciso dar as condições para a que a vaca retribua com produtividade”, afirma. Ele completa dizendo que as próprias exigências dos consumidores estão fazendo com que os produtores mudem sua percepção sobre as vacas. Renê Machado concorda com ambos, afirmando que, num ambiente de vacas felizes, a produção vem naturalmente: “Antes, nós pensávamos na produção de leite, agora estamos preocupados com a vaca, o resto é uma consequência”.

Roberto se contrapõe à visão idílica de que vaca feliz é aquela que está pastando próxima a um riacho: “Nem sempre isso verdade, principalmente se levarmos em conta a raça do bovino. Vaca feliz é aquela que está deitada ruminando”. Ele informa que uma vaca passa mais de doze horas por dia deitada. “Se ela ficar 13 ou 14 horas deitada, será mais feliz do que a que aquela que passou doze horas deitada”. Para Roberto, uma vaca feliz precisa ter disponibilidade de comida 20 horas por dia, seja no pasto ou no cocho, água limpa à vontade e condições para ficar deitada, ruminando, pelo menos 13 horas por dia.

“A rotina também tem que ser privilegiada”, afirma Roberto. A vaca é um animal extremamente metódico, que não gosta de barulho, nem de mudança no manejo. Maurício, que produz leite com vacas girolandas, diz que o manejo é fundamental e que houve uma evolução muito grande nesta área. No que todos concordam é que a vaca precisa ver o homem como um aliado. Ter um bom manejo, com respeito, é fundamental e a tecnologia pode ser uma grande parceira neste processo. Renê afirma que isso é possível, seja num grande sistema de produção ou numa estrutura familiar. “O importante é ‘ouvir a vaca’, observando o que a torna mais confortável.

A tecnologia como parceira – Maurício reforça a importância da tecnologia no novo ambiente de produção de “vacas e pessoas felizes”. Para ele, “as novas tecnologias abriram um horizonte fantástico, como produtores e empregados buscando ações conjuntas para o desenvolvimento dos sistemas”. E diz também: “Aliado à tecnologia, é necessário investir na felicidade do trabalhador, fazendo com que ele compreenda a importância do trabalho que realiza”. Roberto reforça os avanços do desenvolvimento tecnológico na genética e dos métodos de controle na produção. Já Renê destaca que a tecnologia revolucionou tanto a produção na fazenda quanto na indústria, reforçando a ideia de um consumidor feliz. “O consumidor mudou muito ao longo dos anos e se transformou em um consumidor de nicho”. Para atender este novo consumidor, há uma grande variedade de produtos e o setor trabalha para solucionar os problemas relativos à produção, como a sustentabilidade ambiental e o aquecimento global. Tudo isso aponta para a questão de “vacas e pessoas felizes”.

Os interessados em assistir o programa completo devem acessar o link no final desta reportagem. O Ideas for Milk Lives tem a duração de 70 minutos e irá ao ar todas terças-feiras, às 17h, até o dia 20 de outubro, no canal do Youtube da Embrapa. Na próxima terça-feira (22) o tema da live será “Por que a sua fazenda tem que ser 4.0”.

Ideas for Milk – O Ideas for Milk é uma idealização da Embrapa Gado de Leite, em parceria com Agripoint, Bovcontrol, KER Innovation, Ciatécnica, Texto Comunicação, que entra em sua quinta edição. E conta com o Patrocínio Diamante do Sebrae e da Tetrapak; Patrocínio Ouro da TIM; Patrocínio Prata da FAEMG/Inaes, Silemg, Vaccinar e Patrocínio Bronze da DSM/Tortuga, CLASS, JA Saúde Animal, Nestlé, Piracanjuba, Vivalácteos e Belgo Bekaert e apoio da Microsoft, Abraleite, Vivare, Revista Indústria de Laticínios e Revista Balde Branco. Além do Ideas for Milk Lives, o evento é formado pelo Vacathon (trocadilho de “vaca” com “hackathon”), Caravana 4.0Desafio de Startups e pelo Prêmio Ideas for Milk de Inovação. Segundo Martins, a edição do evento neste ano será intercontinental. Além de 27 universidades brasileiras, participarão equipes de Portugal (Universidade de Évora), Angola (Instituto Superior Politécnico de Tecnologias e Ciências – ISPTEC) e Argentina (Bolsa de Commodities de Rosário). Para outras informações sobre os eventos, visite o site do Ideas for Milk: https://www.ideasformilk.com.br/.

Link para assistir ao vídeo “Como fazer vacas e pessoas felizes” no Youtube:

https://www.youtube.com/watch?v=Wb1h9newLXs&list=PLoelF-OuDCfEUG_HI3FWujPFaeRNVHN_o&index=3&t=0s

Rubens Neiva (MTb 5445)

Embrapa Gado de Leite

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9846999664?profile=originalA BRS Capiaçu, cultivar de capim-elefante desenvolvida pela Embrapa que tem feito grande sucesso entre produtores de diversas regiões, agora dispõe de viveirista credenciado na Região Nordeste.

O agricultor alagoano Edilson Maia, proprietário da Fazenda Chapéu do Sol, em São Miguel dos Campos, nos Tabuleiros Costeiros Alagoanos, é o primeiro produtor de mudas de BRS Capiaçu licenciado pela Embrapa no Nordeste. 

A demanda pelo BRS Capiaçu tem crescido rapidamente, pois a cultivar é um clone adaptado a regiões de Mata Atlântica com excelente desempenho produtivo, podendo ser empregada tanto na alimentação dos rebanhos quanto na geração de energia a partir de sua biomassa.

Em transmissão ao vivo pelo Instagram, na terça (15), Maia, em conversa com o consultor agropecuário André Sorio, especialista em produção intensiva a pasto de bovinos e ovinos, destacou as qualidades do BRS Capiaçu.

Agricultor com perfil empreendedor e inovador, Maia, que é reconhecido inventor de máquinas e processos agrícolas, inova também na disponibilização do BRS Capiaçu, oferecendo mudas de alta qualidade genética e já pré-brotadas, com o Selo Tecnologia Embrapa, para o Nordeste e outras regiões.

Qualidades
Desenvolvida pela Embrapa em parceria com outras instituições, a cultivar BRS Capiaçu é um clone de capim-elefante (Pennisetum purpureum Schum) de alto rendimento para suplementação volumosa na forma de silagem ou picado verde. Devido ao seu elevado potencial de produção (50t/ha/ano), também pode ser utilizada para a produção de biomassa energética. 

Tem porte alto (até 4,20 metros de altura), se destacando pela produtividade e pelo valor nutritivo da forragem quando comparada com outras cultivares de capim-elefante. A BRS Capiaçu apresenta maior produção de matéria seca a um menor custo em relação ao milho e a cana-de-açúcar. 

O pesquisador da Unidade de Execução de Pesquisa da Embrapa Tabuleiros Costeiros em Rio Largo, AL, Anderson Marafon, explica que, por ser uma espécie de alta produção de biomassa com elevado percentual de fibras e lignina, o capim-elefante é uma excelente fonte alternativa de matéria-prima combustível para geração de energia.

A silagem deste capim constitui uma alternativa mais barata para suplementação do pasto no período da seca. Sua propagação ocorre por meio de colmos e apresenta gemas com elevado poder de brotação. 

Caracteriza-se por apresentar touceiras densas e colmos eretos, o que facilita a colheita mecânica; folhas longas, largas e de cor verde. A cultivar possui boa tolerância ao estresse hídrico, mas é susceptível às cigarrinhas das pastagens. Entretanto, quando a capineira é bem manejada, apresenta boa tolerância ao ataque da praga. 

A BRS Capiaçu foi registrada no RNC (Registro Nacional de Cultivares) em 08/01/2015, sob o nº33503, e protegida no SNPC (Serviço Nacional de Proteção de Cultivares) em 23/01/2015, certificado nº20150124.

Onde encontrar
Francisco Edilson Maia da Costa
Fazenda Chapéu do Sol – Zona Rural
CEP:57240000
Cidade: São Miguel dos Campos
UF: AL
Telefone: (82) 99981-3475
E-mail: assessoriaedilsonmaia@gmail.com

José Cabello
Rua Maceió (Sítio São Gonçalo)
CEP:12209675
Cidade: São José dos Campos
UF: SP
Telefone: (12)98820-6224
E-mail: contato@matergenetica.com.br

Mário Augusto Silveira Pinhão
Rodovia MG-431 - km 5 - Zona Rural
CEP:35661300
Cidade: Pará de Minas
UF: MG
Telefone: (037) 3259.6022
E-mail: guto@grupoagromg.com.br

Jorge Olavo Souza Mattos
Praça Getúlio Vargas, 39, Centro
CEP:36555000
Cidade: Ervália
UF: MG
Telefone: 38 998250731
E-mail: jorgeolavo@yahoo.com.br

Alexandre Faria da Silva
Sitio Cantinho do Ceu, Zona Rural
CEP:35115000
Cidade: Marilac
UF: MG
Telefone: 33998187112
E-mail: afsilva9@hotmail.com

Saulo Coelho (MTb/SE 1065)

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A criação de cabras e ovelhas para a produção de leite e seus derivados é uma atividade ainda pouco conhecida no Brasil. Motivada a mudar esse quadro, Izabel Carneiro, pesquisadora da Embrapa Caprinos e Ovinos, criou o projeto “Caravana leite de cabra e ovelha”, cujas ações são desenvolvidas em parceria com a empresa Caseum Queijos. O principal objetivo do projeto é a divulgação da criação de pequenos ruminantes leiteiros e o compartilhamento de informações técnico-científicas sobre os dois setores e suas oportunidades. Um dos primeiros resultados desse trabalho foi a inserção do leite de cabra e ovelha em um projeto de lei do deputado estadual Coronel Henrique (PSL-MG), que visa a realização de ações de marketing para a promoção do consumo do leite e, inicialmente, abrangeria apenas o leite bovino.

A ideia surgiu durante o “Concurso de Queijos de Cabra e Ovelha da Região Sudeste”, que fez parte da programação do evento CabraFest 2019. “Percebemos que havia essa lacuna na divulgação da atividade e dos produtos para o público em geral e durante o segundo semestre de 2019 fomos buscando parcerias e estruturando o projeto. No final do ano tínhamos uma programação de palestras presenciais e degustação de produtos em instituições de ensino das áreas de agrárias, nutrição e gastronomia em Belo Horizonte e Juiz de Fora”, explica Izabel. O primeiro evento foi realizado no mês de fevereiro de 2020, em Juiz de Fora para um público composto por nutricionistas, amantes da gastronomia e formadores de opinião.

A pesquisadora afirma que os produtores também destacam a carência de assistência técnica especializada. “Desta forma, o projeto prevê ações entre estudantes de Medicina Veterinária e Zootecnia visando despertar o interesse dos futuros profissionais por estes sistemas de produção, pois a disciplina que trata de caprinos e ovinos geralmente é optativa nas grades curriculares”.

Ações online durante a pandemia

O projeto original consta de eventos com apresentações dinâmicas sobre as várias vertentes dos sistemas produtivos de caprinos e ovinos, desde apresentação das espécies e das raças produtoras de leite até tendências de mercado e consumo do leite caprino e ovino e seus derivados, abordando também as características do leite e sua versatilidade na gastronomia.

Foram realizados dois eventos neste formato antes da pandemia. Os demais estavam agendados para abril e foram suspensos por causa do distanciamento social. “Após um primeiro momento de incertezas, retomamos as atividades de modo virtual. Começamos com participação em lives, eventos online como o Agrotins e palestras para estudantes de Medicina Veterinária em Minas Gerais e Santa Catarina. Criamos o perfil oficial do Projeto em redes sociais e refizemos a programação das palestras. Formatamos um bate-papo mais dinâmico e temos eventos mensais agendados até o final do ano. Intercalamos as espécies e começamos em agosto conhecendo a história e os produtos da Fazenda da Ovelha em Itabirito (MG). Tivemos outra conversa com o Sítio Lagoa Seca de São Lourenço (MG), que produz cabras leiteiras”, explica a pesquisadora.

As organizadoras têm recebido relatos de pessoas que não tinham contato com as atividades de caprinocultura e ovinocultura e passaram a consumir os produtos com boas experiências gastronômicas. “O que mais nos tem chamado a atenção é o real desconhecimento do público em relação aos produtos nacionais. Isso só valida a importância deste tipo de movimento em prol das cadeias produtivas de cabras e ovelhas leiteiras. Precisamos fazer essa roda girar, aumentar a demanda pelos produtos nas feiras e mercados impulsionando a produção leiteira! Com este formato digital, estamos promovendo uma conexão maior entre o produtor e o consumidor”, afirma Izabel.

Produção de leite de cabra e ovelha no Brasil e no mundo

De acordo com Centro de Inteligência e Mercados de Caprinos e Ovinos (CIM), o Brasil produziu no ano de 2016 (dados do IBGE) cerca de 253 mil toneladas de leite de cabra. A região Nordeste é a maior produtora (cerca de 235 mil toneladas) seguida pelo Sul (aproximadamente 7 mil toneladas) e Sudeste (cerca de 4 mil toneladas). No mundo, a produção foi de mais de 15 milhões de toneladas, sendo Índia, Sudão e Bangladesh os três maiores produtores.

A produção mundial de leite ovino é de cerca de 10 milhões de toneladas e China, Turquia e Grécia são os países que mais produzem.  De acordo com Octávio de Morais, presidente da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos e pesquisador da Embrapa Caprinos e Ovinos, o consumo de leite de ovelha no Brasil é muito baixo, mesmo porque não há grande produção. Os produtos mais consumidos são os queijos, iogurte e doce de leite. A região que mais consome esses produtos no Brasil é a Sudeste, embora haja uma produção maior no Sul. “Temos também importado muitos queijos de ovelha, como os pecorinos, os Serra da Estrela e outros amanteigados portugueses e o Manchego. Mesmo assim não há produto suficiente no mercado para atender à curiosidade do consumidor”, afirma. Ele acredita que há espaço para o aumento do consumo de derivados de leite de ovelha, prova disso é a importação crescente desses produtos.

Serviço

A agenda dos eventos da Caravana é divulgada nas redes sociais do Projeto e os encontros são abertos à participação do público.

Adriana Brandão (MTB CE01067JP)

Embrapa Caprinos e Ovinos

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Preço do UHT registra pequena queda no atacado

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O leite UHT registrou a primeira queda depois de oito semanas de alta no atacado de São Paulo. O mesmo aconteceu com o queijo muçarela, que vinha registrando altas consecutivas desde final de maio.

No mercado de insumos, milho e farelo de soja tiveram seus preços estáveis na última semana.

Veja essa análise completa na nova edição do Informativo Especial de Preços de 14 de setembro, disponível no site do Centro de Inteligência do Leite.

No informativo também estão apresentados os dados mais atuais de diversos produtos de interesse para cadeia do leite, além de produtos agrícolas de importância para o Brasil.

Informativo periódico de divulgação de publicações técnicas do Centro de Inteligência do Leite - CILeite.
Equipe: Alziro Carneiro, Denis Teixeira, Fábio Diniz, Glauco Carvalho, João César de Resende, José Luiz Bellini, Kennya Siqueira, Lorildo Stock, Manuela Lana, Marcos Hott, Paulo Martins, Ricardo Andrade, Samuel Oliveira, Walter Magalhães Júnior.
O conteúdo do CILeite pode ser reproduzido, desde que seja citada a fonte da publicação.

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Cileite

As importações brasileiras de leite e derivados em agosto foram de 52,7 milhões de dólares, alta de 28,3% sobre julho. Na comparação com agosto de 2019, os valores importados cresceram 56,3%.  

Veja a análise completa no Boletim Indicadores Leite e Derivados, disponível no site do Centro de Inteligência do Leite.

No informativo também estão apresentados os dados de preços ao produtor, ao consumidor e informações do mercado internacional.

Informativo periódico de divulgação de publicações técnicas do Centro de Inteligência do Leite - CILeite.
Equipe: Alziro Carneiro, Denis Teixeira, Fábio Diniz, Glauco Carvalho, João César de Resende, José Luiz Bellini, Kennya Siqueira, Lorildo Stock, Manuela Lana, Marcos Hott, Paulo Martins, Ricardo Andrade, Samuel Oliveira, Walter Magalhães Júnior.
O conteúdo do CILeite pode ser reproduzido, desde que seja citada a fonte da publicação.

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9846979252?profile=originalInformativo Especial de Preços desta semana mostra que os preços dos produtos lácteos registraram relativa estabilidade na última semana, após várias altas consecutivas. A safra da Região Sul chega no mês de pico e as importações de agosto apresentaram forte incremento, com compras de aproximadamente 140 milhões de litros de leite equivalente. Esse foi o maior volume mensal de importação do ano. Estes fatores colocaram um freio nas altas de preços que vinham ocorrendo, mas as cotações permanecem em patamar mais elevado, graças à demanda firme das famílias e aos baixos estoques dos laticínios. 

Veja essa análise completa na nova edição do Informativo Especial de Preços, disponível no site do Centro de Inteligência do Leite.

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