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  • O aumento do trânsito de bovinos entre propriedades ou entre regiões, provavelmente contribui para a disseminação e aumento da tripanossomose no Brasil. Portanto, sua ocorrência é sempre maior em propriedades que compram animais de procedência desconhecida. Este problema se agrava quando vetores hematófagos (moscas) picam bovinos infectados de uma determinada propriedade e, posteriormente, picam animais de rebanhos vizinhos.  Quando isto acontece, a doença pode ser transmitida para os animais que foram picados.
  • A contaminação também ocorre através do uso de agulhas contaminadas com sangue de bovinos doentes. Isto ocorre com mais frequência durante a época de vacinação, quando usam a mesma agulha em vários animais; também quando fazem uso contínuo e, cada vez mais frequente de ocitocina, para promover a descida do leite. Este último tem sido responsável por muitos casos da doença em rebanhos bovinos.

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Obs.: as moscas Stomoxys calcitrans, transmissoras da tripanossomose, depositam seus ovos em material orgânico e nos resíduos de álcool e de açúcar das usinas. Portanto, seu desenvolvimento é maior em propriedades localizadas nas proximidades das usinas ou com grande acúmulo de esterco.  

Saiba mais…

9847004283?profile=originalA tripanossomose ou tripanossomíase bovina é uma doença causada por
um protozoário, o Tripanossoma vivax, hemoparasita que vive no sangue
dos bovinos e, normalmente é transmitido por moscas que se alimentam de
sangue e por agulhas contaminadas. No Brasil surtos estão sendo
identificados no sudeste e em outras regiões e preocupado produtores, pois
as perdas são muitas, principalmente devido a morte de animais. O bovino
doente apresenta anemia, febre, falta de apetite e, consequentemente,
emagrecimento, fraqueza, podendo entre outros sintomas apresentar aborto,
hemorragias e, em muitos rebanhos, ocorre a morte de animais doentes
num curto espaço de tempo. Um grande problema relacionado à
tripanossomose é que os sintomas clínicos dos animais doentes são muito
semelhantes aos da tristeza parasitária (Babesiose e Anaplasmose) bovina.
Assim, os animais são medicados como se estivessem com esta outra
enfermidade e com a mesma dosagem do medicamento recomendado
principalmente para babesiose.


Principais prejuízos ocasionados pela tripanossomose


Redução ou interrupção da produção de leite; perda devido à mortalidade
de animais; perda de peso; perdas devido a problemas de reprodução;
gastos com exames de laboratório; despesas com serviços veterinários;
gastos com medicamentos para tratamento e recuperação dos animais
doentes, entre vários outros.

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Realizada pelo Centro de Tecnologias para Raças Zebuínas Leiteiras (CTZL) da Embrapa Cerrados (DF), em parceria com a Associação dos Criadores de Zebu do Planalto (ACZP), a 4ª Prova Brasileira de Produção de Leite a Pasto do Zebu Leiteiro teve os resultados apresentados no dia 16 de setembro, por meio de conferência com os participantes pela internet. 

prova zootécnica teve como objetivo identificar, em um grupo de animais contemporâneos, matrizes que, em 305 dias de lactação em pasto rotacionado com suplementação, se destacarem nos atributos de interesse econômico: produção de leite, reprodução, idade ao parto, qualidade do leite, persistência de lactação e na avaliação morfológica, comprovando assim o potencial genético para a produção de leite a pasto em ambiente de Cerrado do Brasil Central. Assista ao vídeo de apresentação do CTZL e da prova.

Realizada entre novembro de 2018 e dezembro de 2019, a prova contou com a participação de 13 novilhas da raça Gir Leiteiro de nove criatórios do Distrito Federal e de Goiás, nascidas entre julho de 2014 e setembro de 2016. A divulgação dos resultados havia sido adiada em função da pandemia do novo coronavírus.

Metodologia

A pesquisadora Isabel Ferreira apresentou a metodologia utilizada na condução da prova, que teve duração de 13 meses, sendo dois (novembro e dezembro de 2018) de adaptação dos animais e 11 de mensuração da lactação. Os partos ocorreram em janeiro e fevereiro de 2019, sendo então mensurada toda a lactação.

Durante a prova, as novilhas são mantidas em uma área de 13 hectares com pastagem de Brachiaria brizantha BRS Piatã, em dois módulos de oito piquetes de 0,7 hectares cada. “Nesses módulos, fazemos o manejo rotacionado. A cada dois dias, os animais da prova permanecem em pastejo no lote ponta e os demais animais do CTZL fazem o repasse para ajuste de altura do pós-pastejo. Iniciamos com a forragem na altura de 30 e 35 cm e, na saída de pós-pastejo, de 15 cm”, explicou Isabel.

A pesquisadora detalhou o manejo alimentar dos animais na fase de adaptação (capim BRS Piatã e 2 kg de concentrado) e após o parto (volumoso, concentrado, sal mineral e água à vontade); e o manejo nutricional e sanitário dos bezerros. Para a avaliação da produção e a qualidade do leite, as novilhas foram ordenhadas mecanicamente duas vezes ao dia com a presença do bezerro ao pé, sem o uso de ocitocina ou outros medicamentos e fármacos para indução da lactação. 

Segundo a pesquisadora, o controle leiteiro foi realizado mensalmente, conforme as normas do PMGZ Leite, da ABCZ: “Uma vez ao mês, o leite era pesado, sendo que as vacas eram secadas no dia anterior. Uma amostra era retirada para análise da composição do leite, com teores de gordura, proteína e sólidos, e da qualidade, com a contagem de células somáticas”. As amostras foram encaminhadas ao laboratório de qualidade do leite da Universidade Federal de Goiás.

Por meio de análise laboratorial, as novilhas foram genotipadas para os alelos A1 e A2 da proteína do leite beta-caseína. Segundo estudos médicos, a beta-caseína A2 é menos alergênica para o ser humano que a variante A1. Também foi analisada a persistência da lactação, que é o cálculo da porcentagem média de manutenção da produção de leite após o pico. “Esta é uma característica interessante e que buscamos melhorar nos animais zebuínos: alta produção de leite e manutenção da produção após o pico da lactação”, apontou Isabel.

Isabel também falou sobre o manejo da reprodução (os animais pariram no CTZL), da sanidade e da conformação animal, este último realizado pelo técnico Fábio Mizziara, da ABCZ, e que obedeceu a uma pontuação para aparência geral (20 pontos); forma, volume e tetos do úbere (30); garupa (15); tórax (15); aprumos (10) e características raciais (10), totalizando 100 pontos.

A partir das avaliações, foi calculado, para cada animal, o índice fenotípico geral, que pondera dos principais fatores de importância econômica para uma novilha de características equilibradas. Dessa forma, as características e respectivos pesos que compõem o índice são a produção de leite (40%); a reprodução (15%), na qual se avalia o intervalo de tempo entre o parto e a próxima concepção; a idade ao parto (5%), que verifica a precocidade do animal; teor de gordura no leite (5%) e teor de proteína no leite (5%), componentes sólidos remunerados pelos laticínios; escore de células somáticas do leite(5%), sendo que quanto menor o número, melhor é a qualidade; conformação racial do animal (10%); e persistência da lactação (15%).

Os animais melhor colocados foram classificados em elite (pontuação acima de 50% além da média do grupo, considerando o valor de 100%) e superior (pontuação até 50% acima da média do grupo).

Resultados

O superintendente técnico da ACZP, Marcelo Toledo, detalhou os resultados de cada novilha participante da prova. Ele agradeceu à participação dos criadores: “É extremamente importante ter o apoio dos produtores para que consigamos dar sequência a este trabalho”, ressaltou.

Dos 13 animais inscritos, 11 se classificaram. Toledo mostrou as tabelas com a classificação dos animais em cada um dos fatores que compõem o índice fenotípico geral. Também mostrou uma tabela com a bonificação para teores de gordura e proteína e para contagem de células somáticas do leite com base na remuneração estipulada pela Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (CCPR) para a produção do leite durante a lactação em 2016, com valores corrigidos pelo IGP-M para dezembro de 2019.

Na genotipagem dos animais para os alelos A1 e A2 da beta-caseína, 10 novilhas foram identificadas com genótipo homozigoto A2A2, o que significa produção de leite A2, menos alergênico. Somente a novilha Aroeira (Registro Genealógico Definitivo ALDF 154) é A1A2.

O pesquisador Carlos Frederico Martins, coordenador da prova, apresentou a classificação final dos animais pelo índice fenotípico. Ele informou que, a partir dos resultados obtidos nesta edição da prova, foi gerado um documento técnico. 

A grande vencedora foi a novilha Laranja (AAPO 142), do criador Anselmo José de Azevedo, do Distrito Federal, que com o índice fenotípico geral de 172,5% foi classificada como elite. Laranja também foi primeira colocada nos fatores conformação racial (18,2% acima da média) e produção de leite (3.913,5 kg durante os 305 dias de lactação, 75,9% acima da média do grupo), sendo a remuneração com bonificação da produção durante a lactação estimada em R$ 4.990,67 para dezembro de 2019. A segunda colocada foi Caiana (HNC 605), de Hamilton de Carvalho, produtor em Luziânia (GO), com índice de 154,7%, também classificada como elite. 

Outras quatro novilhas obtiveram índice fenotípico geral entre 100 e 150% e foram classificadas como superiores: PH Emília (PHPO 602), de Paulo Horta Barboza da Silva (DF), com 122%; Babilônia (HC 566), com 110,8% e Brahma (HC 596), com 107,5%, ambas de Hamilton de Carvalho; e Omala (ZIP 512), de Emilio de Castro (Uruana, GO), com 102,1%.

Martins reforçou o convite aos criadores para participarem da 6ª Prova Brasileira de Produção a Pasto do Zebu Leiteiro do CTZL, que começará a receber os animais participantes no dia 26 de outubro, e salientou os benefícios da prova zootécnica. “Nesta edição, teremos a predição genômica para a produção de leite e idade ao primeiro parto pela ABCGIL, além da possibilidade de leilão virtual das fêmeas melhor classificadas por meio da parceria com a ACZP”, informou. 

O pesquisador pediu apoio aos criadores para o fortalecimento da prova: “As provas são realizadas para os criadores, assim como as informações geradas. Nosso trabalho é reforçado se vocês participam, se envolvem e enviam seus animais. Quanto mais animais, mais informações podemos obter de forma científica para que vocês possam utilizar os resultados para os seus sistemas de criação”, finalizou.

Criadores comemoram

Dono da novilha vencedora da 4ª edição, Anselmo José de Azevedo revelou orgulho de falar sobre a prova, da qual foi um dos incentivadores. “Considero-a de extrema importância para a seleção do zebu no Brasil, especialmente do Gir Leiteiro, que é a raça que crio. Os animais são submetidos ao manejo nutricional e de ordenha padronizado e são provados junto com outros animais de grandes criatórios do País, havendo uma grande pressão de seleção, que nos ajuda demais em nossa seleção em casa”.

“A prova é importantíssima para nós, criadores, melhor selecionarmos nossos animais em regime de pasto em nossas propriedades”, disse Hamilton de Carvalho, que cria Gir Leiteiro e Girolando a pasto. Já para Emílio de Castro, a prova no CTZL veio a calhar. “Era tudo o que eu esperava para tirar dúvidas sobre o desempenho dos meus animais em relação a outros, em condições de manejo comuns nas fazendas de produção de leite, sem artificialismos. Os resultados me mostram que não estou muito distante, que meu programa (de seleção) é válido. Sinto-me estimulado a continuar”, afirmou.

Produtor pioneiro na seleção genética da raça Gir Leiteiro no Distrito Federal, Paulo Horta, saudou os realizadores e os participantes pelo sucesso da prova, destacando sua importância. “Esta é a verdadeira avaliação do Gir que, sendo raça zebuína, tem que ser utilizado no que é importante em nossa região intertropical, com produção a pasto e avaliação dos animais mais completos, permitindo cruzamentos para obter Girolando e Girsey de melhor qualidade”, afirmou.

Parceria

A prova contou com a parceria da Belo Arames e da Associação para o Fomento à Pesquisa de Melhoramento de Forrageiras (Unipasto), e do apoio da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), da Associação Brasileira dos Criadores de Sindi (ABC Sindi), da Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro (ABCGIL), da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), da Universidade de Brasília, da Universidade Federal de Goiás, da Emater-DF, do Sindicato dos Criadores de Bovinos, Bubalinos e Equídeos do Distrito Federal, da Federação da Agricultura e Pecuária do Distrito Federal, da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal e da Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba (Emepa – Gestão Unificada).

O chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Cerrados, Carlos Eduardo Santos, ressaltou a importância da prova, cuja quinta edição está em realização e a sexta já está recebendo inscrições de animais. Ele também destacou a parceria com a ACZP e demais associações de criadores, o que tem viabilizado a execução das provas. “Isso mostra que esse elo da cadeia produtiva, dos produtores organizados, é capaz de produzir benefícios para toda a cadeia”, afirmou, agradecendo também ao apoio das demais instituições e empresas. “Mas o grande parceiro é o produtor rural, que traz a sua demanda, participa e contribui para os resultados”, finalizou, cumprimentando os criadores participantes da prova.

Marcelo Toledo representou o presidente da ACZP, Franco Couto de Oliveira. Ele agradeceu à Embrapa pela oportunidade de manter a parceria há quase seis anos, bem como aos criadores de raças zebuínas de aptidão leiteira participantes da prova. “É uma honra muito grande poder fazer parte desse processo, dada a importância dos resultados produzidos no CTZL em termos de evolução da pecuária de produção de leite a pasto”, afirmou.

Claudio Karia, chefe-geral da Unidade, salientou que a apresentação dos resultados da prova não poderia deixar de ser realizada, devido à importância do trabalho. “É uma parceria público-privada com todos os atores dos segmentos comercial, da produção, das associações. Dessa forma, conseguimos captar as necessidades dos produtores e resolver ou minimizar muitos dos problemas por meio do conhecimento científico, que é o nosso negócio”, disse.

Karia lembrou que a prova realizada no CTZL é uma das poucas no País que trabalha com lactação completa dos animais, em sistema a pasto de Integração Lavoura-Pecuária. “Os resultados são idôneos, isentos. Procuramos ter o máximo de cuidado na aquisição e na análise dos dados”, apontou. 

Prestes a deixar a chefia da Unidade, ele agradeceu aos realizadores, participantes e parceiros da prova e pediu a continuidade do apoio para fortalecer a pecuária do Cerrado. “Sem o apoio de todos, não conseguiríamos realizar todas essas provas. Peço que continuem nos apoiando e, também, nos cobrando soluções e mostrando quais são, de fato, os problemas para que possamos captá-los e repassar as soluções aos produtores. Se forem temas novos, que os coloquemos em nossa programação e façamos a pesquisa, se possível, junto com vocês para trazer as soluções mais adequadas para todos”, concluiu, parabenizando os vencedores da prova.

Breno Lobato (MTb 9417-MG)

Embrapa Cerrados

Contatos para a imprensa

Telefone: (61) 3388-9945

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Novidade CILeite: Leite em Mapas

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O Centro de Inteligência do Leite acaba de disponibilizar mapas de densidade de produção de leite e de vacas ordenhadas para o Brasil e todos os Estados da Federação.

Os mapas mostram a evolução da produção e do rebanho por km2 em todo o território nacional de 1990 a 2018.

Acesse o site e selecione as opções para gerar os mapas de seu interesse. No site também estão disponíveis os mapas de produção de leite, rebanho e produtividade por municípios.

Link para o site: https://www.cileite.com.br/content/leite-mapas

Informativo periódico de divulgação de publicações técnicas do Centro de Inteligência do Leite - CILeite.
Equipe: Alziro Carneiro, Denis Teixeira, Fábio Diniz, Glauco Carvalho, João César de Resende, José Luiz Bellini, Kennya Siqueira, Lorildo Stock, Manuela Lana, Marcos Hott, Paulo Martins, Ricardo Andrade, Samuel Oliveira, Walter Magalhães Júnior.
O conteúdo do CILeite pode ser reproduzido, desde que seja citada a fonte da publicação.

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A terceira edição do Ideas for Milk Lives, realizada nesta terça-feira (22/9), abordou a importância do investimento das propriedades leiteiras em tecnologias digitais e como transformá-las em fazendas 4.0. O programa reuniu o chefe de transferência de tecnologia da Embrapa Gado de Leite, Bruno Carvalho; o gerente de produção animal da Cooperativa Agropecuária e Industrial (Cotrijal), Renne Granato e o professor da Universidade de Kentucky (EUA), João Henrique Costa. As discussões foram moderadas pelo jornalista Altair Albuquerque, da empresa Texto Comunicação.

Durante a transmissão, a live recebeu acessos de 10 estados brasileiros. Após sua exibição o programa atingiu cerca de 1400 acessos em 13 horas, algo em torno de um acesso a cada 34 segundos, incluindo visualizações da Argentina e de Angola. Durante esse tempo somou 134 likes. O Idea for Milk Lives faz parte do movimento Idea for Milk, que engloba as caravanas 4.0, o Vacathon e o desafio de starups. As lives acontecem sempre às terças feiras às 17h, com temas originais, abordados de maneira inusitada, até o dia 20 de outubro. Portanto, mais quatro exibições ainda irão acontecer.

Renne Granato lembrou que começou a se informar sobre as tecnologias digitais para o campo em 2016, por curiosidade e necessidade, afinal ele atuava como diretor de assistência técnica da cooperativa. “Ao mergulhar neste mundo, o que vimos foi uma gama de possibilidades de gestão impressionante em todas as áreas, facilitando a tomada de decisões”, comentou.  Ele destaca a precisão e a velocidade dos dados e informações captadas que proporcionam uma grande capacidade de transformação do processo produtivo. “As fazendas do futuro não podem prescindir dessas tecnologias”, afirmou.

Solicitado, por Altair Albuquerque a comparar os cenários americano e brasileiro em relação a adoção de tecnologias digitais, o professor João Costa afirmou que tanto nos Estados Unidos quanto na Europa há maior disponibilidade dessas tecnologias para os produtores, que são mais organizados em associações e cooperativas, o que facilita o investimento.

Para ele, no Brasil há ainda empecilhos em razão do custo ser maior e há também uma resistência maior do produtor em investir naquilo que ele ainda desconhece. Segundo o professor, tanto nos países do hemisfério norte como no Brasil há muito campo para se desenvolver e a velocidade com que isso acontece, especialmente no mundo 4.0, é impressionante. “O valor da tecnologia não está no seu preço, mas na capacidade de analisar dados, fazer predições, facilitar o trabalho e torna-lo mais eficiente”, advertiu.

No campo da pesquisa agropecuária, Bruno Carvalho explica que o foco é estudar como utilizar e analisar melhor os dados gerados por essas novas tecnologias e desenvolver novas ideias e soluções próprias, de acordo com a necessidade do Brasil, ao invés de apenas adotar as ferramentas importadas. “E este tem sido o papel do movimento Ideas for Milk ao longo dos últimos anos, criar um ecossistema favorável ao desenvolvimento de soluções digitais e inovadoras para a pecuária de leite, conforme nossa realidade”, apontou.

O pequeno produtor- Uma importante questão foi levantada por Altair, como fica o pequeno produtor neste cenário? “O médio e o grande têm maiores possibilidades de experimentar e investir”, observou. Granato informou que a Cotrijal tem reunido capital para implementação de diversos projetos que utilizam tecnologia digital. A ideia é que todos os produtores aprendam juntos e avaliem de forma segura como e onde investir. “Mas para isso tivemos que nos preparar muito para lidar com a resistência natural do produtor e com tanta novidade disponível”, recordou.

João Henrique frisou que o primeiro passo para transformar uma fazenda em 4.0 é procurar onde estão os principais problemas e desafios da propriedade e investir na tecnologia que vai resolver essas questões. “Não adianta investir num sistema que vai aquecer o ambiente para as vacas se a fazenda é em Pernambuco”, exemplificou. Ele reforça que não existe uma única solução para tudo. “Cada desafio demanda uma ferramenta para solucioná-lo. É preciso, no entanto, conhecer essas soluções”, completou.

De acordo com Carvalho, a pesquisa agropecuária tem a capacidade de mostrar os resultados e os ganhos que se pode obter com o investimento em tecnologia. “O uso otimizado dos recursos é que vai garantir a rentabilidade, com a redução dos custos e aumento da produção”, ressaltou. Ele também afirmou que as startups têm trazido soluções com custos bastante acessíveis e que o investimento em serviços também pode ser uma saída para reduzir o custo inicial de implementação de determinada solução. Segundo o pesquisador, Há hoje uma grande oferta de aluguéis de equipamentos e até mesmo de serviços de monitoramento e equipamentos de ordenha robótica, entre outros. Há ainda os testes gratuitos disponibilizados pelos aplicativos e as linhas de leasing oferecidas por instituição financeiras. “O produtor não precisa apenas adquirir a tecnologia, ele pode alugá-la e, se compensar, investir na compra futuramente. O mundo 4.0 está trazendo novos de modelos de negócios que podem facilitar para os produtores com menor capacidade de investimento”, garantiu.

O programa pode ser assistido pela REPILeite ou pelo canal da Embrapa no Youtube

Ideas for Milk – O Ideas for Milk é uma idealização da Embrapa Gado de Leite, em parceria com Agripoint, KER Innovation, Ciatécnica, Texto Comunicação, que entra em sua quinta edição. E conta com o Patrocínio Diamante do Sebrae; Patrocínio Ouro da Tetrapak, Boehringer Ingelheim e TIM; Patrocínio Prata da Faemg/Inaes, Silemg, Vaccinar e Patrocínio Bronze da DSM/Tortuga, ABDI, CLASS, JA Saúde Animal, Nestlé, Piracanjuba, Vivalácteos, Belgo Bekaert e ABIQ. Apoio da Microsoft, Abraleite, Vivare, Revista Indústria de Laticínios e Revista Balde Branco. Além do Ideas for Milk Lives, o evento é formado pelo Vacathon, Caravana 4.0, Desafio de Startups e pelo Prêmio Ideas for Milk de Inovação. Além universidades brasileiras, participarão equipes de Portugal (Universidade de Évora), Angola (Instituto Superior Politécnico de Tecnologias e Ciências – ISPTEC) e Argentina (Bolsa de Commodities de Rosário). Para outras informações sobre os eventos, visite o site do Ideas for Milk: https://www.ideasformilk.com.br/.

Marcos La Falce

Embrapa Gado de Leite

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Especialistas da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE) e Embrapa Cocais (São Luís, MA) discutem na segunda (28) os diversos usos da leguminosa gliricídia em sistemas integrados de produção agropecuária.

O seminário digital ‘Múltiplo uso da gliricídia como tecnologia agropecuária’ integra a série de webinars promovidos pelo Grupo de Inovação em Sistemas Integrados de Produção (Gintegra), que reúne especialistas da Embrapa, Instituto Federal do Maranhão (IFMA) e Universidade Estadual do Maranhão (UEMA).

Com início às 18h (horário de Brasília) e transmissão ao vivo pelo canal Gintegra no YouTube, o evento conta com a participação de Joaquim Costa, pesquisador da Embrapa Cocais, e Evandro Muniz e Samuel Souza, respectivamente, pesquisador e analista da Embrapa Tabuleiros Costeiros.

Gliricídia
Gliricidia sepium tem demonstrado grande potencial como fornecedora de nitrogênio ao solo, podendo substituir total ou parcialmente o uso de fertilizantes nitrogenados. Vinda do México e América Central, essa planta possui elevada concentração de nitrogênio nas folhas e permite a fixação simbiótica desse nutriente ao solo por meio de bactérias existentes em suas raízes.

Trabalhos desenvolvidos nos últimos anos por pesquisadores da Embrapa têm reforçado essa capacidade da leguminosa de melhorar a fertilidade e fixar nitrogênio ao solo, tornando-se um componente de alto potencial e grande valor para a composição de sistemas de produção em Integração Lavoura - Pecuária - Floresta (ILPF), especialmente em regiões mais quentes e com menos chuvas.

A gliricídia apresenta teores de proteína em torno de 23% e produz até 70 quilos de matéria verde por ano. É considerada por produtores uma espécie de “ouro verde” para as regiões secas e quentes. É resistente a climas rigorosos e pode ser usada para recuperar e manter a temperatura do solo, além de servir como cerca viva. 

Na alimentação de ovinos e bovinos, situações em que é altamente recomendável, essa leguminosa consegue reduzir em 70% o uso do farelo de soja, que representa elevado custo na ração animal.

Saulo Coelho (MTb/SE 1065)

Embrapa Tabuleiros Costeiros

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O preço do leite no mercado Spot apresentou uma correção de preços na última quinzena, recuando cerca de 5%. De todo modo, os níveis de preços de todos os produtos lácteos analisados seguem em patamares historicamente mais elevados.

Veja essa análise completa na nova edição do Informativo Especial de Preços de 21 de setembro, disponível no novo site do Centro de Inteligência do Leite.

No informativo também estão apresentados os dados mais atuais de diversos produtos de interesse para cadeia do leite, além de produtos agrícolas de importância para o Brasil.

Acesse o site do Centro de Inteligência do Leite e aproveite.
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 *Renato Andreotti


Sim, os animais podem desenvolver resistência contra vacinas, assim como já desenvolveram resistência a vários princípios ativos de carrapaticidas ou acaricidas, porém é mais difícil. Os produtos químicos, atualmente são os mais utilizados para controlar o carrapato-do-boi e merece atenção dos pecuaristas uma vez que, sem nenhum tipo de controle, o prejuízo é certo tanto em bovinos de corte como de leite.

Um dos principais problemas na utilização dos químicos ou acaricidas é a resistência dos carrapatos a estes produtos em pelo menos seis gerações deles. Ressalto que o uso desses acaricidas sem orientação técnica adequada ocorre em todo território nacional e gera prejuízos como aumento da contaminação nos animais, nos seus produtos, nos trabalhadores e no ambiente.

O uso da vacina como alternativa, ou associada a um controle integrado, tem sido desenvolvida com uma eficácia em torno de 50% no Brasil, mas os estudos continuam com vistas a aumentar esse índice.

É importante ressaltar que a tecnologia deve ser associada com controle de carrapatos nas pastagens, ao mesmo tempo levando-se em conta o valor adequado da dose no mercado, ancorados em uma política pública. O que estou querendo dizer é que, como o que foi pensado para aftosa, um programa semelhante poderia ser desenvolvido para o controle do carrapato e acredito que grande parte do problema seria resolvido ou amenizado.

Neste contexto, será que podemos ter a mesma situação de desenvolvimento de resistência dos carrapatos às vacinas como acontece com os acaricidas? Minha explicação é de que com as informações conhecidas hoje em dia, todo sistema biológico pode sofrer mutações. Nas situações mais simples, como no caso do vírus da gripe, temos um sistema de alta mutação em que todo ano é apresentada uma nova vacina para as variantes circulantes.

Com relação aos carrapatos, a situação é mais complexa e necessita de mais estudos. Lembramos que o alvo são os antígenos - proteínas com estruturas mais complexas do que os acaricidas - e, ao mesmo tempo, o genoma do carrapato do boi (Rhipicephalus microplus) que é duas vezes maior do que o genoma humano.

Realizamos pesquisas com esta espécie de carrapato nas diferentes regiões do Brasil mostrando que existe estabilidade filogenética na população. O que observamos é que o carrapato-do-boi possui ramificações dentro de uma mesma população devido a influência do fluxo de comercialização de bovinos.

Também estudamos a resposta imune das vacinas em bovinos e elas mostram uma identidade com o sistema imune nas diferentes regiões do mundo e que existe uma estabilidade para o antígeno da vacina, o que nos faz concluir que é possível obter uma vacina global efetiva contra esses carrapatos utilizando um único antígeno universal baseado no Bm86, por exemplo.

Mutações acontecem a todo momento, podendo impactar o controle do carrapato por meio de acaricidas, mas no caso das vacinas contra o carrapato é pouco provável de acontecer essas mutações e desenvolver resistência em curto prazo e por esse motivo estamos trabalhando na criação de uma vacina eficaz que venha atender o anseio não só dos produtores, mas de toda cadeia produtiva.

No momento temos o controle com base em uma ferramenta química que está se esgotando por conta da resistência do carrapato e o uso da vacina é um caminho potencial que precisa ser implementado logo para obter experiência dessa realidade. 

Para se ter ideia do rombo ocasionado pelo descontrole do carrapato, a estimativa de perda chega perto de 3,2 bilhões de dólares ao ano no país, o que é muito preocupante. O produtor ao investir em genética deve levar em consideração a importância de controlar o carrapato em raças sensíveis para transformar o potencial da genética em carne/leite e não em carrapato.


*Pesquisador da Embrapa Gado de Corte


Embrapa Gado de Corte


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Está disponível no Youtube da Embrapa o Ideas for Milk Lives, exibido ao vivo na última terça-feira, que aborda o tema “Como tornar vacas e pessoas felizes”. O programa tem como objetivo fomentar a inovação tecnológica na cadeia produtiva do leite e debater problemas e soluções para o setor. Ancorada pelo chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins,  a live conta com a participação de três grandes empreendedores do setor: Roberto Jank (Agrindus/Letti), Maurício Coelho (Fazenda Santa Luzia/Grupo Cabo Verde) e Renê Machado (Nestlé), que também são apoiadores do movimento “Ideas for Milk”, idealizado pela Embrapa, que entra neste ano em sua quinta edição.

Roberto Jank abre o debate respondendo a uma provocação de Martins: “O que é ter vacas felizes?”. Segundo o produtor, melhorar o bem e estar e conforto da vaca representa para a atividade diversos efeitos positivos. Para ele, ter vacas felizes influencia no ganho de longevidade, eficiência reprodutiva e alimentar, manejo, qualidade do leite etc. “Vacas felizes estão associados tanto ao resultado do negócio quanto à satisfação do produtor”, diz. Já Mauricio Coelho afirma que ter vacas felizes significa cumprir os requisitos básicos para que a vaca expresse todo o seu potencial. “É preciso dar as condições para a que a vaca retribua com produtividade”, afirma. Ele completa dizendo que as próprias exigências dos consumidores estão fazendo com que os produtores mudem sua percepção sobre as vacas. Renê Machado concorda com ambos, afirmando que, num ambiente de vacas felizes, a produção vem naturalmente: “Antes, nós pensávamos na produção de leite, agora estamos preocupados com a vaca, o resto é uma consequência”.

Roberto se contrapõe à visão idílica de que vaca feliz é aquela que está pastando próxima a um riacho: “Nem sempre isso verdade, principalmente se levarmos em conta a raça do bovino. Vaca feliz é aquela que está deitada ruminando”. Ele informa que uma vaca passa mais de doze horas por dia deitada. “Se ela ficar 13 ou 14 horas deitada, será mais feliz do que a que aquela que passou doze horas deitada”. Para Roberto, uma vaca feliz precisa ter disponibilidade de comida 20 horas por dia, seja no pasto ou no cocho, água limpa à vontade e condições para ficar deitada, ruminando, pelo menos 13 horas por dia.

“A rotina também tem que ser privilegiada”, afirma Roberto. A vaca é um animal extremamente metódico, que não gosta de barulho, nem de mudança no manejo. Maurício, que produz leite com vacas girolandas, diz que o manejo é fundamental e que houve uma evolução muito grande nesta área. No que todos concordam é que a vaca precisa ver o homem como um aliado. Ter um bom manejo, com respeito, é fundamental e a tecnologia pode ser uma grande parceira neste processo. Renê afirma que isso é possível, seja num grande sistema de produção ou numa estrutura familiar. “O importante é ‘ouvir a vaca’, observando o que a torna mais confortável.

A tecnologia como parceira – Maurício reforça a importância da tecnologia no novo ambiente de produção de “vacas e pessoas felizes”. Para ele, “as novas tecnologias abriram um horizonte fantástico, como produtores e empregados buscando ações conjuntas para o desenvolvimento dos sistemas”. E diz também: “Aliado à tecnologia, é necessário investir na felicidade do trabalhador, fazendo com que ele compreenda a importância do trabalho que realiza”. Roberto reforça os avanços do desenvolvimento tecnológico na genética e dos métodos de controle na produção. Já Renê destaca que a tecnologia revolucionou tanto a produção na fazenda quanto na indústria, reforçando a ideia de um consumidor feliz. “O consumidor mudou muito ao longo dos anos e se transformou em um consumidor de nicho”. Para atender este novo consumidor, há uma grande variedade de produtos e o setor trabalha para solucionar os problemas relativos à produção, como a sustentabilidade ambiental e o aquecimento global. Tudo isso aponta para a questão de “vacas e pessoas felizes”.

Os interessados em assistir o programa completo devem acessar o link no final desta reportagem. O Ideas for Milk Lives tem a duração de 70 minutos e irá ao ar todas terças-feiras, às 17h, até o dia 20 de outubro, no canal do Youtube da Embrapa. Na próxima terça-feira (22) o tema da live será “Por que a sua fazenda tem que ser 4.0”.

Ideas for Milk – O Ideas for Milk é uma idealização da Embrapa Gado de Leite, em parceria com Agripoint, Bovcontrol, KER Innovation, Ciatécnica, Texto Comunicação, que entra em sua quinta edição. E conta com o Patrocínio Diamante do Sebrae e da Tetrapak; Patrocínio Ouro da TIM; Patrocínio Prata da FAEMG/Inaes, Silemg, Vaccinar e Patrocínio Bronze da DSM/Tortuga, CLASS, JA Saúde Animal, Nestlé, Piracanjuba, Vivalácteos e Belgo Bekaert e apoio da Microsoft, Abraleite, Vivare, Revista Indústria de Laticínios e Revista Balde Branco. Além do Ideas for Milk Lives, o evento é formado pelo Vacathon (trocadilho de “vaca” com “hackathon”), Caravana 4.0Desafio de Startups e pelo Prêmio Ideas for Milk de Inovação. Segundo Martins, a edição do evento neste ano será intercontinental. Além de 27 universidades brasileiras, participarão equipes de Portugal (Universidade de Évora), Angola (Instituto Superior Politécnico de Tecnologias e Ciências – ISPTEC) e Argentina (Bolsa de Commodities de Rosário). Para outras informações sobre os eventos, visite o site do Ideas for Milk: https://www.ideasformilk.com.br/.

Link para assistir ao vídeo “Como fazer vacas e pessoas felizes” no Youtube:

https://www.youtube.com/watch?v=Wb1h9newLXs&list=PLoelF-OuDCfEUG_HI3FWujPFaeRNVHN_o&index=3&t=0s

Rubens Neiva (MTb 5445)

Embrapa Gado de Leite

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9846999664?profile=originalA BRS Capiaçu, cultivar de capim-elefante desenvolvida pela Embrapa que tem feito grande sucesso entre produtores de diversas regiões, agora dispõe de viveirista credenciado na Região Nordeste.

O agricultor alagoano Edilson Maia, proprietário da Fazenda Chapéu do Sol, em São Miguel dos Campos, nos Tabuleiros Costeiros Alagoanos, é o primeiro produtor de mudas de BRS Capiaçu licenciado pela Embrapa no Nordeste. 

A demanda pelo BRS Capiaçu tem crescido rapidamente, pois a cultivar é um clone adaptado a regiões de Mata Atlântica com excelente desempenho produtivo, podendo ser empregada tanto na alimentação dos rebanhos quanto na geração de energia a partir de sua biomassa.

Em transmissão ao vivo pelo Instagram, na terça (15), Maia, em conversa com o consultor agropecuário André Sorio, especialista em produção intensiva a pasto de bovinos e ovinos, destacou as qualidades do BRS Capiaçu.

Agricultor com perfil empreendedor e inovador, Maia, que é reconhecido inventor de máquinas e processos agrícolas, inova também na disponibilização do BRS Capiaçu, oferecendo mudas de alta qualidade genética e já pré-brotadas, com o Selo Tecnologia Embrapa, para o Nordeste e outras regiões.

Qualidades
Desenvolvida pela Embrapa em parceria com outras instituições, a cultivar BRS Capiaçu é um clone de capim-elefante (Pennisetum purpureum Schum) de alto rendimento para suplementação volumosa na forma de silagem ou picado verde. Devido ao seu elevado potencial de produção (50t/ha/ano), também pode ser utilizada para a produção de biomassa energética. 

Tem porte alto (até 4,20 metros de altura), se destacando pela produtividade e pelo valor nutritivo da forragem quando comparada com outras cultivares de capim-elefante. A BRS Capiaçu apresenta maior produção de matéria seca a um menor custo em relação ao milho e a cana-de-açúcar. 

O pesquisador da Unidade de Execução de Pesquisa da Embrapa Tabuleiros Costeiros em Rio Largo, AL, Anderson Marafon, explica que, por ser uma espécie de alta produção de biomassa com elevado percentual de fibras e lignina, o capim-elefante é uma excelente fonte alternativa de matéria-prima combustível para geração de energia.

A silagem deste capim constitui uma alternativa mais barata para suplementação do pasto no período da seca. Sua propagação ocorre por meio de colmos e apresenta gemas com elevado poder de brotação. 

Caracteriza-se por apresentar touceiras densas e colmos eretos, o que facilita a colheita mecânica; folhas longas, largas e de cor verde. A cultivar possui boa tolerância ao estresse hídrico, mas é susceptível às cigarrinhas das pastagens. Entretanto, quando a capineira é bem manejada, apresenta boa tolerância ao ataque da praga. 

A BRS Capiaçu foi registrada no RNC (Registro Nacional de Cultivares) em 08/01/2015, sob o nº33503, e protegida no SNPC (Serviço Nacional de Proteção de Cultivares) em 23/01/2015, certificado nº20150124.

Onde encontrar
Francisco Edilson Maia da Costa
Fazenda Chapéu do Sol – Zona Rural
CEP:57240000
Cidade: São Miguel dos Campos
UF: AL
Telefone: (82) 99981-3475
E-mail: assessoriaedilsonmaia@gmail.com

José Cabello
Rua Maceió (Sítio São Gonçalo)
CEP:12209675
Cidade: São José dos Campos
UF: SP
Telefone: (12)98820-6224
E-mail: contato@matergenetica.com.br

Mário Augusto Silveira Pinhão
Rodovia MG-431 - km 5 - Zona Rural
CEP:35661300
Cidade: Pará de Minas
UF: MG
Telefone: (037) 3259.6022
E-mail: guto@grupoagromg.com.br

Jorge Olavo Souza Mattos
Praça Getúlio Vargas, 39, Centro
CEP:36555000
Cidade: Ervália
UF: MG
Telefone: 38 998250731
E-mail: jorgeolavo@yahoo.com.br

Alexandre Faria da Silva
Sitio Cantinho do Ceu, Zona Rural
CEP:35115000
Cidade: Marilac
UF: MG
Telefone: 33998187112
E-mail: afsilva9@hotmail.com

Saulo Coelho (MTb/SE 1065)

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A criação de cabras e ovelhas para a produção de leite e seus derivados é uma atividade ainda pouco conhecida no Brasil. Motivada a mudar esse quadro, Izabel Carneiro, pesquisadora da Embrapa Caprinos e Ovinos, criou o projeto “Caravana leite de cabra e ovelha”, cujas ações são desenvolvidas em parceria com a empresa Caseum Queijos. O principal objetivo do projeto é a divulgação da criação de pequenos ruminantes leiteiros e o compartilhamento de informações técnico-científicas sobre os dois setores e suas oportunidades. Um dos primeiros resultados desse trabalho foi a inserção do leite de cabra e ovelha em um projeto de lei do deputado estadual Coronel Henrique (PSL-MG), que visa a realização de ações de marketing para a promoção do consumo do leite e, inicialmente, abrangeria apenas o leite bovino.

A ideia surgiu durante o “Concurso de Queijos de Cabra e Ovelha da Região Sudeste”, que fez parte da programação do evento CabraFest 2019. “Percebemos que havia essa lacuna na divulgação da atividade e dos produtos para o público em geral e durante o segundo semestre de 2019 fomos buscando parcerias e estruturando o projeto. No final do ano tínhamos uma programação de palestras presenciais e degustação de produtos em instituições de ensino das áreas de agrárias, nutrição e gastronomia em Belo Horizonte e Juiz de Fora”, explica Izabel. O primeiro evento foi realizado no mês de fevereiro de 2020, em Juiz de Fora para um público composto por nutricionistas, amantes da gastronomia e formadores de opinião.

A pesquisadora afirma que os produtores também destacam a carência de assistência técnica especializada. “Desta forma, o projeto prevê ações entre estudantes de Medicina Veterinária e Zootecnia visando despertar o interesse dos futuros profissionais por estes sistemas de produção, pois a disciplina que trata de caprinos e ovinos geralmente é optativa nas grades curriculares”.

Ações online durante a pandemia

O projeto original consta de eventos com apresentações dinâmicas sobre as várias vertentes dos sistemas produtivos de caprinos e ovinos, desde apresentação das espécies e das raças produtoras de leite até tendências de mercado e consumo do leite caprino e ovino e seus derivados, abordando também as características do leite e sua versatilidade na gastronomia.

Foram realizados dois eventos neste formato antes da pandemia. Os demais estavam agendados para abril e foram suspensos por causa do distanciamento social. “Após um primeiro momento de incertezas, retomamos as atividades de modo virtual. Começamos com participação em lives, eventos online como o Agrotins e palestras para estudantes de Medicina Veterinária em Minas Gerais e Santa Catarina. Criamos o perfil oficial do Projeto em redes sociais e refizemos a programação das palestras. Formatamos um bate-papo mais dinâmico e temos eventos mensais agendados até o final do ano. Intercalamos as espécies e começamos em agosto conhecendo a história e os produtos da Fazenda da Ovelha em Itabirito (MG). Tivemos outra conversa com o Sítio Lagoa Seca de São Lourenço (MG), que produz cabras leiteiras”, explica a pesquisadora.

As organizadoras têm recebido relatos de pessoas que não tinham contato com as atividades de caprinocultura e ovinocultura e passaram a consumir os produtos com boas experiências gastronômicas. “O que mais nos tem chamado a atenção é o real desconhecimento do público em relação aos produtos nacionais. Isso só valida a importância deste tipo de movimento em prol das cadeias produtivas de cabras e ovelhas leiteiras. Precisamos fazer essa roda girar, aumentar a demanda pelos produtos nas feiras e mercados impulsionando a produção leiteira! Com este formato digital, estamos promovendo uma conexão maior entre o produtor e o consumidor”, afirma Izabel.

Produção de leite de cabra e ovelha no Brasil e no mundo

De acordo com Centro de Inteligência e Mercados de Caprinos e Ovinos (CIM), o Brasil produziu no ano de 2016 (dados do IBGE) cerca de 253 mil toneladas de leite de cabra. A região Nordeste é a maior produtora (cerca de 235 mil toneladas) seguida pelo Sul (aproximadamente 7 mil toneladas) e Sudeste (cerca de 4 mil toneladas). No mundo, a produção foi de mais de 15 milhões de toneladas, sendo Índia, Sudão e Bangladesh os três maiores produtores.

A produção mundial de leite ovino é de cerca de 10 milhões de toneladas e China, Turquia e Grécia são os países que mais produzem.  De acordo com Octávio de Morais, presidente da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos e pesquisador da Embrapa Caprinos e Ovinos, o consumo de leite de ovelha no Brasil é muito baixo, mesmo porque não há grande produção. Os produtos mais consumidos são os queijos, iogurte e doce de leite. A região que mais consome esses produtos no Brasil é a Sudeste, embora haja uma produção maior no Sul. “Temos também importado muitos queijos de ovelha, como os pecorinos, os Serra da Estrela e outros amanteigados portugueses e o Manchego. Mesmo assim não há produto suficiente no mercado para atender à curiosidade do consumidor”, afirma. Ele acredita que há espaço para o aumento do consumo de derivados de leite de ovelha, prova disso é a importação crescente desses produtos.

Serviço

A agenda dos eventos da Caravana é divulgada nas redes sociais do Projeto e os encontros são abertos à participação do público.

Adriana Brandão (MTB CE01067JP)

Embrapa Caprinos e Ovinos

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Preço do UHT registra pequena queda no atacado

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O leite UHT registrou a primeira queda depois de oito semanas de alta no atacado de São Paulo. O mesmo aconteceu com o queijo muçarela, que vinha registrando altas consecutivas desde final de maio.

No mercado de insumos, milho e farelo de soja tiveram seus preços estáveis na última semana.

Veja essa análise completa na nova edição do Informativo Especial de Preços de 14 de setembro, disponível no site do Centro de Inteligência do Leite.

No informativo também estão apresentados os dados mais atuais de diversos produtos de interesse para cadeia do leite, além de produtos agrícolas de importância para o Brasil.

Informativo periódico de divulgação de publicações técnicas do Centro de Inteligência do Leite - CILeite.
Equipe: Alziro Carneiro, Denis Teixeira, Fábio Diniz, Glauco Carvalho, João César de Resende, José Luiz Bellini, Kennya Siqueira, Lorildo Stock, Manuela Lana, Marcos Hott, Paulo Martins, Ricardo Andrade, Samuel Oliveira, Walter Magalhães Júnior.
O conteúdo do CILeite pode ser reproduzido, desde que seja citada a fonte da publicação.

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Cileite

As importações brasileiras de leite e derivados em agosto foram de 52,7 milhões de dólares, alta de 28,3% sobre julho. Na comparação com agosto de 2019, os valores importados cresceram 56,3%.  

Veja a análise completa no Boletim Indicadores Leite e Derivados, disponível no site do Centro de Inteligência do Leite.

No informativo também estão apresentados os dados de preços ao produtor, ao consumidor e informações do mercado internacional.

Informativo periódico de divulgação de publicações técnicas do Centro de Inteligência do Leite - CILeite.
Equipe: Alziro Carneiro, Denis Teixeira, Fábio Diniz, Glauco Carvalho, João César de Resende, José Luiz Bellini, Kennya Siqueira, Lorildo Stock, Manuela Lana, Marcos Hott, Paulo Martins, Ricardo Andrade, Samuel Oliveira, Walter Magalhães Júnior.
O conteúdo do CILeite pode ser reproduzido, desde que seja citada a fonte da publicação.

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9846979252?profile=originalInformativo Especial de Preços desta semana mostra que os preços dos produtos lácteos registraram relativa estabilidade na última semana, após várias altas consecutivas. A safra da Região Sul chega no mês de pico e as importações de agosto apresentaram forte incremento, com compras de aproximadamente 140 milhões de litros de leite equivalente. Esse foi o maior volume mensal de importação do ano. Estes fatores colocaram um freio nas altas de preços que vinham ocorrendo, mas as cotações permanecem em patamar mais elevado, graças à demanda firme das famílias e aos baixos estoques dos laticínios. 

Veja essa análise completa na nova edição do Informativo Especial de Preços, disponível no site do Centro de Inteligência do Leite.

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9846997895?profile=originalPublicação reúne 34 artigos em 104 páginas. São conteúdos exclusivos sobre os temas mais importantes relacionados à cadeia de produtos lácteos.

 

A cadeia do leite no pós-Covid, a produção com foco em bem-estar animal e sustentabilidade, as novas exigências dos consumidores, a vaca que produz mais e consome menos, o novo ambiente nas fazendas para ter vacas e pessoas felizes. Estes são alguns dos 34 temas do Anuário Leite 2020, da Embrapa Gado de Leite, que já está disponível para download no site da empresa.

O Anuário Leite 2020 é resultado de parceria da Embrapa Gado de Leite com o jornalista Nelson Rentero, que tem mais de 30 anos dedicado à cadeia do leite, e a Texto Comunicação, responsável pela produção editorial. “Esta é a terceira edição do anuário, que está cada vez melhor porque evolui conforme as novas diretrizes e necessidades do mercado”, destaca Paulo Martins, chefe-geral da Embrapa Gado de Leite.

“A proposta do anuário é reunir em uma única publicação as reportagens, estatísticas e conteúdos mais importantes para que todos os agentes envolvidos na cadeia dos produtos lácteos estejam bem informados sobre a agenda temática do setor, que movimenta mais de R$ 80 bilhões por ano”, resume o editor Nelson Rentero.

 

Ter vacas e pessoas felizes é o propósito realizado pela Embrapa Gado de Leite. O compost barn instalado na fazenda de Coronel Pacheco (MG) é o mais recente investimento da empresa e representa com fidelidade o novo horizonte da atividade leiteira no Brasil. “Bem-estar animal e produção sustentável estão na ordem do dia do leite. É preciso criar vacas felizes e fazer as pessoas felizes. É a combinação perfeita para projetar ainda mais essa cadeia fantástica”, detalha Paulo Martins, chefe-geral da Embrapa Gado de Leite.

O Anuário Leite 2020 teve a coordenação técnica da zootecnista Rosangela Zoccal. Os conteúdos são assinados pela equipe de pesquisadores da Embrapa Gado de Leite, pelos jornalistas Nelson Rentero e Altair Albuquerque, além de contribuições de especialistas em vários campos de atuação.

 

As reportagens especiais também destacam a importância da produção direcionada para o atendimento das demandas dos consumidores. Nesse campo, entram o leite orgânico, o queijo artesanal, as embalagens, os produtos funcionais. “Também incluímos conteúdos sobre normas de qualidade, uso racional de água, enfermidades importantes, artigos assinados e duas entrevistas exclusivas. O pesquisador Marcus Vinícius Barbosa da Silva, da Embrapa Gado de Leite, detalha as características da vaca do futuro, e Roberto Jank Jr., proprietário da Agrindus mostra como obtém lucro com o leite”, informa Nelson Rentero.

 

Além das reportagens especiais, o anuário reúne as mais importantes estatísticas do leite no Brasil e no mundo, incluindo dados de produção (maiores produtores, laticínios, estados, regiões), demanda, preços/custos, exportação/importação, mercado dos Estados Unidos, China e Índia.

 

O Anuário Leite 2020 está disponível para download gratuito neste site

Marcos La Falce / Nelson Rentero

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A bezerrinha Florida da Cerrados, que nasceu no dia 31 de agosto no Centro de Tecnologias em Raças Zebuínas Leiteiras (CTZL) da Embrapa Cerrados, no Distrito Federal, não é um animal qualquer. Ela é filha da vaca Acácia da Cerrados TN, primeiro e único clone de Gir Leiteiro do programa de seleção da raça no CTZL, obtido pela técnica de transferência nuclear há três anos.

Depois de uma gestação sem complicações para a mãe, a bezerra nasceu pesando 21 kg, está com boa saúde e é bem esperta. “O nascimento da Florida é a comprovação de que a reprogramação nuclear do processo de clonagem que gerou a Acácia foi bem sucedida”, afirma o pesquisador Carlos Frederico Martins, supervisor do CTZL e coordenador da pesquisa, financiada pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) que busca melhorar a eficiência da clonagem e associá-la à produção de bovinos transgênicos biorreatores. 

Acácia foi inseminada artificialmente com sêmen convencional (não sexado) do touro Gir Leiteiro PH Uísque, um premiado animal do rebanho de Paulo Horta, criador no Distrito Federal. O touro já é falecido, mas o sêmen está disponível em uma central de inseminação. O uso da técnica de inseminação artificial por tempo fixo (IATF), por sinal, é prática usual nas propriedades rurais. 

“Tivemos sorte de ter nascido uma fêmea, já que as chances são de 50% para cada sexo quando se usa sêmen convencional”, diz o pesquisador, que também chama a atenção para a precocidade da mãe-clone: “A Acácia emprenhou com dois anos e três meses de idade, quando já tinha uma boa estrutura corporal. O normal para a raça Gir Leiteiro é que isso ocorra acima dos três anos”. 

Nos próximos meses, além de observar o crescimento de Florida, cujo nome é inspirado no momento de floração dos ipês no Brasil Central (final de agosto e início de setembro), o pesquisador vai acompanhar a produção de leite de Acácia e verificar se o potencial genético se assemelha ao da vaca que a originou. 

Segundo Martins, Florida poderá participar do programa de melhoramento genético do Gir Leiteiro conduzido no CTZL caso expresse potencial genético elevado para produção de leite quando se tornar uma novilha. “Nossa expectativa é de que depois do ponto crítico da clonagem, todas as proles sejam férteis”, diz. O animal poderá ser inseminado artificialmente, ter ovócitos fertilizados in vitro ou, até mesmo, participar de testes de clonagem. 

Clonagem por transferência nuclear

Nascida em agosto de 2017, Acácia da Cerrados TN (sigla para transferência nuclear) é clone da vaca Gir Leiteiro Calidora, pertencente ao rebanho do CTZL. O animal clonado foi obtido a partir de fibroblastos epiteliais de Calidora (doadora), tendo sido gestado por Janela (receptora), uma vaca mestiça. Na época, um exame laboratorial com amostras dos pelos dos animais apontou os mesmos pares de alelos nos DNAs de Calidora e Acácia, confirmando a clonagem.

Na técnica de produção de clones por transferência nuclear, uma célula somática (como as do líquido amniótico) ou adulta (de gordura ou da pele, por exemplo) é fusionada a um ovócito enucleado, ou seja, cujo núcleo foi removido. Assim, o ovócito passa a se desenvolver com o núcleo da célula doadora, tornando-se um embrião que será posteriormente inserido em uma fêmea receptora (barriga de aluguel). Veja o esquema:

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A técnica de clonagem por transferência nuclear a partir de fibroblastos da pele é a mais comumente usada em bovinos. No caso da pesquisa do CTZL, realizada em parceria com o Departamento de Biologia Animal da Universidade de Brasília, os fibroblastos foram obtidos da pele da base da cauda da Calidora, entre a vulva e o ânus. “É uma região que fica protegida do sol. Isso é importante porque evita mutações na epiderme provocadas pelos raios solares”, explica Martins.

O pesquisador aponta que a clonagem permite a seleção e a multiplicação de animais com características de interesse econômico. “Buscamos formar um plantel de animais superiores nas raças Gir Leiteiro e Sindi para a produção de leite, e essa técnica reprodutiva possibilita a continuidade, por meio dos clones, de vacas de comprovado potencial genético”.

Breno Lobato (MTb 9417-MG)

Embrapa Cerrados

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9846996087?profile=originalA novidade veio do Rio Grande do Sul. Sérgio Bender, especialista da Embrapa Clima Temperado, diz que a cultivar BRS Kurumi, desenvolvido na Embrapa Gado de Leite, nas atividades do Programa de Melhoramento de Capim-elefante, pode ser uma ótima alternativa na alimentação de peixes e aves. A hipótese foi se confirmando aos poucos, por meio do feedback dos próprios produtores. O analista conta: “Quando a cultivar foi lançada, em 2012, não haviam viveiristas que vendiam o material. Passamos a divulgar a cultivar doando mudas aos produtores que visitavam o estande da Embrapa, nas feiras e eventos da região. De um ano para outro, à medida que os produtores iam cultivando a gramínea, foram aparecendo relatos que os peixes e as aves adoravam a BRS Kurumi”.

Bender tem recomendado a cultivar como alternativa de alimentação de baixo custo para criadores da carpa capim, um peixe onívoro que se adaptou muito bem à gramínea. “O quilo da ração para carpa chega a custar três reais enquanto o quilo de matéria seca da forrageira custa menos de um real”. O pesquisador ensina que o capim deve ser cortado ainda jovem para alimentar os peixes, garantindo maior teor de proteína e menos fibras. “O corte é feito onde começa a emissão das folhas, que podem ser jogadas diretamente no tanque”. A utilização do capim-elefante para alimentar peixes já é tradicional, mas segundo os produtores que têm contato com Bender, o Kurumi tem superado todas as expectativas.

No caso das aves, a cultivar é recomendada para as aves coloniais. Pode ser fornecido picado ou a folha inteira. Bender, que trabalha com transferência de tecnologia em agricultura colonial, diz que produtores de suínos e cavalos também tem reportado a boa adaptação dos animais à cultivar. “Ainda não apareceu bicho que não tenha gostado da Kurumi”, conclui. Isso se deve ao seu valor nutritivo. Os teores de proteína bruta variam de 18% a 20% e os coeficientes de digestibilidade estão entre 68% e 70%, quando bem manejado.

Gado de leite

A BRS Kurumi foi desenvolvida para a intensificação da produção de leite a pasto com menor uso de concentrado, altas taxas de lotação e excelente desempenho por animal. Por ser uma planta tropical, adapta-se a maior parte das regiões brasileiras. Apresenta porte baixo e é adequada ao pastejo. A forrageira tem crescimento vegetativo vigoroso com rápida expansão foliar e intenso perfilhamento. É indicada para uso forrageiro nos biomas Mata Atlântica, Amazônia e Cerrado, mas tem sido adotada, com sucesso, por produtores no Sul do país. Iniciou-se mais recentemente a expansão nas regiões Centro-Oeste.

O plantio da cultivar deve ser feito no início do período chuvoso. "Para as regiões Sudeste e Centro-Oeste, o período ideal para plantar é de meados de novembro a meados de janeiro. Na região Sul, o plantio deve ocorrer na primavera", recomenta Carlos Augusto de Miranda Gomide, pesquisador da Embrapa Gado de Leite.

Gomide reforça que, para obter êxito no plantio da BRS Kurumi, é importante conhecer bem as características do solo. "Com base na análise química do solo, deve ser feita a calagem, para neutralização do alumínio e fornecimento de cálcio e magnésio", explica. O pesquisador adverte, ainda, que a adubação fosfatada deve ser realizada no sulco de plantio, com base no resultado da análise de solo.

O plantio do capim-elefante é feito em sulcos com 20 cm de profundidade e espaçamento variando de 50 a 80 cm. A primeira adubação em cobertura deve ser realizada 60 a 70 dias após o plantio, depois do pastejo de uniformização. Esta adubação, assim como as demais no primeiro ano de cultivo, pode ser feita apenas com nitrogênio e potássio. A partir do segundo ano, recomenda-se a inclusão de fósforo na adubação em cobertura.

O pesquisador salienta que o capim-elefante é extremamente exigente em fertilidade de solo. "Dessa forma, a falta de adubações de manutenção é uma das principais causas de degradação das pastagens e insucesso no seu uso", ressalta. Outro aspecto fundamental é que a cultivar BRS Kurumi é suscetível ao ataque de cigarrinha-das-pastagens, portanto não é recomendado o cultivo em áreas com histórico de infestação de cigarrinhas.

O manejo correto de plantas daninhas na implantação e condução do capim-elefante é de grande importância, uma vez que a cultura é muito sensível na sua fase inicial de crescimento. A cultura é instalada no período chuvoso, que por sua vez coincide com temperaturas altas, fato que favorece o surgimento de espécies daninhas.

Produção animal  

Devido ao alto teor proteico da forragem, recomenda-se, durante o período chuvoso, apenas a suplementação energética dos animais, a fim de possibilitar maior ganho de peso e/ou produção de leite. "Desta forma, essa cultivar se apresenta como uma importante alternativa forrageira para a intensificação da produção de leite a pasto, permitindo altas taxas de lotação e excelente desempenho por animal".

O método de pastejo recomendado para a exploração do capim-elefante é o de lotação rotacionada. Preconiza-se a entrada dos animais quando o pasto apresentar entre 75 cm e 80 cm de altura e a retirada deles quando o rebaixamento atingir 35 cm a 40 cm. Durante o período chuvoso e com uso de adubação em cobertura após cada ciclo de pastejo, o período de descanso dos piquetes tem sido de 20 a 22 dias.

Rubens Neiva (MTb 5445)

Embrapa Gado de Leite

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Cileite

Os preços de leite e derivados registraram valorização nos últimos meses, como resultado de uma oferta fraca e um consumo aquecido. O Auxílio Emergencial deu fôlego para o consumo das famílias mais carentes. O home office aumentou o consumo doméstico de derivados, inclusive aqueles utilizados na culinária como creme de leite, requeijão, leite condensado, entre outros. O fato é que os preços subiram de maneira generalizada. Todos no setor estão felizes e preocupados ao mesmo tempo.

Veja essa análise completa na nova edição do Informativo Especial de Preços de 31 de agosto, disponível no novo site do Centro de Inteligência do Leite.

No informativo também estão apresentados os dados mais atuais de diversos produtos de interesse para cadeia do leite, além de produtos agrícolas de importância para o Brasil.

Informativo periódico de divulgação de publicações técnicas do Centro de Inteligência do Leite - CILeite.
Equipe: Alziro Carneiro, Denis Teixeira, Fábio Diniz, Glauco Carvalho, João César de Resende, José Luiz Bellini, Kennya Siqueira, Lorildo Stock, Manuela Lana, Marcos Hott, Paulo Martins, Ricardo Andrade, Samuel Oliveira, Walter Magalhães Júnior.
O conteúdo do CILeite pode ser reproduzido, desde que seja citada a fonte da publicação.

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A pesquisadora Magda Lima, da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), que recentemente participou da Força Tarefa sobre Inventários Nacionais de Emissão de Gases de Efeito Estufa do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC), teve aprovado um conjunto de fatores de emissão relativos a atividades agropecuárias submetidos à Base de Dados de Fatores de Emissão de Gases de Efeito Estufa (EFDB) do IPCC.

A convite do Comitê Editorial desta Base de Dados, Magda apresentou esse conjunto de dados de fatores de emissão durante a 17ª Reunião de Especialistas em Dados de Fatores de Emissão, realizada em Osaka, Japão, em novembro de 2019. Após esta reunião e análise das informações submetidas junto ao Comitê do EFDB, foram feitas complementações de dados e uma ampla checagem, e como resultado, parte dos fatores submetidos já podem ser acessados nesse site.
 
O principal objetivo desta Base de Dados é o armazenamento e intercâmbio de dados de fatores de emissão e outros parâmetros necessários para as estimativas nacionais das emissões e remoções de gases de efeito estufa (GEE). Magda explica que estes dados são importantes para o aprimoramento de inventários nacionais de emissão de gases de efeito estufa e que podem ser aplicados por países com condições ambientais e manejos de produção similares. Por isso, é vital que as estimativas de emissão e de remoção de GEE reflitam a verdadeira situação em um país, pois são usadas não apenas para relatórios de inventários, mas também para o desenvolvimento de políticas nacionais de mudança climática.
 
“O Brasil vem se destacando nas últimas duas décadas pela geração de dados de fatores de emissão em diferentes sistemas de produção agropecuária, no âmbito da América Latina, diz a pesquisadora. Dados de EF gerados no projeto Agrogases, liderado pela Embrapa Meio Ambiente, reúnem informações sobre diferentes sistemas de produção, como bovinocultura de corte e de leite, arroz irrigado por inundação, milho, soja, entre  outros”. 
 
Mais recentemente, fatores de emissão gerados por outros projetos no âmbito da Embrapa foram também produzidos, como é o caso do projeto Fluxus e ACVCana, este último com a geração de fatores de emissão específicos para a cultura da cana de açúcar e em tanques de vinhaça.
 
O importante é que  após anos de geração desses dados, a pesquisadora reuniu os mais relevantes fatores de emissão dos quais é co-autora e submeteu ao IPCC. “Esta publicação é muito importante para nós pesquisadores e constitui um feliz desfecho de todo um trabalho desenvolvido pelas equipes responsáveis, reforçando o papel do país como uma referência em dados na América Latina. O Brasil possui muita informação sobre fatores de emissão de GEE a qual precisa ser divulgada não só em artigos científicos mas também na base de dados do IPCC, que concentra toda a informação científica necessária sobre mudança do clima”, afirma a pesquisadora.

Cristina Tordin (MTB 28499)

Embrapa Meio Ambiente

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Os preços dos produtos lácteos registraram mais uma semana de alta. No mercado Spot, o leite fechou a segunda quinzena de agosto com elevação de 8%, enquanto no mercado atacadista o leite UHT e o muçarela também permaneceram em elevação. Mesmo com o crescimento das importações, o movimento de preços dos lácteos continua de valorização.

Veja essa análise completa na nova edição do Informativo Especial de Preços de 24 de agosto, disponível no novo site do Centro de Inteligência do Leite.

No informativo também estão apresentados os dados mais atuais de diversos produtos de interesse para cadeia do leite, além de produtos agrícolas de importância para o Brasil.

Informativo periódico de divulgação de publicações técnicas do Centro de Inteligência do Leite - CILeite.
Equipe: Alziro Carneiro, Denis Teixeira, Fábio Diniz, Glauco Carvalho, João César de Resende, José Luiz Bellini, Kennya Siqueira, Lorildo Stock, Manuela Lana, Marcos Hott, Paulo Martins, Ricardo Andrade, Samuel Oliveira, Walter Magalhães Júnior.
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