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O custo de produção de leite apresentou elevação pelo segundo mês consecutivo. Em abril, a alta de 1,78% se deu, principalmente, devido ao forte aumento no grupo Concentrado.
 
No acumulado do ano, o ICPLeite/Embrapa já registra elevação de 7,46%. O acumulado no grupo Concentrado nesses quatro primeiros meses de 2018 foi de 17,63%, sendo o principal responsável pelo expressivo aumento de custos neste período. Também contribuíram para o crescimento o custo do grupo Sal mineral, que foi de 4,35%, o grupo Mão de obra, que foi de 4,15% e o grupo Qualidade do leite, de 3,58%.
 
Já no acumulado dos últimos 12 meses o ICPLeite/Embrapa está 10,54% maior, novamente impulsionado pelo grupo Concentrado. Importante notar que nesse período, todos os grupos componentes do custo registraram aumentos.
 
Mais detalhes sobre essas variações por períodos e por grupos, bem como a metodologia de cálculo, estão disponíveis na publicação ICPLeite / Embrapa da Plataforma de Inteligência Intelactus em sua edição de abril de 2018, que pode ser acessada no site: http://www.cileite.com.br/content/%C3%ADndice-de-custo-de-produ%C3%A7%C3%A3o-de-leite-4

Caso tenha interesse em mais informações atualizadas sobre o mercado do leite não deixe de acessar o site do Centro de Inteligência do Leite. Para receber e-mails informativos com as publicações recentes (newsletter) do Centro de Inteligência é só se cadastrar: http://www.cileite.com.br/user/register

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Curso de capacitação sobre Pecuária Leiteira Orgânica no período de 15/06/2018 a 27/10/2018


PÚBLICO ALVO:Produtores, agrônomos, zootecnistas, biólogos, veterinários, técnicos agrícolas, empresários, administradores, comerciantes, estudantes, empresários e demais interessados no tema.

DESCRIÇÃO
Capacitar os participantes para desenvolver atividades nas áreas de produção e de assistência técnica no crescente mercado de produtos derivados de leite orgânico.

Programação*

Módulo 1: 15 e 16/06/2018 – Nata da Serra , Fazenda Sula (Serra Negra – SP) Aspectos conceituais sobre pecuária leiteira orgânica.Instrutores: Carlos Armenio Khatounian (Esalq/USP)Sérgio Homa (Fundação Mokiti Okada),André L. M. Novo (Embrapa Pecuária Sudeste) Ricardo Schiavinato (Nata da Serra). 

Módulo 2: 27 e 28/07/2018 – Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos – SP)Indicadores zootécnicos, ambiência animal e aspectos sanitários.Instrutores:Arthur Chinelato de Camargo e Marco Bergamaschi – Embrapa Pecuária Sudeste.

Módulo 3: 31/08 e 01/09/2018 – Nata da Serra , Fazenda Sula (Serra Negra – SP)Manejo de pastagens e gestão hídrica da propriedade.Instrutores: Arthur Chinelato de Camargo e Júlio Palhares - Embrapa Pecuária SudesteRicardo Schiavinato (Nata da Serra). 

Módulo 4: 28 e 29/09/2018 - Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos – SP)Produção e conservação de forragens (cana, silagem e leguminosas) e balanceamento de dietas.Instrutor: André L. M. Novo (Embrapa Pecuária Sudeste).

Módulo 5: 26 e 27/10/2018 - Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos – SP)Genética, planejamento da propriedade e mercado.Instrutores: André L. M. Novo (Embrapa Pecuária Sudeste), Marcelo S. Laurino (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) Luiz C. Demattê Filho (Korin).

INSCRIÇÕES:20/04/2018 a 12/06/2018

VAGAS:40

LOCAL:Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos – SP) e Fazenda Sula (Serra Negra – SP)

Mais informações: https://eventos.funarbe.org.br/detalhes/curso-de-pecuaria-leiteira-organica

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Confira na íntegra o Somos Agro deste domingo (29)

No programa Somos Agro deste domingo (22), o assunto é leite. O apresentador Otávio Ceschi Júnior recebeu o Economista e Chefe-geral da Embrapa Gado de leite, Paulo Martins, para discutir sobre a importância desse produto para a econômia brasileira. O leite está inserido na rotina de maior parte da população e é fonte de renda para milhões de trabalhadores no país, além de movimentar 27 bilhões de reais ao ano. 

Para saber mais sobre o assunto, confira o programa na íntegra! 

http://tvterraviva.band.uol.com.br/noticia/100000894596/somos-agro-campanha-de-valorizacao-do-agronegocio.html

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Em comemoração aos 45 anos celebrados este ano, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) lançou o documento “Visão 2030: o futuro da agricultura brasileira”, um estudo sobre as principais transformações que devem ocorrer no setor nos próximos anos em termos científicos, tecnológicos, sociais, econômicos e ambientais. Também são apontados os impactos, os desafios e os possíveis caminhos diante destas mudanças. A proposta é que o trabalho possa nortear ações para o planejamento estratégico das organizações públicas e privadas de ciência, tecnologia e inovação. A pesquisa está disponível no site www.embrapa.br

Em entrevista à radio CBN Juiz de Fora, o economista e chefe-geral da unidade da Embrapa na cidade, Paulo do Carmo Martins, destacou a importância do agricultura para a economia nacional. “Nós temos 85% da população morando nas cidades, o que significa que cada produtor rural seria responsável por alimentar ele mesmo e mais seis brasileiros. No entanto, a realidade mostra que a nossa produção chega a 1,1 bilhão de pessoas ao redor do mundo, ou seja, o produtor rural alimenta ele e outras 35 pessoas no planeta. Esta é a magnitude da nossa agricultura.” Em 2017, o setor gerou mais de R$ 80 bilhões de dólares para o país, entre importações e exportações

Neste sentido, o especialista destaca a importância de se discutir os rumos do agronegócio. “A Embrapa é uma empresa de pesquisa estatal reconhecida mundialmente. O mérito brasileiro foi conseguir fazer um ambiente agrícola nos trópicos. Exportamos para 150 países, mas é muito importante estarmos atentos às transformações que podem chegar. O ano de 2030 é logo ali.” Ele alerta que algumas destas transformações já estão acontecendo. “Tivemos uma alteração espacial nos últimos anos. A região da Zona da Mata, por exemplo, no passado produzia arroz, leite e café. Agora vemos que a produção de leite está concentrada no Triângulo, e a de café no Sul. Isso ocorreu em outros estados também.”

Ele ressalta que o fenômeno de migração rural também deve trazer impactos econômicos para o setor. “Nos próximos anos, teremos cada vez menos pessoas no campo. Com isto, a tendência é que o valor da mão de obra encareça, pois as pessoas que irão atuar nesta área serão mais especializadas. A concentração dos elos que compõem a cadeia produtiva também devem aumentar os custos de produção.” Desta forma, ele diz que será ainda mais necessário reduzir perdas e desperdícios. Ao produtor caberá o papel de gestor. “A agricultura deixou de ser para amadores, e irá exigir, cada vez mais, profissionalismo.”

Lucro social
Também pelas comemorações dos 45 anos, a Embrapa divulgou o Balanço Social. O levantamento revelou lucro social de R$ 37,18 bilhões em 2017, gerado a partir da adoção de tecnologias pelo setor. De acordo com a assessoria da empresa, o número representa que a cada um real aplicado na estatal no ano passado, foram devolvidos R$ 11,06 para a sociedade.

 

Matéria publicada no jornal Tribuna de Minas de 01/05/2018. Acessível em https://tribunademinas.com.br/noticias/economia/01-05-2018/embrapa-lanca-estudo-com-tendencias-para-agricultura-nacional.html

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O sétimo levantamento da safra 2017/2018 da CONAB, divulgado em abril, reduziu as estimativas de queda na produção brasileira de grãos, que agora deve ser 3,4% menor que a safra 2016/2017. Destaque para os aumentos na estimativa de produção de soja, que deverá superar a safra passada em 0,8%. Já no caso do milho, 1º safra, a produção deverá ser 16% menor que a quantidade produzida na última safra. Por outro lado, melhoraram as estimativas para o milho safrinha.

Após fecharem 2017 em alta, as vendas de fertilizantes e de máquinas agrícolas e rodoviárias, estão em queda nesse início de ano. As entregas ao produtor de fertilizantes encerraram o primeiro trimestre de 2018 com queda de 1,3% sobre o mesmo período de 2017. Já as vendas internas de máquinas agrícolas e rodoviárias caíram 22,8% no trimestre.

No mercado de defensivos, o índice de produção industrial cresceu 10,3% no acumulado de janeiro e fevereiro de 2018 em relação ao mesmo período de 2017.

As exportações totais do agronegócio aumentaram 4,6%, em valores, no acumulado dos três primeiros meses de 2018. Os produtos de maior destaque nas vendas externas foram farelo de soja, celulose e carne bovina in natura. Os destaques negativos ficaram por conta do café, frango, outras carnes e açúcar que registraram quedas significativas.

No balanço de suprimento, interessante observar que apesar da estimada queda de produção, a disponibilidade interna de milho nesse ano deve ser maior que no período anterior, devido ao estoque final de passagem da última safra. Apesar disso, os preços do milho continuam valorizando no mercado doméstico e internacional, assim como o farelo de soja.

Esses dados estão apresentados no boletim de INDICADORES AGRÍCOLAS da Plataforma de Inteligência Intelactus. Na edição de abril de 2018, veja também o balanço de suprimentos para o mercado interno e mundial dos principais produtos agrícolas brasileiros.

A publicação está disponível no link: http://www.cileite.com.br/content/indicadores-agr%C3%ADcolasa

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Após dois anos de quedas consecutivas, a captação brasileira de leite voltou a crescer em 2017. O aumento foi 4,03% em relação a 2016. O ranking dos maiores laticínios do País mostrou um aumento de 5,6% na captação. Já o ranking dos TOP 100 produtores de leite indicou um crescimento de 10% na produção. Isso aponta para um movimento de consolidação e especialização nesta cadeia produtiva, tanto no âmbito do produtor quanto da indústria.

Com a aproximação da entressafra, os preços do leite ao produtor seguem em recuperação, mas os valores reais continuam abaixo do patamar observado no primeiro trimestre de 2017. Os pecuaristas também estão percebendo aumento no custo do concentrado que refletiu no ICPLeite/Embrapa, com elevação de 5,3% em março.

No atacado, o leite UHT segue com pequena valorização, subindo 1,5% nos últimos 15 dias para R$2,40/litro. O aumento do preço do leite ao produtor depende da evolução dos preços na indústria, até porque as margens dos laticínios estão muito reduzidas, tanto no mercado de leite UHT quanto no de muçarela.

De todo modo, a expectativa para a economia em 2018 é melhor, considerando as previsões de PIB, inflação, taxa de juros, emprego e renda. Assim, espera-se que o consumo siga em recuperação proporcionando melhores margens para a indústria e para os produtores.

Confira essa análise completa com mais detalhes na NOTA DE CONJUNTURA da Plataforma de Inteligência Intelactus em sua edição de abril de 2018 que também apresenta a valorização das cotações internacionais do leite.

A publicação está disponível no site http://www.cileite.com.br/content/nota-conjuntura

No site também estão disponíveis diversas informações atualizadas sobre a cadeia produtiva do leite como o Boletim "Indicadores: Leite e Derivados", além de publicações como o Índice de Custo de Produção de leite da Embrapa (ICPLeite), de periodicidade mensal, além dos boletins com indicadores agrícolas e macroeconômicos, com atualização bimestral. Caso tenha interesse em receber e-mails informativos com as publicações recentes (newsletter) é só cadastrar no site: http://www.cileite.com.br/user/register 

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Após dois anos de quedas consecutivas, iniciada em 2015, a produção brasileira de leite sob inspeção voltou a crescer em 2017. O aumento foi 4,03% em relação a 2016, totalizando cerca de 24 bilhões de litros. Entre as regiões do País, o maior crescimento percentual aconteceu no Nordeste, enquanto o maior crescimento em volume ocorreu no Sul do Brasil.

No âmbito de preços, as cotações ao produtor subiram pelo segundo mês consecutivo, fechando em R$1,18/litro em março de 2018. Na comparação anual, no entanto, os preços encontram-se 12,5% abaixo do valor registrado em março de 2017.

Apesar desse aumento no preço do leite, os indicadores de relação de troca continuam piorando, sobretudo pela valorização do milho. Em março foram necessários mais litros de leite para aquisição da saca de milho. O custo de produção, medido pelo ICPLeite/Embrapa, subiu cerca de 5,3% em março de 2018, ficando 3,58% acima do valor de março de 2017.

No varejo, o grupo de leite e derivados também registrou pequena elevação em março, de 1,09%, com destaque para a alta do leite UHT, de 3,42%.

As exportações e importações brasileiras de leite e derivados continuam menores em relação ao mesmo período de 2017. O déficit comercial melhorou, recuando de 125 milhões de dólares no primeiro trimestre de 2017 para 75 milhões de dólares no mesmo trimestre de 2018.

Esses dados estão apresentados no boletim mensal de INDICADORES LEITE E DERIVADOS da Plataforma de Inteligência Intelactus. Na edição de abril de 2018, veja também que o leite em pó integral fechou março relativamente estável, no patamar de US$3.200,00 por tonelada nos mercados da Oceania e da União Européia. A publicação está disponível no site http://www.cileite.com.br/content/indicadores-leite-e-derivados-1

No site também estão disponíveis diversas informações atualizadas sobre a cadeia produtiva do leite, além de publicações como o Índice de Custo de Produção de leite da Embrapa (ICPLeite) e a Nota de Conjuntura de Mercado do Leite, de periodicidade mensal, além dos boletins com indicadores agrícolas e macroeconômicos, com atualização bimestral.

Caso tenha interesse em receber e-mails informativos com as publicações recentes (newsletter) é só se cadastrar: http://www.cileite.com.br/user/register

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A agricultura passa por profundas transformações que ocorrem em alta velocidade e impactam o mundo rural brasileiro. Para apoiar o planejamento estratégico das ações de ciência, tecnologia e inovação, a Embrapa elaborou um aprofundado estudo dos sinais e tendências relacionados ao futuro da agricultura. O conteúdo está disponível em duas versões: o estudo completo, em PDF, e uma versão digital multimídia, com textos, fotos, vídeos e infográficos. É um material rico para conhecer e realidade da agricultura brasileira e para pensar no futuro.

Acesse https://www.embrapa.br/visao

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HERÓI OU VILÃO?

Meu artigo na Revista Balde Branco deste mês

O IBGE informa que 85% da população brasileira vive nas cidades. Portanto, cada brasileiro do rural tem de alimentar a si e mais seis que estão no urbano. Grande feito, não? Mas, isso não é tudo. Hoje, a cada sete habitantes do planeta, pelo menos um consome regularmente produtos vindos dos campos brasileiros. Portanto, 31 milhões de brasileiros impactam a mesa de 1,1 bilhões de seres humanos, ou um para cada 35 terráqueos. Além disso, o campo brasileiro produz energia, como a cana de açúcar que gera o etanol, e fibras, usadas na produção de celulose e tecidos, por exemplo.

Os produtores e as empresas de produto e serviços, reunindo desde o segmento de insumos até o varejo, são classificados no conjunto como agronegócio. E esse tal de agronegócio também é importante para gerar os dólares que pagam a vinda dos mega artistas estrangeiros que fazem shows para o público urbano nas grandes cidades do Brasil, pagam direitos autorais dos filmes que assistimos, pagam a compra de equipamentos, bebidas e remédios importados. Afinal, tudo isso é pago em dólar e somente no ano passado o agronegócio trouxe para o Brasil 96 bilhões de dólares!

Há, ainda uma outra tarefa importante, que são os empregos e a renda gerados a partir do agronegócio, mas em setores que não integram o agronegócio. Isso inclui todos os setores urbanos, como serviços de saúde, beleza, construção civil e venda de veículos de passeio, por exemplo. Quem é de uma cidade menor tem a exata noção do que isso representa. Quando o agronegócio naquele município vai bem, todos ganham. O mesmo ocorre em situação inversa. Em 2017, o PIB brasileiro foi acrescido de R$ 1,5 trilhões, vindos do agronegócio.

Apesar disso, parcela significativa da população urbana tem no agronegócio um vilão, por acreditar que o agronegócio é sinônimo de destruição da natureza. Importantes segmentos formadores de opinião reproduzem este discurso, como jornalistas e artistas. Sem querer, alinham-se com o discurso de ONGs financiadas por público estrangeiro, vinculadas a nações concorrentes com o Brasil na produção de alimentos. Somos vistos como o vilão do mundo e até mesmo por aqueles que se beneficiam de sua robustez, que é a sociedade brasileira.

Mas, a Embrapa acaba de concluir que o Brasil é campeão na preservação ambiental, com mais de dois terços de seu território recoberto por vegetação nativa. Se for considerada a parte de pastagem nativas dos biomas Pantanal, Pampa, Cerrados e Caatinga, o percentual sobe para três quartos. A área total destinada à produção de milho, arroz, soja, feijão, algodão, celulose, cana de açúcar e florestas energéticas ocupa apenas 9% do Brasil. Já a área com pastagens plantadas, usada na produção de leite e carne, ocupa 13,2%.

De acordo com o estudo da Embrapa Territorial, se somarmos todo o espaço que os produtores rurais preservam dentro de suas propriedades, chegaremos a 20,5% do território brasileiro. Evidentemente, esta terra não tem uso produtivo. Mas, é preciso considerar que a legislação em vigor, mais especificamente o código Florestal, ao estabelecer preservação impositiva, leva o produtor a uma perda de valor de patrimônio, que corresponde a R$ 3,5 trilhões, ou mais do que o dobro do PIB do agronegócio em 2017. Além disso, caso os animais invadam estas áreas preservadas, sejam incendiadas ou ocorra roubo de madeira a responsabilidade é do proprietário. Então, além de desapropriado de valor patrimonial, ele é também chamado a atuar como o curador daquele patrimônio que na prática é público, em nome da sociedade. Além de doar, é obrigado a manter. Para isso, o conjunto dos produtores brasileiros despendem anualmente cerca de r$ 20 bilhões.

Tenho viajado pelo interior de alguns países, como entre Portugal, Espanha e sul da França. Entre Holanda e a Alemanha. Entre a França e a Inglaterra. No interior da Irlanda, Polônia e da República Tcheca. Em diversas partes dos Estados Unidos e no interior da China. Em nenhuma destas experiências vi situações em que a vegetação era exuberantemente preservada, como corriqueiramente vemos no Brasil em qualquer região que a gente vá. Pois, agora, esta pesquisa da Embrapa mostra que, enquanto o Brasil preserva dois terços do seu território, os demais países preservam muito menos. A média do território preservado entre os grandes países pesquisados foi de 10%. Neste percentual estão inseridas áreas de deserto ou sob neve intermitente, como o Alaska, que não serviriam à produção agropecuária, ao contrário do que se vê no Brasil. Consulte o sitio da Embrapa Territorial.

O produtor brasileiro abastece o mundo de alimentos, fibras e produtos bioenergéticos, gera emprego e renda no Brasil, traz dólares para ser usado na aquisição do que necessitamos adquirir no exterior e, além disso, é o campeão de preservação ambiental em todo o mundo. Tem seu patrimônio reduzido por uma causa coletiva, sem a devida contrapartida da sociedade. Mas é visto como o grande vilão. Quando virá o devido reconhecimento?

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O caminho do leite, série do Jornal da Band

O Jornal da Band exibiu na última semana a série "O caminho do leite", abordando história, pesquisa, inovação, consumo e outros aspectos da cadeia produtiva do leite. Abaixo os links para os vídeos. Vale a pena conferir!

1. Brasil é o quarto maior produtor mundial de leite
http://noticias.band.uol.com.br/jornaldaband/videos/ultimos-videos/16425038/brasil-e-o-quarto-maior-produtor-mundial-de-leite.html

2. Leite é o setor agropecuário que mais emprega
http://noticias.band.uol.com.br/jornaldaband/videos/ultimos-videos/16425726/leite-e-o-setor-agropecuario-que-mais-emprega.html

3. Fazendas produzem leite especial para população alérgica
http://noticias.band.uol.com.br/jornaldaband/videos/ultimos-videos/16426315/fazendas-produzem-leite-especial-para-populacao-alergica.htmlo

4. Queijo artesanal é o favorito para sobremesas
http://noticias.band.uol.com.br/jornaldaband/videos/series/o-caminho-do-leite/16426958/queijo-artesanal-e-o-favorito-para-sobremesas.html

 

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O VEGANISMO EXCLUDENTE

O texto da minha coluna na Revista Balde Branco do mês de março/2018

Paulo do Carmo Martins

Na edição do mês passado, neste espaço abordei um assunto que até então nunca tinha sido tratado nas revistas e sites brasileiros que discutem o setor de leite e derivados. O veganismo é um movimento que está em franco crescimento. Os veganos não tomam leite e nem comem carne, são contra qualquer exploração animal, significando boicote ao uso dos bichinhos na alimentação e vestuário. Além disso, os veganos estão influenciando o comportamento dos não veganos.

Neste início do ano decidi me isolar, voltar no tempo. Fui para Cuba, onde o acesso à internet é precaríssimo. Já tinha estado lá em 2005, numa missão do Governo Brasileiro, quando percorri o interior e conheci Havana, a capital. Mas, em viagens assim a gente não consegue sentir o que é o país. Agora, indo como turista, eu resolvi me hospedar com a minha família na casa de uma família cubana. Queria entender e sentir o dia-a-dia de um cubano. O café da manhã que nos serviram era muito superior ao que a família tomava. Mas, mesmo assim, inferior ao que temos aqui, nas pensões. Parecido com o que tínhamos nos anos setenta no Brasil. O mamão era daqueles sem cor e sem sabor. Mamão selvagem. O abacaxi, quase pedi açúcar para adoçá-lo. Abacaxi selvagem. O pão era muito bom. Feito em padarias estatais, com trigo totalmente importado, tecnologia moderna. Ah! Proteína animal? Ora... isso não se consome no café da manhã! E praticamente também não, nas demais refeições. Carne vermelha, frango e peixe...pratos raríssimos.

Ovo de galinha é tão importante, que é comum eles levarem uma cartela para casa como um troféu, desfilando pelas ruas. E esta é uma grande mudança que vi de 2005. Ovo em abundância. Quando o avião descia, pela janela do avião, vi muitas granjas no entorno de Havana, produzindo com soja e o milho vindos do Brasil. Novidade! Pois, eu pensei que seria muito interessante se os veganos vivessem numa sociedade à moda cubana de hoje ou do Brasil dos anos 70, ou seja, sem acesso à alimentos em abundância, uma conquista que a Embrapa e as universidades moldaram, ao tropicalizarem plantas e animais, por meio da pesquisa.

O fato é que a ciência brasileira está incorporando práticas de respeito aos animais. Cada vez mais nos valemos de simulações feitas em modelos computacionais, ao contrário do passado, quando tudo era testado diretamente nos animais. Além disso, nenhuma atividade de ensino ou pesquisa no Brasil é conduzida, sem que seja previamente aprovada pelas CEUAs das instituições, ou seja, as Comissões de Ética no Uso de Animais, onde tem acento sempre pessoas que os representam, como a Sociedade Protetora dos Animais. Por outro lado, a ciência brasileira tem oferecido soluções aos produtores, que não somente melhoram as condições de cria e recria dos animais. Este é o caso da chamada ILPF - Integração Lavoura, Pecuária e Floresta. Deixemos de lado aqui os ganhos financeiros com a produção integrada, que viabiliza receitas com vendas de grãos, de carne ou leite e de madeira, em momentos diferentes, fortalecendo o fluxo de caixa do empreendimento rural. Fiquemos apenas na questão do conforto que os animais passam a ter, ao serem criados soltos, comendo capim, que é a sua alimentação natural, debaixo de uma imensa sombra, e com água fresca.

As instituições brasileiras têm simulado situações em que variam temperatura e umidade, buscando entender como estas variáveis interferem no desempenho dos animais. E os resultados são claros. Quanto mais são confortáveis as condições em que os animais são manejados, melhores são os indicadores zootécnicos e econômicos. Por outro lado, com avanços ainda iniciais, possibilitados pela instalação de sensores nos ambientes e nos animais, é possível monitorar o comportamento animal, desde o seu nascimento até a sua fase reprodutiva. Estes sensores geram uma imensidão de dados e que, ao serem trabalhados, começam a nos dizer o que os animais sentem e querem. Isso mesmo! Os dados permitem que se estabeleça um diálogo com os animais, possibilitando prever se vai entrar em cio ou num processo doentio, evitável com procedimentos profiláticos.

Abolição da terceira ordenha, supressão da ocitocina, adoção de compost barn e sistemas integrados, redução da ação de patógenos e uso de medicamentos, transformação de dejetos em fertirrigação, tudo isso são práticas cada vez mais adotadas nas fazendas. A ciência tem aprendido a manejar os animais de acordo com os valores da natureza e isso tem levado a ganhos para produtores, indústria e consumidores. Mais que isso, foi pela ciência que conseguimos gerar excedente alimentar e combater a primeira necessidade humana, que é comer. Isso democratizou o acesso ao alimento. Toda prática que não pode ser universalizada é elitista, é excludente, não democrática. Respeito o veganismo. Mas, como dar acesso ao alimento a todos, se todos forem veganos? Conseguiríamos alimentar a todos? Seríamos mais felizes? Os cubanos, próximos do veganismo por falta de opção, certamente diriam que não!

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NA ERA DA BIOECONOMIA - mantenho um quadro semanal na CBN Juiz de Fora, onde trato de assuntos relacionados à bioeconomia. A discórdia entre produtores de sementes e produtores de commodities no Brasil pode impactar a a produção de insumos para leite e carne. Saiba por quê, ouvindo minha participaçao hoje na CBN, clicando no link a seguir: https://tribunademinas.com.br/…/discordia-entre-produtores-…   9846970077?profile=original

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A Embrapa, Unipasto e Emater-MG realizarão o Dia de Campo com novidades sobre as novas cultivares de Brachiaria e Panicum para sistemas intensivos de produção de leite.

Será dia 05/04/2018 em Coronel Pacheco/MG

Informações:
e-mail: cnpgl.nuttec@embrapa.br
Tel.: (32) 3311-7500 e (32) 3311/7562

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Dez erros para não cometer na ILPF

9846965067?profile=originalOs sistemas integrados de produção agropecuária, como a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) trazem benefícios agronômicos, ambientais, sociais e econômicos para os produtores. Entretanto, por serem mais complexos, exigem também maior atenção e mais cuidados.

Atualmente, mais de 11,5 milhões de hectares no Brasil já são cultivados com alguma configuração de ILPF. O aumento constante na adoção demonstra um domínio da tecnologia cada vez maior por parte dos produtores.

Entretanto, as experiências já existentes mostram alguns erros que podem ser evitados por quem está começando a trabalhar com a integração.

Confira abaixo alguns desses erros e veja como fazer para não cometê-los.

1 – Não estudar o mercado anteriormente

O ingresso na ILPF, assim como em qualquer atividade produtiva, deve ser feito pautado em estudo prévio de mercado. É preciso saber de antemão se há logística para a chegada de insumos e escoamento da produção, se há fornecimento local de mão-de-obra e de serviços que serão demandados e, principalmente, para quem irá comercializar a produção.

A falta desse estudo prévio pode resultar em dor de cabeça e prejuízos para o produtor.

“A escolha da espécie tem que ser feita de acordo com o mercado. Você vai ter para quem vender? E isso não vale só para árvores. Estou falando de tudo. Não é em qualquer lugar que você pode plantar soja, por exemplo. Tem que ter uma logística, armazenamento, comercialização”, explica o analista do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária, Miqueias Michetti.

Em alguns casos, a própria fazenda pode absorver parte da produção. É o caso dos grãos usados em um sistema de confinamento ou semi-confinamento, ou da madeira usada como lenha no secador de grãos ou como lascas para as cercas. Ainda assim, é preciso usar a quantidade certa para evitar excedente do produto sem saída comercial.

2 – Erro na implantação e manejo do consórcio de milho com capim

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Uma estratégia muito utilizada na integração lavoura-pecuária é o consórcio de milho com capim, principalmente as braquiárias. Com essa técnica, o produtor ganha tempo, aproveita melhor o período chuvoso e mantém o solo sempre protegido.

Porém, a implantação e o manejo do consórcio são feitos de acordo com o objetivo do produtor. Se o capim for usado somente como palhada, usa-se menor quantidade de sementes da forrageira e prioriza-se o milho. Já se o objetivo é a formação de uma pastagem após a colheita do grão, aumenta-se a quantidade de sementes da forrageira.

De acordo com a pesquisadora da Embrapa Fernanda Ikeda, não fazer o correto planejamento da implantação do consórcio em função do objetivo final pode implicar em aumento de custos para o produtor e em queda no rendimento.

Se o número de sementes é elevado numa lavoura que prioriza a produção de milho, a competição com o capim pode levar à menor produtividade do grão.

O uso de espaçamentos maiores na lavoura de milho também pode favorecer o crescimento do capim, levando à necessidade de uma supressão desse crescimento com uso de herbicidas. Consequentemente, aumenta-se o custo de produção.

Outro erro que pode ser cometido é o uso de doses inadequadas de herbicida para controlar plantas daninhas na lavoura levar á morte do capim. Nesse caso, perde-se não só o investimento no consórcio como também o todo o resultado benéfico esperado.

3 – Não deixar palhada para a lavoura

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Uma atitude comum dos produtores em um sistema de integração lavoura-pecuária é a de aumentar a lotação das pastagens no fim do período seco para baixar o capim antes de ser dessecado para o plantio da lavoura.

Entretanto, é preciso cuidado para que o excesso de pastejo não reduza o capim de modo a deixar palhada insuficiente para cobertura do solo na cultura agrícola.

O pesquisador da Embrapa Eduardo Matos explica que pesquisas mostraram que em alguns casos, o pastejo excessivo chegou a reduzir o estoque de matéria orgânica no solo, ou seja, teve o efeito inverso ao desejado na ILP.

De acordo com ele, para que haja acúmulo de matéria orgânica no solo e que a palhada exerça sua função protetora, o ideal é que o produtor retire os animais 30 a 40 dias antes da semeadura, permitindo a rebrota antes da dessecagem.

4 – Regulagem da plantadeira

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Em um sistema de ILP, o ideal é que se tenha uma palhada uniforme e robusta para que se obtenha o melhor resultado de cobertura e acúmulo de matéria orgânica. Porém, é preciso ficar atento à regulagem de plantadeira.

Uma plantadeira desregulada pode depositar as sementes no meio da palha e não no solo, causando falhas no plantio e perdas para o produtor.

Dessa forma, é preciso ficar atendo à altura de profundidade do disco de corte, regulando a máquina corretamente para a quantidade de palhada na lavoura.

5 – Falta de adubação na pastagem

Em um sistema de integração lavoura-pecuária, a pastagem retorna ao sistema aproveitando o resíduo da adubação da lavoura que o precedeu. Entretanto é preciso que durante o período em que a pecuária ocupe a área, seja feita a adubação de manutenção. Essa prática ajudará a manter a fertilidade do solo, aumentará a produtividade da pecuária, garantirá maior acúmulo de matéria orgânica no solo e evitará a compactação.

Fazendo isso, ao retornar com a agricultura ao sistema produtivo, o solo estará em boas condições, não necessitando grandes intervenções antes da semeadura.

Uma possível economia com adubação da pastagem poderá sair resultar em maiores gastos no retorno da lavoura.

6 – Superlotação das pastagens

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Da mesma forma que a falta de adubação de manutenção, a superlotação das pastagens é um erro em um sistema de integração lavoura-pecuária ou no sistema silvipastoril (IPF).

O pastejo excessivo pode provocar a redução da quantidade de plantas da forrageira. Com isso, o solo fica exposto, aumenta a incidência de plantas daninhas e começa um processo de degradação da pastagem. Como consequência, além de ter menor quantidade de palhada para a agricultura, a recuperação do solo pode implicar em maiores custos para o produtor.

Em um sistema de integração pecuária-floresta, a número excessivo de animais pode, além de causar a degradação da pastagem, provocar danos nas árvores. O estresse e a competitividade por alimentos podem levar o gado predar o tronco. Além de estragar a madeira, um possível anelamento do caule provoca a morte da árvore.

7 – Espaçamento da espécie florestal

9846967688?profile=originalA escolha errada do espaçamento entre os renques com espécies florestais em sistemas ILPF pode colocar todo o sistema em risco. Para isso, é preciso estudar antecipadamente o perfil de crescimento da árvore e o comportamento da copa, levar em consideração o objetivo com o sistema produtivo e então definir o melhor espaçamento.

Pesquisas e experiências de quem já vem usando o sistema mostram que espaçamentos menores do que 20 metros obstruem muito a entrada de luz no sistema, prejudicando o crescimento da lavoura ou da planta forrageira.

Algumas árvores com copas mais largas demandam espaçamento ainda maior, a partir de 30 metros. É o caso de nativas como o pau-de-balsa e o paricá.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Jorge Lulu, na comparação entre dois sistemas com eucalipto, um com espaçamento de 50 metros e outro de 15 metros, observou-se uma redução de até 37% na incidência de raios solares.

Longas distâncias, entretanto, apesar de ainda garantirem a sombra para o gado, reduzem o efeito da interação entre os componentes, como a ciclagem de nutrientes, por exemplo.

Outro fator relevante é o número de linhas em cada renque. Dependendo do objetivo de uso da madeira, renques com mais de uma linha podem não ser boa ideia.

Para uso em serraria, a linha simples tem se mostrado como a melhor alternativa, pois garante o crescimento ereto das árvores. Em linhas duplas e nas linhas externas de renques com linhas triplas, as plantas crescem tortas em busca de luz solar, reduzindo o valor da madeira.

8 – Deriva de herbicidas nas árvores

Ao se cultivar lavoura entre renques de árvores, é preciso cuidado especial com a pulverização de herbicidas. Qualquer descuido pode provocar a deriva nas espécies florestais causando danos ao seu crescimento, brotação excessiva, bifurcação de tronco ou até mesmo levando à morte de plantas jovens.

O engenheiro florestal da Embrapa Diego Antonio alerta que para evitar que esses problemas ocorram, a pulverização deve ser feita em dias sem vento e com temperaturas mais amenas, em baixa velocidade e utilizando bicos anti-deriva nas pontas da barra de pulverização.

Outra medida eficiente é deixar uma faixa de 1m a 1,5 m entre a lavoura e a linha de árvores.

9 – Descuido no manejo da espécie florestal

9846967877?profile=originalA economia evitando operações de manejo nas espécies florestais, como poda, desrama, combate à formigas e capina podem sair caro para o produtor no momento de comercializar o produto. O manejo inadequado durante a fase de crescimento da planta tem impacto direto no crescimento e na formação do fuste da árvore.

Uma árvore com tronco bifurcado, cheia de nós e com outros danos perde valor comercial. Na maioria dos casos essa perda chega a ser muito maior do que as despesas evitadas nos anos anteriores.

“Se você gastar mais no começo, a garantia de ter um bom resultado final é muito maior. Deixar de gastar com certos manejos no processo faz com que seu produto valha muito menos no final”, afirma a consultora da Rede ILPF Mariana Takahashi.

10 – Não existe um modelo ideal

Cada sistema de integração é particular. Não existe um modelo que vá se ajustar a todas as propriedades, mesmo que tenham perfil semelhante.

Para adotar qualquer configuração de sistema ILPF é preciso um estudo prévio, avaliar a aptidão do produtor, maquinário disponível, características da propriedade, disponibilidade de mão-de-obra, mercado local, logística, disponibilidade de crédito, entre outros fatores.

Dessa forma, a estratégia adotada em uma fazenda pode não ser a melhor para a propriedade vizinha.

O melhor a se fazer é contar com auxílio de um consultor técnico para se fazer um bom planejamento e evitar surpresas no futuro.

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Gabriel Faria (MTB 15.624 MG JP)
Embrapa Agrossilvipastoril
agrossilvipastoril.imprensa@embrapa.br
Telefone: 66 3211-4227

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

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A Plataforma de Inteligência Intelactus apresenta o boletim mensal de INDICADORES LEITE E DERIVADOS. Confira na edição de março os seguintes destaques:
 
Após oito quedas consecutivas, iniciadas em junho de 2017, o preço do leite pago ao produtor subiu no último mês. O valor pago, na média nacional, de R$1,12, foi 2,99% maior que o registrado em janeiro. Dentre os sete Estados analisados, apenas a Bahia apresentou redução na comparação mensal. Em relação a fevereiro de 2018, a média nacional ainda está 15,28% inferior, em termos nominais.
 
Apesar desse aumento no preço do leite, nos indicadores de relação de troca, a situação continua complicada para o produtor. Com os aumentos nos preços do milho e do farelo de soja, em fevereiro foram necessários mais litros de leite para aquisição desses insumos. A relação de troca para compra de ração está 21,23% pior para o pecuarista em relação ao mesmo mês de 2017. Apesar disso, o custo de produção, medido pelo ICPLeite/Embrapa, reduziu, fechando fevereiro com queda de 0,63% em relação ao mês anterior e de 2,56% na comparação anual.
 
No varejo, os preços do leite UHT e da manteiga registraram pequeno aumento (0,16% e 0,05%, respectivamente), enquanto que o leite condensado, leite em pó, queijo e creme de leite tiveram queda para o consumidor em fevereiro. Em relação a fevereiro de 2017, apenas creme de leite, iogurte e manteiga estão com preços mais elevados, enquanto que os demais grupos analisados estão com preços menores.
 
As exportações e importações brasileiras de leite e derivados continuam menores em relação ao mesmo período de 2017, com queda de 57,8% nas exportações e de 38% nas importações. No acumulado dos dois primeiros meses de 2018, o saldo da balança comercial está negativo em US$52,3 milhões.
 
Esses dados estão apresentados no boletim mensal de INDICADORES LEITE E DERIVADOS da Plataforma de Inteligência Intelactus. Na edição de março de 2018, veja também que o leite em pó integral fechou fevereiro em US$3.200,00 por tonelada nos mercados da Oceania e da União Europeia. A publicação está disponível no site http://www.cileite.com.br/content/indicadores-leite-e-derivados-1

No site também estão disponíveis diversas informações atualizadas sobre a cadeia produtiva do leite, além de publicações como o Índice de Custo de Produção de leite da Embrapa (ICPLeite) e a Nota de Conjuntura de Mercado do Leite, de periodicidade mensal, além dos boletins com indicadores agrícolas e macroeconômicos, com atualização bimestral.

Caso tenha interesse em receber e-mails informativos com as publicações recentes (newsletter) é só se cadastrar: http://www.cileite.com.br/user/register

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Em fevereiro de 2018, produzir leite ficou mais barato, segundo o indicador de custo de produção ICPLeite / Embrapa. Após o aumento no custo registrado em janeiro, o índice recuou 0,63% no último mês, em relação ao mês anterior. Dos grupos que compõem o ICPLeite, “produção e compra de volumosos” foi o único responsável pela redução no custo, visto que todos os demais grupos aumentaram ou ficaram estáveis na comparação com o mês anterior.

No acumulado de doze meses, o custo de produção de leite recuou 2,56%. Esse resultado foi fruto da expressiva queda nos preços do concentrado, de 8,82%, ocorrida principalmente no primeiro semestre de 2017, sendo esse grupo o de maior peso na composição do índice de custo.

Mais detalhes sobre essas variações por períodos e por grupos, bem como a metodologia de cálculo, estão disponíveis na publicação ICPLeite / Embrapa da Plataforma de Inteligência Intelactus em sua edição de fevereiro de 2018, que pode ser acessada no site: http://www.cileite.com.br/content/%C3%ADndice-de-custo-de-produ%C3%A7%C3%A3o-de-leite-4

Caso tenha interesse em mais informações atualizadas sobre o mercado do leite não deixe de acessar o site do Centro de Inteligência do Leite. Para receber e-mails informativos com as publicações recentes (newsletter) do Centro de Inteligência é só se cadastrar: http://www.cileite.com.br/user/register

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A Embrapa Pecuária Sudeste convida todos a participarem do V Simpósio de Produção Animal e Recursos Hídricos que acontece na cidade de São Carlos-SP de 14 a 15 de março.

O SPARH é o único evento no Brasil e um dos poucos do mundo que trata da temática água e produção animal, portanto uma oportunidade única de ter informações e conhecimentos de temática fundamental para as produções animais.

O objetivo do evento é possibilitar a profissionais e estudantes atualização, vivência de experiências e novos conhecimentos sobre as principais questões produtivas, ambientais, sociais e econômicas relacionadas ao consumo de água na agropecuária.

Nesta edição, especialistas do Brasil, Argentina e México vão apresentar a abordagem de cálculo da pegada hídrica para a produção de leite de seus respectivos países, demonstrando como esse indicador pode auxiliar na gestão do recurso.

Palestrantes também abordarão os temas de reuso de água e efluentes, uso de antibióticos e saúde humana e ambiental, uso dos resíduos como fertilizante, análise de ciclo de vida e balanço de materiais em produção animal.

Será um prazer recebê-los no V SPARH!

Mais informações e inscrições em  https://www.embrapa.br/pecuaria-sudeste/vsparh

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O custo de produção do leite aumentou e o preço do leite pago ao produtor caiu em janeiro de 2018, na comparação mensal. Com isso, a relação de troca leite/ração piorou para o produtor. No atacado, o leite UHT também registrou nova queda em janeiro, fechando a R$1,85 por litro. Nesse cenário, de preços baixos e margens apertadas, a oferta brasileira de leite deve desacelerar nesse primeiro semestre de 2018.

Um alento para a cadeia é a sinalização de recuperação do preço do leite UHT no mercado de São Paulo ao longo de fevereiro, o que abre espaço para algum aumento de preços ao produtor nos próximos meses.

Pelo lado do consumo, a expectativa positiva está ancorada na melhora de um conjunto de indicadores macroeconômicos, como o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) e a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) que estão crescendo de forma contínua nos últimos meses. O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) e o Índice de Vendas dos Supermercados (ABRAS) também registraram aumento em 2017, na comparação anual. Assim, espera-se que essa evolução, ainda que lenta na economia, reflita positivamente nas vendas de derivados lácteos em 2018.

Confira essa análise completa com mais detalhes na NOTA DE CONJUNTURA da Plataforma de Inteligência Intelactus em sua edição de fevereiro de 2018 que também apresenta a recente valorização das cotações internacionais do leite.

A publicação está disponível no site do Centro de Inteligência do Leite em http://www.cileite.com.br/content/nota-conjuntura

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