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O custo de produção de leite apresentou mais um acréscimo em maio, o terceiro consecutivo. Entretanto, esse novo aumento foi menos expressivo que nos meses anteriores. Em maio, a alta foi de 0,23%.

No acumulado do ano, o ICPLeite/Embrapa já registra elevação de 7,71%. O acumulado no grupo Concentrado nesses cinco meses de 2018 foi de 17,82%, sendo o principal responsável pelo expressivo aumento de custos neste período. Também contribuíram para o crescimento do custo os grupos Sal mineral (+ 5,34%), Qualidade do leite (4,59%) e Mão de obra (+ 4,15%).

Já no acumulado dos últimos 12 meses o ICPLeite/Embrapa está 10,92% maior, novamente impulsionado principalmente pelo grupo Concentrado. Importante notar que nesse período, todos os grupos componentes do custo registraram aumentos.

Mais detalhes sobre essas variações por períodos e por grupos, bem como a metodologia de cálculo, estão disponíveis na publicação ICPLeite / Embrapa da Plataforma de Inteligência Intelactus em sua edição de maio de 2018 que pode ser acessada no site: http://www.cileite.com.br/content/%C3%ADndice-de-custo-de-produ%C3%A7%C3%A3o-de-leite-4

Caso tenha interesse em mais informações atualizadas sobre o mercado do leite não deixe de acessar o site do Centro de Inteligência do Leite. Para receber e-mails informativos com as publicações recentes (newsletter) do Centro de Inteligência é só se cadastrar: http://www.cileite.com.br/user/register

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O volume de leite cru adquirido pela indústria nacional no primeiro trimestre de 2018 cresceu 4,1% em comparação com o mesmo período de 2017. Este desempenho mostra que a produção nacional ainda não foi impactada pela elevação dos custos de produção e pela queda dos preços do leite, iniciados no final de 2017. Entretanto, esse bom desempenho da produção não deverá se repetir nos próximos meses. 

A recente valorização do dólar diante do real é uma boa notícia para o produtor brasileiro no que diz respeito às importações por inibir a entrada de lácteos importados. Por outro lado, essa desvalorização do real pode impactar internamente nos preços do milho e da soja que já encontram-se elevados.

No atacado, a indústria brasileira continua enfrentando problemas de rentabilidade, mas algum repasse de preços já vem acontecendo, sendo que no período de janeiro a abril de 2018, o leite UHT subiu 24% na indústria e 8% ao consumidor.

A expectativa é que os repasses de preços continuem nos próximos meses, por um conjunto de fatores: início da entressafra; aumento dos custos de produção e desaceleração da oferta; recomposição de margens ao longo da cadeia produtiva; recuo das importações; desvalorização do real frente ao dólar; bons preços internacionais e melhoria das condições econômicas.

Confira essa análise completa com mais detalhes na NOTA DE CONJUNTURA da Plataforma de Inteligência Intelactus em sua edição de maio de 2018 que também apresenta uma análise da oferta mundial de leite que tem refletido na estabilidade no preço do leite em pó integral. A publicação está disponível no site http://www.cileite.com.br/content/nota-conjuntura

No site também estão disponíveis diversas informações atualizadas sobre a cadeia produtiva do leite como o Boletim "Indicadores: Leite e Derivados", além de publicações como o Índice de Custo de Produção de leite da Embrapa (ICPLeite), de periodicidade mensal, além dos boletins com indicadores agrícolas e macroeconômicos, com atualização bimestral. Caso tenha interesse em receber e-mails informativos com as publicações recentes (newsletter) é só cadastrar no site: http://www.cileite.com.br/user/register 

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     As feiras-livres tem algo mágico. As pessoas se encontram, conversam. O ambiente é amigável e prazeroso. No último sábado do mês passado fui à feira do bairro São Pedro, em Juiz de Fora – MG, minha cidade. Tive o prazer de ver como ela cresceu em 25 anos. Ela foi criada para atender pedidos dos moradores daquele bairro, quando eu era secretário de Agropecuária e Abastecimento do município. E vi muita variedade e cores. Mas, nem sempre foi assim. Nos anos 70, nossas quitandas eram feias. Só tinha abóbora, alface, couve, chuchu, mandioca, inhame, batata, banana e fruta da época. Produzíamos comida pouca. Éramos importadores de alimentos com os escassos dólares que não tínhamos. Vivíamos à base de empréstimos internacionais.
     Mas, evoluímos rapidamente e não me canso de ouvir os Titãs cantarem que “a gente não quer só comida, quer diversão e arte, quer dinheiro e felicidade...” Vixe! Quando comer não é mais o principal objetivo da vida, fica claro que superamos esta barreira da escassez de alimentos. A incerteza se teremos o pão nosso de cada ficou para traz. Em apenas 45 anos, de importador de alimentos, passamos a alimentar 210 milhões de brasileiros e mais 4,5 brasis mundo afora. Em 2017, exportamos alimentos para 140 países e, entre o que gastamos e arrecadamos em dólares, deixamos no Banco Central US$ 81,7 bilhões, que são usados para pagar desde a Coca-Cola que você bebe até o Netflix que você assiste. Afinal, tudo isso é pago em dólar. Foi a tropicalização de plantas e animais que não existia no Brasil, como soja, milho, capins, bois e vacas que permitiu esta conquista. O Brasil é o único país do mundo que faz agricultura diversificada na região tropical. E isso é fruto de tecnologia que foi gerada aqui, disponível para o mais empreendedor dos brasileiros, que é o produtor rural.
     Na última semana de abril a Embrapa completou 45 anos. Em vez de deitar sobre as conquistas do passado, reconhecida mundialmente como o motor tecnológico da transformação brasileira, lançou o documento Visão 2030 – O futuro da agricultura brasileira, acessível em https://www.embrapa.br/visao-2030 . O documento é fruto da visão de mais de 300 profissionais de várias instituições, não somente da Embrapa. Ali estão delineadas algumas tendências para o futuro próximo. Afinal, não é conversa de mineiro, 2030 é logo ali. Vamos ter cada vez mais mão-de-obra escassa e cara no campo, com poucos e grandes nos elos da cadeia produtiva. Serão menos produtores, produzindo grandes quantidades. Serão menos empresas processadoras e o varejo, que já é concentrado no Brasil, será ainda mais. Com recursos escassos, os processos produtivos terão de ser intensificados, ou seja, cada vez será necessário, para ser viável economicamente, obter maior produção por hectare. Perdas e desperdícios precisarão ser reduzidos, pois ainda estão altos.
     Apesar de Trump não acreditar, as mudanças climáticas já impactam a agricultura mundialmente e o Brasil também precisa se adaptar a esta nova realidade. Teremos de gerar plantas e animais resilientes, mais adaptados ao aquecimento global e às variações de temperatura. Também teremos de gerar novas ferramentas para mitigar três grandes riscos que estão presentes na atividade agrícola. Os riscos climáticos estarão mais intensos, os riscos de mercado, gerado pela maior volatilidade de preços e os riscos de gestão, já que a atividade agrícola exige que eficiência e reposicionamento contínuo.
     Num outro aspecto, precisaremos desenvolver competências para agregar mais valor às cadeias produtivas e o leite abre muitas possibilidades. Isso depende mais dos produtores e industriais, pois a inovação depende deles. Mas, a pesquisa pode atuar de modo decisivo. Por exemplo, no leite fica evidente que precisamos encontrar novos caminhos. É evidente que precisamos nos tornar exportadores, pois assim será possível conviver com preços internos mais estáveis. Ademais, o esforço de exportação aumenta a necessidade do setor ser mais eficiente, ter maior produtividade e gerar produtos de melhor qualidade. Mas, trabalhar a questão do valor em duas vertentes. Por um lado, é preciso é encontrar novos usos para o leite, de modo objetivo. Leite que não provocam alergia e leite que protege o coração são exemplos. Por outro lado, é preciso despertar o sentimento de experiências, como desperta os doces e queijos artesanais.
     Além de produzir alimentos seguros, saudáveis e rastreáveis, será preciso estar conectado com os anseios do consumidor, num cenário em que a biologia sintética, a bioinformática e o mundo digital serão decisivos para o sucesso da agricultura brasileira. A terra, as plantas e os animais continuarão a ser fonte de riqueza. Mas, cada vez mais fica evidente que o negócio agrícola vai depender as novas aplicações da ciência e este é um grande desafio, pois o Brasil parou de investir em ciência. Um risco, pois o sucesso até aqui alcançado não garante o futuro, que depende do que fizermos a partir de agora até 2030!
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A produção nacional de leite sob inspeção continuou crescendo no primeiro trimestre de 2018, segundo os dados preliminares do IBGE. A alta foi de 4,3% em relação ao primeiro trimestre de 2017, sendo o quarto trimestre seguido de expansão.
 
Em abril, os preços do leite ao produtor mantiveram a recuperação iniciada em fevereiro, fechando a R$1,27 na média nacional. Na comparação mensal, esse aumento de 7,75% foi o maior registrado nesses três meses de aumento devido a aproximação da entressafra. Na comparação com os valores pagos em abril de 2017, os preços atuais ainda estão menores em 7,5%.
 
No âmbito do custo de produção, medido pelo ICPLeite/Embrapa, houve aumento de 1,78% em abril, ficando 10,5% acima do índice registrado em abril de 2017. No acumulado desses quatro meses de 2018, o custo já subiu 7,46%.
 
No varejo, o preço do leite UHT também aumentou, pelo terceiro mês consecutivo, sendo esse aumento de 4,9% em abril. Entretanto, o preço atual ainda está 5,77% abaixo do registrado no mesmo mês de 2017.
 
As exportações e importações brasileiras de leite e derivados continuam menores em relação ao mesmo período de 2017. Em abril, as exportações recuaram 14,1%, enquanto que as importações registraram queda de 14,5%. No acumulado do primeiro quadrimestre, o déficit comercial fechou em 110,9 milhões de dólares.
 
Esses dados estão apresentados no boletim mensal de INDICADORES LEITE E DERIVADOS da Plataforma de Inteligência Intelactus. Na edição de maio de 2018, veja também o ranking das maiores empresas de laticínios do Brasil em 2017, que aumentaram em 5,6% a captação de leite sobre o ano de 2016. A publicação está disponível no site http://www.cileite.com.br/content/indicadores-leite-e-derivados-1

No site também estão disponíveis diversas informações atualizadas sobre a cadeia produtiva do leite, além de publicações como o Índice de Custo de Produção de leite da Embrapa (ICPLeite) e a Nota de Conjuntura de Mercado do Leite, de periodicidade mensal, além dos boletins com indicadores agrícolas e macroeconômicos, com atualização bimestral.

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9846964701?profile=originalFoi anunciado na terça-feira (08/05) o primeiro produto brasileiro de avaliação genômica para rebanhos leiteiros, cujo objetivo é selecionar animais geneticamente superiores. O serviço leva o nome de Clarifide Girolando e é voltado para essa raça bovina, resultante do cruzamento entre Gir Leiteiro X Holandês, e que é de grande importância para a pecuária leiteira nacional. A solução é fruto de parceria público-privada que envolveu a Embrapa, a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando e as empresas CRV Lagoa e Zoetis.

Segundo o pesquisador da Embrapa Gado de Leite Marcos Vinícius Barbosa da Silva, o Clarifide é resultado de seis anos de pesquisas em genômica, genética molecular e bioinformática. “Reunimos o que há de mais avançado nos conhecimentos de genoma e sistemas computacionais para avaliar as informações provenientes de um chip com centenas de milhares de dados relacionados ao DNA bovino”, conta o cientista. A solução já está disponível no mercado. Os interessados devem procurar a Zoetis, caso se interessem em fazer a avaliação genômica de fêmeas. Para a avaliação de machos, a empresa credenciada é a CRV Lagoa.

A seleção dos animais superiores para os sistemas de produção de leite é feita a partir de uma amostra de material biológico que contenha células do bovino (veja no quadro abaixo a comparação entre o processo de melhoramento tradicional e a avalição genômica). As informações genéticas coletadas são comparadas com as que estão disponíveis no chip do Clarifide Girolando. Como resultado desse trabalho, o produtor recebe uma série de informações a respeito do animal, como produção e proteínas do leite, se é portador de genes que produzam defeitos genéticos, capacidade reprodutiva e outros dados necessários para que o processo de melhoramento do rebanho seja efetivo.

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Seleção antes de o animal nascer

A avaliação genômica abre grandes possibilidades para o melhoramento dos rebanhos. Ela permite, por exemplo, que o animal seja selecionado antes mesmo de nascer. É possível retirar uma pequena amostra (dez células) de um embrião após sete dias da fecundação in vitro (fertilização realizada no laboratório) e, por meio dessas poucas células, analisar todo o seu genoma. Caso o embrião possua as características desejáveis, ele é transferido para a vaca (barriga de aluguel) que irá proceder a gestação. Do contrário, poderá ser descartado. Além de economizar tempo, esse procedimento otimiza as barrigas de aluguel, pois a vaca passará a gerar somente os melhores embriões previamente selecionados.

Além da maior confiabilidade das informações, o coordenador do Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando (PMGG), Marcello Cembranelli, aponta a redução do tempo de avaliação dos animais, com a consequente redução dos custos, como a grande vantagem do Clarifide. Atualmente, a seleção de um touro para o teste de progênie (processo que indica os melhores reprodutores com base nas características das filhas) custa cerca de R$ 250 mil. Trata-se de um processo demorado, que pode durar por volta de dez anos. Com o Clarifide Girolando, isso é racionalizado, pois os resultados saem na hora e não é necessário avaliar a qualidade das gerações seguintes para identificar um bom reprodutor.

A redução de custos permite que pequenos e médios produtores possam inscrever seus animais nos testes de progênie. Supondo que o criador tenha vários tourinhos (potenciais reprodutores) com o mesmo grau de parentesco (irmãos completos), caso o criador possua recursos para inscrever apenas um indivíduo no teste, a comparação do genótipo de cada um deles por meio do Clarifide Girolando definirá o tourinho mais adequado ao programa.

“A introdução da avaliação genômica no programa de melhoramento democratiza as oportunidades da seleção, na medida em que permite que um número maior de produtores tenha acesso ao serviço”, declara Cembranelli, que prevê: “Haverá um grande salto de qualidade no programa de melhoramento. Por isso, a Associação Brasileira de Criadores de Girolando investiu nas pesquisas o seu bem mais precioso: o banco de dados de produção e pedigree. Temos certeza que a avaliação genômica terá alta confiabilidade e será uma importante ferramenta de decisão para os nossos mais de três mil associados em todo o País”.

Para o produtor Guilherme Marquez, da Fazenda Santa Gertrudes, em Uberaba (MG), a avaliação genômica surge como um importante recurso para o processo de seleção dos animais. “O Clarifide Girolando vem para nos dar mais informações e nos ajudar a antecipar as decisões, ou seja, conseguiremos ter resultados do processo de seleção com mais antecedência. Isso é de extrema importância para fazermos as mudanças necessárias no rebanho, de acordo com os planos de trabalho da fazenda. É muito importante para que possamos evoluir e ter animais melhores”, destaca o pecuarista.

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Rubens Neiva (MTb 5445/MG)
Embrapa Gado de Leite
cnpgl.imprensa@embrapa.br
Telefone: (32) 3311-7532
Fonte: Embrapa Gado de Leite

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Com o tema "Diversificação e Inovações para uma Agropecuária Sustentável", a SIT (Semana de Integração Tecnológica) chega à sua 11ª edição em 2018, somando mais de 17 mil participantes em toda a sua história. Realizado de 21 a 25 de maio na Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas, MG), o evento traz como destaques este ano a realização de cinco seminários, que vão abordar os assuntos "pecuária leiteira", "agricultura digital", "sistemas integrados de produção", "horticultura" e "ILPF".

De acordo com o coordenador do evento, o engenheiro agrônomo da Embrapa Milho e Sorgo Fredson Ferreira Chaves, a escolha do tema foi motivada "pela diversidade de atividades que compõe o agronegócio desta região, pela necessidade de discutir soluções tecnológicas inovadoras que podem impulsionar os setores do agronegócio e pelo atual e futuro contexto, onde é cada vez mais crescente o uso do arsenal tecnológico digital, já realidade na agricultura brasileira e mundial".

Ainda segundo ele, a Semana de Integração Tecnológica se propõe a integrar instituições e os diversos setores que compõem o segmento agropecuário, promovendo o diálogo e a troca de experiências entre produtores rurais, pesquisadores, técnicos da extensão rural, universidades e empresas privadas, com princípio norteador de atender às demandas agropecuárias e ambientais da região Central de Minas Gerais, uma das responsáveis pelo Produto Interno Bruto do Estado, "sendo que o setor agropecuário detém significativo percentual dessas contribuições", acrescenta o agrônomo.

Lançamentos e atrações

Uma cultivar de milheto será lançada pela Embrapa - a variedade BRS 1502 (veja mais informações abaixo) - além da oferta de dois cursos à distância: Agricultura de Baixo Carbono (capacitação online sobre as principais tecnologias do Plano ABC visando a divulgação de conhecimentos sobre essa política pública nacional que tem como objetivos reduzir as emissões de gases de efeito estufa da agricultura por meio de sistemas de produção sustentáveis) e IrrigaWeb (capacitação online em uso e manejo de irrigação).

MILHETO - A cultivar de milheto BRS 1502 foi desenvolvida como produtora de grãos, de forragem e de palhada de alta qualidade, com crescimento rápido, alta capacidade de rebrota e de extração de nutrientes. É uma variedade de polinização aberta. Possui ciclo médio, com 60 dias da emergência ao florescimento, boa capacidade de perfilhamento e de recuperação na rebrota. Tem bom potencial de produção de massa em sistemas de plantio direto e alta produção de grãos (média de 2.500 quilos de grãos por hectare). Apresenta excelente sanidade foliar, tolerância ao acamamento e sistema radicular profundo.

SERVIÇO

A Semana de Integração Tecnológica oferece ainda uma série de atividades, com soluções tecnológicas, práticas e inovações para o setor agropecuário. A realização é da Embrapa, Universidade Federal de São João del-Rei, Emater-MG e Epamig. As inscrições estão abertas e são feitas pela internet. Todas as informações sobre o evento, inclusive a realização das inscrições, estão disponíveis no site http://sit.cnpms.embrapa.br/ .

Evento: 11ª Semana de Integração Tecnológica

Quando: 21 a 25 de maio de 2018

Onde: Sete Lagoas-MG: Embrapa Milho e Sorgo, Epamig e UFSJ

Inscrições: de 18/04 a 21/05/2018 pelo site http://sit.cnpms.embrapa.br/

Informações: (31) 3027-1323 / (31) 3027-1886

Guilherme Viana (MG 06566 JP)
Embrapa Milho e Sorgo
milho-e-sorgo.imprensa@embrapa.br
Telefone: (31) 3027-1905

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O custo de produção de leite apresentou elevação pelo segundo mês consecutivo. Em abril, a alta de 1,78% se deu, principalmente, devido ao forte aumento no grupo Concentrado.
 
No acumulado do ano, o ICPLeite/Embrapa já registra elevação de 7,46%. O acumulado no grupo Concentrado nesses quatro primeiros meses de 2018 foi de 17,63%, sendo o principal responsável pelo expressivo aumento de custos neste período. Também contribuíram para o crescimento o custo do grupo Sal mineral, que foi de 4,35%, o grupo Mão de obra, que foi de 4,15% e o grupo Qualidade do leite, de 3,58%.
 
Já no acumulado dos últimos 12 meses o ICPLeite/Embrapa está 10,54% maior, novamente impulsionado pelo grupo Concentrado. Importante notar que nesse período, todos os grupos componentes do custo registraram aumentos.
 
Mais detalhes sobre essas variações por períodos e por grupos, bem como a metodologia de cálculo, estão disponíveis na publicação ICPLeite / Embrapa da Plataforma de Inteligência Intelactus em sua edição de abril de 2018, que pode ser acessada no site: http://www.cileite.com.br/content/%C3%ADndice-de-custo-de-produ%C3%A7%C3%A3o-de-leite-4

Caso tenha interesse em mais informações atualizadas sobre o mercado do leite não deixe de acessar o site do Centro de Inteligência do Leite. Para receber e-mails informativos com as publicações recentes (newsletter) do Centro de Inteligência é só se cadastrar: http://www.cileite.com.br/user/register

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Curso de capacitação sobre Pecuária Leiteira Orgânica no período de 15/06/2018 a 27/10/2018


PÚBLICO ALVO:Produtores, agrônomos, zootecnistas, biólogos, veterinários, técnicos agrícolas, empresários, administradores, comerciantes, estudantes, empresários e demais interessados no tema.

DESCRIÇÃO
Capacitar os participantes para desenvolver atividades nas áreas de produção e de assistência técnica no crescente mercado de produtos derivados de leite orgânico.

Programação*

Módulo 1: 15 e 16/06/2018 – Nata da Serra , Fazenda Sula (Serra Negra – SP) Aspectos conceituais sobre pecuária leiteira orgânica.Instrutores: Carlos Armenio Khatounian (Esalq/USP)Sérgio Homa (Fundação Mokiti Okada),André L. M. Novo (Embrapa Pecuária Sudeste) Ricardo Schiavinato (Nata da Serra). 

Módulo 2: 27 e 28/07/2018 – Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos – SP)Indicadores zootécnicos, ambiência animal e aspectos sanitários.Instrutores:Arthur Chinelato de Camargo e Marco Bergamaschi – Embrapa Pecuária Sudeste.

Módulo 3: 31/08 e 01/09/2018 – Nata da Serra , Fazenda Sula (Serra Negra – SP)Manejo de pastagens e gestão hídrica da propriedade.Instrutores: Arthur Chinelato de Camargo e Júlio Palhares - Embrapa Pecuária SudesteRicardo Schiavinato (Nata da Serra). 

Módulo 4: 28 e 29/09/2018 - Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos – SP)Produção e conservação de forragens (cana, silagem e leguminosas) e balanceamento de dietas.Instrutor: André L. M. Novo (Embrapa Pecuária Sudeste).

Módulo 5: 26 e 27/10/2018 - Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos – SP)Genética, planejamento da propriedade e mercado.Instrutores: André L. M. Novo (Embrapa Pecuária Sudeste), Marcelo S. Laurino (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) Luiz C. Demattê Filho (Korin).

INSCRIÇÕES:20/04/2018 a 12/06/2018

VAGAS:40

LOCAL:Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos – SP) e Fazenda Sula (Serra Negra – SP)

Mais informações: https://eventos.funarbe.org.br/detalhes/curso-de-pecuaria-leiteira-organica

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Confira na íntegra o Somos Agro deste domingo (29)

No programa Somos Agro deste domingo (22), o assunto é leite. O apresentador Otávio Ceschi Júnior recebeu o Economista e Chefe-geral da Embrapa Gado de leite, Paulo Martins, para discutir sobre a importância desse produto para a econômia brasileira. O leite está inserido na rotina de maior parte da população e é fonte de renda para milhões de trabalhadores no país, além de movimentar 27 bilhões de reais ao ano. 

Para saber mais sobre o assunto, confira o programa na íntegra! 

http://tvterraviva.band.uol.com.br/noticia/100000894596/somos-agro-campanha-de-valorizacao-do-agronegocio.html

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Em comemoração aos 45 anos celebrados este ano, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) lançou o documento “Visão 2030: o futuro da agricultura brasileira”, um estudo sobre as principais transformações que devem ocorrer no setor nos próximos anos em termos científicos, tecnológicos, sociais, econômicos e ambientais. Também são apontados os impactos, os desafios e os possíveis caminhos diante destas mudanças. A proposta é que o trabalho possa nortear ações para o planejamento estratégico das organizações públicas e privadas de ciência, tecnologia e inovação. A pesquisa está disponível no site www.embrapa.br

Em entrevista à radio CBN Juiz de Fora, o economista e chefe-geral da unidade da Embrapa na cidade, Paulo do Carmo Martins, destacou a importância do agricultura para a economia nacional. “Nós temos 85% da população morando nas cidades, o que significa que cada produtor rural seria responsável por alimentar ele mesmo e mais seis brasileiros. No entanto, a realidade mostra que a nossa produção chega a 1,1 bilhão de pessoas ao redor do mundo, ou seja, o produtor rural alimenta ele e outras 35 pessoas no planeta. Esta é a magnitude da nossa agricultura.” Em 2017, o setor gerou mais de R$ 80 bilhões de dólares para o país, entre importações e exportações

Neste sentido, o especialista destaca a importância de se discutir os rumos do agronegócio. “A Embrapa é uma empresa de pesquisa estatal reconhecida mundialmente. O mérito brasileiro foi conseguir fazer um ambiente agrícola nos trópicos. Exportamos para 150 países, mas é muito importante estarmos atentos às transformações que podem chegar. O ano de 2030 é logo ali.” Ele alerta que algumas destas transformações já estão acontecendo. “Tivemos uma alteração espacial nos últimos anos. A região da Zona da Mata, por exemplo, no passado produzia arroz, leite e café. Agora vemos que a produção de leite está concentrada no Triângulo, e a de café no Sul. Isso ocorreu em outros estados também.”

Ele ressalta que o fenômeno de migração rural também deve trazer impactos econômicos para o setor. “Nos próximos anos, teremos cada vez menos pessoas no campo. Com isto, a tendência é que o valor da mão de obra encareça, pois as pessoas que irão atuar nesta área serão mais especializadas. A concentração dos elos que compõem a cadeia produtiva também devem aumentar os custos de produção.” Desta forma, ele diz que será ainda mais necessário reduzir perdas e desperdícios. Ao produtor caberá o papel de gestor. “A agricultura deixou de ser para amadores, e irá exigir, cada vez mais, profissionalismo.”

Lucro social
Também pelas comemorações dos 45 anos, a Embrapa divulgou o Balanço Social. O levantamento revelou lucro social de R$ 37,18 bilhões em 2017, gerado a partir da adoção de tecnologias pelo setor. De acordo com a assessoria da empresa, o número representa que a cada um real aplicado na estatal no ano passado, foram devolvidos R$ 11,06 para a sociedade.

 

Matéria publicada no jornal Tribuna de Minas de 01/05/2018. Acessível em https://tribunademinas.com.br/noticias/economia/01-05-2018/embrapa-lanca-estudo-com-tendencias-para-agricultura-nacional.html

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O sétimo levantamento da safra 2017/2018 da CONAB, divulgado em abril, reduziu as estimativas de queda na produção brasileira de grãos, que agora deve ser 3,4% menor que a safra 2016/2017. Destaque para os aumentos na estimativa de produção de soja, que deverá superar a safra passada em 0,8%. Já no caso do milho, 1º safra, a produção deverá ser 16% menor que a quantidade produzida na última safra. Por outro lado, melhoraram as estimativas para o milho safrinha.

Após fecharem 2017 em alta, as vendas de fertilizantes e de máquinas agrícolas e rodoviárias, estão em queda nesse início de ano. As entregas ao produtor de fertilizantes encerraram o primeiro trimestre de 2018 com queda de 1,3% sobre o mesmo período de 2017. Já as vendas internas de máquinas agrícolas e rodoviárias caíram 22,8% no trimestre.

No mercado de defensivos, o índice de produção industrial cresceu 10,3% no acumulado de janeiro e fevereiro de 2018 em relação ao mesmo período de 2017.

As exportações totais do agronegócio aumentaram 4,6%, em valores, no acumulado dos três primeiros meses de 2018. Os produtos de maior destaque nas vendas externas foram farelo de soja, celulose e carne bovina in natura. Os destaques negativos ficaram por conta do café, frango, outras carnes e açúcar que registraram quedas significativas.

No balanço de suprimento, interessante observar que apesar da estimada queda de produção, a disponibilidade interna de milho nesse ano deve ser maior que no período anterior, devido ao estoque final de passagem da última safra. Apesar disso, os preços do milho continuam valorizando no mercado doméstico e internacional, assim como o farelo de soja.

Esses dados estão apresentados no boletim de INDICADORES AGRÍCOLAS da Plataforma de Inteligência Intelactus. Na edição de abril de 2018, veja também o balanço de suprimentos para o mercado interno e mundial dos principais produtos agrícolas brasileiros.

A publicação está disponível no link: http://www.cileite.com.br/content/indicadores-agr%C3%ADcolasa

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Após dois anos de quedas consecutivas, a captação brasileira de leite voltou a crescer em 2017. O aumento foi 4,03% em relação a 2016. O ranking dos maiores laticínios do País mostrou um aumento de 5,6% na captação. Já o ranking dos TOP 100 produtores de leite indicou um crescimento de 10% na produção. Isso aponta para um movimento de consolidação e especialização nesta cadeia produtiva, tanto no âmbito do produtor quanto da indústria.

Com a aproximação da entressafra, os preços do leite ao produtor seguem em recuperação, mas os valores reais continuam abaixo do patamar observado no primeiro trimestre de 2017. Os pecuaristas também estão percebendo aumento no custo do concentrado que refletiu no ICPLeite/Embrapa, com elevação de 5,3% em março.

No atacado, o leite UHT segue com pequena valorização, subindo 1,5% nos últimos 15 dias para R$2,40/litro. O aumento do preço do leite ao produtor depende da evolução dos preços na indústria, até porque as margens dos laticínios estão muito reduzidas, tanto no mercado de leite UHT quanto no de muçarela.

De todo modo, a expectativa para a economia em 2018 é melhor, considerando as previsões de PIB, inflação, taxa de juros, emprego e renda. Assim, espera-se que o consumo siga em recuperação proporcionando melhores margens para a indústria e para os produtores.

Confira essa análise completa com mais detalhes na NOTA DE CONJUNTURA da Plataforma de Inteligência Intelactus em sua edição de abril de 2018 que também apresenta a valorização das cotações internacionais do leite.

A publicação está disponível no site http://www.cileite.com.br/content/nota-conjuntura

No site também estão disponíveis diversas informações atualizadas sobre a cadeia produtiva do leite como o Boletim "Indicadores: Leite e Derivados", além de publicações como o Índice de Custo de Produção de leite da Embrapa (ICPLeite), de periodicidade mensal, além dos boletins com indicadores agrícolas e macroeconômicos, com atualização bimestral. Caso tenha interesse em receber e-mails informativos com as publicações recentes (newsletter) é só cadastrar no site: http://www.cileite.com.br/user/register 

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Após dois anos de quedas consecutivas, iniciada em 2015, a produção brasileira de leite sob inspeção voltou a crescer em 2017. O aumento foi 4,03% em relação a 2016, totalizando cerca de 24 bilhões de litros. Entre as regiões do País, o maior crescimento percentual aconteceu no Nordeste, enquanto o maior crescimento em volume ocorreu no Sul do Brasil.

No âmbito de preços, as cotações ao produtor subiram pelo segundo mês consecutivo, fechando em R$1,18/litro em março de 2018. Na comparação anual, no entanto, os preços encontram-se 12,5% abaixo do valor registrado em março de 2017.

Apesar desse aumento no preço do leite, os indicadores de relação de troca continuam piorando, sobretudo pela valorização do milho. Em março foram necessários mais litros de leite para aquisição da saca de milho. O custo de produção, medido pelo ICPLeite/Embrapa, subiu cerca de 5,3% em março de 2018, ficando 3,58% acima do valor de março de 2017.

No varejo, o grupo de leite e derivados também registrou pequena elevação em março, de 1,09%, com destaque para a alta do leite UHT, de 3,42%.

As exportações e importações brasileiras de leite e derivados continuam menores em relação ao mesmo período de 2017. O déficit comercial melhorou, recuando de 125 milhões de dólares no primeiro trimestre de 2017 para 75 milhões de dólares no mesmo trimestre de 2018.

Esses dados estão apresentados no boletim mensal de INDICADORES LEITE E DERIVADOS da Plataforma de Inteligência Intelactus. Na edição de abril de 2018, veja também que o leite em pó integral fechou março relativamente estável, no patamar de US$3.200,00 por tonelada nos mercados da Oceania e da União Européia. A publicação está disponível no site http://www.cileite.com.br/content/indicadores-leite-e-derivados-1

No site também estão disponíveis diversas informações atualizadas sobre a cadeia produtiva do leite, além de publicações como o Índice de Custo de Produção de leite da Embrapa (ICPLeite) e a Nota de Conjuntura de Mercado do Leite, de periodicidade mensal, além dos boletins com indicadores agrícolas e macroeconômicos, com atualização bimestral.

Caso tenha interesse em receber e-mails informativos com as publicações recentes (newsletter) é só se cadastrar: http://www.cileite.com.br/user/register

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A agricultura passa por profundas transformações que ocorrem em alta velocidade e impactam o mundo rural brasileiro. Para apoiar o planejamento estratégico das ações de ciência, tecnologia e inovação, a Embrapa elaborou um aprofundado estudo dos sinais e tendências relacionados ao futuro da agricultura. O conteúdo está disponível em duas versões: o estudo completo, em PDF, e uma versão digital multimídia, com textos, fotos, vídeos e infográficos. É um material rico para conhecer e realidade da agricultura brasileira e para pensar no futuro.

Acesse https://www.embrapa.br/visao

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HERÓI OU VILÃO?

Meu artigo na Revista Balde Branco deste mês

O IBGE informa que 85% da população brasileira vive nas cidades. Portanto, cada brasileiro do rural tem de alimentar a si e mais seis que estão no urbano. Grande feito, não? Mas, isso não é tudo. Hoje, a cada sete habitantes do planeta, pelo menos um consome regularmente produtos vindos dos campos brasileiros. Portanto, 31 milhões de brasileiros impactam a mesa de 1,1 bilhões de seres humanos, ou um para cada 35 terráqueos. Além disso, o campo brasileiro produz energia, como a cana de açúcar que gera o etanol, e fibras, usadas na produção de celulose e tecidos, por exemplo.

Os produtores e as empresas de produto e serviços, reunindo desde o segmento de insumos até o varejo, são classificados no conjunto como agronegócio. E esse tal de agronegócio também é importante para gerar os dólares que pagam a vinda dos mega artistas estrangeiros que fazem shows para o público urbano nas grandes cidades do Brasil, pagam direitos autorais dos filmes que assistimos, pagam a compra de equipamentos, bebidas e remédios importados. Afinal, tudo isso é pago em dólar e somente no ano passado o agronegócio trouxe para o Brasil 96 bilhões de dólares!

Há, ainda uma outra tarefa importante, que são os empregos e a renda gerados a partir do agronegócio, mas em setores que não integram o agronegócio. Isso inclui todos os setores urbanos, como serviços de saúde, beleza, construção civil e venda de veículos de passeio, por exemplo. Quem é de uma cidade menor tem a exata noção do que isso representa. Quando o agronegócio naquele município vai bem, todos ganham. O mesmo ocorre em situação inversa. Em 2017, o PIB brasileiro foi acrescido de R$ 1,5 trilhões, vindos do agronegócio.

Apesar disso, parcela significativa da população urbana tem no agronegócio um vilão, por acreditar que o agronegócio é sinônimo de destruição da natureza. Importantes segmentos formadores de opinião reproduzem este discurso, como jornalistas e artistas. Sem querer, alinham-se com o discurso de ONGs financiadas por público estrangeiro, vinculadas a nações concorrentes com o Brasil na produção de alimentos. Somos vistos como o vilão do mundo e até mesmo por aqueles que se beneficiam de sua robustez, que é a sociedade brasileira.

Mas, a Embrapa acaba de concluir que o Brasil é campeão na preservação ambiental, com mais de dois terços de seu território recoberto por vegetação nativa. Se for considerada a parte de pastagem nativas dos biomas Pantanal, Pampa, Cerrados e Caatinga, o percentual sobe para três quartos. A área total destinada à produção de milho, arroz, soja, feijão, algodão, celulose, cana de açúcar e florestas energéticas ocupa apenas 9% do Brasil. Já a área com pastagens plantadas, usada na produção de leite e carne, ocupa 13,2%.

De acordo com o estudo da Embrapa Territorial, se somarmos todo o espaço que os produtores rurais preservam dentro de suas propriedades, chegaremos a 20,5% do território brasileiro. Evidentemente, esta terra não tem uso produtivo. Mas, é preciso considerar que a legislação em vigor, mais especificamente o código Florestal, ao estabelecer preservação impositiva, leva o produtor a uma perda de valor de patrimônio, que corresponde a R$ 3,5 trilhões, ou mais do que o dobro do PIB do agronegócio em 2017. Além disso, caso os animais invadam estas áreas preservadas, sejam incendiadas ou ocorra roubo de madeira a responsabilidade é do proprietário. Então, além de desapropriado de valor patrimonial, ele é também chamado a atuar como o curador daquele patrimônio que na prática é público, em nome da sociedade. Além de doar, é obrigado a manter. Para isso, o conjunto dos produtores brasileiros despendem anualmente cerca de r$ 20 bilhões.

Tenho viajado pelo interior de alguns países, como entre Portugal, Espanha e sul da França. Entre Holanda e a Alemanha. Entre a França e a Inglaterra. No interior da Irlanda, Polônia e da República Tcheca. Em diversas partes dos Estados Unidos e no interior da China. Em nenhuma destas experiências vi situações em que a vegetação era exuberantemente preservada, como corriqueiramente vemos no Brasil em qualquer região que a gente vá. Pois, agora, esta pesquisa da Embrapa mostra que, enquanto o Brasil preserva dois terços do seu território, os demais países preservam muito menos. A média do território preservado entre os grandes países pesquisados foi de 10%. Neste percentual estão inseridas áreas de deserto ou sob neve intermitente, como o Alaska, que não serviriam à produção agropecuária, ao contrário do que se vê no Brasil. Consulte o sitio da Embrapa Territorial.

O produtor brasileiro abastece o mundo de alimentos, fibras e produtos bioenergéticos, gera emprego e renda no Brasil, traz dólares para ser usado na aquisição do que necessitamos adquirir no exterior e, além disso, é o campeão de preservação ambiental em todo o mundo. Tem seu patrimônio reduzido por uma causa coletiva, sem a devida contrapartida da sociedade. Mas é visto como o grande vilão. Quando virá o devido reconhecimento?

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O caminho do leite, série do Jornal da Band

O Jornal da Band exibiu na última semana a série "O caminho do leite", abordando história, pesquisa, inovação, consumo e outros aspectos da cadeia produtiva do leite. Abaixo os links para os vídeos. Vale a pena conferir!

1. Brasil é o quarto maior produtor mundial de leite
http://noticias.band.uol.com.br/jornaldaband/videos/ultimos-videos/16425038/brasil-e-o-quarto-maior-produtor-mundial-de-leite.html

2. Leite é o setor agropecuário que mais emprega
http://noticias.band.uol.com.br/jornaldaband/videos/ultimos-videos/16425726/leite-e-o-setor-agropecuario-que-mais-emprega.html

3. Fazendas produzem leite especial para população alérgica
http://noticias.band.uol.com.br/jornaldaband/videos/ultimos-videos/16426315/fazendas-produzem-leite-especial-para-populacao-alergica.htmlo

4. Queijo artesanal é o favorito para sobremesas
http://noticias.band.uol.com.br/jornaldaband/videos/series/o-caminho-do-leite/16426958/queijo-artesanal-e-o-favorito-para-sobremesas.html

 

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O VEGANISMO EXCLUDENTE

O texto da minha coluna na Revista Balde Branco do mês de março/2018

Paulo do Carmo Martins

Na edição do mês passado, neste espaço abordei um assunto que até então nunca tinha sido tratado nas revistas e sites brasileiros que discutem o setor de leite e derivados. O veganismo é um movimento que está em franco crescimento. Os veganos não tomam leite e nem comem carne, são contra qualquer exploração animal, significando boicote ao uso dos bichinhos na alimentação e vestuário. Além disso, os veganos estão influenciando o comportamento dos não veganos.

Neste início do ano decidi me isolar, voltar no tempo. Fui para Cuba, onde o acesso à internet é precaríssimo. Já tinha estado lá em 2005, numa missão do Governo Brasileiro, quando percorri o interior e conheci Havana, a capital. Mas, em viagens assim a gente não consegue sentir o que é o país. Agora, indo como turista, eu resolvi me hospedar com a minha família na casa de uma família cubana. Queria entender e sentir o dia-a-dia de um cubano. O café da manhã que nos serviram era muito superior ao que a família tomava. Mas, mesmo assim, inferior ao que temos aqui, nas pensões. Parecido com o que tínhamos nos anos setenta no Brasil. O mamão era daqueles sem cor e sem sabor. Mamão selvagem. O abacaxi, quase pedi açúcar para adoçá-lo. Abacaxi selvagem. O pão era muito bom. Feito em padarias estatais, com trigo totalmente importado, tecnologia moderna. Ah! Proteína animal? Ora... isso não se consome no café da manhã! E praticamente também não, nas demais refeições. Carne vermelha, frango e peixe...pratos raríssimos.

Ovo de galinha é tão importante, que é comum eles levarem uma cartela para casa como um troféu, desfilando pelas ruas. E esta é uma grande mudança que vi de 2005. Ovo em abundância. Quando o avião descia, pela janela do avião, vi muitas granjas no entorno de Havana, produzindo com soja e o milho vindos do Brasil. Novidade! Pois, eu pensei que seria muito interessante se os veganos vivessem numa sociedade à moda cubana de hoje ou do Brasil dos anos 70, ou seja, sem acesso à alimentos em abundância, uma conquista que a Embrapa e as universidades moldaram, ao tropicalizarem plantas e animais, por meio da pesquisa.

O fato é que a ciência brasileira está incorporando práticas de respeito aos animais. Cada vez mais nos valemos de simulações feitas em modelos computacionais, ao contrário do passado, quando tudo era testado diretamente nos animais. Além disso, nenhuma atividade de ensino ou pesquisa no Brasil é conduzida, sem que seja previamente aprovada pelas CEUAs das instituições, ou seja, as Comissões de Ética no Uso de Animais, onde tem acento sempre pessoas que os representam, como a Sociedade Protetora dos Animais. Por outro lado, a ciência brasileira tem oferecido soluções aos produtores, que não somente melhoram as condições de cria e recria dos animais. Este é o caso da chamada ILPF - Integração Lavoura, Pecuária e Floresta. Deixemos de lado aqui os ganhos financeiros com a produção integrada, que viabiliza receitas com vendas de grãos, de carne ou leite e de madeira, em momentos diferentes, fortalecendo o fluxo de caixa do empreendimento rural. Fiquemos apenas na questão do conforto que os animais passam a ter, ao serem criados soltos, comendo capim, que é a sua alimentação natural, debaixo de uma imensa sombra, e com água fresca.

As instituições brasileiras têm simulado situações em que variam temperatura e umidade, buscando entender como estas variáveis interferem no desempenho dos animais. E os resultados são claros. Quanto mais são confortáveis as condições em que os animais são manejados, melhores são os indicadores zootécnicos e econômicos. Por outro lado, com avanços ainda iniciais, possibilitados pela instalação de sensores nos ambientes e nos animais, é possível monitorar o comportamento animal, desde o seu nascimento até a sua fase reprodutiva. Estes sensores geram uma imensidão de dados e que, ao serem trabalhados, começam a nos dizer o que os animais sentem e querem. Isso mesmo! Os dados permitem que se estabeleça um diálogo com os animais, possibilitando prever se vai entrar em cio ou num processo doentio, evitável com procedimentos profiláticos.

Abolição da terceira ordenha, supressão da ocitocina, adoção de compost barn e sistemas integrados, redução da ação de patógenos e uso de medicamentos, transformação de dejetos em fertirrigação, tudo isso são práticas cada vez mais adotadas nas fazendas. A ciência tem aprendido a manejar os animais de acordo com os valores da natureza e isso tem levado a ganhos para produtores, indústria e consumidores. Mais que isso, foi pela ciência que conseguimos gerar excedente alimentar e combater a primeira necessidade humana, que é comer. Isso democratizou o acesso ao alimento. Toda prática que não pode ser universalizada é elitista, é excludente, não democrática. Respeito o veganismo. Mas, como dar acesso ao alimento a todos, se todos forem veganos? Conseguiríamos alimentar a todos? Seríamos mais felizes? Os cubanos, próximos do veganismo por falta de opção, certamente diriam que não!

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NA ERA DA BIOECONOMIA - mantenho um quadro semanal na CBN Juiz de Fora, onde trato de assuntos relacionados à bioeconomia. A discórdia entre produtores de sementes e produtores de commodities no Brasil pode impactar a a produção de insumos para leite e carne. Saiba por quê, ouvindo minha participaçao hoje na CBN, clicando no link a seguir: https://tribunademinas.com.br/…/discordia-entre-produtores-…   9846970077?profile=original

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