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Interações Vitamina E/Selênio com a mastite

A recomendação de ingestão de selênio para vacas em lactação E/ou gestação, segundo a literatura, pode variar de 5 a 7 mg/dia Para que se tenha uma adequada concentração de selênio no Soro ou plasma.

 

O programa de nutrição de um rebanho leiteiro tem grande influência na saúde e produtividade das vacas. As evidências mostram que o status nutricional de vacas de leite pode influenciar a resistência e susceptibilidade à doenças (Boyne & Arthur, 1979), e a relação entre nutrição e incidência de mastite não é um conceito novo (Murphy, 1947; Pouden et al., 1952). Deficiência severa de um desses nutrientes pode provocar doença do músculo branco (Ammerman % Miller, 1975), enquanto que deficiência menos severa de um ou ambos desses nutrientes aumenta a incidência de retenção de placenta, metrites (Harrison et al., 1984), e mastites (Smith et al., 1984). A deficiência dietética de vitamina E e selênio aumenta a susceptibilidade da glândula mamária à infecções intramamária, pode ser hipotetizada à partir das interações desses dois nutrientes com os mecanismos de resistência e seus papeis na proteção das membranas celulares contra a degradação oxidativa (Ganther et al., 1976 Hoekstra, 1974; Hoekstra, 1975) Boyne & Arthur (1979) registraram que os neutrófilos polimorfonucleares (NP) de bovinos deficientes em selênio foram deficientes também quanto à glutatione peroxidase dependente de selênio, e que os NP tiveram reduzida habilidade para ingerir Cândida albicans. Os NP participam da defesa da glândula mamária (Paape et al., 1981) e diminuem as possibilidades dos patógenos invasores quanto a um aumento de incidência de mastite. A deficiência de vitamina E pode diminuir a resposta imune, a qual é medida através do efeito antioxidante em um ou mais tipos de células do sistema imunopoiético (Sunde & Hoekstra, 1980; Tengerdy, 1980). Há evidências de que a vitamina E e o selênio suplementar possam reduzir a incidência de alguns tipos de mastites (Smith et al., 1984). Erskine et al. (1987) registraram uma relação negativa entre a atividade da glutatione peroxidase no sangue e a porcentagem de quartos infectados com os principias patógenos em 32 rebanhos. Os autores concluíram que o selênio pode estar envolvido na resistência da glândula mamária à infecção com Streptococcus agalactiae e Staphylococcus aureus. Entretanto, os dados são limitados quanto a associação entre a vitamina E/selênio e mastites, em rebanhos que tem controle da mastite contagiosa.

 

O mecanismo que explica que explica os efeitos da vitamina E e do selênio na imunidade não estão bem elucidados, mas está relacionado às suas fortes propriedades antioxidantes; eles eliminam os peróxidos livres formados durante processos de oxidação, os quais podem diminuir a permeabilidade e elasticidade das membranas citoplasmáticas. A vitamina E inibe a síntese de prostaglandinas pela prevenção da oxidação de seu precursor, o acido araquidônico, reduzindo concentração de corticosteróides no soro sangϋíneo, os quais têm fortes propriedades imunodepressivas. A diminuição da resistência pode ocorrer antes do aparecimento dos sinais clínicos da deficiência de vitamina E e selênio e, desta forma, a suplementação com esses nutrientes pode melhorar a performance produtiva e reprodutiva de animais que não mostram sinais clínicos de sua deficiência (Mudron & Vrzgulova, 1988; Nockels, 1990).

 

A prática da suplementação torna-se mais importante quando consideramos a alimentação de rebanhos de nível mais elevado de produção, freqüentemente dependente de forragens ensiladas como fonte de volumosos. Forragens ensiladas contém somente um quinto a um sexto da quantidade de vitamina E quando comparadas às forragens frescas em pleno estágio vegetativo (Natzke, 1981; Oliver & Mitchell, 1983). Assim, muitas reações de vacas leiteiras contém quantidades insuficientes de vitamina E.

 

10247224_645702665517627_7282428990474955892_n.jpgFreqüentemente se detecta, que em rebanhos nos quais se aplica métodos de controle da mastite, a doença acaba sendo produzida por bactérias coliformes e outras espécies de streptococci que não Streptococcus agalactia. Estas bactérias coletivamente são denominadas de patógenos ambientais. A origem destes patógenos para a infecção de quartos não infectados é o ambiente da vaca, em contraste ao quarto infectado (Dodd et al., 1977; Eberhart & Buckalew, 1979; Natzke, 1981; Smith, 1983).

 

Smith et al. (1984) verificaram que a suplementação com vitamina E reduziu os casos clínicos/quarto/lactação em 35%. A incidência da infecção nas vacas que recebiam suplementação com selênio foi ligeiramente reduzida (12%) quando comparado ao grupo de controle. Os autores não encontraram evidencias de interação entre vitamina E e selênio para número de casos clínicos, não havendo diferenças entre o grupo que recebeu vitamina E e aquele que recebeu vitamina E mais selênio. Entretanto, quando foram analisados os dados para tempo de duração da infecção (meses), os dados sugerem uma possível interação entre esses dois nutrientes, pois a porcentagem de redução para vacas que receberam vitamina E mais selênio foi 62%, maior que o grupo que recebeu somente vitamina E (44%) ou o grupo que recebeu selênio (46%), conforme Tabela 1, ocorrendo um efeito significante dos tratamentos (P<0.05), todos superiores ao grupo de controle. Esses dados sugerem que a suplementação de vacas que recebem dietas deficientes em selênio pode reduzir a duração dos sintomas clínicos e da infecção. Esses autores destacam que os efeitos obtidos tanto para vitamina E quanto para selênio podem não ser aplicáveis a rebanhos nos quais a mastite clinica é causada primariamente por S. agalactiae e S. Aureus.

 

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Weiss et al. (1990) trabalhando com nove rebanhos comerciais, nos quais a mastite contagiosa era controlada, determinaram correlações entre concentrações dietéticas e plasmáticas de vitamina E e selênio, taxas de mastite clinica e contagem de células somáticas. A concentração de selênio no plasma foi positivamente correlacionada à concentração de selênio na dieta quando vacas secas e em lactação foram analisadas conjuntamente. A concentração de selênio no plasma atingiu o pico ao redor de 0,08 µg/mL, com o ponto de inflexão da curva ocorrendo para um ingestão ao redor de 5 mg de selênio/dia, semelhante ao valor de 6 mg obtido por MAUS et al. (1980), mostrando que acima desta ingestão diária não ocorre reflexo no “pool” de selênio no plasma. Quanto à vitamina E, as alterações na concentração de tocoferol plasmático em relação à concentração de vitamina E na dieta mostrou resultados mais evidentes para vacas em lactação. Considerando que o leite corrigido para gordura contém ao redor de 900 µg de tocoferol/ Kg (Dunkly & Franke, 1967), e que vacas secas não secretam este nutriente para o leite, o mesmo vai compor o “pool” à nível de plasma no caso desses animais.

 

De acordo com Weiss et al. (1990), os valores de tocoferol no plasma são influenciados pelo estágio de lactação (Figura 1). Os valores no plasma foram essencialmente constantes da secagem até 7 dias pré-parto, caindo para ao redor de 50% e permanecendo baixo até 20-30 dias pós-parto, aumentando em seguida até 60 dias pós-parto, comportamento semelhante ao obtido por Stowe et al. A queda no tocoferol plasmático durante o período próximo ao parto pode ser devido ao decréscimo na ingestão de alimentos durante este período (NRC, 1989).

 

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Uma importante relação existe entre a vitamina E e a glutatione peroxidase (GSH-Px) pois ambas são partes integrantes do sistema antioxidante presente em todas as células (Hoekstra. 1975), sendo que concentrações adequadas desses elementos nos tecidos são essenciais para proteção das células contra danos produzidos pela oxidação. Harrison et al. (1984) não encontraram relação entre selênio no plasma e GSH-Px quando os valores de selênio estavam acima de 0,07 micrograma/mL, resultados confirmados por Weiss et al. (1990). A atividade do GSH-Px nas células vermelhas é várias vezes maior do que no plasma (Siddons & Mills, 1981; Lundin & Palquist, 1983). Portanto uma pequena quantidade de hemólise ocorrendo ou na vaca, ou durante a coleta e preparação da amostra pode aumentar marcadamente a atividade da GSH- Px do plasma. Baixa concentração de tocoferol no plasma aumenta a fragilidade das células vermelhas (Siddons & Mills, 1981), portanto, uma relação biologicamente entre tocoferol e GSH- Px no plasma pode existir, o que sugere pesquisas adicionais.

 

Os valores de contagem média de células somáticas (CCS) são indicativos da prevalência da infecção intramamária. Weiss et al. (1990) encontraram uma forte correlação (r²= 0,82, P<0,01) entre contagem média de células somáticas (CCS) e a concentração de selênio no soro de rebanhos monitorados conforme pode ser visto na Figura 2. Ambos, CCS e taxa de mastite clínica foram correlacionados negativamente com a concentração de selênio no plasma. Rebanhos com concentrações de selênio no plasma relativamente altas tenderam a ter menor incidência da doença aos 21 dias. Concentrações de tocoferol no plasma não influenciaram a taxa de mastite aos 21 dias, entretanto, o aumento da concentração de vitamina E na dieta de vacas em lactação diminuiu a taxa de mastite clínica (r² = 0,36; P<0,09), o que pode sugerir que o tocoferol plasmático pode não ser o “pool” mais apropriado para se avaliar com respeito à mastite o que é confirmado por Nockels (1990), o qual sugere que os níveis plasmáticos de vitamina E podem não refletir o status de vitamina E, e pode ser de valor limitado para diagnose da mesma. O autor sugere que o conteúdo de vitamina E das células vermelhas do sangue pode refletir mais exatamente o status de vitamina E.

 

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Stowe et al. (1988) estudando as respostas de vacas de leite à suplementação oral com vitamina E e selênio, verificaram que a suplementação com 2 mg de selênio/vaca/dia aumentou (P<0,01) o selênio do soro dentro de um mês após o inicio da suplementação na presença ou ausência de vitamina E suplementar, mas não foi suficiente manter a concentração media desejável de 70 mg/mL, confirmando os resultados obtidos por Julien et al. (1976) e Hidiroglou et al. (1987) em experimentos de longa duração com vacas lactantes/gestantes recebendo 2 mg/dia de selênio suplementar, ou mesmo, uma suficiente reserva de selênio para manter níveis adequados durante o período seco quando ocorre maior dificuldade para acompanhar a alimentação dos animais.

 

Os níveis legais de suplementação para rações completas de bovinos recentemente aumentaram de 0,1 para 0,3 mg/kg de matéria seca (FDA, 1987). A esta taxa uma vaca em lactação consumindo 20 kg de matéria seca/dia deve consumir 6 mg de selênio suplementar em adição àquele presente naturalmente nos alimentos, de fato, Smith & Conrad (1987), registraram que esta taxa de suplementação (6mg/vaca/dia) durante a lactação foi associada com redução na incidência de infecção intramamária e contagem de células somáticas.

 

4.jpgCom base na literatura, a recomendação de ingestão de selênio para vacas em lactação/gestação pode variar de 5 a 7 mg/dia para que se tenha uma adequada concentração de selênio ou soro no plasma.

 

A suplementação com vitamina E à taxa de 500 UI/vaca/dia, com ou sem suplementação de selênio, manteve a alfa tocoferol no soro ao nível de 2 a 4 micrograma/mL, os quais podem ser considerados como apropriados para vacas. Smith & Conrad (1987) recentemente recomendaram uma suplementação com 1000 UI de vitamina E/vaca/dia durante o período seco e 400-600 UI/vaca/dia durante a lactação para redução da incidência de mastite clinica.

 

 

 

Data de Publicação: 05/09/2014
Autor: Antonio Ferrarini Branco & Geraldo Tadeu dos Santos 

http://www.universidadedoleite.com.br/artigo-interacoes-vitamina-e-selenio-com-a-mastite

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Prezados amigos, 

Sabemos da importância das boas práticas agropecuárias para a qualidade do leite, portanto,coloco a disposição em anexo um artigo publicado na revista Ceres da UFV (Universidade Federal de Viçosa) na qual sou o autor principal,com o tema  "Impacto econômico da implantação das boas práticas agropecuárias relacionadas com a qualidade do leite".

Boa leitura.

anexo: 

Paixão et al. 2014 - Impacto econômico BPA leite

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9846959654?profile=originalA avaliação da condição corporal (CC) de bovinos vai contar com um grande aliado no Brasil. A Embrapa Rondônia desenvolveu um dispositivo formado por duas réguas de 20 centímetros cada uma, com 4,4 centímetros de largura e articuladas de maneira a formar a angulação de 0° a 180°. Por meio desse equipamento o próprio produtor pode monitorar o rebanho de forma rápida e precisa. Chamado Vestcore, é um instrumento simples que deverá ser útil particularmente para pequenos produtores, como os de gado leiteiro. Não há no mercado nenhum instrumento similar para a avaliação da condição. Hoje, para se obter dados de condição corporal dos animais, geralmente é utilizado o método visual, subjetivo e de pouca precisão. A outra opção são programas de imagem ou ultrassonografia, com o apoio de profissionais especializados a um custo mais alto, inacessível a pequenos produtores.

O Vetscore foi inspirado no goniômetro, instrumento circular com 180º ou 360º, utilizado para medir ou construir ângulos. O mais famoso goniômetro é o transferidor, muito popular no ensino escolar. O Vestcore desenvolvido pela Embrapa Rondônia foi validado para as raças nelore e girolando. Com a continuidade dos trabalhos, o pesquisador aponta que poderá haver um Vetscore para cada raça, tornando a tecnologia ainda mais eficiente.

O manuseio do Vetscore é fácil e ele deverá ser oferecido a menos de R$ 10,00. A tecnologia terá maior impacto para pequenos produtores de leite. Geralmente eles possuem menos acesso a técnicos treinados para fazer a avaliação visual da condição corporal, poucos recursos para investirem em avaliação por imagem (alto custo) e o setor leiteiro conta com a peculiaridade de as fêmeas estarem mais sujeitas a alterações da condição corporal em função do pré-parto, parto e pós-parto, portanto, a avaliação da CC é uma informação valiosa para evitar perdas.

"Uma ferramenta simples de usar e a gente vê o resultado na hora. Então, sei o que tenho que fazer com o rebanho. Quando a gente vê a olho, muitas vezes a perda já está muito grande. Com essa ferramenta é possível saber logo o que tem que fazer. Tudo isso conta ainda mais para o pequeno produtor de leite que trabalha com o orçamento sempre apertado. Com certeza, vou usar", diz, animado, o produtor de leite Gilsonmar Aguiar, que testou o Vetscore em seu rebanho em Porto Velho (RO) e se surpreendeu com a simplicidade de uso da tecnologia.

Para fazer a avaliação com o Vestcore, o animal deve ser recolhido em local onde possa ser contido e manuseado sem apresentar riscos ao avaliador e ao próprio animal. Feito isso, o Vetscore deve ser posicionado sobre a garupa do animal, entre a última vértebra lombar e a primeira vértebra sacral, e ser lentamente fechado até que suas réguas estejam em maior contato possível com a pele do animal. A leitura da condição corporal em que o animal se encontra é indicada por cores no visor: vermelha (baixa), verde (adequada) e amarelo-alaranjada (alta). A utilização da escala por cores facilita a avaliação imediata do animal e torna-se mais rápida e prática ao produtor, principalmente ao avaliar muitos animais. Com essas informações em mãos e associadas às práticas agropecuárias adequadas, o produtor pode atingir o máximo de eficiência do rebanho e, consequentemente, maior retorno econômico.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Rondônia e inventor do Vetscore, Luiz Pfeifer, a simplicidade e a eficiência dessa tecnologia fazem dela uma grande aliada do pecuarista. "Nossa recompensa como pesquisadores é ver que a tecnologia que desenvolvemos é útil e vai ser adotada no campo e, principalmente, por pequenos produtores, que terão acesso a informações importantes sobre o rebanho para poderem agir em tempo, evitando prejuízos e proporcionando condições para ganhos maiores", conta Pfeifer.

A maioria das patentes sobre escore de condição corporal de bovinos se baseia no uso de imagens da garupa dos animais. Elas demandam alta tecnologia, conhecimento específico e podem demorar para dar o resultado. O Vetscore deverá chegar ao mercado como um dispositivo de baixo custo e confiável, de simples utilização e resultado imediato. Pfeifer revela que foi realizado o depósito de patente junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). A Embrapa estuda estratégias para disponibilizar o produto no mercado.

Tecnologia de forte impacto para pequenos produtores

O maior impacto esperado dessa tecnologia é o seu uso em pequenas propriedades, pois, além do baixíssimo custo, é de simples utilização e oferecerá ao produtor informações para que ele possa realizar a tomada de decisão quanto ao planejamento do manejo, o monitoramento do estado do rebanho e a identificação dos possíveis problemas de saúde, que podem ser rapidamente solucionados, evitando perdas. Para mostrar o impacto do equipamento, Luiz Pfeifer cita o caso de Rondônia, em que a pecuária de leite é considerada um dos setores mais importantes do agronegócio do estado. Ali, um dispositivo como o Vetscore seria ferramenta importante para auxiliar o pequeno produtor em suas decisões e em como investir melhor os recursos no rebanho. Isso se reflete também no restante do País.

Dados divulgados pela Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron, 2013) mostram que a cadeia produtiva do leite no estado é formada por cerca de 34 mil produtores, estando associada diretamente à geração de renda para a agricultura familiar. Levantamentos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2012) apontam que o rebanho de Rondônia é o 8º do País e o 2º da região Norte. O estado tem ainda uma média de produção acima de 2,2 milhões de litros de leite por dia, sendo considerado o maior produtor de leite da região Norte e o 9º do País. No entanto, a produção média por animal diária (4,4 litros) ainda é baixa. É neste contexto que se destaca a importância do uso de tecnologias e práticas simples que podem mudar a realidade da produção de leite do estado e da qualidade do rebanho. Então, se o produtor tem acesso a um dispositivo com o qual ele consegue comprovar que está ocorrendo perda ou ganho excessivo à condição corporal do animal, ele pode, imediatamente, incrementar a alimentação da vaca, revertendo o quadro. O Vetscore foi desenvolvido e validado em Rondônia, no entanto, pode ser adotado por todos os pecuaristas do Brasil.

O pesquisador Luiz Pfeifer recomenda que a avaliação do rebanho com o Vetscore seja realizada quinzenalmente, pois, por meio do adequado uso da informação obtida, o proprietário terá o máximo retorno com cada animal. As ações de manejo permitirão, por exemplo, que as fêmeas retornem logo ao cio após o parto e, consequentemente, melhorem as taxas de serviço e concepção logo após o período voluntário de espera (PVE – Período de Descanso do Animal Após o Parto). Se usado adequadamente, essa prática pode ainda representar um ganho na produção de leite do rebanho, pois quanto maior a eficiência reprodutiva, maior será a produção de leite ao longo do tempo. Pfeifer exemplifica que, em vez das fêmeas terem um parto a cada 22 meses – média no estado de Rondônia –, as fêmeas podem ter um parto a cada 14, ou 16 meses, se adotadas as medidas nutricionais adequadas.

Além disso, estima-se que a média de partos por ano pode passar de 0,54 para 0,75. Ao contabilizar apenas este ganho, somente em Rondônia, pode-se chegar facilmente a um aumento anual de cerca de 200 milhões de litros de leite por ano. Ao contabilizar o litro do leite a R$0,65, pode haver um incremento de R$ 130 milhões no agronegócio do leite no estado. Elevando este comparativo a níveis nacionais, o impacto pode ser ainda maior. "Oferecer aos produtores acesso às informações mais precisas sobre seu rebanho é um incentivo para que eles sigam em frente, buscando sempre a melhoria da eficiência e, consequentemente, mais ganhos no campo", afirma Pfeifer.

Para os grandes produtores, que geralmente possuem profissionais especializados para cuidar da nutrição do rebanho, o Vetscore também será muito útil, pois a avaliação visual da condição corporal do animal é o primeiro passo para diagnosticar e promover alterações na dieta do rebanho. Assim, o dispositivo desenvolvido poderá ser uma ferramenta inicial de análise precisa. Tanto para o pequeno como para o grande produtor, obter um acompanhamento do escore corporal e atuar em seus resultados significa conquistar a eficiência e reduzir custos. "A nutrição de gado leiteiro é cara e o manejo inadequado pode gerar grandes prejuízos", alerta o pesquisador.

O Vetscore e a eficiência reprodutiva

Conhecer o escore de condição corporal do rebanho (ECC) influencia diretamente na eficiência reprodutiva. Qualquer fêmea bovina em idade de reprodução pode ser avaliada. Ao alinhar as informações coletadas pelo Vetscore às ações de manejo nutricional, será possível fazer com que as fêmeas alcancem seu máximo potencial produtivo e reprodutivo. "Quando ele me mostrou, eu achei fantástico, porque este dispositivo vem auxiliar na uniformização da leitura do escore de condição corporal e na sua precisão, pois o método mais utilizado é o visual e os técnicos levam um bom tempo passando o olho no rebanho para conseguir fazer esta avaliação de forma mais segura, porém, ainda subjetiva", conta o pesquisador da Embrapa Rondônia, Eduardo Schmitt, complementando que o Vetscore é um método sinalizador de que existe algum problema, tanto de perda como de excesso de condição corporal, e a regulação é sempre realizada com a alimentação.

O uso de uma tecnologia como o Vetscore no campo depende muito da adoção, primeiramente, pelos técnicos que realizam a extensão rural. Eles são o elo entre a pesquisa desenvolvida e sua utilização efetiva pelo produtor. O técnico da Emater Rondônia, José Renato Alves, utilizou o dispositivo e o classifica como uma ferramenta primordial quando se fala em eficiência de reprodução e produção de leite. Ele conta que hoje, por exemplo, um dos gargalos enfrentados pelos técnicos extensionistas em Rondônia é a avaliação da eficiência reprodutiva dos rebanhos, porque o limitador recai no escore corporal da vaca, especialmente no período seco, quando há uma queda na produção leiteira e, muitas vezes, o produtor não compreende que se trata de uma deficiência alimentar. "Com este dispositivo será fácil mostrar ao produtor como estão os animais dele e ele próprio poderá passar a acompanhar o escore do rebanho. Isso é importante porque a propriedade deve ser vista como uma empresa que, com uma boa gestão, deve minimizar custos e aumentar os lucros. O pequeno produtor já está buscando isso. Ele quer mais informações para melhorar a produção e a renda. O Vetscore, com certeza, vai fazer parte das nossas ferramentas de trabalho", argumenta o técnico.

Conheça o Vetscore

O novo método de avaliação dos animais, por meio do Vetscore, foi comparado à avaliação padrão, com escore em escala de 1 a 5, em que foi possível correlacionar o ângulo formado entre os lados da garupa do animal e a condição corporal (CC), sendo possível a elaboração de uma nova escala, representada por cores, conforme a angulação.

O pesquisador Luiz Pfeifer argumenta que, com o uso periódico, o Vetscore poderá informar ao produtor a condição corporal ideal nos diferentes estágios da vida da fêmea bovina, como no pré-parto, parto, pico de lactação e secagem. Também pode minimizar perdas econômicas, devido ao estresse nutricional pós-parto e selecionar fêmeas adequadas para programas de Inseminação Artificial por Tempo Fixo, e separá-las de acordo com sua condição corporal. Pode ainda melhorar a fertilidade geral do rebanho por meio do monitoramento da condição corporal pelo uso sistemático de Vetscore.

Vetscore X outros métodos

No método mais utilizado para a avaliação da condição corporal − o visual −, é feita uma medida subjetiva, baseada na classificação dos animais de acordo com a cobertura muscular e a massa de gordura. Para avaliar o escore de um animal, o avaliador deve, primeiramente, conhecer as principais partes anatômicas que serão usadas como indicadores, que são aquelas onde os depósitos de gordura são visíveis. Essas regiões são as costelas, o lombo, a garupa e a inserção da cauda. Nas costelas, quanto mais magra a vaca, mais fácil se visualiza cada costela e o espaço entre elas, a partir da última costela, no sentido da cabeça do animal. Em animais de melhor condição corporal, é mais difícil visualizar as costelas e os espaços intercostais, pois a cobertura muscular e de gordura recobre as costela de maneira uniforme.

Outra forma de realizar a avaliação da CC é por palpação, para verificar a cobertura muscular e de gordura na região lombar dos animais e existem metodologias que utilizam escalas de 0 a 5 ou de 0 a 9, ambas com classificação que vai de muito magras a muito gordas. São métodos práticos, porém subjetivos. Sendo assim, o uso do escore pode variar entre diferentes avaliadores, mas após um determinado período de prática, essas diferenças tendem a diminuir.

Também foram desenvolvidas formas de avaliação objetiva da CC por ultrassonografia, por meio da medição da camada de gordura dos animais. No entanto, nesse tipo de avaliação, além de ter de ser realizada por profissionais altamente especializados, os aparelhos são caros, inviabilizando seu uso pelos produtores. Da mesma forma, a avaliação objetiva por meio de imagens digitais das garupas dos animais, que depois são processadas com estimativa das CCs por programas de computador, é cara e de difícil manuseio, sendo inviável aos sistemas de produção do Brasil.

Renata Silva (MTb 12361/MG)
Embrapa Rondônia
rondonia.imprensa@embrapa.br
Telefone: (69)3901-2511 ou (69)8119-1588

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

Fonte: Portal Embrapa

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Um grupo de 35 profissionais de comunicação e extensionistas, dois dias de intensas discussões e um desafio nas mãos: como desenvolver estratégias para apoiar a interação entre Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural, diretriz para a consolidação de um plano de inovação e formação para a sustentabilidade da agricultura familiar no país? Assim pode ser resumido o workshop “Estratégias para Interação Pesquisa e Extensão na Agricultura Familiar”, que reuniu, na sede da Embrapa (Brasília/DF), nos dias 7 e 8 de outubro, profissionais dos centros de pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), das Organizações Estaduais de Pesquisa Agropecuária (Oepas) e dos escritórios de Assistência Técnica e Extensão Rural, com a representação de todas as regiões brasileiras.

O desafio do grupo foi refletir sobre o papel da comunicação para apoiar o plano e propor ações efetivas de comunicação para a promoção da interação pesquisa e extensão. Como resultado, foi elaborado um plano de trabalho para 2015, com ações imediatas e de médio prazo para consolidar o papel estratégico da comunicação nas oficinas de concertação programadas (fóruns para construção de espaços e agenda conjunta em que participam representantes da pesquisa, extensão e agricultura), nos eventos temáticos e nas ações de formação continuada dos multiplicadores (agentes de ATER, cooperativas, organizações não governamentais etc.).

O programa é resultado de um esforço conjunto do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e da Embrapa e prevê a qualificação de 15 mil agentes de Assistência Técnica e Extensão Rural e de famílias atendidas pelos contratos de ATER do Ministério. Para a definição de prioridades no processo de formação de técnicos da extensão rural, o programa adotou como metodologia encontros regionais com representações locais da pesquisa, extensão e agricultura. A meta é alcançar 230 mil agricultores familiares.

“O desafio é superar o distanciamento que existe entre os serviços de extensão rural, a pesquisa agropecuária e o ensino, estimulando trocas de experiências entre agricultores, extensionistas e pesquisadores, a partir da valorização dos saberes locais e tradicionais. E, para isso, vamos precisar muito da comunicação”, destacou o coordenador do Departamento de Assistência Técnica e Extensão do MDA, Hur Ben Correa da Silva.

O diretor-executivo de Transferência de Tecnologia da Embrapa, Waldyr Stumpf Júnior, presente ao primeiro dia do evento, lembrou que as ações foram criadas no contexto da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) e tem como desafio criar espaços e soluções adequadas para que os agricultores possam se apropriar das tecnologias geradas pela Pesquisa. “Em parceria com o MDA, vamos realizar um conjunto de reuniões em todo o País para conversar, conhecer as realidades, estabelecer as matrizes de oportunidades e desafios para construirmos, juntos, as soluções locais”, destacou Stumpf, lembrando, ainda, que a inovação só acontece quando alguém se apropria de uma tecnologia e consegue melhorar suas condições socioeconômicas.

Para Luciana Silvestre, jornalista do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), encontros como esses são fundamentais para se discutir estratégias de comunicação mais adequadas à realidade dos agricultores. Para ela, além da comunicação institucional, as empresas precisam pensar em ações estratégicas que façam com que o conhecimento científico seja apropriado e resignificado pelos agricultores.

Na opinião do assessor de relações institucionais da Embrapa Gado de Leite (Juiz de Fora, MG), Marne Sidney Moreira, este é o começo de um processo de institucionalização entre pesquisa e extensão rural. Há 48 anos atuando em pesquisa e extensão rural, Carlos César de Queiroz, da Emater-GO, destacou a oportunidade de participar de um processo de construção coletiva, onde a extensão também será protagonista.

Diretrizes prioritárias - Para institucionalizar a participação da comunicação e promover a interação entre pesquisa e extensão, ao final do workshop foram apresentadas aos organizadores algumas diretrizes prioritárias:

• inclusão da participação de profissionais de comunicação da Embrapa, das Oepas e da Ater nos fóruns locais previstos no Programa de Inovação a serem realizados pelo MDA e pela Embrapa nos estados, que começam em 2015;
• realização, durante as oficinas de concertação, de encontros de comunicadores para estabelecer ações regionais para a interação pesquisa, ensino e extensão na agricultura familiar;
• sensibilização dos gestores das instituições sobre a importância da participação da comunicação nas ações do plano;
• participação efetiva da ATER e das Oepas nos programas de rádio e televisão da Embrapa (Prosa Rural e DCTV);
• criação de espaços para compartilhamento de informações (hotsite, videoconferências e encontros regionais de comunicação).

Relato de experiências – Durante o evento, comunicadores e extensionistas tiveram a oportunidade de apresentar experiências de interação junto a públicos específicos, como as oficinas de comunicação para lideranças comunitárias e radialistas do Nordeste; oficinas para mediadores do Projeto Minibibliotecas; os programas de rádio Prosa Rural e Dia de Campo na TV; a produção de materiais pedagógicos regionais, como cartilhas e literatura de cordel para os agricultores do sertão e revistas em quadrinhos para alunos de escolas públicas rurais; o programa Terra Sul, realizado em parceria com a Embrapa Clima Temperado (Pelotas/RS) com a Emater/RS; a Rede de Pesquisa e Inovação em Leite (Repileite) – uma rede social temática que visa o debate de ideias sobre o setor leiteiro, dentre outras ações. Os comunicadores de Ater também destacaram os programas de televisão que realizam com emissoras de TV locais, capacitações e produção de materiais didáticos.


O evento foi uma iniciativa do Departamento de Transferência de Tecnologia (DTT) e da Secretaria de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SAF/MDA) e contou com o apoio da Embrapa Informação Tecnológica (Brasília/DF) e da Secretaria de Comunicação (Secom). Participaram profissionais da Emater-RO, Emater-MG, Emater-PR, Emater-RS, Emater-GO, Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), Empresa Mato-Grossense de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Empaer/MT), Embrapa Agrobiologia, Embrapa Amazônia Oriental, Embrapa Gado de Leite, Embrapa Agroindústria Tropical, Embrapa Tabuleiros Costeiros, Embrapa Acre, Embrapa Semiárido, Embrapa Clima Temperado, Embrapa Agrossilvipastoril, Embrapa Agropecuária Oeste e do Departamento de Assistência Técnica e Extensão do MDA.

Texto: Maria Clara Guaraldo (MTb 5027/MG)

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Uma visão panorâmica sobre preços, derivados, mercado internacional, mercado de milho e soja e alimentação. Vale a pena conferir! Explicativo com gráficos e ilustrações.

Segue link: http://cepea.esalq.usp.br/leite/boletim/233.pdf

Dica: site de pesquisa para sempre se manter informado. 

Segue link: http://cepea.esalq.usp.br/

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Você teria curiosidade de saber que tipo de profissionais se encontram na RepiLeite? Ou se os seus interesses são parecidos com o de outras pessoas que movimentam a rede? Para nós da Embrapa essas informações são valiosas porque com elas poderemos adaptar esse projeto ao público participante. Se você acredita nessa iniciativa e quer contribuir para que a rede seja cada vez mais útil em termos de conteúdos e participação de qualidade, colabore respondendo a nossa pesquisa de opinião disponível aqui. Dez minutos do seu dia somados aos dos outros que responderem o formulário são horas de inspiração para a equipe que pensará em melhorias.

Além de questões básicas sobre qual a idade, nível de escolaridade, local onde moram e área profissional do membro, perguntamos ainda por que a RepiLeite é relevante para quem participa da rede. É muito importante que o maior número de pessoas participe para que as visões de diferentes segmentos da cadeia leiteira (pesquisadores, extensionistas, produtores, estudantes e outros profissionais) estejam presentes nos resultados. Quem responder a pesquisa estará nos ajudando a justificar investimentos para esta rede. E mais: essas informações poderão despertar a construção de novas redes em outros setores da agropecuária. Não é interessante? Então, o que está esperando? Clique aqui e participe. A equipe da RepiLeite agradece!!!

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Diante de recentes denúncias relativas à adulteração do leite com substâncias como ureia, soda cáustica, água oxigenada e cal virgem, os pesquisadores da Universidade de Brasília, Paulo Anselmo Ziani Suarez e Guilherme Bandeira Cândido Martins, desenvolveram uma tecnologia que permite ao cidadão comum realizar uma análise do produto antes de consumí-lo.

A Macofren Tecnologias Químicas, empresa incubada no CDT/UnB (Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Universidade de Brasília), licenciou uma tecnologia de forma não exclusiva para comercialização do produto. Trata-se da FITA ZER0-F, que detecta de modo rápido e fácil a presença de formol no leite, produtos de beleza e higiene, entre outros.  

Basta colocar a fita em contato com o produto que vai indicar a presença ou não de substâncias por meio de uma reação química. Na presença de formol é gerada uma cor violeta intensa, que varia de acordo com a concentração da substância na amostra.

Uma ação conjunta entre Ministério da Agricultura, Ministério Público do Rio Grande do Sul, Polícia Federal e Poder Judiciário confiscou milhões de litros de leite contaminado no país. A chamada Operação Leite Compensado durou 12 meses.

No decorrer de 2013, a apuração do MP do Rio Grande do Sul não revelou apenas que transportadores e comercializadores de leite estavam adulterando a bebida no Estado, mas também que a prática é nacional. Em maio deste ano, a LBR precisou fazer um recall de caixinhas de duas importantes marcas, depois de identificar que aproximadamente 300 mil litros de leite estavam contaminados com formol. Os lotes, fabricados no Rio Grande do Sul, teriam sido vendidos aos Estados de São Paulo e Paraná.

Adulteração

A Operação Leite Compensado teve sua primeira fase desencadeada em 8 de maio do ano passado. As investigações apontaram para um esquema que adulterou cerca de 100 milhões de litros do produto no estado.

Na ocasião, o MP revelou que transportadores estavam adicionando água e ureia (que contém formol) ao leite cru para aumentar o volume e disfarçar a perda nutricional no caminho entre a propriedade rural e a indústria. O esquema era realizado em postos de resfriamento.

Vinte e seis pessoas foram denunciadas, sendo que 13 foram presas e quatro estão em liberdade provisória. Os processos na cidade gaúcha de Ibirubá foram os únicos já concluídos em primeira instância, e seis pessoas tiveram suas sentenças decretadas – uma delas chegou a ser condenada a 18 anos e seis meses de cadeia em regime fechado.

FonteR7 Notícias

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Modelo de curral p produção leiteira

Boa Noite !

 Tenho uma instalação de um curral e por questão de uma passagem de rodovia fui desapropriado.

 

Alguém poderia me passar um modelo econômico de curral para vacas leiteiras

Nº de vacas 30

Ordenha mecânica sistema posso p diminuir mão de obra

Vacas de alta lactação

Pastejo em piquetes rotacionado + complemento de capim napier e cana

Raçaõ concentrada no momento da ordenha

 

 

 

 

 

 

 

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Produção de leite por Estado

Bom dia  amigos  eu estou  buscando informações da produção de leite por estado eu sou pesquisador e estas  informações serão muito uteis  para cutinuar minha pesquisa

Um abraço a tudos e uma otima semana

Estou passando o meu e-mail caso preferir    jruebenich@gmail.com

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A Embrapa Gado de Leite participa anualmente de um estudo sobre os maiores laticínios do Brasil. O levantamento é liderado pela Leite Brasil, com participação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Organização das Cooperativas Brasileira (OCB), Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios (CBCL) e a Viva Lácteos.

O somatório da produção recebida pelos 12 maiores laticínios em 2013 foi 8,1 bilhões de litros, representando um crescimento equivalente a 9,6% em relação ao somatório do ranking 2012. “Trata-se de um resultado substancialmente acima do que se esperava do crescimento da produção total de leite no Brasil em 2013, que seria entre 5% e 6%”, avalia o colaborador Lorildo Stock, um dos participantes da pesquisa. Ele reforça que o resultado da produção total do leite do Brasil é anualmente publicado no segundo semestre do ano subsequente.

A DPA (joint venture entre Nestlé e Fonterra) manteve a primeira colocação no ranking, com crescimento de 3,8% em relação a 2012, captando um total 2,33 bilhões de litros. No ranking anterior, havia apresentado uma queda de 7,8% na captação em comparação a 2011. Algumas empresas apresentaram crescimento vigoroso, como é o caso da Confepar (54,5%), Laticínios Bela Vista (30,5%), Castrolanda/Batavo (28%), Vigor (26,8%) e Danone (23,6%). Já a LBR e a Italac, que estavam presentes, respectivamente, no 2º e 4º lugar do ranking de 2012, não apresentaram dados no ranking de 2013.

O trabalho mostra que as empresas que compõem o Ranking ocuparam ao longo de 2013, em média, 71% de sua capacidade instalada. Segundo Stock, “chama a atenção o fato de que do total de leite captado, 26% corresponde ao volume comprado de terceiros, mantendo-se a importância, do ponto de vista da indústria, dessa forma de captação, por conta da capacidade ociosa em algumas indústrias, obrigando-as a adquirir leite direto do setor produtivo.” Todavia, Stock informa que há a expectativa de ampliação das plantas especialmente nas regiões de maior crescimento da produção (Sul e Sudeste). A produção média por produtor cresceu 7,7%, reforçando a tendência de crescimento da escala de produção no campo.

Confira o ranking clicando aqui.

Fonte: Site Embrapa Gado de Leite

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No site: http://www.scotconsultoria.com.br/noticias/artigos/32292/a-polemica-da-integracao-lavoura-pecuaria-floresta-%E2%80%93-ilpf.htm, podemos encontrar uma salutar discussão a respeito da recente polêmica sobre a difusão do sistema de integração Lavoura Pecuária e Floresta.

Confesso que, de início, me incomodaram um pouco os comentários feitos.  Temos sempre a tendência de defender aquilo em que acreditamos antes de racionalizar sobre assunto. Aliás, a tendência do ser humano normalmente é a de filtrar as razões que contrariam nossas crenças e valorizar e racionalizar em cima daquelas que as comprovam.

Bom, assim, tive que me recompor e me lembrar que, antes de tudo, sou um cientista e que cientistas, devem sempre buscar o caminho contrário, ou seja, deixar a crença de lado e buscar primeiro os dados e depois uma teoria, mesmo que isso implique em "riscos" às nossas crenças.

Dessa forma, relendo o texto percebi que, de fato, as afirmações feitas tem sim fundamento. Então fui em busca da razão pela qual tais afirmações foram feitas. Descobri que a falha está do lado da ciência...sim da ciência.

O principal ponto que chamo à atenção é o fato da polêmica girar em torno do sombreamento excessivo do pasto com o tempo, o que, de fato, é verdade. E daí? Acabou a tecnologia? Era tudo mais uma promessa milagrosa e inconsequente?

Afirmo que não. Está aí o lado fantástico da ciência: acabamos de encontrar mais uma lacuna para investigação.

É óbvio que com o tempo as árvores crescem e, com o crescimento, aumentam a sombra. A grande sacada é saber, então, quando manejar este componente florestal. Saber o ponto exato onde a sombra começa a prejudicar a produção do sub-bosque e buscar uma solução para isto.

Cada arranjo de plantio (seja com uma linha, duas ou três) vai demandar um manejo diferenciado, sempre em função tanto do crescimento das árvores e da produção do pasto.

Neste sentido a Embrapa Gado de Leite, iniciou um projeto, em parceria com produtores rurais familiares e a Emater-MG, no sentido de buscar estas respostas.

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Coleção 500 Perguntas 500 Respostas em e-book

Boa tarde. Creio que alguns membros dessa comunidade já sabem, mas gostaria de anunciar pra todos que a Embrapa disponibilizou de graça os e-books da Coleção 500 Perguntas 500 Respostas em formato PDF e EPUB. 

Foi criado um site para a disponibilização no seguinte link:

www.embrapa.br/mais500p500r

Obrigado pela atenção.

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