Posts de Embrapa Gado de Leite (540)

Classificar por

2RHS2Nx?profile=RESIZE_710x

A produção inspecionada de leite cresceu 1,3% no primeiro trimestre de 2021 em relação ao mesmo período de 2020. Esse aumento ocorreu mesmo com uma piora na rentabilidade do produtor de leite. No trimestre, foram necessários 27% a mais de leite para a aquisição de uma saca de 60 kg de mistura a base de milho e soja, na comparação com o primeiro trimestre do ano passado.

O preço do leite ao produtor registrou a primeira alta do ano em abril (+2,3%). Na balança comercial, o destaque foi o aumento das exportações, com boas vendas de leite em pó e queijos. As importações seguiram recuando pela conjuntura de maior preço internacional dos lácteos e melhor competitividade brasileira.

Veja esses dados completos no Boletim Indicadores Leite e Derivados de maio de 2021 disponível no site do Centro de Inteligência do Leite.

Informativo periódico de divulgação de publicações técnicas do Centro de Inteligência do Leite - CILeite.
Equipe: Alziro Carneiro, Denis Teixeira, Fábio Diniz, Glauco Carvalho, João César de Resende, José Luiz Bellini, Kennya Siqueira, Lorildo Stock, Manuela Lana, Marcos Hott, Paulo Martins, Ricardo Andrade, Samuel Oliveira, Walter Magalhães Júnior.
O conteúdo do CILeite pode ser reproduzido, desde que seja citada a fonte da publicação.

Saiba mais…

9847004891?profile=original

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) realizam, na quinta (13), o dia de campo virtual do “Forrageiras para o Semiárido – Pecuária Sustentável”, onde serão apresentados os resultados de quatro anos do projeto e será feita a assinatura do termo de uma nova fase. 

Participam do evento João Martins e Celso Luiz Moretti, presidentes da CNA e da Embrapa, Humberto Miranda, coordenador geral do Projeto e presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (FAEB), além de produtores, pesquisadores, técnicos, presidentes e representantes das demais Federações e dos sindicatos rurais.

Criado em 2017, o projeto avalia o potencial produtivo e a adaptação das plantas forrageiras às condições climáticas do semiárido para recomendação de novas opções de fonte de alimento para os rebanhos. Para isso, foram instaladas 13 Unidades de Referência Tecnológica (URTs) em todos os estados da região Nordeste, além da região Norte de Minas Gerais. Mais de 30 plantas forrageiras estão sendo testadas nas unidades, entre gramíneas perenes e anuais, variedades de cactáceas e plantas lenhosas.

O Dia de Campo será dividido em dois períodos. Pela manhã, a CNA e a Embrapa assinam um Termo de Cooperação Técnica e Financeira para dar continuidade às pesquisas do Forrageiras. O objetivo da fase dois é intensificar as pesquisas com as plantas que apresentaram melhor desempenho em cada URT, incluindo o pastejo dos animais para que se possa analisar a resistência das forrageiras no dia a dia.

Ainda na parte da manhã, serão apresentados os resultados positivos do projeto desses anos de pesquisa. À tarde, serão detalhados os trabalhos realizados nas três Unidades de Referência Tecnológica que funcionam na Bahia, nos municípios de Itapetinga, Ipirá e Baixa Grande. As pesquisas e o trabalho realizados nas outras unidades serão conhecidos em uma sequência de lives nas próximas semanas.

Confira a programação:

20/05 – Minas Gerais, Alagoas e Piauí

27/05 – Rio Grande do Norte, Maranhão, Ceará e Paraíba

02/06 – Pernambuco

O evento será gratuito e não precisa de inscrição. Acesse: http://agropelobrasil.com.br ou youtube.com/embrapa  

Texto: Assessoria de Comunicação CNA - Telefone: (61) 2109-1419

Adriana Brandão (MTb 01067/CE)

Embrapa Caprinos e Ovinos

Contatos para a imprensa

Saiba mais…

9847000067?profile=original

A demanda global pela descarbonização da economia, como forma de frear o aquecimento global, está levando muitos países a estimularem a adoção de sistemas sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF). Os cenários e tendências da ILPF no mundo foram discutidos durante o II Congresso Mundial sobre sistemas ILPF, que iniciou nesta terça-feira de forma virtual.

Assim como no Brasil políticas como o Plano ABC e Plano ABC+ buscam ampliar a área com tecnologias de baixa emissão de carbono, países como Nova Zelândia e Austrália possuem políticas visando acabar com as emissões líquidas de carbono na agricultura e pecuária até 2030 e 2050, respectivamente.

De acordo com o palestrante Richard Eckard, da Universidade de Melbourne (AUS), há um incentivo para produtores plantarem árvores em pastagens e áreas de lavoura como forma de sequestrar carbono. O governo australiano, por exemplo, já vem realizando leilões de compra de créditos de carbono gerados por produtores.

Eckard mostrou ainda que o uso de árvores em sistemas silvipastoris com ovinocultura tem trazido benefícios relevantes, como a redução em 10% da morte de cordeiros devido ao conforto térmico gerado pela proteção tanto do calor quanto do vento em períodos frios.

“Créditos de carbono sozinhos não são capazes de fazer com que produtores plantem árvores. Mas combinando os benefícios múltiplos, isso pode incentivá-los. Estamos trabalhando para mudar isso”, afirma Eckard.

Demanda do mercado

Além de ser uma política dos governos, neutralização das emissões de carbono visa atender um mercado crescente por produtos com baixa emissão ou com emissão líquida zero de carbono.  Grandes empresas já estão demandando esse tipo de produto, principalmente na Europa.

De acordo com Paul Burgess, da Cranfield University, no Reino Unido, algumas redes de supermercados inglesas já estão comprando apenas carnes vindas de fazendas que utilizam técnicas sustentáveis na pecuária. Esse movimento vem incentivando o aumento da adoção de sistemas silvipastoris. Já são adotados há anos em países europeus, esses sistemas agora estão sendo conduzidos com maior diversificação das espécies arbóreas.

A maior complexidade dos sistemas integrados, no entanto, é um desafio para os produtores europeus, que têm dificuldade de mão-de-obra no campo, disse o palestrante.

Os países da América Latina, por sua vez, têm nos sistemas ILPF a oportunidade de garantir o suprimento desse mercado cada vez mais exigente em produção sustentável de alimentos. Luis Valderrama, da Universidad de Colombia, diz que para esse potencial ser alcançado é preciso investimento dos governos, sobretudo apoiando pequenos agricultores. Para ele, a descarbonização da produção agropecuária pode trazer bom retorno aos produtores, com aumento da rentabilidade com a venda de madeira, de créditos de carbono e com recebimento de prêmio pago pela produção sustentável.

Dificuldades

Na África e na Ásia os sistemas ILPF como são usados no Brasil ainda são raridade. Nesses continentes, as formas mais comuns de sistemas integrados são as agroflorestas e algumas poucas áreas com sistemas silvipastoris. O indiano e professor na University of Florida, P. K. Ramachandran Nair, explica que há dificuldade em obter estatísticas sobre a área de adoção de ILPF nesses países e que a estrutura fundiária, baseada em pequenas propriedades e com baixo nível tecnológico, dificulta a adoção.

“Se a ILPF for vista como uma tecnologia para adoção em larga escala e com intensificação da produção, o potencial de adoção é limitado na região. Muito mais por aspectos sociais e econômicos do que por questões de condições de terra e a clima”, afirma P. K. Ramachandran Nair.

Já nos Estados Unidos, Alan J. Franzluebbers, do USDA- North Carolina State University, mostrou que o setor agropecuário ainda vive um momento de alta especialização e concentração das terras, que resulta no mínimo uso de sistemas ILPF. Porém, ele afirma que o interesse pelos sistemas mais diversos começa a surgir na medida em que se observam os resultados econômicos. Questões ambientais, afirma, serão importantes para mudar as tendências.  

O painel Sistemas de ILPF no Mundo foi moderado pelo pesquisador da Embrapa Solos e presidente do conselho gestor da Rede ILPF, Renato Rodrigues.

Congresso 

II Congresso Mundial sobre Sistemas ILPF (World Congress on Integrated Crop-Livestock-Forestry Systems) ocorre nos dias 4 e 5 de maio de forma virtual. Reúne cerca de 1.300 participantes e conta com 30 palestras e apresentação de 156 trabalhos científicos. O evento é promovido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Embrapa, Rede ILPF, Federação de Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul e Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar de Mato Grosso do Sul. 

Gabriel Faria (mtb 15.624 MG)

Embrapa Agrossilvipastoril

Contatos para a imprensa

Saiba mais…

2RHS2Nx?profile=RESIZE_710x

Os preços dos lácteos no mercado atacadista seguiram fracos nas últimas semanas. Mesmo com a menor disponibilidade interna de leite, o cenário econômico atual tem afetado o repasse de preços. Nesse contexto, os Conseleites estaduais projetam ligeira alta para o pagamento de maio.

No mercado de insumos, o preço do milho continua subindo enquanto do farelo de soja recuou um pouco, mas ainda mantem-se em patamar bem elevado.

Veja essa análise com mais detalhes na nova edição do Boletim de Preços disponível no site do Centro de Inteligência do Leite.

Informativo periódico de divulgação de publicações técnicas do Centro de Inteligência do Leite - CILeite.
Equipe: Alziro Carneiro, Denis Teixeira, Fábio Diniz, Glauco Carvalho, João César de Resende, José Luiz Bellini, Kennya Siqueira, Lorildo Stock, Manuela Lana, Marcos Hott, Paulo Martins, Ricardo Andrade, Samuel Oliveira, Walter Magalhães Júnior.
O conteúdo do CILeite pode ser reproduzido, desde que seja citada a fonte da publicação.

Saiba mais…

9846999073?profile=original

As tecnologias que envolvem o sistema Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) serão apresentadas e debatidas durante a 13ª Semana de Integração Tecnológica (13ª SIT).  O evento online será realizado entre os dias 3 e 7 de maio de 2021.

A programação conta com um seminário e um dia de campo destinados aos agentes da assistência técnica e da extensão rural, aos agricultores e aos estudantes de áreas afins. Serão apresentados os resultados das pesquisas e das experiências práticas, alcançados por meio da aplicação desta tecnologia.

 “O sistema de ILPF é considerado, atualmente, uma das tecnologias mais viáveis e importantes no cenário de produção agropecuária do País, pois possibilita o aproveitamento do mesmo espaço agrícola, de forma consorciada e/ou em sucessão, para produção de grãos, forragens e/ou produtos florestais. Desta forma são reduzidos o impacto no ambiente e a necessidade de abertura de novas áreas de produção”, diz o coordenador do evento, Marco Aurélio Noce, analista do Setor de Transferência de Tecnologia da Embrapa Milho e Sorgo.

De acordo com Noce, o sistema tem sido uma das principais ferramentas utilizadas para a recuperação de pastagens degradadas, um dos maiores gargalos da produção pecuária nacional. “Pesquisas indicam que o problema atinge mais de 70% das pastagens do Brasil, acarretando sérios problemas, como os processos erosivos, que inviabilizam o desenvolvimento produtivo e acarretam graves danos ambientais”.

“Buscando soluções para reverter este quadro, foram instituídas políticas, planos e projetos de fomento à pesquisa, concentrados no aperfeiçoamento e na viabilização da adoção do sistema ILP pelo produtor rural. De forma complementar, mostrou-se necessária a ampliação dos esforços de transferência de tecnologia, para disponibilizar os resultados da pesquisa aos agropecuaristas por meio da assistência técnica e extensão rural”, explica Noce.

Seminário e dia de campo

O seminário ILPF será dia 4 de maio (terça-feira), às 18h. Serão abordados os temas: Sistema ILPF no Brasil - Panorama e perspectivas; O papel da cooperativa na implantação do sistema ILP e seus resultados na propriedade rural - Caso Capul; e Transferência de tecnologia, acesso a crédito e os benefícios do sistema ILP na propriedade - Caso Abaeté.

Já o dia de campo será dia 5 de maio (quarta-feira), das 08h30 às 11h. Os palestrantes vão apresentar três trabalhos realizados na Embrapa Milho e Sorgo: o Sistema ILPF com ênfase no componente florestal; o Sistema ILP com ênfase na produção de grãos e silagem; e a Fase pastagem e a produção animal em sistemas integrados.

Realização

13ª Semana de Integração Tecnológica

Em 2021, a 13ª edição da Semana Integração Tecnológica tem como tema principal a “Cadeia Produtiva do Leite, Desafios de Oportunidades”.  A Semana é composta por diversas atividades de transferência de tecnologia que acontecem simultaneamente. Em função da pandemia da covid-19, neste ano o evento será 100% online.

O evento será realizado pela Embrapa Milho e SorgoEmbrapa Gado de LeiteEmater-MG,  EpamigKWS Sementes, Universidade Federal de São João del-Rei ((UFSJ) e pelo Sistema Faemg /Senar-MG. Além disso, contará com diversos parceiros, fundamentais para a realização do evento, incluindo a Fundação de Apoio à Pesquisa e ao Desenvolvimento (Faped).

Serviço:

Participe da 13ª SIT! Conheça a programação e se inscreva!

Fique atento, pois seminários, dias de campo, cursos e lives são independentes, e as inscrições precisam ser feitas separadamente.

Site: http://www.sit2021.com.br/

Programaçãohttp://www.sit2021.com.br/index.php?page=programacao

Inscrição: http://www.sit2021.com.br/index.php?page=cadastro

Contato: http://www.sit2021.com.br/index.php?page=contato

e-mailsit@embrapa.br

 

Seminario ILPF

 

Dia Campo ILPF

 

Sandra Brito (MTb 06.230/MG)

Embrapa Milho e Sorgo


Contatos para a imprensa

Saiba mais…

9846997268?profile=original

A descarbonização da agricultura brasileira está no radar da Embrapa já há alguns anos com o desenvolvimento de pesquisas e tecnologias que reduzem a emissão de gases de efeito estufa e aumentam o sequestro de carbono na produção agropecuária. O assunto foi tratado pelo presidente da Empresa, Celso Moretti, durante coletiva de imprensa realizada no dia 27 de abril por ocasião das comemorações dos 48 anos da Embrapa. Um dos exemplos de destaque mais recentes nessa linha é o projeto realizado em parceria com a Nestlé, anunciado em março deste ano. “Vem por aí o leite de baixo carbono. (...) Nós estamos estudando indicadores de sustentabilidade e a implementação de boas práticas de produção que vão integrar um protocolo nacional pioneiro para essa produção”, afirmou.

A adoção de tecnologias e boas práticas, como sistemas de integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), recuperação de pastagens degradadas e uso de aditivos na nutrição, é capaz de compensar as emissões de gases de efeito estufa geradas pela atividade leiteira e ainda pode tornar o sistema de produção mais resiliente, trazendo vantagens econômicas para o produtor.

Com a parceria, serão elaborados protocolos por bioma e por sistema de produção pela Embrapa Pecuária Sudeste (SP), que servirão de base para uma calculadora de balanço dos gases de efeito estufa (GEE) e um sistema digital de monitoramento por meio de aplicativo. A calculadora, que será desenvolvida pela Embrapa Informática Agropecuária (SP), vai contabilizar o balanço de carbono nas propriedades de acordo com as características de cada região ou bioma e dos diferentes sistemas de produção, e vai permitir aos produtores compreender melhor onde estão concentradas suas emissões, contribuindo para uma tomada de decisão mais assertiva para reduzi-las.

“Nós entendemos que isso vai possibilitar que o produtor seja remunerado pela empresa ao demonstrar que está fazendo um leite de baixo carbono. Isso vai melhorar a competitividade do produtor de leite no Brasil”, ressalta Moretti. Ainda, segundo ele, os dados e inovações que serão obtidos nessa parceria serão abertos para todos os produtores de leite ou qualquer empresa ou cooperativa no Brasil.

A iniciativa está alinhada com as políticas públicas do setor para redução das emissões de gases de efeito estufa, como o Plano Nacional de Adaptação e Mitigação de Gases de Efeito Estufa na Agropecuária (ABC+ 2020-2030) apresentado em 20 de abril pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), uma atualização do Plano ABC executado de 2010 a 2020. Além do leite de baixo carbono, a Embrapa também lançou neste ano o programa soja baixo carbono e está iniciando estudos voltados para a produção de algodão e café.  

 

Vídeo fala de tecnologias para produção de leite de baixo carbono

 

Parceria leite de baixo carbono

A Nestlé tem o objetivo de neutralizar todas as emissões de suas operações, incluindo as cadeias de fornecimento, até 2050, com metas intermediárias de redução de 20% até 2025 e de 50% para 2030. E os protocolos desenvolvidos pela Embrapa vão auxiliar as propriedades que fornecem leite à empresa a reduzirem as emissões de GEE por meio da implementação de boas práticas de produção.

Os indicadores utilizados no protocolo serão validados em escala experimental na Embrapa Pecuária Sudeste e em escala comercial nas propriedades leiteiras em diferentes regiões do país.

A Embrapa Informática Agropecuária será responsável pela adaptação de modelos matemáticos e métricas que, por meio de um componente de software, serão integrados à calculadora que vai contabilizar o balanço de carbono nessas fazendas.

Serão realizadas capacitações de técnicos e produtores. Também está prevista a publicação de um guia de boas práticas para pecuária de leite de baixo carbono.

A adoção dos protocolos deverá ter impacto positivo nas metas de descarbonização da economia do país, com a oferta de práticas mitigadoras aos produtores e, dessa forma, de leite mais sustentável para a população.

Gisele Rosso (Mtb 3091/PR)

Embrapa Pecuária Sudeste

Contatos para a imprensa

Telefone: (16) 98190-9090

Graziella Galinari (3863/PR)

Embrapa Informática Agropecuária

Contatos para a imprensa

Telefone: (19) 3211-5806 I (19) 98126-1053

Saiba mais…

9846994077?profile=originalNa próxima segunda-feira (26), a Embrapa completa 48 anos, construindo a ciência que se reinventa para estar à frente e alinhada aos desafios, especialmente durante um dos episódios mais desafiadores da história, com a pandemia da covid-19.

Na busca pela superação,que a pesquisa tem provado ser capaz em todas as áreas e a produtividade de alimentos de qualidade e com sustentabilidade, a Empresa tem direcionado os investimentos no dia a dia, norteada pelos recursos da inteligência estratégica, prospecção, observação de sinais e tendências e avaliação de riscos e oportunidades.  

É a agricultura movida a ciência, que usa cérebros e não tratores, como diz o pesquisador Eliseu Alves, um dos fundadores e ex-presidente da Embrapa. Entre dezenas de indicadores, é a responsável por dobrar a produção de café nos últimos vinte anos, e nos últimos quarenta anos: aumento de 509% na produção de grãos com elevação de duas vezes na área plantada; sete vezes a produção de leite; 60 vezes a produção de carne de frango; 100% o rebanho bovino (com diminuição relativa da área de pastagem); 140% a produtividade do setor florestal; 240% a produção de trigo e milho; e 315% a produção de arroz.

Esses números mostram por que o Brasil é referência em ciência, tecnologia e inovação e um dos líderes mundiais na produção de alimentos, com exportações para cerca de 170 países. Mais de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) tem origem no esforço que vem da pesquisa e do campo.

Manter foco nas metas

No momento em que a trajetória de quase cinco décadas de ciência agropecuária é marcada por um cenário incerto, o presidente Celso Moretti reforça a importância do foco nas metas. “Será necessário investir mais do que nunca em estratégias sustentáveis que contribuam com a garantia de produção de mais alimentos, usando menos energia e água, para alimentar 8,5 bilhões de pessoas no planeta”, diz.

“No mundo pós-pandemia, para que haja saúde e segurança alimentar para a população dos países, serão necessários novos conceitos na produção de alimentos, baseados na sanidade animal, na saúde humana, na segurança dos alimentos e na sustentabilidade”, destaca. “Estaremos diante de uma realidade nova em termos populacionais, de urbanização, de longevidade e de padrões de consumo – a Embrapa precisa estar pronta para fazer sua parte. Os últimos 48 anos a prepararam para esse protagonismo”, afirma Moretti.

Referindo-se ao VII Plano Diretor da Embrapa (PDE), pela primeira vez definido em metas quantificáveis, o presidente lembra as oito áreas prioritárias da pesquisa e as três na gestão organizacional e estratégica. “Serão ampliados os esforços nas áreas de bioeconomia, inteligência territorial, agricultura digital, mudança do clima, sanidade agropecuária, desenvolvimento territorial com inclusão produtiva, sustentabilidade com competitividade, consumo e agregação de valor aos produtos do agronegócio”, cita. “Na gestão organizacional, nosso foco será ainda mais a modernização, com o aumento da eficiência e a racionalização de custos”.

Entre os compromissos do PDE estão:

  • a ampliação em mais de 10 milhões de hectares das áreas com plantios de sistemas integrados até 2025 (hoje a área estimada com ILPF é de 17 milhões);
  • o aumento em 1 milhão de hectares da área de florestas plantadas com sistemas de produção até 2030;
  • e o aumento em 10% dos benefícios econômicos de produtores que utilizam o Zoneamento de Risco Climático (Zarc) para o plantio.

“Até 2025, queremos dobrar o número de usuários dos aplicativos da Embrapa, e em 20% o benefício econômico gerado por práticas agropecuárias e tecnologias sustentáveis capazes de reduzir os custos de produção”, completa.

Para Moretti, o que pode ser considerado “ousadia” é, na verdade, o reflexo da maturidade alcançada pela Empresa e que justifica os marcos científicos comemorados a cada ano. “São tempos de dificuldades, perdas e adaptações, mas que, ao mesmo tempo, provam o quanto a Empresa se preparou e busca estar cada vez mais apta a promover as entregas que a sociedade demanda da ciência”, completa.

Diversidade de conquistas

Desde a tecnologia que transformou os solos ácidos do Cerrado em uma das regiões mais produtivas do País, a ciência da Embrapa e parceiros acumula uma sucessão de marcos para a agropecuária. Graças à pesquisa, o mesmo bioma, um dia considerado infértil, hoje tem o potencial de dobrar a área cultivada com trigo no Brasil. “Temos desenvolvido variedades adaptadas ao Cerrado, com teor de proteína quase duas vezes maior do que o do trigo produzido em outras regiões”, diz Moretti. O Brasil tem 2 milhões de hectares cultivados com o cereal, dos quais 200 mil hectares no Cerrado.

“Às vésperas de completar cinco décadas de pesquisa, outras contribuições merecem destaque, como a economia de base biológica, que representa o futuro e a garantia de sustentabilidade aliada ao desenvolvimento e à geração de emprego e renda”, comenta o presidente. “A fixação biológica de nitrogênio, o Biomaphos (primeiro inoculante nacional para fósforo), o Aprinza (inoculante para fixação biológica de nitrogênio na cana-de-açúcar), o controle biológico da vespa-da-madeira, o óleo essencial de manjericão-de-folha-larga para o controle de pragas, além dos bioinsumos desenvolvidos a partir de resíduos da cadeia de biocombustíveis, fazem parte desse rol de resultados que já chama a atenção de outros países, interessados em compartilhar o conhecimento brasileiro”.

Impactos continuam significativos

Segundo Moretti, a trajetória da pesquisa agropecuária vai além da lista de soluções tecnológicas. “A contabilização dos impactos também é alta”, diz. Um exemplo: em 2020, a fixação biológica de nitrogênio (FBN) foi a responsável por uma economia de R$ 22 bilhões em adubos nitrogenados não gastos. “Sem contar que deixaram de ser emitidas cerca de 150 milhões de toneladas de CO2 equivalente”, resume.

Na área dos sistemas integrados, a pesquisa da Embrapa também se consolidou como referência para os novos rumos do agro, com a adoção da ILPF. “Para compreender o impacto, basta considerar que, se a ILPF for implantada em apenas 15% da área de produção, já seria o suficiente para compensar as emissões de gases de efeito estufa produzidos pelos animais e pela pastagem”, comenta.

Na evolução do agro, a Empresa também vem contribuindo fortemente com a necessidade de modernização dos recursos para os produtores. A agricultura digital, a rastreabilidade e a logística, associadas aos sistemas produtivos agrícolas, estão entre os temas prioritários da programação. “O universo de inovações e soluções tecnológicas é vasto, mas não há como prescindir da urgência da conectividade à disposição dos produtores rurais”, destaca o presidente. 

“Quase todos os centros de pesquisa têm se dedicado ao desenvolvimento de tecnologias digitais, como sensores que medem a temperatura do animal e avaliam o conforto térmico nos sistemas ILPF, detecção de doenças, recontagem de frutos, medição de características em animais, simulação de fenômenos, previsão de safras, monitoramento de logística e transporte, rastreabilidade e suporte à tomada de decisão nas propriedades, mas o produtor precisa ter condições de acesso”, diz Moretti.

Ano difícil e muitos avanços

Passados mais de 13 meses desde a declaração de pandemia no País, a Embrapa permanece com mais da metade dos empregados trabalhando remotamente. Para que projetos não fossem inviabilizados, pesquisadores e suas equipes, mesmo com o isolamento social e a necessidade de implantação das escalas de revezamento, criaram formas de preservar o trabalho no campo e nos laboratórios. Experimentos necessitavam de acompanhamento muitas vezes diário, sob o risco de serem perdidos anos de dedicação.

“Graças à solidez da Empresa, o desafio tem sido enfrentado com serenidade neste momento tão novo e incerto”, afirma o presidente. Ele lembra que as pesquisas no campo e nos laboratórios não foram paralisadas. “A pandemia funcionou como um acelerador de futuro, nos obrigando a antecipar iniciativas que estavam sendo estudadas ou iniciadas, como o teletrabalho, o investimento maior em capacitações on-line, as transmissões por internet para conversar com técnicos e produtores, o desenvolvimento de sistemas de planejamento e o monitoramento de safras por satélite”, explica. Foram realizados mais de 40 cursos a distância, oferecidos por 25 UDs, que registraram mais de 400 mil inscrições.

Integração de esforços 

No balanço dos 48 anos, cada área da Embrapa também precisou se adaptar em seu planejamento. “Nosso maior desafio tem sido preparar a Empresa para manter seu protagonismo nos próximos anos, o que implica em ganhos de eficiência operacional, maior transparência e redução da dependência do Tesouro Nacional”, avalia o diretor-executivo de Gestão Institucional, Tiago Ferreira, ressaltando a consolidação fiscal e a pandemia como os dois principais condicionantes.

Segundo ele, a Embrapa será convocada a contribuir com o ajuste das contas públicas e precisará racionalizar o uso de recursos e obter ganhos de eficiência para preservar suas operações. “A transformação digital e os centros de serviços compartilhados são as principais frentes de ação, mas precisamos também explorar as vantagens associadas ao ERP-SAP, uma plataforma organizacional robusta, que contribui com a integração e o compartilhamento de processos administrativos”, explica.

Sobre a pandemia, o diretor diz acreditar no efeito transformador das relações, inclusive de trabalho. “Estão sendo estudadas alternativas para a organização do trabalho, sendo importante ressaltar nossas restrições, em especial a financeira”, comenta. “O fato é que não devemos temer a mudança, porque as transformações trazem desafios que, se encarados adequadamente, representam grandes oportunidades - o Brasil precisa da Embrapa”, conclui.

Dinamismo

Já a diretora-executiva de Inovação e Tecnologia, Adriana Regina Martin, destaca como prioridades a aproximação com o setor produtivo e o maior dinamismo na busca por novos modelos de financiamento de projetos de PD&I para incrementar o orçamento. “Diretoria e Unidades Centrais e Descentralizadas estão engajadas em melhorar esse cenário”, diz.

De acordo com a gestora, no ano passado, dos R$ 168,1 milhões investidos em projetos de PD&I, mais de R$ 32 milhões vieram da iniciativa privada, o que significa um salto de 11,2% em 2019 para 17,3% em 2020. Nesse sentido, Adriana Martin destaca os esforços para que seja atingida a meta de mais 40% dos projetos com parceiros até 2023, em alinhamento aos temas do VII PDE e às megatendências da agricultura brasileira.

Quanto às alternativas de financiamento, ela dá como exemplo a estruturação de fundos privados com grandes players do agronegócio. Cita ainda o trabalho da Secretaria de Inovação e Negócios (SIN), como Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), na busca de novos modelos de negócio para transferir as tecnologias ao setor produtivo e à sociedade, gerando maior valor agregado. “Estão sendo fundamentadas as bases para que a Embrapa seja sócia de empreendimentos para o desenvolvimento de produtos, processos e serviços inovadores e o lançamento de ativos, com melhor posicionamento de mercado e visibilidade”, completa.

Aumentar a visibilidade da Empresa no ecossistema de inovação nacional é outra linha de ação relevante para a agenda institucional, como forma de promover o desenvolvimento de novos mercados e o fortalecimento do empreendedorismo. “Quase todos os centros de pesquisa da Embrapa têm parcerias com empresas de base tecnológica digital e iniciativas para impulsionar o mercado de startups”, diz. “São oportunidades para embarcar ativos tecnológicos e pré-tecnológicos da Empresa em soluções digitais, de biotecnologia e de nanotecnologia, dentre outros segmentos possíveis”, conclui.

Entregas mais direcionadas

Ajustes na programação e nos programas, tornando-os mais focados e com entregas claras e escalonadas estão entre as principais metas da área de P&D, uma das mais estratégicas e essenciais da Empresa. De acordo com o diretor Guy de Capdeville, as dificuldades devido às restrições orçamentárias exigem que a Embrapa continue se adaptando para seguir entregando à sociedade as soluções que precisa, em especial aos agricultores.

“Precisamos fortalecer nossa atuação em redes regionais e nacionais, atuando cada vez mais transversalmente e multidisciplinarmente para acelerar nossa capacidade de produzir, entregar e subsidiar o Estado brasileiro no estabelecimento das políticas públicas que farão o País avançar”, diz.

Destacando o papel da Empresa no contexto do agro, o diretor lembra as cobranças constantes por entregas mais direcionadas pelo setor produtivo. “Detemos um volume de informações e ferramentas que orienta e ajuda nossas UDs a direcionar o avanço científico para atender as inovações que precisamos produzir”, comenta. “E não se trata de obliteração da criatividade, mas sim de dar orientação e pragmatismo. Ciência pode e deve ser lucrativa, principalmente em uma empresa como a Embrapa”.

Lives para os empregados e o público externo

Como no ano passado, em decorrência da pandemia, os 48 anos da Embrapa serão lembrados de forma virtual, com transmissão pelo canal da Empresa no YouTube.

Na quarta-feira (28), às 10h, a live Embrapa 48 anos será aberta ao público externo, quando serão lançados o Balanço Social 2020 e diversas soluções tecnológicas, publicações e cursos. Também será anunciada a assinatura de algumas parcerias. 

Parlamentares, parceiros e a ministra Tereza Cristina falarão sobre a importância da Embrapa. Além disso, a Empresa entregará homenagens a seis atores relevantes do setor produtivo, do poder público e do universo da pesquisa.

Agenda

 

Kátia Marsicano (MTb DF 3645)
Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas (Sire)

Contatos para a imprensa

Telefone: (61) 3448 1861

Saiba mais…

9846993469?profile=original

Você sabia que os animais ruminantes podem ter a produção de gases de efeito estufa manejada, com a finalidade de reduzi-la por meio de fatores relacionados principalmente à alimentação? Que as condições de umidade do solo típicas da Caatinga limitam a decomposição dos dejetos de caprinos e a produção desses gases? E que os sistemas que integram lavoura, pecuária e floresta na mesma área são mais eficientes na ciclagem de nutrientes, melhoram a qualidade do solo, aumentam a sua biodiversidade e promovem o sequestro de carbono, contribuindo para a mitigação das emissões de gases de efeito estufa?
 
Esses são alguns resultados de pesquisas da Embrapa que constam na Coletânea de Fatores de Emissão e Remoção de Gases de Efeito Estufa da Agropecuária Brasileira, lançada na tarde desta sexta (9) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), durante uma live.
 
A coletânea tem dois volumes, um que trata das emissões e remoções de gases pela pecuária e outro que aborda esse balanço pela agricultura brasileira. A pesquisadora Fernanda Sampaio foi uma das mentoras da coletânea e disse que as duas publicações são uma estratégia de aproximar os resultados às políticas públicas. Ela trabalha na Coordenação-Geral de Mudanças Climáticas, Florestas Plantadas e Agropecuária Conservacionista do Departamento de Produção Sustentável e Irrigação da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Mapa.
 
“Os dois documentos trazem contribuições de mais de 400 pesquisadores envolvendo as principais cadeias produtivas da agropecuária brasileira e mostram o quanto a ciência do país tem se dedicado a desenvolver tecnologias sustentáveis que aumentam a produtividade e trazem resiliência também ao sistema de produção, além de mitigar a emissão de gases de efeito estufa”, afirmou Fernanda. Só da Embrapa, a lista de autores e coautores reúne mais de 130 nomes de 28 centros de pesquisas espalhados pelo país.
 
Durante o lançamento, a ministra Tereza Cristina destacou os efeitos internos e externos da coletânea, que disponibiliza uma base de dados que será fundamental para que a agropecuária nacional encare os desafios das próximas décadas. Internamente, o material pode subsidiar políticas públicas de enfrentamento à mudança do clima mais alinhadas às características dos sistemas produtivos brasileiros.
 
“A partir desses dados, será possível modernizar práticas produtivas, aperfeiçoar os sistemas de manejo e promover ganhos crescentes de produtividade. Tudo isso se traduz em maior eficiência para o produtor, que é o nosso foco”, afirmou a ministra. Segundo ela, mais eficiência se traduz em renda e em sustentabilidade. 
 
No cenário externo, as coletâneas vão ajudar o Brasil a mostrar, de forma inequívoca, a sustentabilidade do setor agropecuário brasileiro. “A partir do aprimoramento das metodologias de quantificação de emissões de gases de efeito estufa do nosso setor, ganharemos força em negociações climáticas para comprovar o cumprimento de nossos compromissos climáticos internacionais, incluindo no âmbito do Acordo de Paris”, disse Tereza Cristina.
 
Fernando Camargo, secretário de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Mapa, e também presidente do Conselho de Administração da Embrapa, destacou a importância de a coletânea apresentar não apenas as emissões da agropecuária brasileira, mas também as remoções de gases de efeito estufa que os sistemas produtivos promovem.
 
Um resumo das publicações foi apresentado por Mariane Crespolini, do Departamento de Produção Sustentável e Irrigação (Depros). Também participaram da live o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes; o secretário-adjunto de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Mapa, Pedro Alves Correa Neto; o presidente da CNA (Confederação Nacional da Agricultura), João Martins; e o presidente do Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), Daniel Carrara. A live chegou a ser acompanhada simultaneamente por quase 350 pessoas.
 
As publicações podem ser acessadas aqui:
 
 
 
Centros de pesquisa da Embrapa que participaram da coletânea:
 
1. Embrapa Cerrados
2. Embrapa Arroz e Feijão
3. Embrapa Meio Ambiente
4. Embrapa Agrobiologia
5. Embrapa Milho e Sorgo
6. Embrapa Clima Temperado
7. Embrapa Pecuária Sudeste
8. Embrapa Pecuária Sul
9. Embrapa Tabuleiros Costeiros
10. Embrapa Meio-Norte
11. Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas - Embrapa
12. Embrapa Recursos Genéticos
13. Embrapa Acre
14. Embrapa Cocais
15. Embrapa Semiárido
16. Embrapa Amapá
17. Embrapa Trigo
18. Embrapa Amazônia Oriental
19. Embrapa Instrumentação Agropecuária
20. Embrapa Suínos e Aves
21. Embrapa Gado de Leite
22. Embrapa Informática Agropecuária
23. Embrapa Florestas
24. Embrapa Pantanal
25. Embrapa Agropecuária Oeste
26. Embrapa Gado de Corte
27. Embrapa Caprinos e Ovinos
28. Embrapa Café

Ana Maio (Mtb 21928)

Embrapa Pecuária Sudeste
Contatos para a imprensa
Cristina Tordin (MTb 28499)

Embrapa Meio Ambiente
Contatos para a imprensa
Lisiane Brisolara

Embrapa Pecuária Sul
Contatos para a imprensa

Saiba mais…

2RHS2Nx?profile=RESIZE_710x

O custo de produção de leite registrou nova alta em março, com elevação em quase todos os grupos que compõem o ICPLeite/Embrapa. A maior elevação foi na produção e compra de volumosos, com incremento de 7,9%.

No acumulado de doze meses o ICPLeite subiu 31,17%. A alimentação do rebanho foi o grupo que mais contribuiu para este aumento

Veja essa análise na nova edição do Boletim ICPLeite/Embrapa disponível no site do Centro de Inteligência do Leite.

Informativo periódico de divulgação de publicações técnicas do Centro de Inteligência do Leite - CILeite.
Equipe: Alziro Carneiro, Denis Teixeira, Fábio Diniz, Glauco Carvalho, João César de Resende, José Luiz Bellini, Kennya Siqueira, Lorildo Stock, Manuela Lana, Marcos Hott, Paulo Martins, Ricardo Andrade, Samuel Oliveira, Walter Magalhães Júnior.
O conteúdo do CILeite pode ser reproduzido, desde que seja citada a fonte da publicação.

Saiba mais…

2RHS2Nx?profile=RESIZE_710x

As importações brasileiras de leite e derivados tiveram novo recuo mensal em março na comparação com fevereiro. Mas o volume é 45% superior a março de 2020.

A queda no preço do leite ao produtor também segue prejudicando as margens. Insumos como milho e farelo de soja continuam em alta.

Veja essa análise na nova edição do Boletim Indicadores Leite e Derivados disponível no site do Centro de Inteligência do Leite.

Informativo periódico de divulgação de publicações técnicas do Centro de Inteligência do Leite - CILeite.
Equipe: Alziro Carneiro, Denis Teixeira, Fábio Diniz, Glauco Carvalho, João César de Resende, José Luiz Bellini, Kennya Siqueira, Lorildo Stock, Manuela Lana, Marcos Hott, Paulo Martins, Ricardo Andrade, Samuel Oliveira, Walter Magalhães Júnior.
O conteúdo do CILeite pode ser reproduzido, desde que seja citada a fonte da publicação.

Saiba mais…

9847001878?profile=original

Promovido pelo MAPA, Embrapa, Rede ILPF, Semagro e Famasul, o II Congresso Mundial sobre Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (WCCLF 2021) vai acontecer nos dias 4 e 5 de maio de 2021 no formato 100% digital. O inscrito terá acesso, por meio de login e senha no site, a toda a programação de palestras, atividades paralelas, feira virtual e muito mais!

O Congresso será uma grande oportunidade para troca de experiências e conhecimento, bem como para atualizações sobre os mais recentes resultados de pesquisa, desenvolvimento e inovação em Sistemas ILPF no mundo.

O principal objetivo do evento é propiciar um fórum de discussão, com aprofundamento teórico e aplicações práticas sobre aspectos tecnológicos e de sustentabilidade econômica e ambiental de sistemas agrícolas consorciados que combinem a produção integrada da lavoura, da pecuária e da floresta na mesma área e com uso eficiente de insumos, que são fundamentais para a segurança alimentar no futuro.

Inscrição: http://www.wcclf2021.com.br/#modal

Mais informações: http://www.wcclf2021.com.br/#

Saiba mais…

9846996652?profile=original

Em live da qual participaram gestores da Lactalis e pesquisadores e analistas da Embrapa, as empresas anunciaram interesse em parceria para enfrentar os principais gargalos da produção de leite no Brasil: produtividade, qualidade, sanidade e produção responsável. Segundo Armindo Neto, responsável pela captação de leite da Lactalis, a soma dos esforços das instituições pode fazer com que o país se torne exportador de lácteos. “A Lactalis tem a pretensão de transformar o Brasil em hub de exportação para toda a América Latina”, diz Neto.

Paulo do Carmo Martins, chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, afirma que a Lactalis, responsável pela captação de 20,1 bilhões de leites no mundo, está se tornando, rapidamente, um dos maiores conglomerados de produção de lácteos do Brasil. “Embora o nome ‘Lactalis” seja pouco conhecido pelo consumidor, a empresa é responsável por marcas tradicionais como Itambé, Parmalat, Cotochês, Batavo, Elegê, Poços de Caldas, Du Bom, Boa Nata e Presidente, possuindo grande capilaridade na pecuária de leite nacional”, diz. Ainda segundo Martins, a parceria entre as instituições terá como objetivo o treinamento de técnicos e a realização de palestras a produtores, além do desenvolvimento de conhecimento em conjunto.

“Entre outros temas, iremos focar no bem-estar animal e em questões ambientais, sob a ótica do ‘ESG’, garantindo as boas práticas de produção que assegurem cuidados com o meio ambiente e com a sociedade”, diz Martins. “ESG” é a sigla em inglês para Environmental, Social and corporate Governance. Traduzida como governança ambiental, social e corporativa, refere-se aos três fatores centrais na medição da sustentabilidade e do impacto social de um investimento ou negócio. A análise desses critérios ajuda a determinar melhor o desempenho futuro das empresas.

Parceria

Neto apresentou aos pesquisadores e analistas da Embrapa alguns projetos de incentivo ao produtor adotados na empresa, cuja participação da Embrapa seria oportuna:

- Pro Leite - programa de acompanhamento do custo de produção nas fazendas;

- Pro Quali - pagamento do leite por qualidade, com visitas a campo para melhoria dos resultados;

- Mais Leite - programa de incentivo ao aumento da produção via bonificação extra do leite;

- Meio Ambiente - produção com redução na emissão de CO2;

- Bem-estar Animal - adoção de boas práticas e programas de certificação nas propriedades;

- Reciclagem - Logística reversa de embalagens.

Global e Local 

Maior grupo de lácteos do mundo, a Lactalis tem 47% de participação no mercado europeu, 24% nas Américas, 13% na África e 16% na Oceania. No entanto, é definida por Neto como uma empresa “glocal” (global + local). “Somos um grupo internacional que leva em conta as realidades locais”, afirma. Um exemplo disso é que não existe nenhuma marca de lácteos com o nome Lactalis. Quando o grupo adquire um laticínio, preserva sua marca, como aconteceu com a Itambé, Poços de Caldas, Cotochês etc, no Brasil.

Empresa familiar, foi fundada a 85 anos na França, tornando-se a “Número 1” em queijos naquele país. Seu primeiro produto foi a linha de queijos “Président”, vendida hoje em 160 países. A empresa preserva sua tradição queijeira, com os queijos sendo responsáveis por 35% do faturamento. Neto afirma que os produtos feitos no Brasil têm potencial de exportação para toda a América Latina. Ele conclui afirmando que a ambição da Lactlis é desenvolver a vocação exportadora para os lácteos brasileiros, aproveitando o potencial do parque fabril nacional, o amplo portfólio e a força das marcas.

Rubens Neiva (MTb 5445)

Embrapa Gado de Leite

Contatos para a imprensa

Telefone: 32 9 9199 4757

Saiba mais…

2RHS2Nx?profile=RESIZE_710x

O mês de março foi de elevação de preços para os lácteos no mercado atacadista e no Spot. Mas o momento é delicado devido a fraca demanda.

As projeções dos Conseleites divergiram sobre a tendência de preços ao produtor em abril, com dois Estados indicando alta e outros dois pequena queda.

Veja esses dados e sua análise no Boletim de Preços de março de 2021 disponível no site do Centro de Inteligência do Leite.

Informativo periódico de divulgação de publicações técnicas do Centro de Inteligência do Leite - CILeite.
Equipe: Alziro Carneiro, Denis Teixeira, Fábio Diniz, Glauco Carvalho, João César de Resende, José Luiz Bellini, Kennya Siqueira, Lorildo Stock, Manuela Lana, Marcos Hott, Paulo Martins, Ricardo Andrade, Samuel Oliveira, Walter Magalhães Júnior.
O conteúdo do CILeite pode ser reproduzido, desde que seja citada a fonte da publicação.

Saiba mais…

2RHS2Nx?profile=RESIZE_710x

O IBGE divulgou nesta quinta-feira (18/03), os dados consolidados da produção de leite inspecionada no último ano. Em 2020, o volume de leite adquirido pelos laticínios cresceu 2,1% atingindo a marca de 25,5 bilhões de litros. 

Dentre as regiões, Sul, Nordeste e Sudeste apresentaram incrementos de produção. Já dentre os Estados, Minas Gerais registrou o maior aumento absoluto na oferta de leite.

Veja esses dados com detalhes na edição especial do Boletim Indicadores Leite e Derivados disponível no site do Centro de Inteligência do Leite.

Informativo periódico de divulgação de publicações técnicas do Centro de Inteligência do Leite - CILeite.
Equipe: Alziro Carneiro, Denis Teixeira, Fábio Diniz, Glauco Carvalho, João César de Resende, José Luiz Bellini, Kennya Siqueira, Lorildo Stock, Manuela Lana, Marcos Hott, Paulo Martins, Ricardo Andrade, Samuel Oliveira, Walter Magalhães Júnior.
O conteúdo do CILeite pode ser reproduzido, desde que seja citada a fonte da publicação.

Saiba mais…

9847000683?profile=original

Instituído pela ONU em 1992, o Dia Mundial da Água é comemorado em 22 de março. Para alertar sobre o risco de escassez deste precioso recurso, a Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) lembra da necessidade da preservação e os cuidados no uso racional da água, tão vital para a manutenção da vida e para o equilíbrio dos ecossistemas do planeta.

As águas cobrem três quartos da superfície do planeta Terra. Mais de 97% desta água estão nos oceanos. Menos de 3% são água doce, portanto, próprias para consumo humano, dessedentação de animais e outros usos, como na agricultura. Desse total, 77% estão nas geleiras, calotas polares e congeladas nas montanhas; 29,9% são subterrâneos; 0,9% está presente na umidade do solo e na região dos pântanos; e apenas 0,3% em rios e lagos. Assim, apenas uma pequena parte de água doce está prontamente disponível para nosso uso.

A água é um recurso essencial diretamente ligado à saúde e a qualidade de vida. O uso da água apresenta também uma destacada importância econômica, seja para a geração de energia elétrica, uso industrial, ou na produção de alimentos, por meio da irrigação na agricultura e nos manejos da pecuária. Farta em algumas regiões e já escassas ou degradadas em outras, o uso inadequado deste recurso pode levar as próximas gerações a enfrentar o problema ainda maior da escassez dessa substância essencial à vida.

Mas como o Brasil lida com a água? Estamos explorando mal esse valioso recurso? Como a ciência tem atuado para sua conservação e para melhorar o seu uso?

Para ajudar nessas reflexões, convidamos dois especialistas da Embrapa para falar sobre o assunto. O pesquisador Marcelo Augusto Boechat Morandi, chefe-geral da Embrapa Meio Ambiente e Ricardo de Oliveira Figueiredo, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, que liderou, dentre outras pesquisas em bacias hidrográficas no País, importantes estudos relacionados à ocupação agrícola e aos recursos hídricos nas bacias dos rios Camanducaia e Jaguari.

1. De modo geral, qual é o principal problema que o Brasil ainda enfrenta para a adequada gestão dos recursos hídricos?

Ricardo Figueiredo: A complexidade de um país continental como o nosso, requer políticas diferenciadas na gestão ambiental. A depender da região, do bioma ou da ecorregião, encontramos problemas maiores ou menores.

Bacias hidrográficas que drenam grandes centros urbanos tendem a apresentar elevada poluição hídrica relacionada a aspectos sanitários como o tratamento de esgoto. Por outro lado, áreas rurais, com prática de agricultura e pecuária em larga escala, promovem por vezes grande entrada de sedimentos, nutrientes e resíduos de pesticidas, o que deve ser mitigado por atividades sustentáveis de produção agropecuária e a conservação florestal, principalmente nas cabeceiras da bacia e nas áreas de recarga de aquíferos.

Como os limites das áreas de drenagem das bacias em geral não são coincidentes com as fronteiras municipais, estaduais e até mesmo a federal, se impõem políticas públicas que sejam bem integradas pelos diferentes níveis de governo para a gestão adequada dos recursos hídricos no nosso País.

2. No Brasil existe o mito da abundância de água, mas os eventos de seca e de mudanças climáticas tem mostrado uma outra realidade. Se não cuidarmos, pode faltar água?

Marcelo Morandi: Apesar de o Brasil ter grandes reservas de água doce, como o maior aquífero do mundo, o Guarani, a distribuição deste recurso não é homogênea entre as regiões. A região Norte detém 68,5% da água doce disponível, enquanto que o Nordeste apenas 3,3%. Nas demais regiões a disponibilidade é de 15,7% no Centro-Oeste, 6,5% no Sul e 6% no Sudeste. Portanto, a distribuição das reservas não acompanha a concentração populacional nem a demanda hídrica das diferentes partes do País.

Além da distribuição espacial, há também distribuição desigual no tempo. Algumas regiões têm regime de chuvas concentrado em poucos meses, seguidos de longos períodos de estiagem e rios e lagos intermitentes.

A busca de soluções que levem a um caminho mais sustentável, deve levar em conta a conservação da água, do solo, e da vegetação nativa, de uma forma integrada, no contexto da bacia de captação onde os processos ocorrem. O uso adequado de recursos hídricos tanto no meio urbano quanto rural, reduzindo o desperdício e a poluição dos corpos d’água, é essencial para o equilíbrio da oferta e demanda deste recurso, tanto no presente quanto no futuro.

3. O crescimento populacional, desperdício de água, consumismo, poluição, falta de saneamento e desmatamento fazem pressão sobre o estoque de água doce disponível. Precisamos melhorar a governança na gestão da água para equacionar esses problemas?

Ricardo Figueiredo: Sim, é essencial que se melhore a gestão pública. Como comentado, os problemas são diversos e inerentes às diferentes características da bacia hidrográfica, tanto as naturais (clima, solo, geologia, relevo e vegetação original) como aquelas relacionadas ao uso e ocupação das terras. Dessa maneira, é necessário o aprimoramento do monitoramento hidrológico de nossos rios, para se conhecer e acompanhar as variações ocorridas tanto em termos de quantidade como de qualidade da água.

O País possui um sistema de monitoramento liderado pela Agência Nacional de Águas (ANA), mas é necessária sua ampliação geográfica e também a melhoria em termos de equipamentos instalados in loco para esse fim. Temos hoje tecnologia disponível, que uma vez aplicada, permite o acompanhamento em tempo real das condições hídricas das bacias, como é feito em alguns países.

Observe que menciono sempre a bacia hidrográfica, pois para o entendimento e a gestão da água precisamos conhecer todos os processos naturais e antrópicos que ocorrem dentro dos limites da bacia. Por exemplo, um impacto detectado em uma porção a jusante da bacia muitas vezes é consequência de processos que ocorrem em sua porção mais a montante. Dessa maneira, a governança é mais bem praticada quando se observa o quadro todo, a bacia hidrográfica.

4. E no campo, é possível otimizar a utilização da água na agricultura?

Marcelo Morandi: Um estudo publicado pela Embrapa (Visão 2030 – O futuro da Agricultura Brasileira), destaca que, em termos globais, o setor agrícola é o principal usuário de terra e água. A demanda mundial de água deverá aumentar 40% até 2030 e 55% até 2050 – ano no qual se estima que mais de 40% da população mundial vivam em áreas de grave estresse hídrico.

A demanda por água para a agricultura irrigada no mundo aumentará de 2.600 km3, em 2005, para 2.900 km3, em 2050. Cada km3 equivale a um trilhão de litros. Para efeito de comparação, o Lago Paranoá, em Brasília, tem 0,5 km3.

O uso adequado de recursos hídricos no meio rural envolve aperfeiçoamento da irrigação, uso de métodos específicos para cada tipo de solo e cultura, manejo a partir do monitoramento preciso da evapotranspiração e sistemas mais eficientes e adaptados às condições locais, evitando o desperdício de água e energia. Em regiões onde a disponibilidade hídrica é muito variável, reservatórios de pequeno porte, barragens subterrâneas, reuso e captação de chuvas em propriedades agrícolas podem melhorar a disponibilidade hídrica, reduzindo a vulnerabilidade em relação à variabilidade hidrológica.

Outra preocupação é com a qualidade da água, uma vez que é no espaço rural que nascem os grandes mananciais de abastecimento. Apesar de a poluição urbana ser a principal fonte de degradação, a poluição difusa de origem rural causada pela elevada utilização de fertilizantes e pesticidas e pela perda de solos por processos erosivos pode ser fortemente impactante.

5. Que tecnologias utilizadas na agricultura contribuem para a economia e manutenção da qualidade da  água no solo e nos mananciais?

Ricardo Figueiredo: Em primeiro lugar para a adoção de tecnologias é preciso que seja considerado o quadro completo das interações promovidas pelos fluxos de água dentro da área terrestre da bacia, e todo o material por esta água transportado. São variadas as maneiras de se enfrentar os desafios para um manejo sustentável nas bacias agrícolas, com manutenção da qualidade da água.

Um exemplo é o Sistema Plantio Direto (SPD), que pode ser entendido como um complexo de processos tecnológicos destinado à exploração de sistemas agrícolas produtivos, que compreende a mobilização de solo apenas na linha ou na cova de semeadura, na manutenção permanente da cobertura do solo e na diversificação de espécies, via rotação e/ou consorciação de culturas, e com o plantio em curva de nível e terraceamento. Dentre os impactos positivos do SPD, ressalto a diminuição da entrada de sedimentos nos rios como consequência do controle da erosão dos solos.

Também os sistemas agroflorestais (SAFs), podem ajudar na conservação dos recursos hídricos, combinando culturas agrícolas com árvores e plantas da floresta e/ou animais. Sua adoção tem sido utilizada com sucesso para a restauração de áreas degradadas, o que poder gerar melhorias ambientais como os serviços ambientais hídricos. Da mesma maneira, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), com produção agrícola e animal em rotação, tem esse mesmo potencial de mitigação de impactos indesejáveis para a conservação da água.

Outra estratégia de tecnologias para a manutenção da qualidade e quantidade da água seria a chamada Agroecologia, e também a agricultura orgânica, uma vez que promovem a redução e racionalização do uso de insumos químicos, a substituição de insumo, e o manejo da biodiversidade e redesenho dos sistemas produtivos. No entanto, essas iniciativas têm avançado apenas no âmbito da agricultura familiar. Seria de fato importante a ampliação dessas iniciativas, pois trata-se de tecnologias que atenuam a entrada de agroquímicos nos fluxos hidrogeoquímicos da bacia.

Na agricultura familiar amazônica, por exemplo, a prática de preparo de área de plantio por meio do uso do fogo, promove impactos na qualidade do solo, água e ar, e pode ser substituída pelo corte da vegetação de pousio (capoeira) seguida da trituração dessa vegetação derrubada. A eliminação do fogo nessas condições tem resultado em bons efeitos na produção agrícola aliada à conservação dos recursos hídricos como atestam várias pesquisas.

6. Além do uso de tecnologia, como os produtores podem contribuir com a manutenção e preservação da água?

Marcelo Morandi: Segundo a legislação brasileira, imóveis rurais privados podem exercer produção em toda a sua extensão, exceto nas áreas de preservação permanente (APP), que protegem, especialmente, os cursos d'água e perfazem em média cerca de 10% da área da propriedade. Uma parcela da área que varia de 20% a 80%, dependendo do bioma, deve ser mantida com vegetação nativa na forma de reserva legal, sendo a produção limitada a atividades que não degradem ou avancem sobre a vegetação nativa.

Assim, é certo que essa imobilização de parte das propriedades traz um custo aparente ao produtor, se imaginarmos que a produção em área total, mantidas as mesmas produtividades pudesse ser real. Entretanto, como bem sabemos a manutenção das áreas de APP e de reservas legais são fundamentais para o bom desempenho da produção nas demais áreas das propriedades, garantindo disponibilidade de água, inimigos naturais, polinizadores e outros serviços ecossistêmicos.

Não se trata simplesmente de buscar aumento de produção ou produtividade, mas encontrar o sistema de produção adequado às características ecológicas e socioambientais de cada região, aliados a práticas conservacionistas e às tecnologias sociais já disponíveis. Portanto, a conservação dessas áreas é fundamental para garantir a longevidade e a produtividade da nossa agricultura. Ganha o ambiente, o produtor e a sociedade como um todo.

7. Como o pagamento por serviços ambientais pode afetar a produção e o uso da água na agricultura?

Ricardo Figueiredo: A adoção de pagamento por serviços ambientais, já amplamente conhecido como PSA, se destaca como uma maneira interessante para enfrentamento dos problemas mencionados. Trata-se de um importante instrumento para a implementação de ações relacionadas à recuperação das bacias. Para que o proprietário rural receba tal pagamento, algumas iniciativas exigem que estes adotem práticas de conservação de solos e reflorestamento de nascentes e áreas marginais dos cursos d’água.

Algumas iniciativas de PSA tem gerado bons resultados, mas há de se reconhecer que não podem ser aplicadas em qualquer situação. O PSA requer recursos financeiros e uma boa articulação do poder público com a comunidade local, e daí tende a ser mais efetivo em pequenas bacias. Por outro lado, seria também interessante que a política de PSA pudesse abranger os proprietários rurais, de maneira a proporcionar reconhecimento e incentivo ao manejo de suas terras, as quais são as maiores responsáveis pelo abastecimento da água subterrânea, que supre eventualmente os nossos rios, ribeirões e córregos.

Daí, sendo o PSA adotado com sucesso, tem-se a conservação dos recursos hídricos e uma valoração do produto agrícola, dado ao “prestígio ambiental” de uma produção sustentável. A conservação da água na área rural, por certo, redundará numa maior oferta de água para a irrigação, e também, diretamente pelo solo rico em água, para as raízes das plantas cultivadas.

Mais sobre o assunto:

https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/18453038/workshop-apresenta-resultados-de-estudos-relacionados-a-ocupacao-agricola-e-os-recursos-hidricos--nas-bacias-dos-rios-camanducaia-e-jaguari

https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/57552201/estudo-constata-impactos-em-bacias-hidrograficas-em-consequencia-de-mudanca-de-cobertura-florestal-original

https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/57469946/estudos-em-bacias-hidrograficas--embrapa-meio-ambiente-38-anos

https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/56196089/instituicoes-trabalham-para-reflorestar-bacias-de-afluentes-do-rio-atibaia

https://www.embrapa.br/meio-ambiente/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1123149/agricultural-impacts-of-hydrobiogeochemical-cycling-in-the-amazon-is-there-any-solution

https://www.embrapa.br/meio-ambiente/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1112886/a-conservacao-de-bacias-e-os-desafios-para-a-sustentabilidade-da-agricultura

https://www.mdpi.com/2073-4441/12/3/763

Eliana Lima (MTb 22.047/SP)

Embrapa Meio Ambiente

Contatos para a imprensa

Telefone: (19) 99764-7175

Marcos Vicente (MTb 19.027/MG)

Embrapa Meio Ambiente

Contatos para a imprensa

Telefone: (19) 98396-7764

Saiba mais…

9847000096?profile=original

A Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos – SP) e a Nestlé estão monitorando o consumo de água de 60 propriedades leiteiras no país. Comparando-se o consumo total das fazendas em 2019 com o de 2020, a economia chegou a 19 milhões de litros de água. De acordo com o pesquisador Julio Palhares, da Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos -SP), isso equivale a água ingerida por mais de 300 mil vacas em fase de lactação em um ano.


O acompanhamento ocorre há dois anos em 60 propriedades localizadas nos estados de São Paulo, Paraná, Goiás e Minas Gerais. O monitoramento é realizado mensalmente por meio de hidrômetros instalados em vários pontos de consumo. Com ajuda de técnicos, são feitas anotações em planilhas ou diretamente no aplicativo leiteria da Nestlé.

Segundo Barbara Sollero, gerente de Desenvolvimento de Fornecedores e Qualidade da Nestlé Brasil, a partir de indicadores gerados, na segunda fase do programa serão propostas ações para melhorar a eficiência hídrica nas fazendas. Barbara destaca que monitorar a água com hidrômetros não é uma prática usual nas propriedades. Para ela, é uma inovação e a parceria terá dados em larga escala para gerar pesquisas e propor ações de manejo sustentável desse recurso tão importante.

Só com o monitoramento já foi possível identificar ganhos de eficiência hídrica. Em uma das fazendas, em sistema semiconfinado, onde o hidrômetro mede os consumos da água de lavagem do curral e da sala de ordenha, identificou-se uma redução de 36% no consumo de água. “Isso significa 3 mil litros a menos de água consumida em 2020, o que equivale ao consumo de uma família rural de quatro pessoas por uma semana. Destaco que o número de vacas em lactação e a produção de leite de 2019 para 2020 mantiveram-se iguais”, conta Palhares.

O Programa de Boas Práticas Hídricas, uma parceria entre a Embrapa Pecuária Sudeste e a Nestlé, tem duração de quatro anos e busca levar a gestão da água para as fazendas leiteiras, tornando o uso desse recurso mais eficiente.

Manejos simples, como raspagem do piso e lavagem sob pressão, podem fazer a diferença na economia de água. Segundo o pesquisador, detectar vazamentos também é uma prática bastante eficaz contra o desperdício. Outras medidas podem custar um pouco mais de investimento, como a reutilização da água da lavagem da sala de ordenha para fertirrigação e sistema de captação da água da chuva, mas trazem retorno financeiro e ambiental.

Para que a produção agropecuária seja sustentável, é essencial que o produtor adote boas práticas hídricas na propriedade. Além da melhor gestão da água, o manejo hídrico é uma importante ferramenta para a preservação e conservação dos recursos naturais.

Gisele Rosso (Mtb 3091/PR)

Embrapa Pecuária Sudeste

Contatos para a imprensa

Telefone: (16) 98190-9090

Saiba mais…

9846999475?profile=original

No Dia Mundial da Água, 22 de março, a Embrapa entrega um resultado de pesquisa à sociedade. Um trabalho com duração de um ano, em que a Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS) em parceria com a Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), monitorou resíduos de agrotóxicos, em amostras de água do Rio Dourados (que pertence à Bacia Hidrográfica do Rio Dourados - BHRD), em Mato Grosso do Sul.

 “Estudos de monitoramento dos resíduos de agrotóxicos em águas superficiais são necessários para avaliar os níveis de exposição de organismos não-alvos, incluindo os seres humanos”, diz o pesquisador Rômulo Penna Scorza Júnior da Embrapa Agropecuária Oeste.

“A Embrapa, ao longo de sua história, tem trabalhado e se dedicado a pesquisar soluções e alternativas que contribuam com a conservação, uso e reaproveitamento d’água. A Embrapa Agropecuária Oeste sempre esteve atenta a essa questão, e as pesquisas que vem sendo desenvolvidas ao longo dos anos demonstram essa dedicação”, disse Harley Nonato de Oliveira, chefe geral da Embrapa Agropecuária Oeste.

O objetivo, segundo ele, é a “busca por soluções que contribuam com o uso racional da água no campo e com a sua conservação, através do desenvolvimento de sistema sustentáveis, que permitem melhor infiltração e aumento da quantidade de água armazenada nos solos e nos lençóis freáticos e, nos últimos anos, no desenvolvimento de metodologia e monitoramento da qualidade da água, cujo informações podem apoiar a elaboração de novas políticas públicas”, completou.

Ele enfatiza que esse trabalho é fruto de uma parceria com o Ministério Público de Mato Grosso do Sul, Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho e do Instituto do Meio Ambiente de Dourados a Embrapa Agropecuária Oeste, disponibiliza documento que apresenta metodologia e traz avanços e resultados em relação a avaliação da qualidade desse importante recurso natural. A publicação pode ser acessada gratuitamente por este link https://bit.ly/3vJL4tR

Também fazem parte do projeto, como parceiros, o Ministério Público Federal (MPF – PRM/Dourados), o Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS), Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul (MPT-PTM/Dourados) e o Instituto de Meio Ambiente de Dourados (IMAM)/Prefeitura Municipal de Dourados.

Durante o período de um ano (10/12/2019 a 11/12/2020), 46 diferentes agrotóxicos e seus produtos de degradação, todos registrados no Brasil, foram monitorados. Os compostos selecionados nesse método foram estabelecidos com base no volume de comercialização de cada princípio ativo em Mato Grosso do Sul, uso nas culturas de soja, cana-de-açúcar e milho e a previsão legal dos valores máximos permitidos em agua superficial estabelecidos nas legislações estadual e federal.

De um total de 46 diferentes agrotóxicos e seus produtos de degradação considerados nesse estudo, encontrou-se 32 desses compostos em pelo menos uma amostra, resultando na frequência de ocorrência igual a 70% dos compostos analisados. Desses 32, apenas um possui (atrazina) tem os valores máximos permitidos em águas superficiais  previstos na legislação.

Frequência de resíduos

De acordo com Scorza Júnior, “os compostos mais frequentes nas amostras analisadas foram a deetilatrazina (DEA), 2-hidroxiatrazina, atrazina, carbendazim, clorantraniliprole, clotianidina, epoxiconazole, hexazinona, imazetapir, imidacloprido, tebuconazole, tebutiurom e tiametoxam. As maiores concentrações encontradas dos resíduos de agrotóxicos nas amostras de água do Rio Dourados foram de atrazina (0,130 µg L-1), tiametoxam (0,077 µg L-1), 2-hidroxiatrazina (0,074 µg L-1) e imidacloprido (0,072 µg L-1).”

Dentre os agrotóxicos detectados, o cientista relata que apenas a atrazina (0,130 µg L-1) chegou mais próxima ao valor máximo permitido estabelecido na legislação brasileira, que é de 2,0 µg L-1.  Dessa forma, os resíduos de atrazina encontra-se em conformidade legal.

O pesquisador explica que “os resultados servem como um diagnóstico do nível de exposição do Rio Dourados aos agrotóxicos utilizados nos principais sistemas de produção da região em estudo, fornecendo dados técnicos-científicos para aprimoramento de políticas públicas (por exemplo, inclusão de agrotóxicos não previstos na legislação brasileira que regula valores máximos permitidos desses compostos em águas superficiais) e para o processo de avaliação do risco ambiental de agrotóxicos pelas autoridades regulatórias, subsídio na definição de medidas mitigatórias para atenuação da problemática como o transporte dos agrotóxicos para as águas superficiais, entre outros.”   

As ações mitigatórias para atenuar o problema podem ser, por exemplo, medidas para racionalização do uso de agrotóxicos nos sistemas de produção predominantes na BHRD, recomposição das matas ciliares nas margens do Rio Dourados, incentivo ao uso de insumos biológicos, entre outros.

P
arceiros

Ministério Público Federal (Mato Grosso do Sul) – Segundo Marco Antonio Delfino de Almeida, procurador do MPF, “o monitoramento é extremamente importante a qualquer atividade econômica que produza impactos ao meio ambiente. Via de regra ele acaba ocorrendo nos empreendimentos que a gente entende como de grande impacto e via de regra ele é feito pelos próprios empreendedores. Esse monitoramento da água do Rio Dourados é importante para que tenhamos a dimensão do impacto das atividades econômicas no meio ambiente e obviamente na saúde da população que se abastece desses recursos, justamente para que possam ser efetivados eventuais ajustes, bem como se atenda ao que é essencial igualmente que é o dever da informação à população sobre esses impactos. Um desdobramento decorrente desse monitoramento é a produção de dados e a consequente utilização, inclusive, na produção de artigos. O monitoramento acaba por ter dois relevantes: o papel de monitorar o impacto das atividades econômicas, informar a população e obviamente permitir que a sociedade se enriqueça com os dados científicos que são produzidos.”

Ministério Público de Mato Grosso do Sul 

De acordo com Amilcar Araujo Carneiro Junior, promotor do MPMS, a parceria entre Embrapa Agropecuária Oeste e Ministérios Públicos resultou em um trabalho em que “agora se colhe o fruto que é este resultado de pesquisa e que nos faz chegar a algumas conclusões, já que antes não havia nenhum tipo de estudo. Agora, se tem a noção do que representa em termos de posição desses resíduos no Rio Dourados, que é uma das fontes de abastecimento da cidade. O que vamos fazer? Podemos usar esses dados coletados e fazer cruzamento com os dados que temos, com o CAR, por exemplo. É um ponto de partida para irmos para outros trabalhos. Sem esses dados da pesquisa não teria por onde começar”.

Para Luciano Furtado Loubet, promotor do MPMS, “é de extrema importância esse tipo de pesquisa, uma vez que há poucos dados sobre a presença de agrotóxicos no ambiente, especialmente em rios e córregos. Justamente por isto o MPMS apoiou a EMBRAPA neste projeto, pois, com base nele, podemos trazer o assunto à tona e cobrar das autoridades competentes providências. Vejam que a maioria dos produtos encontrados sequer possui legislação de volume máximo presente na natureza.”

Ministério Público do Trabalho (MPT/MS) – Na visão do procurador do Trabalho Jeferson Pereira, “os resultados apontados no Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento no que atine à análise dos resíduos de Agrotóxicos em águas do Rio Dourados/MS, corroboram agora de uma forma técnica, respaldada por uma metodologia científica, a identificação de uma considerável quantidade existente de diferentes compostos agrotóxicos, corroborando o que antes já era disseminado em termos de notícias veiculadas em nossa Região, quanto à essa contaminação das águas superficiais do Rio Dourados/MS. Não obstante restar apontado que um dos componentes químicos encontrados com maior frequência nas amostras não tenha ultrapassado o Valor Máximo Permitido disciplinado pela Resolução CONAMA nº 357 de 17/03/2005, os demais componentes químicos encontrados também nas águas do Rio Dourados não puderam ser avaliados em tal escala, justamente por não possuírem tal valoração na Legislação Brasileira, o que nos causa grande preocupação, sendo necessário, portanto, que referido estudo sirva de propulsão para que tais componentes sejam previstos e incluídos nessa escala de avaliação.”

Instituto de Meio Ambiente de Dourados (IMAM) – De acordo com Rudolf Guimarães da Rocha, diretor-presidente do IMAM, “Pesquisas como esta são de extrema importância, pois servem como instrumento de investigação das consequências ocasionadas pelas ações antrópicas junto ao meio ambiente, fornecendo as informações necessárias para a gestão adequada dos nossos recursos hídricos. Os resultados obtidos nesta pesquisa são extremamente relevantes, pois ao mesmo tempo que nos passa a tranquilidade de se constatar que os parâmetros previstos na legislação vigente se encontram abaixo dos valores permitidos, por outro lado ressalta a necessidade de revisão das legislações brasileiras, com o intuito de se intensificar os estudos relacionados aos demais compostos encontrados durante a pesquisa.”

Sílvia Zoche Borges (DRT-08223)

Embrapa Agropecuária Oeste

Contatos para a imprensa

Telefone: (67) 9-9944-9224 (WhatsApp)

Saiba mais…

2RHS2Nx?profile=RESIZE_710x

O leilão Global Dairy Trade (GDT), de 02 de março, registrou aumento de 15% nas cotações dos lácteos, sendo a maior alta desde setembro de 2015. Já no leilão do dia 16 de março, houve uma pequena correção nos preços, com queda de 3,8%. Apesar disso, os preços continuam elevados com destaque para o leite em pó integral, cotado a US$4.083/tonelada.

No mercado brasileiro, apesar do apesar do agravamento da Covid-19, existem fatores altistas para o preço do leite nos próximos meses, além desta valorização do preço internacional.

Veja essa análise na Nota de Conjuntura de março de 2021 disponível no site do Centro de Inteligência do Leite.

Informativo periódico de divulgação de publicações técnicas do Centro de Inteligência do Leite - CILeite.
Equipe: Alziro Carneiro, Denis Teixeira, Fábio Diniz, Glauco Carvalho, João César de Resende, José Luiz Bellini, Kennya Siqueira, Lorildo Stock, Manuela Lana, Marcos Hott, Paulo Martins, Ricardo Andrade, Samuel Oliveira, Walter Magalhães Júnior.
O conteúdo do CILeite pode ser reproduzido, desde que seja citada a fonte da publicação.

Saiba mais…

2RHS2Nx?profile=RESIZE_710x

A inflação do custo de produção de leite em fevereiro foi de 3,74%, de acordo com o Índice de Custos de Produção de Leite – ICPLeite/Embrapa. As maiores altas foram registradas nos grupos Qualidade do leite, Produção e compra de volumosos e Alimentação concentrada.

No acumulado de doze meses, o ICPLeite/Embrapa já acumula alta de 29,13%. A alimentação do rebanho foi o grupo que mais contribuiu, com elevação de 58,5% no período.

Veja essa análise em detalhes na nova edição do Boletim ICPLeite disponível no site do Centro de Inteligência do Leite.

Clique aqui e acesse o ICPLeite!

Saiba mais…

9846996301?profile=original

A Embrapa e a Nestlé vão desenvolver um protocolo para pecuária de leite de baixo carbono. Além da redução das emissões, a parceria prevê o aumento da remoção dos gases de efeito estufa nas propriedades produtoras de leite. Indicadores de sustentabilidade desenvolvidos pela Embrapa e a implementação de boas práticas de produção nas fazendas leiteiras vão integrar o protocolo e auxiliar no objetivo da Nestlé de neutralizar todas as emissões de suas operações, incluindo suas cadeias de fornecimento, até 2050, com metas intermediárias de redução de 20% até 2025 e de 50% para 2030.

A Embrapa desenvolve pesquisas e tecnologias para tornar a agropecuária eficiente e produzir mais alimento de uma forma sustentável. Soluções tecnológicas, como sistemas de integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), recuperação de pastagens degradadas e uso de aditivos na nutrição, têm apresentado bons resultados na redução de emissões, no sequestro de carbono e contribuído para o desenvolvimento de uma agropecuária em harmonia com o meio ambiente e em sintonia com as tendências do mercado nacional e internacional.

Para Alexandre Berndt, chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos, SP), a produção de leite de baixo carbono é um objetivo ousado e a Nestlé, em parceria com a Embrapa, está no início dessa trajetória. “Para se chegar ao leite de baixo carbono é preciso adotar diferentes tecnologias, boas práticas de manejo na fazenda, nutrição, estrutura de rebanho e uso de sistemas integrados e florestas plantadas. O protocolo envolverá ações coordenadas para que os produtores incorporem na fazenda ferramentas e práticas sustentáveis de produção”, destaca Berndt, que também é gestor da parceria na Embrapa.

Serão elaborados protocolos por bioma e por sistema de produção, que servirão de base para o desenvolvimento de uma calculadora de balanço dos gases de efeito estufa (GEE) e um sistema digital de monitoramento por meio de aplicativo. Os indicadores utilizados no protocolo serão validados em escala experimental na Embrapa Pecuária Sudeste e em escala comercial em propriedades fornecedoras de leite nas diferentes regiões.

Os dados e inovações gerados pela parceria serão abertos, de acordo com o chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Pecuária Sudeste, André Novo. “Isso significa que qualquer produtor de leite ou empresa poderá ter acesso às informações geradas pela parceria. O conhecimento será público”, explica Novo.

A Embrapa Informática Agropecuária (Campinas, SP) será responsável pela adaptação de modelos matemáticos e métricas que, por meio de um componente de software, serão integrados a calculadora que vai contabilizar o balanço de carbono nas propriedades de acordo com as características de cada região ou bioma e adaptada aos diferentes sistemas de produção. “Com isso, oferecemos ao produtor um instrumento para medir o resultado das estratégias de manejo que ele está utilizando e evitar que tome decisões no escuro, sem a segurança quanto aos benefícios que podem ser gerados”, explica o pesquisador Luís Gustavo Barioni.

A adoção de tecnologias e boas práticas é capaz de compensar as emissões de gases de efeito estufa geradas pela atividade leiteira e ainda pode tornar o sistema de produção mais resiliente, trazendo vantagens econômicas para o produtor. Ainda estão previstas ações como um guia de boas práticas e capacitações técnicas para implementação do protocolo para pecuária de leite de baixo carbono.

“Nosso objetivo, como uma das principais empresas captadoras de leite do Brasil, é justamente, por meio de uma parceria com uma instituição de credibilidade e renome internacional, criar um protocolo com diretrizes claras para a produção de leite de baixo carbono, de forma que os produtores tenham visibilidade de onde estão concentradas as emissões e para que possamos trabalhar juntos na direção de mitigá-las o máximo possível. Nós, como Nestlé, queremos conscientizar e trabalhar junto com a sociedade e as instituições especializadas para tornar nossa cadeia de fornecimento de leite o mais sustentável possível, com um legado positivo para todos”, afirma Barbara Sollero, gerente de Desenvolvimento de Fornecedores e Qualidade da Nestlé Brasil.

A parceria foi assinada no final de fevereiro. As etapas para o desenvolvimento do protocolo para pecuária de leite de baixo carbono começam a ser executadas já nos próximos meses.

Gisele Rosso (Mtb 3091/PR)

Embrapa Pecuária Sudeste

Contatos para a imprensa

Telefone: (16) 98190-9090

Graziella Galinari (MTb 3863/PR)

Embrapa Informática Agropecuária

Contatos para a imprensa

Telefone: (19) 3211-5806 I (19) 98126-1053

Saiba mais…