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Os preços do leite pagos ao produtor tiveram novo aumento em agosto, dando continuidade à valorização que vem sendo registrada desde fevereiro desse ano. Nesse último mês, o leite ao produtor fechou cotado a R$1,66 na média nacional, resultando em alta acumulada de 52,3% desde janeiro. Dos Estados pesquisados todos tiveram aumentos, mas em menor magnitude que as valorizações do mês anterior. Com esse aumento, os preços atuais do leite ficaram 31,6% mais altos que os valores pagos no mesmo mês de 2017.

Por outro lado, com os aumentos de preço do milho e do farelo de soja, a relação de troca, que vinha melhorando para o produtor nos últimos meses, voltou a preocupar. A relação de troca litros de leite / quilo de ração subiu 1,24% em agosto, sendo que nesse mês foram necessários 33 litros de leite para aquisição de uma saca de ração. No mesmo mês do ano anterior eram necessários 29 litros. Acompanhando esse movimento de aumento nos preços dos insumos para alimentação, o custo de produção, medido pelo ICPLeite/Embrapa, voltou a crescer, alta de 2,77% em agosto, na comparação mensal. Já na comparação com o mesmo mês de 2017, o índice de custo de julho está 18% maior.

No varejo, o preço do leite UHT começou a cair, após seis meses de valorização. Mesmo com essa queda, os preços do último mês ficaram quase 29% maiores que os valores praticados em agosto de 2017.

Na balança comercial, os valores das importações brasileiras de leite e derivados continuam menores em relação ao mesmo período de 2017, assim como as exportações. Em agosto, as importações recuaram 13,2% enquanto as exportações caíram 24,1%, em relação ao mesmo mês de 2017.

Esses dados estão apresentados no boletim mensal de INDICADORES LEITE E DERIVADOS da Plataforma de Inteligência Intelactus. Na edição de setembro de 2018 veja também os dados da Pesquisa Trimestral do Leite divulgados recentemente pelo IBGE, que mostram que a produção nacional inspecionada caiu 0,3% no primeiro semestre de 2018 em relação ao mesmo período do ano passado. A publicação está disponível no site http://www.cileite.com.br/content/indicadores-leite-e-derivados-1

No site também estão disponíveis diversas informações atualizadas sobre a cadeia produtiva do leite, além de publicações como o Índice de Custo de Produção de leite da Embrapa (ICPLeite) e a Nota de Conjuntura de Mercado do Leite, de periodicidade mensal, além dos boletins com indicadores agrícolas e macroeconômicos, com atualização bimestral.

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Régua de Manejo de pastagens BRS Sul

Simplifica o manejo e otimiza a utilização da pastagem!

9846969067?profile=originalImagem: Cíntia Franco

Permite tomar decisões rápidas quanto ao ajuste da carga animal em uma determinada pastagem. Simplifica o manejo e otimiza o uso da pastagem, levando a ganhos de produtividade para a pecuária, tanto de bovinos de leite como de corte, e também para equinos e ovinos, em situação de pastejo contínuo ou rotacionado. A vantagem da régua de manejo é já conter as medidas ideais para cada espécie forrageira, com as alturas de entrada e saída de pastejo ou corte. A tecnologia é resultado do trabalho conjunto entre as Unidades Clima Temperado, Gado de Leite, Milho e Sorgo, Pecuária Sul e Trigo.

"A régua de manejo de pastagens BRS Sul tem como objetivo facilitar o manejo das pastagens. Ela traz um conjunto de cultivares da Embrapa que foram recomendadas para a região, e indica as alturas de entrada e saída dos animais nessa pastagem, o que ajuda também a evitar o sobrepastejo, ou seja, sacrificar as plantas e o rebrote por deixar os animais tempo demais ou uma lotação muito alta”, explicou a pesquisadora da Embrapa, Andréa Mittelmann.

Descrição

A Régua de Manejo de Forrageiras BRS Sul reúne as principais espécies forrageiras utilizadas na Região Sul do Brasil. Em uma das faces da régua estão as espécies de inverno (aveia, azevém, centeio, cornichão, trevos e trigo) e, na outra, as espécies de verão (capim-elefante anão, capim-sudão, milheto e sorgo forrageiro), identificadas pelo nome das cultivares lançadas e recomendadas pela Embrapa para a Região Sul do Brasil.
Para cada espécie, há uma altura de entrada e altura de saída dos animais da pastagem (Tabela 1). Estas alturas foram estabelecidas a partir de resultados experimentais obtidos pela Embrapa e outros centros de pesquisa e reunidas no folder Planejamento Forrageiro (Embrapa, 2014).

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Como usar

A Régua deve ser apoiada no solo em posição vertical, verificando se as plantas encontram-se na altura das marcações para a espécie. Deve ser considerada a altura da superfície da pastagem com as plantas em sua posição natural. Esta verificação deve ser feita em diversos pontos da pastagem, com 10 a 20 medidas, levando em consideração a desuniformidade  da área.

Referências

COSTA, J. A. A; QUEIROZ, H. P. Régua de Manejo de Pastagens. Campo Grande: Embrapa Gado de Corte, 2013. (Comunicado Técnico, 125)
EMBRAPA. Planejamento Forrageiro. Pelotas: Embrapa Clima Temperado, 2014. Folder.

Onde obter:

PRÁTICO DE GARÇA

Av. Presidente Vargas, 1.196

CEP: 17.400-000  Garça - SP

Fones: (14) 3406-2718 / (14) 99816-7105 (whatsapp)(14) 99816-7154/ (14) 99669-3903(whatsapp)

https://www.cochospratico.com/

POLITE Polímeros e Tecnologia

Avenida Sampaio Vidal, 1663- AJd. Portal do Sol

CEP 17519-341

Marília - SP(14) 3417-5684(14) 99137-5324

http://www.polite.com.br/

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Ideas for Milk 2018 já tem data marcada

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A terceira edição do Desafio de Startups do agronegócio do leite e o segundo bootcamp em uma fazenda leiteira seguido de maratona de programação, o Vacathon, estão confirmados para novembro. O anúncio foi feito nesta tarde pelo chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo Martins, na abertura do Interleite Brasil, em Uberlândia. Os eventos compõem o Ideas for Milk, criado para impulsionar o desenvolvimento do ecossistema de inovação neste setor da economia.

“A tecnologia vem revolucionando o agro como um todo, e também o leite. Como estamos falando de uma atividade intensiva em administração, o produtor precisa tomar muitas decisões ao longo do dia, e sua chance de errar é muito grande. Além disso, ele está inserido em um mercado que exige cada vez mais profissionalização e produção em escala, o que o leva, obrigatoriamente, a investir em pecuária de precisão”, comenta Martins.

Esse caminho já está sendo traçado. Segundo o censo agropecuário publicado pelo IBGE na última semana de julho, de 2006 a 2017, o número de cabeças de gado caiu 2,4%. Por outro lado, neste mesmo período a produção aumentou 46,3%, o que representa maior eficiência da atividade, em parte resultado da adoção de tecnologias digitais.

Um exemplo é o produto desenvolvido pela Cowmed, segunda colocada no Desafio de Startups 2017 ainda com o nome “SmartFarm – Tradutor de Vacas”. Trata-se de uma coleira capaz de monitorar 24h por dia três parâmetros comportamentais das vacas ligados a saúde e reprodução, emitindo alertas via aplicativo de celular e software web relacionados a saúde, cio e nutrição.

A tecnologia da informação também contribui para o desenvolvimento de outros segmentos da cadeia produtiva, como é o caso da Milk’s Rota, startup vencedora do Ideas for Milk em 2016 e finalista da edição 2017 com um pacote extra de soluções. Sua plataforma de gerenciamento da logística da captação já registrou mais de um milhão de coletas de leite monitoradas, proporcionando dados mais confiáveis aos laticínios clientes e ao produtor, rastreabilidade do produto, otimização de rotas e redução de custos.

Novidade em 2018 – Este ano as programações dos dois eventos que compõem o Ideas for Milk serão distintas. A final do Desafio de Startups do agronegócio do leite está marcada para os dias 30 de novembro e 1º de dezembro em São Paulo. Podem ser inscritas propostas de soluções digitais inovadoras, baseadas em software web, aplicativo mobile e/ou hardware, aplicáveis a um ou mais segmentos da cadeia produtiva do leite. As inscrições são gratuitas e vão até 28 de outubro.

Já o Vacathon terá cinco dias de evento nas instalações da Embrapa Gado de Leite, em Juiz de Fora. Vai ocorrer três semanas antes, de 6 a 10 de novembro. São esperados times de estudantes de graduação de até vinte universidades de todas as regiões do país. O grupo irá à fazenda e terá dois dias de aprendizado em imersão nas diferentes áreas relacionadas à produção de leite. Em seguida, inicia uma maratona de programação para criar um projeto baseado em software e/ou hardware aplicável à atividade de produção de leite.

O Ideas for Milk é uma realização da Embrapa em parceria com as empresas Agripoint, Kick Venture, Qranio e Carrusca Innovation. Em sua trajetória, reuniu mais de 50 entidades parceiras e 22 instituições de ensino superior. Outras informações podem ser vistas no site www.ideasformilk.com.br e nas redes sociais fb.com/ideasformilk e @ideasformilk_br no Instagram.

Carolina Pereira
Embrapa Gado de Leite

Contatos para a imprensa
carolina.pereira@embrapa.br
Telefone: (32) 3311-7532

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

Fonte: Embrapa Gado de Leite

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Publicação traz indicadores, tendências e oportunidades para o setor leiteiro

Nesta quarta-feira (15) foi lançado em Castro-PR, durante a Agroleite, o Anuário do Leite 2018. A publicação é oriunda da parceria entre a Embrapa Gado de Leite e a Texto Comunicação Corporativa e conta com coordenação técnica da pesquisadora Rosângela Zoccal e do jornalista Nelson Rentero, um dos mais influentes profissionais de imprensa do setor leiteiro no Brasil.

O anuário possui 40 artigos, com diferentes enfoques. Entre os autores estão pesquisadores, jornalistas e técnicos do setor. Segundo Rentero, a publicação é pontual e inédita. “Buscamos associar indicadores e análises que ajudem a compor o perfil da pecuária leiteira, considerada uma das mais complexas atividades do agronegócio”, afirma.

Alguns artigos e reportagens contidos no anuário trazem informações sobre aspectos econômicos do setor, avaliando custos, margens e preços nos últimos meses. No cenário mundial, a publicação apresenta indicadores de várias partes do mundo. Outros artigos abordam as novidades da pesquisa agropecuária em bovinocultura de leite.

O Anuário traz ainda duas entrevistas exclusivas, com o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, e com o presidente da Comissão de Pecuária de Leite da Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Eles falam sobre o atual momento da cadeia produtiva do leite no país.

O lançamento do Anuário ocorreu num dos maiores eventos do setor na América Latina, realizado no município de maior expressão nacional em produção de leite. Castro é a cidade com a maior produtividade leiteira do país. São 7.478 litros/vaca/ano. Número muito superior à média brasileira (1.709 litros) e de países especializados como Argentina, Uruguai ou Nova Zelândia.

Além da versão imprensa, a publicação está disponível em versão digital, no site da Embrapa Gado de Leite.

Para ter acesso ao Anuário Leite 2018, clique aqui

Fonte: Embrapa Gado de Leite

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Os preços do leite pagos ao produtor tiveram uma expressiva valorização em julho, referente ao leite entregue em junho aos laticínios, período logo após o fim da greve dos caminhoneiros. Nesse último mês, o leite ao produtor fechou cotado a R$1,59 na média nacional, alta de 13,08% na comparação mensal. Dos Estados pesquisados todos tiveram aumentos superiores a 10%, com exceção da Bahia. Essa valorização fez com que os preços atuais do leite superassem os valores pagos no mesmo mês de 2017 em mais de 18%.

Outro fato positivo para os produtores foi a redução de preço do milho e do farelo de soja. Assim, a relação de troca litros de leite / quilo de ração apresentou a quarta melhora consecutiva, sendo essa última a mais expressiva em termos percentuais. Apesar disso, os índices de relação de troca continuam piores para os produtores de leite quando comparados com os valores registrados há um ano atrás.  Acompanhando esse movimento de redução nos preços dos insumos para alimentação concentrada do rebanho, o custo de produção, medido pelo ICPLeite/Embrapa, apresentou queda de 0,30% em julho, na comparação mensal. Já na comparação com o mesmo mês de 2017, o índice de custo de julho fechou 15,42% maior.

No varejo, o preço do leite UHT continuou em elevação em julho, com alta de 11,99%, completando o sexto mês consecutivo de alta. Nesse cenário, os preços do último mês ficaram quase 28% maiores que os valores praticados em julho de 2017.

Na balança comercial, as importações brasileiras de leite e derivados continuam menores em relação ao mesmo período de 2017. Em julho, as importações recuaram 14,6% em relação ao mesmo mês de 2017. No acumulado dos sete meses de 2018, essa redução foi de 32,9%. Já as exportações registraram queda ainda maior, de 57,8% na comparação com mesmo mês de 2017 e de 57,4% no acumulado de janeiro a julho de 2018.

Esses dados estão apresentados no boletim mensal de INDICADORES LEITE E DERIVADOS da Plataforma de Inteligência Intelactus. Na edição de agosto de 2018 veja também os últimos dados de preços no mercado internacional, que mostram a desvalorização recente do leite em pó integral na Oceania, que iniciou agosto na faixa de US$3.000,00 por tonelada. A publicação está disponível no site http://www.cileite.com.br/content/indicadores-leite-e-derivados-1

No site também estão disponíveis diversas informações atualizadas sobre a cadeia produtiva do leite, além de publicações como o Índice de Custo de Produção de leite da Embrapa (ICPLeite) e a Nota de Conjuntura de Mercado do Leite, de periodicidade mensal, além dos boletins com indicadores agrícolas e macroeconômicos, com atualização bimestral.

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O Prosa Rural desta semana fala sobre boas práticas agropecuárias na produção leiteira, a partir da ferramenta Protambo. Quem acompanhar o veterinário Rogério Dereti, da Embrapa Clima Temperado, vai saber que essa ferramenta torna o sistema de produção mais eficiente e aumenta a qualidade do leite. Isso sem falar, que a Protambo permite que se produza de acordo com os parâmetros internacionais. Em consequência, tem tudo para aumentar renda do produtor. Para saber mais, não perca o Prosa Rural. O Prosa Rural é o programa de rádio da Embrapa!

Para ouvir os programas, acesse a página do Prosa Rural.

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O custo de produção de leite caiu em julho, após quatro meses de alta. Essa queda, de 0,30%, foi resultado da deflação nos grupos Concentrado (- 1,95%), Mão de obra (- 1,30%) e Energia e combustível (-0,35%).

Apesar desse resultado, no acumulado do ano, o ICPLeite/Embrapa registra elevação de 9,01%. Os maiores aumentos ocorreram nos grupos Energia e combustíveis (+ 21,11%), Sal Mineral (+ 14,76%), Concentrado (+ 12,87%) e Qualidade do leite (+ 11,09%).

Já no acumulado dos últimos 12 meses, o ICPLeite/Embrapa está 15,42% maior, impulsionado principalmente pelos grupos Energia e combustível e Concentrado. Importante notar que, nesse período todos os grupos componentes do custo registraram aumentos.

Mais detalhes sobre essas variações por períodos e por grupos, bem como a metodologia de cálculo, estão disponíveis na publicação ICPLeite / Embrapa da Plataforma de Inteligência Intelactus em sua edição de julho de 2018, que pode ser acessada no site: http://www.cileite.com.br/content/%C3%ADndice-de-custo-de-produ%C3%A7%C3%A3o-de-leite-4

Caso tenha interesse em mais informações atualizadas sobre o mercado do leite não deixe de acessar o site do Centro de Inteligência do Leite. Para receber e-mails informativos com as publicações recentes (newsletter) do Centro de Inteligência é só se cadastrar: http://www.cileite.com.br/user/register

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LEITE NA TERRA DA UVA

Meu artigo na Revista Balde Branco de Julho.

LEITE NA TERRA DA UVA

Este mês estive nas serras gaúchas, terra das vinícolas mais importantes e famosas do Brasil. Mas, o que me levou lá foi o leite. Aquela região disputa com o oeste Catarinente e o sudoeste do Paraná a liderança em densidade de produção por km, que é o que interessa para a indústria. Estive em três municípios: Veranópolis, Paraí e Carlos Barbosa participando de simpósios regionais para produtores de leite. Uma bela surpresa foi ver casais chegando de mãos dadas. Contei onze em Veranópolis, perdi a conta a partir de quinze em Paraí e em Carlos Barbosa teve casal com filhos no colo e no carrinho de bebê. Na terra da uva, o que reúne a família é o leite!

Desde 2013, desenvolvemos ali o projeto Gepleite, com a Cooperativa Santa Clara, a mais antiga do Brasil, criada há 104 anos! O foco é gestão de propriedades. O Projeto é exemplo de inovação aberta, pois o Carlos Araújo e o seu time de técnicos estão desenvolvendo conosco esta ferramenta, que começou na CCPR, com o Jacques Gontijo, o grande inspirador e mentor. Hoje, o Alexandre Guerra e João Seibel, diretores da Santa Clara, apoiam este trabalho, que possibilita ao produtor conhecer o desempenho econômico e financeiro da sua propriedade em tempo real. Nada similar há no mundo!

Assisti o produtor participante do Gepleite apresentar o desempenho da sua propriedade. Produz em oito hectares! Era desleixado com a atividade e, segundo ele, mudou sua visão, depois que começou a participar do Gepleite. Agora, fica ansioso para o fechamento da planilha mensal de desempenho financeiro, para ver se destruiu ou gerou valor naquele mês. Depois da minha palestra, um produtor me mostrou vídeos e fotos da propriedade dele com o Capiaçu, um capim que criamos na Embrapa Gado de Leite e que, se você não conhece, considere-se desatualizado. Ele esteve conosco em 2016 e levou uma muda. Aí, lembrei que, no início do mês estive na CNA e o presidente da Federação de Produtores da Paraíba fez questão de me mostrar fotos do Capiaçu na fazenda dele. O Capiaçu está tomando o Brasil.

Almocei entre os produtores para interagir com eles. Conheci uma senhora e a filha que entraram no leite há três anos, apenas. Deixaram a cultura do fumo. Perguntei qual o motivo e elas me disseram que era “por ser menos penoso e mais lucrativo”. Descobri que existe algo mais penoso que produzir leite! Na minha frente, uma nova Gizele Bündchen, loira, alta, magra e olhos absurdamente claros, me disse que ela, o marido e a sogra também haviam deixado o cultivo do fumo. Perguntei pelo marido e ela me disse que alguém precisava cuidar das vacas e alguém precisava aprender coisas novas, terminando com um belo sorriso.

Fui com Marcelo Machado e Raquel Soletti, técnicos da DSM, conhecer um produtor que está no programa Gepleite da Santa Clara, que desativou a avicultura e a horticultura para se dedicar ao leite. Começou com sistema semi-confinado e agora está no confinamento pleno. Perguntei por que trocou as duas atividades pelo leite e ele disse que a horticultura é desumana e a avicultura não dá dinheiro. O leite ganha das duas no quesito "meu tempo" e "dinheiro no bolso". Ele já esteve conosco durante uma semana em Coronel Pacheco. A mulher, ele e o tio cuidam da fazenda de 30 hectares.

No dia seguinte, estive em Paraí. Na abertura do Simpósio do Leite o prefeito, o padre, o diretor da Coopearativa, o gerente regional da Emater e o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais da região falaram sobre a importância de estar aberto para absorver tecnologia. Isso é muitíssimo diferente do que ocorre em outros locais no Brasil e explica por que o RS conseguiu assumir a liderança nacional de produtividade por vaca. As instituições atuam articuladas a favor da modernização constante do leite e fazem discurso sincronizado. Assim, o produtor se sente protegido e valorizado. No almoço, sentei com os produtores e todos ali cuidavam da fazenda com um ou dois membros da família, sem empregados, e tinham produção por volta de 30 litros/vaca/dia, o que os colocam com produtividade compatível com o que há de melhor no mundo do leite. Todos, produtores familiares.

Também visitei um produtor de leite participante do Gepleite que foi o primeiro do Brasil a ter ordenha robotizada. Fiquei muito bem impressionado com o que vi e pude entender os números que temos dele. Conhecia outros dois, um em MG e outro no RS. Mas, este tem a fazenda na ponta dos dedos, como piloto de fórmula um. No terceiro dia o simpósio foi na sede da Cooperativa, em Carlos Barbosa, o terceiro município com maior densidade de leite do Brasil. A produção é essencialmente familiar e ninguém pensa em abandonar a atividade para trabalhar na Tramontina, essa famosa empresa de utensílios de cozinha, que tem sede lá.

Há um Brasil novo surgindo. Um Brasil silencioso e revolucionário. Em que a produção familiar se alia ao robô. Um novo produtor está no campo, buscando tecnologia, querendo gerenciar sua propriedade de modo competente. Este é o verdadeiro Brasil.

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As variações de preços são os destaques na conjuntura do mercado lácteo neste mês de julho. No cenário internacional, os preços de quase todos os derivados negociados no primeiro leilão GDT de julho despencaram. Notadamente, parece estar havendo redução do volume comprado pelos principais importadores, ao passo que os maiores produtores continuam ampliando a oferta do produto no mercado internacional.

Já no cenário nacional, o preço do leite pago ao produtor continua em ascensão, mas houve desaceleração no ritmo dos aumentos. De maio a junho, o preço subiu 3,3%, enquanto nos meses respectivamente anteriores os aumentos foram de 8,4%, 7,7% e 5,3%. Entretanto, com a entressafra e os efeitos da greve dos caminhoneiros, a menor oferta de leite no mercado pode ainda pressionar a valorização dos preços em julho e agosto.

Nos supermercados, o aumento de preços do leite UHT tem assustado os consumidores. Dados da Abras mostram que no ano, o aumento do preço do leite longa vida foi de 11,5%. No atacado no estado de São Paulo, os preços do leite UHT parecem estar se estabilizando nesse início de julho, após os elevados incrementos verificados em junho. Neste cenário, fica evidente que se a demanda por lácteos não reagir, os preços cairão em breve. Isso porque a análise do PIB mostra uma recuperação lenta da economia brasileira no início deste ano.

Confira essa análise completa com mais detalhes na NOTA DE CONJUNTURA da Plataforma de Inteligência Intelactus em sua edição de julho de 2018 que também apresenta os resultados de pesquisa recente da Fiesp que evidenciam que os consumidores brasileiros adotaram novos hábitos de consumo em função da crise econômica e que estão dispostos a mantê-los. A publicação está disponível no site http://www.cileite.com.br/content/nota-conjuntura

No site também estão disponíveis diversas informações atualizadas sobre a cadeia produtiva do leite como o Boletim "Indicadores: Leite e Derivados", além de publicações como o Índice de Custo de Produção de leite da Embrapa (ICPLeite), de periodicidade mensal, além dos boletins com indicadores agrícolas e macroeconômicos, com atualização bimestral. Caso tenha interesse em receber e-mails informativos com as publicações recentes (newsletter) é só cadastrar no site: http://www.cileite.com.br/user/register 

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Mitos sobre a calagem do solo

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Foto: Carlos Kurihara

O plantio de soja no Mato Grosso do Sul deve ter início no dia 1º de outubro, de acordo com o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC). E o mês de agosto é tradicionalmente um momento oportuno para os agricultores se dedicarem ao manejo da fertilidade do solo, por meio da aplicação de calcário e gesso agrícola.

A calagem é fundamental para os solos naturalmente ácidos, que é uma característica dos solos de regiões tropicais. A tomada de decisão para a correção da acidez do solo deve ser embasada nos resultados de análises de solo, feitas em laboratório credenciado, que indicarão o tipo (calcítico ou dolomítico) e a quantidade adequada de calcário a ser aplicado em cada talhão.

Apesar de ser uma prática corriqueira dos produtores rurais, alguns agricultores não têm obtido o retorno esperado quando o assunto é calagem. Para esclarecer algumas dúvidas quanto ao assunto, o pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Carlos Hissao Kurihara esclarece alguns mitos e verdades sobre a calagem, que poderão contribuir com um resultado positivo em relação a esse tema.

1. A aplicação simultânea de calcário e gesso pode prejudicar a correção da acidez do solo?
Mito. Experimentos conduzidos na Embrapa Agropecuária Oeste revelaram que é possível realizar a distribuição de gesso a lanço, associado à calagem, sem prejudicar a correção da acidez do solo. Esse é uma estratégia de manejo recomendada para se obter a melhoria do ambiente radicular em profundidade, reduzindo os impactos negativos dos veranicos e/ou estiagens.

O gesso agrícola é um subproduto da fabricação de ácido fosfórico, utilizado na produção dos fertilizantes fosfatados, constituído por cálcio, enxofre, fósforo e flúor. Este insumo tem sido utilizado como melhorador do ambiente radicular no perfil do solo, em doses que variam de 700 a 3.200 kg/ha, conforme a textura do solo. Aplicado superficialmente, sem a necessidade de incorporação com implementos agrícolas, o gesso é dissolvido facilmente, em condições adequadas de umidade. Como resultado desta dissolução, há liberação de sulfato, que tem a propriedade de se deslocar facilmente para as camadas mais profundas, carregando consigo nutrientes importantes para o crescimento das plantas, tais como o cálcio, o magnésio e o potássio. Desta forma, a aplicação de gesso permite a melhoria da fertilidade do solo (saturação por bases) em profundidade. Indiretamente, o aumento nos teores de cálcio, magnésio e potássio nas camadas subsuperficiais do solo, resulta na diminuição dos efeitos tóxicos do alumínio sobre as raízes das plantas. Isso ocorre porque a presença destes nutrientes, denominados catiônicos, faz com que o alumínio fique relativamente “diluído” nas fases líquida e sólida do solo (diminuição da saturação por alumínio).

Como resultado, há maior crescimento do sistema radicular. Em teoria, se o gesso for aplicado junto com o calcário, poderia haver diminuição da velocidade de reação deste último, resultando no prolongamento do tempo necessário para que este insumo pudesse ter efeito sobre a correção da acidez. Por esta razão, existiam indicações para que o gesso fosse distribuído somente alguns meses após a calagem, para haver tempo suficiente para que o corretivo se dissolvesse no solo, na ausência do gesso, e conseguisse neutralizar os componentes da acidez.

Contudo, diante da falta de informações acerca da magnitude da interferência do gesso na solubilidade do calcário, quando estes insumos são aplicados de forma conjunta, o estudo de viabilidade de aplicação simultânea foi realizado. Os resultados obtidos, por meio de experimento conduzido na Embrapa Agropecuária Oeste, indicaram que a aplicação conjunta com gesso, mesmo em dose elevada (até 7 ton/ha), não prejudicou a reatividade do calcário, avaliada em termos de elevação do pH e neutralização do alumínio, independentemente da textura do solo.

2. Para calcular a quantidade de calcário utilizado na calagem, devo considerar apenas o valor da saturação por bases, representada por V%?
Mito. É preciso considerar também o Poder Relativo de Neutralização Total (PRNT) e a profundidade desejada de incorporação de corretivo no solo. Um dos critérios mais utilizados para se definir a quantidade de calcário a ser aplicado é a saturação por bases, que vem a ser a proporção na qual o complexo de adsorção de um solo está saturado por cálcio, magnésio e potássio. Em suma, a saturação por bases, representada por V%, nada mais é do que a percentagem das cargas negativas que um determinado solo possui em pH 7,0 (também denominado de capacidade de troca de cátions, ou simplesmente, CTC potencial) e que está ligada aos cátions básicos. Por este critério, a partir dos resultados da análise química realizada em uma amostra de solo representativa do talhão, estima-se a quantidade de calcário necessária para se elevar a saturação por bases a um valor considerado ideal, normalmente 60%; porém, este valor pode variar, em função da tolerância da espécie vegetal a ser cultivada, aos efeitos da acidez.

Muitos produtores rurais, e mesmo técnicos da assistência, comumente questionam a razão pela qual a aplicação de calcário em dose estimada por este critério, quase sempre resulta na correção apenas parcial da acidez do solo; em outras palavras, a saturação por bases efetivamente obtida, na maioria das vezes é inferior àquela que foi almejada.

Essa aparente discrepância é resultante de um conjunto de fatores que costumam ocorrer rotineiramente nas propriedades agrícolas, em maior ou menor magnitude, e que podem passar despercebido pelo produtor rural. A dose de calcário estimada pelo critério da saturação por bases é estabelecida para um corretivo de acidez com PRNT padrão de 100% e a incorporação em uma profundidade de 20 cm. O PRNT é um índice cujo valor depende dos teores de cátions neutralizantes (ou seja, os teores de CaO e MgO) e do grau de moagem do produto. Por esta razão, quando se utiliza um calcário com valor de PRNT menor ou maior do que o padrão 100%, torna-se necessário aumentar ou diminuir proporcionalmente a quantidade a ser aplicada, respectivamente. Da mesma forma, se por algum motivo o produtor rural vai realizar a incorporação do calcário em profundidade maior do que 20 cm, deve-se aumentar a dose de forma proporcional ao volume de solo que será corrigido. Estes dois fatores muitas vezes são ignorados em função da sua aparente banalidade. Porém, ao se aplicar um calcário com PRNT de 85%, e incorporá-lo em uma camada de 25 cm, a quantidade do corretivo deve ser aumentada em 47%.

3. Armazenar o calcário a granel, no próprio campo, pode trazer algum problema em relação à qualidade do produto?
Mito. O calcário armazenado a granel, no próprio campo, não terá diferença em sua qualidade química, comparativamente ao calcário ensacado, armazenado no galpão. Contudo, é importante que o agricultor esteja ciente de que o insumo armazenado a granel pode conter umidade em torno de 10 a 15% e o uso de calcário úmido pode resultar em equívoco grosseiro na correção da acidez do solo. Em geral, não há tempo para se proceder a determinação da umidade do produto, razão pela qual acaba se aplicando uma dose efetivamente menor do que o necessário. E como os erros são cumulativos, se o agricultor utilizar um calcário com 85% de PRNT e 15% de umidade, e se pretenda corrigir a camada de 25 cm de profundidade, a quantidade de corretivo deve ser acrescida em 73%.

4. Aplicação de calcário é tão simples, que qualquer um pode fazer?
Mito. Para o bom êxito da calagem e obtenção do potencial completo de correção da acidez do solo, alguns fatores devem ser observados. O processo passa pela necessidade obrigatória de realizar uma correta e qualificada análise de solo, com atenção ao procedimento de coleta de amostras, análise em laboratórios de qualidade, interpretação correta do nível de fertilidade; regulagem adequada do distribuidor de calcário em função do valor de PRNT, da profundidade de incorporação e da umidade do produto; e uniformidade na distribuição.

Christiane Congro Comas (Mtb-SC 00825/9 JP)
Embrapa Agropecuária Oeste

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Fonte: Portal Embrapa

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O custo de produção de leite apresentou mais um acréscimo em junho, o quarto consecutivo. Esse novo aumento, de 1,51%, só não foi mais expressivo por causa da deflação no grupo Concentrado, que após nove meses seguidos de alta caiu 2,30%.

No acumulado do ano, o ICPLeite/Embrapa já registra elevação de 9,34%. As maiores elevações ocorreram nos grupos Energia e combustíveis (+ 21,53%), Concentrado (+ 15,12%) e Sal Mineral (+ 10,65%). Também contribuíram para a elevação do custo os grupos Mão de obra (+ 5,74%), Sanidade (+ 5,40%) e Qualidade do leite (+ 5,36%).

Já no acumulado dos últimos 12 meses, o ICPLeite/Embrapa está 15,85% maior, impulsionado principalmente pelo grupo Concentrado. Importante notar que nesse período, todos os grupos componentes do custo registraram aumentos.

Mais detalhes sobre essas variações por períodos e por grupos, bem como a metodologia de cálculo, estão disponíveis na publicação ICPLeite / Embrapa da Plataforma de Inteligência Intelactus em sua edição de junho de 2018, que pode ser acessada no site: http://www.cileite.com.br/content/%C3%ADndice-de-custo-de-produ%C3%A7%C3%A3o-de-leite-4

Caso tenha interesse em mais informações atualizadas sobre o mercado do leite não deixe de acessar o site do Centro de Inteligência do Leite. Para receber e-mails informativos com as publicações recentes (newsletter) do Centro de Inteligência é só se cadastrar: http://www.cileite.com.br/user/register

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A Embrapa está com inscrições abertas até o próximo dia 31 de julho para o curso online IrrigaWeb, com carga horária de 200 horas. Em sua nova versão, o IrrigaWeb – capacitação online em Uso e Manejo de Irrigação – terá novo design instrucional e gráfico com muitos recursos modernos e didáticos, como videoaulas, animações e game.

O conteúdo é dividido em três módulos (Fundamentos, Requerimentos e Aplicação) com 11 unidades técnicas que abrangem temas como gestão da água, seleção do método de irrigação, estratégias de manejo, desempenho de sistemas, avaliação econômica, fertirrigação e muito mais. O curso é ofertado totalmente a distância no calendário de agosto a dezembro de 2018 (onde o aluno organiza o seu próprio horário de acesso).

De acordo com a pesquisadora Sara Rios, coordenadora-executiva da capacitação, o IrrigaWeb é um serviço estratégico que permite a expansão da capilaridade das ações de compartilhamento de conhecimentos e de comunicação.

As vagas para a turma de 2018 são limitadas! Garanta a sua em http://bit.ly/2L3zLEO . O lote promocional esgotou nas primeiras 24 horas, mas ainda dá tempo de se inscrever pelo valor normal e há descontos para grupos.

Para saber mais, visite: http://bit.ly/e-campo e http://bit.ly/eadembrapa . Interessados em estabelecer parcerias com a organização do curso devem entrar em contato pelo e-mail irrigaweb@embrapa.br .

Guilherme Viana (MG 06566 JP)
Embrapa Milho e Sorgo

Fonte: Embrapa


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Os preços do leite pagos ao produtor continuaram em recuperação em junho (referente ao leite entregue em maio). Entretanto, essa última valorização mensal foi a menor desde o início desses aumentos em fevereiro desse ano. Nesse último mês, o leite ao produtor fechou cotado a R$1,41 na média nacional, alta de 2,76% na comparação mensal. Essa valorização fez com que os preços atuais superassem, pela primeira vez no ano, os valores nominais pagos no mesmo mês de 2017.

Esse aumento no preço recebido pelo leite foi acompanhado de reduções nos preços do milho e do farelo de soja. Assim, a relação de troca litros de leite / quilo de ração apresentou uma expressiva melhoria em junho. Apesar disso, os índices de relação de troca continuam desfavoráveis aos produtores quando comparados com os valores registrados há um ano atrás.  Já o custo de produção, medido pelo ICPLeite/Embrapa, apresentou novo aumento, a quarta elevação consecutiva, sendo essa última de 1,51%. Na comparação anual, índice de custo de junho fechou 15,85% maior que no mesmo mês de 2017.

No varejo, o preço do leite UHT disparou em junho, reflexo da greve dos caminhoneiros ocorrida no final de maio e da entressafra. No mês, o produto teve aumento de 15,63% fazendo com que o preço de junho superasse pela primeira vez no ano, os valores praticados no mesmo mês de 2017.

Na balança comercial, as importações brasileiras de leite e derivados continuam menores em relação ao mesmo período de 2017. Em junho, as importações recuaram 40,6% em relação ao mesmo mês de 2017. No acumulado do primeiro semestre de 2018, essa redução foi de 35,9%. Já as exportações registraram queda ainda maior, de 75,1% na comparação com mesmo mês do ano anterior e de 57,3% no acumulado do ano.

Esses dados estão apresentados no boletim mensal de INDICADORES LEITE E DERIVADOS da Plataforma de Inteligência Intelactus. Na edição de julho de 2018 veja também os dados da Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE que mostraram que a região Sul foi a grande responsável pelo aumento da produção de leite sob inspeção nesse primeiro trimestre de 2018. A publicação está disponível no site http://www.cileite.com.br/content/indicadores-leite-e-derivados-1

No site também estão disponíveis diversas informações atualizadas sobre a cadeia produtiva do leite, além de publicações como o Índice de Custo de Produção de leite da Embrapa (ICPLeite) e a Nota de Conjuntura de Mercado do Leite, de periodicidade mensal, além dos boletins com indicadores agrícolas e macroeconômicos, com atualização bimestral.

Caso tenha interesse em receber e-mails informativos com as publicações recentes (newsletter) é só se cadastrar: http://www.cileite.com.br/user/register

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O DIA DA INOVAÇÃO

O DIA DA INOVAÇÃO
 
Criada nos EUA em 2001, o Compost Barn foi trazido ao Brasil em 2013, pelo Prof. Fernando Laranja e se propaga rapidamente entre nós. Os compostos em operação nos Estados do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Goiás já ultrapassaram a barreira de mil instalados. No auge da greve dos caminhoneiros, no dia 26 de maio estive na Fazenda São Pedro, em Bom Despacho-MG, na inauguração do primeiro Compost Barn do Brasil movido a energia solar. Não tenho notícias que haja outro no mundo e tenho certeza que será a grande onda tecnológica do leite a partir de agora.
 
Os resultados da Fazenda São Pedro são arrebatadores. Após a instalação do Compost Barn, ainda sem energia solar, em apenas um ano a produtividade do rebanho cresceu 42%, medida em produção por vaca/dia, e o custo com alimentação caiu de 53% para 42% do custo total. Os casos de mastite no rebanho eram de 17 por dia e caíram para apenas dois por dia. Mas, o custo da energia na fazenda cresceu, pois o consumo total de 8 mil subiu para 23 mil kWh/mês. Portanto, praticamente triplicou. Ainda assim compensou, já que a produtividade aumentou em sete litros por vaca/dia. Todavia, sem o Compost Barn o custo da Energia Elétrica de toda a fazenda era de R$ 4 mil por mês. Com ele, foi para R$ 12 mil/mês.
 
Então, a Fazenda São Pedro inovou na já inovadora tecnologia do Composto. Os ventiladores passaram a ser movimentados à base de energia solar, gerada por células fotovoltaicas. Como a capacidade de geração é maior que o necessário para movimentar os ventiladores, o excedente é usado no restante da fazenda, que ficou autossuficiente a partir de agora. A Fazenda não tem necessidade de comprar energia. Pega emprestado da Cemig nos momentos em que não há sol e devolve quando o sol brilha no horizonte. Sem a energia solar, em média, uma vaca gastava R$ 0,60 de energia por mês. Agora, considerando todos os investimentos feitos, gasta apenas R$ 0,15. Isso, sem contar a elevação do custo da energia neste mês de junho, que subiu 19% de uma só vez.
 
Na Inauguração, estiveram vários produtores lendários, por serem inovadores. Um deles era o senhor Geraldo Mesquita, da fazenda Canoas, Luz - MG. Ele começou a fazer seleção de Gir para leite em 1973. Portanto, três anos antes da criação da Embrapa Gado de Leite, onde surgiu o Gir Leiteiro, fruto do programa de melhoramento desta raça, que começou apenas 12 anos após o senhor Geraldo ter iniciado a seleção genética na sua fazenda. Sua propriedade participa do programa de melhoramento da raça Gir Leiteiro, que a Embrapa Gado de Leite lidera.
 
Outro personagem inovador presente foi o ex-ministro Alysson Paulinelli. Ele fez uma palestra contando como começou a Embrapa Gado de Leite em Coronel Pacheco, em 1976. Com riqueza de detalhes, descreveu como planejou, buscou apoio e executou algo que parecia impossível, que foi se valer da pesquisa, por meio da criação da Embrapa, para viabilizar a revolução do cerrado brasileiro, via Minas Gerais. Com sua liderança, somos hoje o único país tropical que domina a tecnologia de produção neste tipo de bioma. Sem esta inovação, os países que importam alimentos e fibras do Brasil teriam dificuldades de abastecimento e os que não importam de nós iriam conviver com preços mais elevados, já que o Brasil é formador de preços no mercado internacional. Sem a produção vinda do cerrado brasileiro, os preços vão lá nas alturas.
 
A fazenda São Pedro é de propriedade do Jacques Gontijo, que tem toda uma trajetória de inovador. Com ele e com o estimado professor Sebastião Teixeira Gomes, fizemos a primeira metodologia de reajuste de preços de leite, que vigorou como lei até o Governo Collor, quando os preços deixaram de ser tabelados. Ele foi o responsável pela engenhosidade que permitiu a Itambé ter sócio privado, mesmo sendo cooperativa. Foi ele que liderou a modernização da Itambé há dez anos, desenhada pelo professor Vicente Falconi, o consultor de empresas brasileiro mais conhecido e respeitado em todo o mundo. Foi ele também um dos pioneiros do cooperativismo de crédito, hoje um sistema sólido e com capilaridade. Em 2010, ele e eu construímos uma proposta para viabilizar crédito especial para inovação na propriedade rural e levamos ao presidente do BNDES. Em 2012, o ligadíssimo Valter Bianchini, então secretário de Agricultura Familiar, encampou esta proposta e a levou para onde realmente se decide no Governo, ou seja, Ministério da Fazenda e Casa Civil. Esta foi a origem do Inovagro, linha de crédito do BNDES criada em 2013 e que permite o produtor investir em inovação na sua produção. Também, junto com a equipe da Embrapa, fizemos o Gepleite, o mais inovador aplicativo de gestão financeira de propriedade leiteira.
 
No dia 19 de outubro é comemorado o Dia Nacional da Inovação. Pois, neste 26 de maio, junto a Geraldo Mesquita, Alysson Paulinelli e Jacques Gontijo, três lendas vivas da inovação do agronegócio do leite brasileiro, tive o meu particular e inesquecível Dia Nacional da Inovação no Leite.
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Historicamente, a produção brasileira de leite apresenta seus menores volumes entre abril e junho, enquanto o preço do leite pago ao produtor atinge seu pico entre junho e agosto. Já a magnitude do aumento de preços é muito variável a cada ano. Em 2018, de janeiro a maio, o preço do leite ao produtor valorizou 26%, sendo que esses aumentos refletiram principalmente os repasses de preço do leite no atacado e no varejo.

No atacado, após aumento de 26,5% entre janeiro e abril, o preço do leite UHT ficou praticamente estável em maio. Entretanto, o cenário mudou completamente na primeira quinzena de junho. Os efeitos da greve dos caminhoneiros, somados a menor oferta de leite típica do período de entressafra, resultou em forte valorização do preço do leite UHT no atacado.

Esse aumento no atacado será repassado aos preços pagos ao produtor. Entretanto, tal repasse servirá apenas para amenizar a situação dos pecuaristas que vem convivendo com preços reais do leite baixos e custo de produção elevado.

A magnitude e a duração desse aumento dependerão da recuperação da oferta de leite ao fim da entressafra, dos impactos residuais da greve dos caminhoneiros na produção, da reação do consumo de lácteos e da capacidade de absorção desses aumentos de preços pelo consumidor. 

Confira essa análise completa com mais detalhes na NOTA DE CONJUNTURA da Plataforma de Inteligência Intelactus em sua edição de junho de 2018 que também apresenta uma análise do comportamento de preços do leite, do milho e do farelo de soja nos últimos anos. A publicação está disponível no site http://www.cileite.com.br/content/nota-conjuntura
No site também estão disponíveis diversas informações atualizadas sobre a cadeia produtiva do leite como o Boletim "Indicadores: Leite e Derivados", além de publicações como o Índice de Custo de Produção de leite da Embrapa (ICPLeite), de periodicidade mensal, além dos boletins com indicadores agrícolas e macroeconômicos, com atualização bimestral. Caso tenha interesse em receber e-mails informativos com as publicações recentes (newsletter) é só cadastrar no site: http://www.cileite.com.br/user/register 

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Os preços do leite ao produtor continuam em recuperação, sendo que em maio a valorização mensal foi a maior desde o início desses aumentos em fevereiro desse ano. Nesse último mês, o leite ao produtor fechou cotado a R$1,37 na média nacional, alta de 8,27% na comparação mensal. Essa valorização aproximou os preços atuais dos valores pagos em maio de 2017, sendo essa diferença agora de apenas 1,03% para menos.

Entretanto, esse aumento no preço recebido foi acompanhado pelos aumentos nos preços do milho e do farelo de soja. Assim, a relação de troca leite / ração apresentou uma redução de apenas 1,91%. Já o custo de produção, medido pelo ICPLeite/Embrapa, apresentou novo aumento, mas de menor magnitude que as duas altas anteriores, de 0,23%. De toda forma, em maio o índice de custo fechou 10,93% maior que no mesmo mês de 2017.

No varejo, o preço do leite UHT vem mantendo sua valorização, pelo quarto mês consecutivo, sendo essa última alta de 2,65%. Entretanto, o preço atual ainda está 5,05% abaixo do registrado em maio de 2017.

Na balança comercial, as importações brasileiras de leite e derivados continuam menores em relação ao mesmo período de 2017. Em maio, as importações recuaram 27,6% em relação ao mesmo mês de 2017. No acumulado do ano essa redução foi de 34,8%. Já as exportações registraram queda ainda maior, de 72,1% na comparação com mesmo mês do ano anterior e de 52,2% no acumulado do ano.

Esses dados estão apresentados no boletim mensal de INDICADORES LEITE E DERIVADOS da Plataforma de Inteligência Intelactus. Na edição de junho de 2018 veja também que o preço do leite em pó integral segue no patamar de US$3.300,00 por tonelada nos mercados da Oceania e da União Europeia. A publicação está disponível no site http://www.cileite.com.br/content/indicadores-leite-e-derivados-1

No site também estão disponíveis diversas informações atualizadas sobre a cadeia produtiva do leite, além de publicações como o Índice de Custo de Produção de leite da Embrapa (ICPLeite) e a Nota de Conjuntura de Mercado do Leite, de periodicidade mensal, além dos boletins com indicadores agrícolas e macroeconômicos, com atualização bimestral.

Caso tenha interesse em receber e-mails informativos com as publicações recentes (newsletter) é só se cadastrar: http://www.cileite.com.br/user/register

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16ª Cabra Fest - A festa da cabra leiteira

Já estão abertas as inscrições para o 15º Workshop Produção de Caprinos na Região da Mata Atlântica, que acontecerá nos dias 6 e 8 de julho, durante a programação do CabraFest, em Coronel Pacheco (MG). O evento trará discussões sobre caprinocultura e ovinocultura leiteiras na região, com painéis sobre novos enfoques e potencialidades de produção. Mais informações pelo telefone (32) 3311.7652 ou pelo e-mail cnpgl.nuttec@embrapa.br

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