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Embrapa apoia evento que será realizado em Coronel Pacheco, dentro da Cabra Fest. Prazo para inscrições vai até 28/6

A valorização dos produtos artesanais, da produção local e da gastronomia tem levado mais pessoas a experimentarem diferentes tipos de queijos produzidos com leite de cabra e de ovelha. Essa popularização, no entanto, está apenas no início e o mercado busca oportunidades de crescimento. Para estimular a produção, a constante melhoria dos queijos e o consumo, será realizado o 1º Concurso de Queijo de Cabra e Ovelha da Região Sudeste no dia 6 de julho. O evento faz parte da programação da 17ª Cabra Fest, que ocorre entre os dias 5 a 7 em Coronel Pacheco, na Zona da Mata mineira.

O concurso vai avaliar dez categorias. Dentre os queijos de leite de cabra, as categorias são fresco, massa lática temperada, massa lática não temperada, maturação até 30 dias, maturação acima de 30 dias e inovação. Já as categorias de queijo de leite de ovelha irão premiar os tipos fresco massa mole, maturado de 30 a 90 dias, massa temperada e inovação.

O concurso é destinado aos laticínios dos estados do Sudeste - Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo -, onde a Associação dos Produtores de Caprinos e Ovinos de Minas Gerais (Accomig/Caprileite) realiza o controle leiteiro oficial do Capragene®, que é o programa de melhoramento genético de caprinos leiteiros liderado pela Embrapa. Para participar do concurso, é necessário que o produto possua pelo menos um dos selos de inspeção: municipal, estadual ou federal (SIM, SIE ou SIF).

A comissão julgadora será formada por técnicos, especialistas do setor, chefs, jornalistas e referências da gastronomia. As inscrições podem ser feitas até o dia 28 de junho. Clique aqui para conferir o regulamento.

O evento é uma realização da Associação dos Criadores de Caprinos e Ovinos de Minas Gerais (Caprileite/Accomig), em parceria com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa-MG), Embrapa, Prefeitura Municipal de Coronel Pacheco e Associação dos Criadores de Cabras Leiteiras da Zona da Mata Mineira (Caprima).

Aula Show - culinária a base de queijo de cabra

Profissionais, professores e estudantes de gastronomia que ainda estão pouco familiarizados com os queijos de leite de cabra e ovelha terão a oportunidade de conhecer mais sobre essas iguarias e aprender a preparar alguns pratos em uma aula show. O evento será no sábado, 6 de julho, das 9h às 12h. As vagas são limitadas. Clique aqui e faça a inscrição gratuita

Workshop

A Cabra Fest traz ainda o 16º Workshop “Produção de Caprinos na Região da Mata Atlântica”, que reúne os segmentos da cadeia produtiva e conta com palestrantes de destaque do setor no Brasil. O evento ocorre na sexta-feira, 5 de julho, e é voltado para técnicos ligados às ciências agrárias, professores, pesquisadores, estudantes e produtores, especialmente das áreas de caprinocultura e ovinocultura leiteira. Clique aqui para fazer sua inscrição gratuita.

Cabra Fest

A Cabra Fest está em sua 17ª edição, e é a mais tradicional festa da cabra leiteira do estado. O evento foi criado para promover a produção de caprinos e derivados, além de mostrar o potencial do segmento na região.

Além dos eventos técnicos, estão programados para os dias 6 e 7 de julho a noite shows na praça da cidade e, a tarde, um festival gastronômico com pratos feitos com carne de cabrito e queijo de leite de cabra.

Embrapa Caprinos e Ovinos e Embrapa Gado de Leite 

Mais informações sobre o tema

Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

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9846975100?profile=originalO Ministério da Pecuária, Agricultura e Abastecimento publicou em 26 de novembro de 2018 a Instrução Normativa 77 que estabeleceu critérios e procedimentos para a produção, acondicionamento, conservação, transporte, seleção e recepção do leite cru em estabelecimentos registrados no serviço de inspeção oficial. Entre os temas abordados na IN 77, o Plano de Qualificação dos Fornecedores de Leite (PQFL) é o que tem apresentado maior interesse por parte dos produtores de leite e indústria laticinista. Isso se deve ao fato de que a sua aplicação na propriedade rural por parte dos produtores e apoiada pela indústria, não consiste a princípio em uma tarefa simples e rápida.

O PQFL está basicamente centrado na implantação das Boas Práticas Agropecuárias (BPA) no sistema de produção de leite. Entre as atividades previstas na BPA, o MAPA considera que deve ser contemplado minimamente as seguintes práticas: I - manejo sanitário; II - manejo alimentar e armazenamento de alimentos; III - qualidade da água; IV - refrigeração e estocagem do leite; V - higiene pessoal e saúde dos trabalhadores; VI - higiene de superfícies, equipamentos e instalações; VII - controle integrado de pragas; VIII - capacitação dos trabalhadores; IX - manejo de ordenha e pós-ordenha; X - adequação das instalações, equipamentos e utensílios para produção de leite; XI - manejo de resíduos e tratamento de dejetos e efluentes; XII- uso racional e estocagem de produtos químicos, agentes tóxicos e medicamentos veterinários; XIII- manutenção preventiva e calibragem de equipamentos; XIV - controle de fornecedores de insumos agrícolas e pecuários; XV - fornecimento de material técnico como manuais, cartilhas, entre outros; e XVI - adoção de práticas de manejo racional e de bem-estar animal. Como pode ser observado, a implantação das BPA´s exigirá do setor produtivo investimentos na área de educação, provendo aos produtores, técnicos e transportadores conhecimento e capacitações para a sua correta implementação.

O que diferencia a IN 77 das normas sobre qualidade do leite publicadas anteriormente pelo MAPA, é justamente o seu direcionamento educacional, com previsão de capacitação dos produtores de leite e técnicos extensionistas dos laticínios. Os requisitos de qualidade higiênico-sanitária do leite (Contagem Bacteriana Total e Contagem de Células Somáticas) determinados pela IN 76 ganha amparo educacional na IN 77, o que a torna um marco importante para a melhoria da qualidade de leite do País. O processo de melhoria da qualidade do leite no Brasil deve continuar a sua evolução de forma gradativa, porém, contrariamente ao que se tem percebido até hoje, espera-se com essa nova abordagem uma evolução mais sólida e de longo prazo. A base para toda essa mudança, de forma consistente, duradoura e agregadora de valor passa necessariamente pela educação, e, pela primeira vez, essa abordagem foi feita pelo MAPA visando a melhoria da qualidade do leite no País.

A sustentação legal foi feita pelo governo, porém, há muitas dúvidas a respeito do PQFL, como, por exemplo, limite de prazo para adoção das BPA´s, disponibilidade de crédito para financiamento dos investimentos necessários, entre outros. Nesse sentido, deverá prevalecer o bom senso do setor regulatório, pois há atividades que exigirão maiores aportes financeiros e de insumos, mas em sua grande maioria são atividades que necessitarão apenas de simples mudanças nos processos já executados na propriedade rural, ou seja, pequenas mudanças na sua gestão ou forma de execução. Enfim, cada propriedade deverá ser avaliada individualmente, dentro de suas especificidades e capacidade de execução, tanto pelo MAPA quanto pela indústria, na definição das metas e prazos exequíveis, dando assim, condições para que a maioria dos produtores de leite possam se adequar de forma consistente. Serão necessários, portanto, esforços de todos os elos da cadeia com uma visão convergente, o que na prática não é fácil, mas necessário e perfeitamente possível.

Cláudio Antônio Versiani Paiva - Médico Veterinário, DSc. Ciência Animal, Analista da Embrapa Gado de Leite

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Saiu o resultado do sorteio de vagas para o E@D Leite:

Utilizamos o site sorteioGo!

Os sorteados foram:

Curso Silagem de Capim

1 - Ronald Hott de Paula
2 - Tarcilio Teixeira

Curso Amostragem, Transporte e Coleta do Leite

1 - Amanda Caroline de Oliveira Sant
2 - Bruna Torres Furtado Martins

Melhoramento genético

1 - Eula Regina Carrara
2 - Ivandro Luiz Bressan

Entraremos em contato com os sorteados através de e-mail.

Para assistir o vídeo do sorteio: Clique aqui!

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Estudos da Embrapa Gado de Leite (MG) demonstram que é possível reduzir o intervalo entre inseminações de uma vaca em cerca de 20 dias com a utilização do ultrassom Doppler para realizar diagnóstico precoce da prenhez.

A redução do intervalo de partos no rebanho representa ganho econômico tanto na produção de uma vaca de leite quanto na engorda de bezerros de corte. Um animal que produza 30 litros diários de leite, por exemplo, terá acrescentado à sua produção 600 litros no fim da lactação. Em um rebanho formado por 100 vacas que tenham reduzido o intervalo de partos nessa proporção, serão 60 mil litros de leite a mais produzidos na lactação.

As pesquisas, cujas técnicas já são aplicadas por médios e grandes produtores que adotam em seus rebanhos a Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) (veja quadro abaixo), tiveram início em 2010, na Embrapa Gado de Leite, por meio de projeto de pesquisa apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).

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Ganho de tempo

A eficácia da técnica na detecção precoce de vacas não gestantes foi comprovada em 2013, porém, só recentemente os equipamentos de ultrassom Doppler alcançaram valor viável para seu emprego em larga escala nas fazendas (veja quadro ao lado). Pecuaristas e técnicos da área começam a sentir os efeitos positivos. O veterinário João Abdon, que atua na região de Eunápolis, no sul da Bahia, diz que, sem o Doppler, para conseguir inseminar uma vaca três vezes e obter um índice de cerca de 90% prenhez, eram necessários 80 dias. Usando o Doppler, ele consegue realizar o mesmo trabalho e obter um índice semelhante com 48 dias. “A grande vantagem dessa tecnologia é a redução do tempo”, relata Abdon, que adota esse tipo de ultrassom há três anos. E tempo representa dinheiro, tanto para o profissional que faz a inseminação quanto para o fazendeiro que tira leite ou engorda o gado.

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Como funciona?

A equipe de Reprodução Animal iniciou os estudos sobre o desenvolvimento e a regressão de uma glândula endócrina, denominada corpo lúteo, que atua no processo reprodutivo dos mamíferos. Para visualizar essa glândula, que possui uma coloração amarela (luteum em latim significa amarelo), o pesquisador Luiz Gustavo Bruno Siqueira explica que foi utilizado o ultrassom Doppler.

Diferentemente do ultrassom convencional, que revela apenas uma imagem em tons de cinza correspondente ao tamanho e textura do objeto em análise, o Doppler traduz movimentos como o fluxo sanguíneo em cores, tornando as análises mais precisas.

O corpo lúteo é uma estrutura temporária em fêmeas de mamíferos, que surge em cada ciclo reprodutivo após o cio e ovulação e produz principalmente progesterona, hormônio essencial para o estabelecimento e continuidade da gestação. Na vaca, quando ocorre a monta natural ou inseminação artificial e o animal fica prenhe, a glândula continua produzindo progesterona por toda a gestação.

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Por outro lado, se a vaca não fica prenhe, o corpo lúteo permanece produzindo hormônios no ovário por 16 a 18 dias. Depois se degenera, o que culmina com o animal retornando ao cio em ciclos de 21 dias.

Identificação rápida de vacas vazias

Durante as pesquisas, Siqueira percebeu que variações no fluxo sanguíneo eram detectadas pelo Doppler mesmo antes da degeneração do corpo lúteo. Ao fim de cada ciclo das vacas em estudo, algumas não apresentavam fluxo sanguíneo no corpo lúteo, apesar de a glândula ainda não ter se degenerado de forma visível.

“Diante desse fato, estabelecemos a hipótese de que poderíamos identificar os animais não gestantes baseados apenas na avaliação do fluxo sanguíneo presente no corpo lúteo”, conta Siqueira. Essa possibilidade era particularmente interessante em rebanhos que adotam a IATF, nos quais, geralmente, vários animais são inseminados em um mesmo dia.

Para comprovar a hipótese, a pesquisa foi expandida. Mais de 500 animais passaram pela técnica de IATF e tiveram os respectivos corpos lúteos analisados com o Doppler. Os pesquisadores da Embrapa puderam concluir com alto grau de certeza que, cerca de 20 dias após a IATF, todas as vacas sem fluxo sanguíneo na glândula eram não gestantes. O pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (DF) João Henrique Viana, na época responsável pelo projeto, ressalta que há nas análises cerca de 20% de casos “falso positivo” (vacas com fluxo sanguíneo no corpo lúteo que depois também foram identificadas como não gestantes), mas isso não compromete o principal objetivo da técnica, que é identificar corretamente animais vazios, que podem ser mais rapidamente ressincronizados em um novo protocolo de IATF, garantindo maior eficiência reprodutiva.

“Conseguimos antecipar a identificação da vaca não gestante com ultrassom Doppler de ovário, examinando se há fluxo sanguíneo no corpo lúteo, antes mesmo de qualquer outro sinal de que a vaca está ou não prenha”, ressalta Siqueira. Os resultados dessa pesquisa resultaram em um artigo científico publicado em 2013 no Journal of Dairy Science, da Associação Americana de Ciência Leiteira (ADSA), uma das mais prestigiadas revistas científicas sobre gado leiteiro.

Paralelamente, novas pesquisas sobre o tema eram desenvolvidas em outras instituições. Siqueira informa que na Universidade de Virginia, Estados Unidos, foram realizados estudos com o uso do Doppler em vacas receptoras de embriões, mas não trouxeram conclusões sobre a relação do fluxo sanguíneo no corpo lúteo com a gestação.

Posteriormente, colaboradores do projeto da Universidade de Alfenas exploraram o uso do Doppler para a seleção de receptoras de embriões e pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) fizeram pesquisas semelhantes com gado de corte. Na Embrapa Gado de Leite, a técnica também começou a ser adotada na seleção de receptoras de embriões. Hoje, vários grupos de pesquisa buscam desenvolver estratégias de antecipação da IATF baseadas no uso do Doppler para identificação precoce de fêmeas vazias.

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Atualmente, Embrapa e USP são grandes incentivadoras do diagnóstico precoce da gestação por meio do Doppler. A Embrapa Gado de Leite, assim como a USP e algumas empresas particulares de capacitação, realizam periodicamente treinamentos para que médicos-veterinários possam dominar a técnica. No que diz respeito à tecnologia de reprodução em bovinos, os pesquisadores acreditam que esse é um caminho que não tem mais volta.

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Rubens Neiva (MTb 5445/MG) 
Embrapa Gado de Leite 

Contatos para a imprensa 
 
Telefone: (32) 3311-7532

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
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A 16ª edição do Workshop sobre Produção de Caprinos na Região da Mata Atlântica, coordenada pela Embrapa, integra a 17ª CabraFest - Festa da Cabra Leiteira, realizada em Coronel Pacheco - MG. A cidade está em uma região de referência para a produção de leite caprino no Sudeste do Brasil. 

O workshop reúne, anualmente, os segmentos da cadeia produtiva, contando com palestrantes de destaque no setor no Brasil e no Exterior. É voltado a técnicos ligados às ciências agrárias, professores, pesquisadores, estudantes e também produtores, especialmente das áreas de caprinocultura e ovinocultura leiteira. 

A diversidade de público e a relevância do conteúdo apresentado fazem deste um importante fórum regional para nortear atividades, parcerias e projetos. Desde a sétima edição, em 2009, palestras sobre a ovinocultura leiteira fazem parte da programação por se tratar de uma atividade que vem despertando o interesse de produtores e técnicos na região. 

A 16ª edição do Workshop terá transmissão ao vivo pela rede social temática Repileite, da Embrapa Gado de Leite. Para ter acesso ao material apresentado na edição de 2018, cliqui aqui! 

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9846992285?profile=originalInstituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e o Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (Ipef) lançaram um aplicativo gratuito para telefones celulares, tablets e computadores que pode ajudar o produtor rural a regularizar a situação ambiental de sua propriedade, de acordo com as novas exigências do Código Florestal.

O aplicativo funciona para fazendas de qualquer porte. Introduzindo informações como localização, área total da propriedade, data de desmate e áreas com florestas, é possível ter informações sobre a situação do imóvel como se há excedente ou falta de florestas, em reservas legais (RL) ou Áreas de Proteção Permanente (APP).

Assim, o proprietário recebe informações de quanto ele ainda tem que restaurar ou compensar para trabalhar conforme a legislação exige. No caso de haver excedente, o fazendeiro saberá, através do aplicativo, quanto de floresta excedente pode ser oferecida para a compensação de outras fazendas com falta de vegetação nativa.

De acordo com o Imaflora, o aplicativo inclui todas as particularidades da Lei Florestal para cada bioma, tamanho de imóvel rural e data de desmatamento, considerando as situações em que as APPs podem ser contabilizadas como reserva legal, entre outras funções. “É uma ferramenta fácil e prática para o produtor rural entender a aplicação do Código Florestal para o seu imóvel rural e se preparar o seu registro no CAR (Cadastro Ambiental Rural), que é o primeiro passo para a legalização ambiental de sua propriedade” afirma Luis Fernando Guedes Pinto, Gerente de Certificação do Imaflora.

O aplicativo traz ainda a íntegra do “Guia para a aplicação da nova lei florestal em propriedades rurais”, elaborado pelas duas instituições Este material explica os conceitos da lei embutidos no aplicativo e que permitem ao produtor entender o passo a passo para o cumprimento do Código Florestal.

A ferramenta está disponível nas lojas da Apple, Google Play (clique aqui) e na interface para computadores com acesso internet (clique aqui).

Fonte: Globo Rural notícias

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Sorteio de vagas no E@D Leite

Sorteio

A Embrapa Gado de Leite, por meio do seu portal E@D Leite (http://ead.cnpgl.embrapa.br) oferece cursos a distância.

E a RepiLeite vai sortear para seus membros 02 vagas nos cursos de:

Silagem de Capim (próxima turma 27/06/2019 a 05/08/2019)

Melhoramento genético (próxima turma 09/07/2019 a 18/08/2019)

Amostragem, coleta e transporte do leite (próxima turma 15/07/2019 a 12/08/2019)


Para participar basta deixar o e-mail e qual curso quer fazer nos comentários.

O sorteio será dia 21/06 e o resultado será divulgado nessa página. Os ganhadores serão comunicados por e-mail.

Boa sorte a todos!

Veja alguns vídeos dos cursos:

Tipos de frascos para coleta e amostragem do leite

Silagem de Capim

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Sairam os resultados dos sorteios de vagas para o E@D Leite:

Utilizamos o site sorteioGo!

Os sorteados foram:

Curso: Amostragem, Transporte e Coleta do Leite

Cesar marques - plet_cesar1@hotmail.com

Para assistir o vídeo do sorteio: clique aqui

Curso: Silagem de capim

Felipe Cruz - fpcruz22@gmail.com

Para assistir o vídeo do sorteio: clique aqui

Entraremos em contato com os sorteados através de e-mail.

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A produção de energia elétrica e a produção de biofertilizantes a partir dos dejetos da atividade pecuária já são uma realidade na bovinocultura de leite no Brasil. Depois de algumas experiências frustradas nas décadas de 1970 e 1980, as empresas que adotaram o sistema de consolidação, não mais que os grandes geradores, passaram a gerar uma vez mais a eletricidade na fazenda e, em alguns casos, até vender um excedente para as empresas de distribuição.

A aplicação da tecnologia ainda é baixa entre os produtores de leite, mas o pesquisador Marcelo Henrique Otenio, que coordena os estudos sobre os biodigestores na Embrapa Gado de Leite (MG), diz que o uso do biogás está em franca expansão no setor e apresenta retornos financeiros positivos. “Nós reunimos uma equipe de pesquisa multidisciplinar de unidades de ensino e os nossos estudos são economicamente viáveis ​​ou o uso de biodigestores na pecuária de leite para o desenvolvimento de sistemas de vacância livre (sistema de produção de leite com vacas estabelecidas) com mais de oitenta vacas” rev

9846990479?profile=originalProdutor ganha energia, água e biofertilizantes

Ainda segundo o pesquisador, o produtor pode obter ganhos de três formas: pela produção do biogás, que irá abastecer um motor e gerar a energia elétrica; pela reutilização da água de lavagem do piso do estábulo, que carreia os efluentes para o biodigestor; e pela produção do biofertilizante resultante do processo (veja quadro no fim desta matéria).

O Brasil é o quarto maior importador de fertilizantes do mundo. O País importa cerca de 75% do total desses insumos aplicados nas lavouras. Além disso, os adubos químicos são insumos caros e poluentes. Com a utilização da matéria orgânica oriunda do biodigestor, o produtor agrega valor ao negócio, além de dar uma destinação a outro material potencialmente poluente: os dejetos bovinos. Otenio informa que, na cultura da cana, o biofertilizante substitui 100% do adubo nitrogenado e, na lavoura de milho, 60%. A Embrapa Gado de Leite também está fazendo testes com a fertirrigação do capim-elefante BRS Capiaçu. Esse biofertilizante também é importante na recuperação de áreas degradadas, pois atua como um condicionante do solo, recuperando sua matéria orgânica.

Agregação de valor e sustentabilidade ambiental

O professor Jorge Lucas Júnior, do campus de Jaboticabal (SP) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), instituição parceira da Embrapa nas pesquisas com biodigestores,  explica que a maior adoção da tecnologia na suinocultura se deve ao fato de os dejetos provenientes dos suínos terem maior potencial fertilizante e energético do que os de bovinos. Por outro lado, ele conta que uma vaca produz muito mais estrume do que um porco. “Há, por isso, um equilíbrio e os produtores de leite podem ser tão eficientes quanto os suinocultores”, afirma o professor ressaltando que, nas duas culturas, a tecnologia é uma grande aliada do meio ambiente.

A biodegradação de dejetos de origem animal produz metano (CH4), entre outros gases. O metano tem um potencial 21 vezes maior de provocar efeito estufa se comparado ao dióxido de carbono (CO2). A queima do CH4 com o oxigênio é a energia que faz um motogerador funcionar e produzir eletricidade. O resultado dessa queima é a emissão de vapor d’água e CO2 menos prejudicial para a atmosfera, quando comparado ao metano. O professor da Unesp diz que, com o surgimento do mercado de carbono, a escala de implantação de biodigestores aumentou, incentivando o desenvolvimento de modelos mais baratos e fáceis de operar.

A confluência de tecnologias mais eficientes, agregação de valor e proteção ambiental impulsionam o mercado. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), estima que, em 2030, o biogás poderá representar o mesmo volume de energia distribuída que a fotovoltaica (energia solar) e o setor agrícola terá uma importante participação nesse volume.

ela Otenio.

9846990093?profile=originalJá existem diversos casos de sucesso operando no presente. A Fazenda Bom Retiro, em Pouso Alegre, no sul de Minas Gerais, é um deles. Os dejetos de mil vacas em ordenha e outros mil suínos em terminação alimentam três biodigestores que geram R$ 30 mil mensais em energia elétrica. Cerca da metade da quantidade gerada é transformada em “crédito de energia” pela distribuidora e pode ser vendida para outros consumidores (esse processo é chamado de geração distribuída), a outra metade é usada para abastecer a propriedade.

Experiências do passado
Em meados da década de 1970, o Governo Federal incentivou o uso de biofertilizantes por parte dos pecuaristas. Na época, foi criado o Programa Nacional de Energia Alternativa. Algumas unidades da Embrapa, entre elas a Embrapa Gado de Leite, iniciaram pesquisas sobre o tema para popularizar o uso de biodigestores. O chefe-adjunto de Pesquisa & Desenvolvimento da Unidade, Pedro Arcuri, que na época trabalhava em um dos projetos, lembra que a demanda do governo visava dar uma reposta para a crise do petróleo, que elevou o preço do combustível.

Naquela época, dois modelos de biodigestores propostos como tecnologias para pequenos produtores rurais foram implantados no Brasil: o chinês e o indiano. Segundo Arcuri, os modelos tinham baixa eficiência, pois necessitavam de mais esterco para produzir biogás. A Embrapa Gado de Leite montou uma unidade demonstrativa com o modelo indiano, de fácil implantação e simplicidade na operação. A unidade demonstrativa simulava uma pequena fazenda na qual fogão, geladeira, chuveiro, lampião, bomba de água e uma picadeira funcionavam com a energia do biogás.

“Recebemos um grande número de extensionistas e produtores interessados, mas não havia linhas de crédito para implantar os biodigestores e, na prática, poucos produtores acabaram adotando a tecnologia”, relembra. Ele conta ainda que, mesmo os que adotaram, acabaram tendo problemas. Arcuri explica por que: “Uma das grandes dificuldades era a adaptação dos equipamentos, que não eram fabricados para funcionar com biogás”. Era necessário instalar dutos para levar o gás até fogões, chuveiros e motores que geravam energia para as máquinas e eletrodomésticos. Além disso, o gás sulfídrico (um dos subprodutos do processo) corroía os equipamentos, que tinham sua vida útil reduzida. Com todos esses obstáculos, os projetos com biogás se encerraram em meados dos anos 1980 até serem resgatados em 2011.

Segundo Arcuri, os antigos problemas foram resolvidos. O modelo de biodigestor que está sendo implantado atualmente é mais eficiente e o Brasil já possui tecnologia própria na fabricação dos motores abastecidos com biogás. Para o gás sulfídrico, que oxidava aparelhos domésticos e máquinas, foi adaptado um filtro, separando-o do metano. Os pesquisadores têm dados dos resultados de várias pesquisas que comprovam a sustentabilidade da tecnologia no contexto atual, pois diferentemente dos anos 1970 e da crise do petróleo, há na sociedade uma cultura que preza o conservacionismo e a proteção do meio ambiente, o que viabiliza tecnologias voltadas para a mitigação de gases de efeito estufa.

Além disso, as propriedades leiteiras são muito mais dependentes da eletricidade do que eram há quatro décadas, quando a ordenha manual era comum mesmo em grandes fazendas e os latões de leite esperavam no tempo para serem recolhidos pelo caminhão. Hoje, há muita automação e o armazenamento do leite em tanques de resfriamento é uma exigência legal. Se faltar energia por algumas horas na propriedade, pode-se perder a produção de alguns dias. O biodigestor proporciona também o conforto de se ter estábulos livres de moscas e odores, uma grande vantagem para quem tem que lidar diariamente com o rebanho.

Por fim, o problema dos recursos para produção de biogás também foi resolvido. Há diversas linhas de crédito no País para financiar projetos de energia e tecnologias sustentáveis. Uma delas é o Programa ABC, para apoiar a agricultura de baixa emissão de carbono, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que financia até 100% do projeto, com taxas de juros a partir de 8% ao ano. Algumas linhas possuem prazo de carência de até três anos, tempo que os pesquisadores consideram suficiente para que o biodigestor pague o investimento e comece a gerar lucros.

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Rubens Neiva (MTb 5445/MG)
Embrapa Gado de Leite

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Ações de pesquisa em parceria com a Emater-MG deram mais visibilidade e qualidade ao queijo produzido nas terras altas da Mantiqueira, em Minas Gerais


9846992072?profile=originalO projeto de pesquisa realizado pela Embrapa Gado de Leite em parceria com a Emater de Minas Gerais, que visa caracterizar o sistema de produção do queijo artesanal produzido em nove municípios da Serra da Mantiqueira, foi concluído no início deste ano. Segundo a pesquisadora Maria de Fátima Ávila Pires, coordenadora do projeto, as ações contribuíram para melhorar a qualidade do queijo produzido na região, além de ampliar a visibilidade do produto, com grande penetração em empórios e mercados especializados das grandes cidades da Região Sudeste. “Desde que iniciamos os trabalhos, a qualidade do produto melhorou significativamente e os festivais e concursos anuais de queijo realizados pelos produtores tornaram-se mais participativos”, conta a pesquisadora, que completa: “O queijo artesanal está revolucionando a economia dos municípios”.

Os trabalhos tiveram início em Alagoa e se estenderam por mais nove cidades. Os 25 profissionais envolvidos no projeto caracterizaram o sistema de produção em 30 propriedades, identificando-as do ponto de vista econômico e social. Foi traçado o perfil do queijeiro alagoense, resgatando os aspectos históricos e culturais das queijarias na região. Os pesquisadores fizeram ainda diversas análises do solo e da água (aspectos físicos, químicos e microbiológicos), da alimentação das vacas e da qualidade do leite e do queijo. Os estudos incluíram ainda o levantamento de informações sobre o processo de produção do leite e a fabricação do queijo, caracterizando o “saber fazer” da comunidade, ou seja, como os queijeiros construíram as tradições que resultaram no modo próprio de fazer o queijo artesanal.“Reunir essas informações em um documento é uma das exigências do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) para a regulamentação do queijo artesanal”, diz a laticinista da Emater-MG, Marciana de Souza Lima. O trabalho é útil para que as prefeituras concedam aos produtores o Selo de Inspeção Municipal (SIM). Agora, o escritório da Emater que atende os produtores trabalha para que as queijarias sejam regularizadas perante o IMA para que possam obter o registro de Indicação Geográfica (IG), como já ocorre com os queijos do Serro, Canastra, Salitre e Campos das Vertentes.

Um passo importante foi a definição do nome do produto. O queijo de Alagoa, por exemplo, era denominado de queijo parmesão da Alagoa, o que não é legalmente permitido já que, pela Denominação de Origem Protegida (DOP), “parmesão” é o queijo feito na Itália, nas regiões de Parma, Módena, Bolonha ou Mântua. Os próprios queijeiros, em um seminário, definharam o nome do produto. Os produtores de Alagoa, cujo queijo é mais tradicional, decidiram por Alagoa. Já o produto dos municípios de Aiuruoca, Baependi, Bocaina de Minas, Carvalhos, Itamonte, Itanhandu, Liberdade, Passa Quatro e Pouso Alto passou a se chamar Mantiqueira de Minas. O objetivo agora é conseguir a Denominação de Origem Protegida. Segundo o técnico da Emater-MG, Júlio César Seabra, para se conseguir a DOP é preciso definir alguns critérios técnicos como processo de fabricação e tempo de maturação. A pesquisa coordenada pela Embrapa deu um importante passo nesse sentido.

A preocupação agora diz respeito à legislação do queijo artesanal, que deve passar por mudanças estruturais. Os produtores reivindicam leis que facilitem a comercialização. O Brasil produz um milhão de toneladas de queijo por ano. Um quinto desse total é feito artesanalmente, com leite cru (que não passou pelo processo de pasteurização). Boa parte do queijo artesanal é vendido informalmente, pois falta ao produto o registro nos serviços de inspeção sanitária, seja municipal, estadual ou federal. Resolvida a questão da legislação e a caracterização estabelecida, a Serra da Mantiqueira terá, enfim, o seu produto terroir (expressão francesa que define a relação entre solo, microclima, ambiente e know-how de uma comunidade específica na fabricação de um produto de origem agrícola). Isso é o que ocorre nas em Champagne, na França (única região autorizada a dar esse nome aos espumantes que produz) em Parma, na Itália, de quem Alagoa tomou emprestado por um tempo o nome para o seu queijo.

Rubens Neiva (MTB 5445)
Embrapa Gado de Leite

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A renda per capita está estagnada inibindo o consumo geral das famílias e, em particular, o de lácteos. Vendas menores no varejo pressionam os preços para baixo inibindo as margens e a expansão de toda a cadeia produtiva.

Os preços ao produtor tiveram uma trajetória ascendente iniciada em fevereiro, mas já em abril, as cotações ao produtor ficaram praticamente estagnadas. No caso da indústria, a situação é bem mais complicada. Os laticínios não conseguem reajustar os preços, sobretudo de produtos tradicionais, comprometendo a rentabilidade de diversas empresas que atuam nesses mercados.

Um outro complicador é que Argentina e Uruguai devem ter sua disponibilidade recomposta até meados do ano, gerando excedentes que podem pressionar as exportações para o Brasil. Isso cria uma grande incerteza para o segundo semestre, baseada em pelo menos quatro motivos: 1) a relação entre os preços do leite e dos insumos está favorável ao produtor e tende a estimular a oferta; 2) o baixo consumo de lácteos decorrente do fraco desempenho da economia; 3) baixa competitividade para exportar excedentes de produção; 4) preços de importação mais competitivos que os domésticos.

Confira essa análise completa com mais detalhes na NOTA DE CONJUNTURA da Plataforma de Inteligência Intelactus em sua edição de maio de 2019, que também apresenta uma análise sobre oferta, demanda e preços internacionais nesse início de 2019.

A publicação está disponível no site do Centro de Inteligência do Leite e pode ser acessada no link: http://www.cileite.com.br/content/nota-conjuntura

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Em abril, o preço do leite ao produtor manteve a trajetória de valorização, mas com diminuição no ritmo de crescimento. Na comparação anual, as cotações de abril ficaram 26% superiores aos valores pagos no mesmo mês de 2018. No quadrimestre a alta foi de 30% em relação ao ano passado, em termos nominais

Outro fato positivo para os pecuaristas é a melhora contínua observada na relação de troca entre preço do leite/preço do concentrado que fechou abril em 30,5 litros de leite para aquisição de uma saca de 60 kg de concentrado. Em abril de 2018 eram necessários 42 litros de leite para compra da mesma saca de concentrado.

No varejo, o preço do leite UHT apresentou pequena desvalorização em abril, sobre o mês anterior, sendo esta a primeira queda no índice em 2019. Em relação a um ano atrás, os preços de abril do UHT ficaram 5% maiores.

Esses dados estão apresentados no boletim mensal de INDICADORES LEITE E DERIVADOS da Plataforma de Inteligência Intelactus na sua edição de maio de 2019 que também traz os dados da balança comercial brasileira de leite e derivados, com destaque para a queda nos valores importados em abril na comparação com o mesmo mês de 2018.

A publicação está disponível no site do Centro de Inteligência do Leite e pode ser acessada no link: http://www.cileite.com.br/content/indicadores-leite-e-derivados-1

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Sorteio de vagas no E@D Leite

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Participe do sorteio de vagas para as próximas turmas dos cursos do E@D Leite.

Nossos cursos são produzidos e acompanhados por especialistas das diversas áreas relacionadas a atividade leiteira.

Para concorrer, deixe abaixo o seu e-mail e qual curso deseja realizar.

O sorteio acontecerá dia 31/05 e os ganhadores da promoção serão divulgados aqui. 

Boa sorte a todos!

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9846966885?profile=originalA qualidade do leite produzido no Brasil é tema recorrente de debates nas últimas duas décadas, envolvendo as esferas públicas e privadas do setor. Essa discussão foi impulsionada principalmente pela tendência mundial de consumo de produtos lácteos mais seguros e com maior qualidade. Em 2002 foi aprovada a Instrução Normativa nº 51, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que aprovou os “Regulamentos Técnicos de Produção, Identidade e Qualidade do Leite tipo A, do Leite tipo B, do Leite tipo C, do Leite Pasteurizado e do Leite Cru Refrigerado e o Regulamento Técnico da Coleta de Leite Cru Refrigerado e seu Transporte a Granel”.

A IN 51 promoveu mudanças na cadeia produtiva do leite com ações voltadas para difusão das práticas para melhoria da qualidade do leite. Na época, foram determinados prazos para que o produtor se adequasse às exigências de qualidade. Apesar dos avanços conquistados, observou-se que uma grande parte dos produtores de leite brasileiro não estavam aptos a atender as exigências nos prazos estabelecidos, mais especificamente em relação aos parâmetros de CCS e CBT. Dessa forma, os parâmetros de qualidade do leite foram atualizados por meio da Instrução Normativa nº 62, de 21 de dezembro de 2011. Novamente, o prazo para atender as especificações técnicas de qualidade do leite determinadas na IN 62 foram postergadas sucessivamente com a publicação da Instrução Normativa nº 7 de 3 de maio de 2016 e Instrução Normativa n° 31 de 29 de junho de 2018. Durante o prazo de vigência da IN 31, foi novamente observado pelos resultados das análises oficiais de qualidade realizadas pela Rede Brasileira de Laboratórios de Qualidade do Leite (RBQL), que grande parte dos produtores não estariam aptos a atender as exigências de qualidade mais rígidas previstas para entrarem em vigor a partir de 1° de julho de 2019.

Com o objetivo de simplificar o entendimento sobre os prazos e exigências de qualidade estabelecidos em Instruções Normativas anteriores e, promover um plano mais robusto e duradouro de qualificação dos produtores de leite, o MAPA publicou em 26 de novembro de 2018 a Instrução Normativa 76 e Instrução Normativa 77. A IN 77 estabeleceu os critérios e procedimentos para a produção, acondicionamento, conservação, transporte, seleção e recepção do leite cru em estabelecimentos registrados no serviço de inspeção oficial, e, ainda, revogou as Instruções normativas 51/2002, 62/2011, 07/2016 e 31/2018. Com a nova redação dada pela IN 76, que aprovou os regulamentos técnicos que fixam a identidade e as características de qualidade que devem apresentar o leite cru refrigerado, o leite pasteurizado e o leite tipo A, ficou estabelecido apenas um teto máximo para os parâmetros de CBT e CCS, portanto, não havendo mais prazo e exigências de qualidade crescentes como nas normas anteriores.

Os requisitos previstos na IN 76 para o leite cru refrigerado de tanque individual ou de uso comunitário deve apresentar médias geométricas trimestrais de Contagem Padrão em Placas de no máximo 300.000 UFC/mL (trezentas mil unidades formadoras de colônia por mililitro) e de Contagem de Células Somáticas de no máximo 500.000 CS/mL (quinhentas mil células por mililitro). O MAPA espera que com essas instruções normativas, sejam criadas bases mais sólidas para uma evolução progressiva e de longo prazo para a melhoria da qualidade do leite no País.

Cláudio Antônio Versiani Paiva - Médico Veterinário, doutor em Ciência Animal

Para saber mais sobre este assunto, você não pode perder a próxima palestra ao vivo:

Título:  Legislação sobre a qualidade do leite no Brasil / Instruções normativas 76 e 77/2018 do MAPA

Palestrante: Mayara Souza Pinto

Data: 20/05/2019

Hora: 13:30

Mais informações: Clique aqui!

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Mais informações disponíveis, profissionais articulados em Rede, presença fiscalizadora de órgãos públicos e privados, métodos tecnológicos avançados buscam o fim de uso de antibióticos.

Um dos maiores problemas de saúde pública levantados por especialistas no mundo é a presença de resíduos de antibióticos em alimentos estabelecendo uma resistência a esses medicamentos, especialmente em produtos de proteína de origem animal, como o leite. Esta preocupação foi levantada sob diversas discussões durante a realização do Workshop Internacional Leite Seguro, que a Embrapa Clima Temperado (Pelotas,RS) promoveu junto a representação de 30 instituições brasileiras importantes do setor de laticínios, durante três dias no final do mês de abril, na Estação Experimental de Terras Baixas, no Capão do Leão/RS. Como resultado do evento foi feita a  formação Rede Leite Seguro: Ações para a promoção da qualidade, segurança e integridade do leite, com objetivos claros delineados para pôr em prática em 2019, já que se aproxima uma época ao fim de uso de antibióticos.

Ocorrência dos antibióticos
Durante o evento foram apresentados diversos dados significativos sobre a ocorrência de resíduos de antibióticos nos alimentos. Os participantes puderam refletir sobre informações como  a cada ano, 700 mil pessoas morrem de infecções resistentes a medicamentos, e especialistas preveem que esse número pode subir para 10 milhões. "A projeção é que a resistência aos antibióticos mate muito mais que o câncer", afirmou o presidente da G100 e Comitê Brasileiro da Federação Internacional do Leite(FIL/IDF), Wilson Massote Primo.

O presidente da comissão organizadora do evento, Marcelo Bonnet, trouxe também a informação de que cerca de 70% dos antibióticos nos EUA são dados ao gado, e isso tem um efeito indireto na saúde humana. "As cepas resistentes de bactérias entram na cadeia alimentar e são consumidas por nós", destacou Bonnet. Além disso, pesquisas recentes apontam para uma possível ligação entre antibióticos e obesidade, bem como diabetes tipo 2 e asma.

O evento
O objetivo do evento, segundo Marcelo Bonnet, é exterminar o problema e levantar soluções existentes. Conforme ele, a Embrapa tem um conjunto de soluções, tecnologias e trabalhos úteis a esta proposta e está atuando como mediadora entre as empresas públicas e privadas. "Nós precisamos melhorar as boas práticas agropecuárias (BPAs), garantir que aja controle de venda, de uso, de aplicação adequada dos antibióticos, controlar a saúde animal para evitar o uso desnecessário desses medicamentos, precisamos de dados do campo, dados da pesquisa, integração com o setor produtivo para saber qual a prevalência de leite com resíduos de antibióticos no país", listou Bonnet.

Embora, ele fale que os dados informados pelos órgãos fiscalizadores brasileiros  apresentem baixos índices de resíduos de antibióticos no leite, é preciso garantir cem por cento de leite seguro. "Vamos incluir rotinas no Laboratório de Qualidade do Leite (Lableite) da Embrapa: as análises de resíduos no leite. Através desta Rede, vamos também fazer um trabalho com o Laboratório Nacional Agropecuário do Rio Grande do Sul (Lanagro/RS) para desenvolver novos protocolos de métodos, programas mais apropriados, específicos e baratos", completou Bonnet.

O leite é produzido em quase todos os municípios brasileiros. O Estado do RS é o segundo maior produtor de leite no Brasil e a região Sul é a que mais produz leite no país. "A sociedade demanda leite seguro e leite de qualidade", ressalta Bonnet.

A Rede Leite Seguro
Após três dias de encontro, foi registrada a necessidade de formação de uma rede de pesquisa para encaminhar avanços tecnológicos brasileiros, sendo  instalada a Rede Leite Seguro: Ações para a promoção da qualidade, segurança e integridade do leite. Esta Rede irá definir os participantes e governança para Sustentabilidade da Rede Brasileira de Laboratório de Controle da Qualidade do Leite - RBQL; irá ampliar, analisar, gerenciar e utilizar da melhor forma o sistema de informação–SIMQL; comunicará soluções disponíveis na temática do Leite Seguro; estabelecerá prioridades de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação; estabelecerá prioridades baseados em dados e informações para a proposição de Políticas Públicas; proporá interação Governo, setor produtivo e sociedade na construção de Políticas Públicas; usará meios para circular informações na cadeia produtiva e comunicar políticas públicas à sociedade; será um elo de ligação entre o produtor e o consumidor; elaborará questionário com vistas a estabelecimento de banco voluntário de dados e informações quanto a detecção, qualificação e quantificação de resíduos de antimicrobianos em leite, visando a captação de informações junto aos produtores de leite; estabelecerá a correlação e correspondência estatísticas de ensaios de triagem confirmatório para resíduos de antimicrobianos em leite; e irá propor estratégias táticos operacionais para curto, médio e longo prazo.

A criação da Rede Leite Seguro, de acordo com a pesquisadora Maira Zanela, é uma forma para conhecer os principais fatores de riscos e reduzir esses riscos de resíduos de antibióticos para que o consumidor final possa consumir um leite com segurança. "A nossa finalidade é que o consumidor não tenha medo de ingerir um produto tão bom nutricionalmente", afirmou Zanela.

Irão participar desta Rede representantes que estiveram reunidos neste Workshop como MAPA, Lanagro do Brasil, Embrapa (unidades de Pelotas/RS e Juiz de Fora/MG), G100, Federação Internacional do Leite (FIL/IDF), SEBRAE, Emater/ RS-Ascar, SETREM, URI (Laboratório de Qualidade), Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia/USP, Zoetis, Neogen/Sindal, PrimeTech, GlobalFood, Hexis Científica, Charm Sciences, Rasip Alimentos, Barbosa & Marques S/A, Clínica do Leite, Cooperativas Languiru, Serrano, Serramar, Tirolez, COOPERAG, Laticínios Belo Vale, Latco Ltda, Italac, LatVida e Piracanjuba.

Avanços Tecnológicos
Foi apresentado na oportunidade do Workshop o que há na atualidade de avanços tecnológicos como os Métodos Confirmatórios e de Triagem, mas sendo necessário o compartilhamento inteligente por controles oficiais e privados, que garantam o foco, a qualidade e a quantidade dos dados e informações. "A nossa intenção é preparar uma carta para o MAPA adotar algumas sugestões referente as normativas que estão em vigor, e iremos propor um teste no mês de maio, junto ao Lanagro/RS, dos métodos confirmatórios", adiantou Bonnet.

Método de triagem e confirmatórios
Marcelo Bonnet apresentou a ideia de uso dos métodos combinatórios inteligentes de análise de resíduos ao utilizar os de triagem e os confirmatórios. Os métodos de triagem tem limitações, mas podem dizer quais os antibióticos tem especificamente na amostra de leite. De acordo com o Marcelo Bonnet, esse método informa o grupo, mas não informa qual  o antibiótico específico e também não indica o nível de concentração do antibiótico. São métodos rápidos, baratos e convenientes para o setor produtivo, para alertar precocemente o leite contaminado, que não entra na cadeia produtiva.

Já os métodos confirmatórios são sensíveis, são seletivos, são robustos. Podem, ou não, ser rápidos, dependendo da automação do próprio laboratório. São muito caros e não estão ao alcance do produtor. "É possível combinar os dois: quando você tem um grande volume na triagem e consegue tomar aquelas amostras positivas e confirmá-los em laboratório, a equipe avança em conhecimento ao criar correlações, estatísticas importantes, para melhorar a segurança do produto, deixando o processo competitivo, satisfazendo a necessidade do consumidor e protegendo a saúde pública", explica Bonnet.

O teste de triagem pode acusar falsos positivos leites contaminados, por isso, precisa-se usar mais de controle no país com grandes volumes de dados. "Um produtor que tem uma amostra positiva em meio a mais de 500 análises, ao longo de um ano ou dois anos, sem problema algum, possivelmente é um falso positivo. Mas você pode fazer isso quando você tem informações, dados em grandes volumes, análises e tendências mapeados no tempo e no espaço. Com isso, você consegue lidar com alarmes falsos ou com quem é, ou  não é, e ainda saber como lidar com cada caso", pontuou Bonnet.

Palestras do Workshop
Uma das importantes palestras que foi apresentada durante o Workshop Internacional Leite Seguro foi sobre Inovação e Tecnologia na Embrapa, ministrada pelo diretor-executivo de Inovação e Tecnologia da Empresa, Cleber Oliveira Soares, que mostrou a curva de progressão das mudanças sócio-econômicas, os contextos desafiadores e os novos drivers, além de como está estabelecida a Rede de Inovação em Agricultura e uma visão de atuação para 2030. Cleber Soares falou também do papel da Diretoria de Inovação e Negócios que tem o objetivo de transformar ideias em inovação e entregar valor a sociedade. Em sua explanação também apresentou como está a estruturação da Embrapa para trabalhar com Inovação e Negócios, focando em inovação aberta, ativos qualificados, inserção no mercado e adoção de ativos. "A agricultura brasileira e a produção de alimentos tem multifuncionalidades que devem estar baseadas em Ciência e critérios de sustentabilidade", afirmou Soares. Segundo ele, a sustentabilidade aproxima produtores e consumidores, gerando valor e impacto na sociedade.

No primeiro dia de Workshop foram apresentadas palestras sobre o que vem sendo desenvolvido em pesquisa, desenvolvimento e inovação em leite pela Embrapa; a importância do papel do setor organizado, como a ocupação do país no Comitê Brasileiro da Federação Internacional do Leite (FIL/IDF), apresentado pelo G100 e FIL/IDF; quais são as ações que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) está realizando ao uso prudente  de antimicrobianos em pecuária de leite; seguido por diversos departamentos do Mapa e do Lanagro/RS que discorreram suas experiências sobre os avanços no controle de antimicrobianos em leite, além das experiências e desafios relatados por produtores, indústria e cooperativas de laticínios participantes do evento. O segundo dia foi centrado na discussão do problema da mastite, uma das dificuldades sanitárias no rebanho de leite, que usa tratamentos a base de terapias antimicrobianas, assim como, a apresentação de uma das soluções tecnológicas para identificação rápida de resíduos de antibióticos  em leite que é o método de triagem da Embrapa. O último dia foi encerrado com a formação da Rede Leite Seguro.

Cristiane Betemps com participação de Catarine Thiel (MTb 7418/RS)
Embrapa Clima Temperado

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Homenagens e lançamento do sumário de touros ocorrerão durante a Expozebu

Será lançado nesta quinta-feira (2) o 20º Sumário de Touros e Matrizes Guzerá, fruto do esforço conjunto da Embrapa Gado de Leite e do Centro Brasileiro de Melhoramento Genético do Guzerá (CBMG²), bem como dos parceiros e colaboradores do Programa Nacional de Melhoramento do Guzerá para Leite (PNMGuL). A publicação (Série Documentos nº 237) disponibiliza na forma de ranking o mérito genético de cerca de 700 touros e de 400 matrizes, avaliados pelo Teste de Progênie, pelo Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos (PMGZ) e/ou pelo Núcleo de Múltipla Ovulação e Transferência de Embriões (MOET). O PNMGuL está completando 25 anos e, durante o lançamento, serão realizadas homenagens às instituições e pessoas que contribuem para o desenvolvimento da raça. O início do evento está marcado para 19h, no Salão Nobre da ABCZ, durante a 85ª Expozebu.

Ao longo dos 25 anos do programa, somam-se 174 touros avaliados pelo teste de progênie, dos quais 90 têm seus resultados publicados e outros 84 estão em teste; 553 touros de 169 famílias avaliados pelo Núcleo MOET e 134 touros da base de dados do PMGZ. Segundo o pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Frank Bruneli, serão apresentados pela primeira vez no sumário os resultados de 11 touros, além da aplicação de uma nova metodologia de avaliação.

A raça Guzerá é utilizada tanto em sistemas especializados na produção de leite, quanto em sistemas de duplo propósito, ou seja, que produzem leite e carne. Segundo resultados do PNMGuL, houve nestes 25 anos um aumento médio de 50 kg de leite/ano na lactação das vacas Guzerá. A raça preserva suas características de rusticidade, sendo adequada para sistemas intensivos de produção de leite e também indicada para regiões que vem sofrendo com a crise hídrica decorrente das mudanças climáticas. “O Guzerá tem potencial genético para alcançar grandes produções. Também é uma raça importante quando o objetivo é a redução dos custos de produção”, diz o pesquisador.

Homenagens – A Embrapa é uma das instituições que serão homenageadas durante o evento. A pesquisadora da Embrapa Gado de Leite Maria Gabriela Peixoto também será homenageada. Ela faz parte do programa há 14 anos, nove deles como coordenadora. “O Programa trabalha com muita precisão e transparência. Isso é o resultado da coesão do grupo e do respeito pelos técnicos envolvidos no trabalho”, diz Maria Gabriela.

Rubens Neiva

Embrapa Gado de Leite

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9846983465?profile=originalA desinformação, os mitos e os preconceitos são obstáculos que produtores interessados na conversão para orgânicos precisam superar. A avaliação é do auditor fiscal federal agropecuário Marcelo Laurino, do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Ele foi o primeiro palestrante do II Curso de Pecuária Leiteira Orgânica, aberto nesta sexta (26) na fazenda Nata da Serra, em Serra Negra (SP).

O curso é promovido pela Embrapa e pela Nata da Serra e reúne 43 participantes neste primeiro módulo, que terminou sábado. O segundo módulo acontecerá na Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos (SP), em junho. No total, serão seis módulos até outubro.

Laurino disse que se baseia em ciência e experiências práticas para tentar mostrar aos interessados que a produção orgânica é viável socialmente, economicamente e tecnicamente.

Os preconceitos a que ele se refere são percepções equivocadas de que a produção orgânica represente “uma volta ao passado, que é grosseira, que não utiliza tecnologia, que não vai ser capaz de alimentar toda a humanidade, que é coisa só de rico. Ao longo da palestra vamos demolindo esses preconceitos porque eles não têm razão de ser”, afirmou.

Segundo ele, embora não tenha estatísticas, o número de produtores orgânicos cresce todos os anos. Essa indicação coincide com a de representantes de multinacionais que estiveram na abertura e que estão patrocinando o treinamento, como a Danone, a Nestlé e a Gensur. O curso também tem patrocínio da Socil e Tru-Test.

André Novo, coordenador do curso e chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Pecuária Sudeste, disse que neste ano um grande diferencial será o encontro das duas turmas – a de 2019 e a de 2018 – no segundo módulo. “Será um momento de troca de experiências e de conhecimento. Queremos formar uma rede de informações sobre leite orgânico”, afirmou. Ele também destacou o aumento do número de patrocinadores e o investimento das empresas na capacitação.

Ricardo Schiavinato, proprietário da Nata da Serra e produtor de orgânicos há mais de 20 anos, disse que ficou surpreso com a demanda. “No primeiro ano tivemos fila de espera para o segundo e agora já temos fila de espera para o ano que vem.” A turma de 2019 terá um módulo a mais e o conteúdo sobre sanidade animal será aprofundado.

PARTICIPANTES

Na abertura do módulo, estiveram presentes produtores e técnicos do Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Distrito Federal e Minas Gerais. A veterinária Milena Coppola, de Pirassununga (SP), pretende ampliar o conhecimento sobre orgânicos para ajudar na propriedade do namorado Gabriel. “Nosso interesse é por uma questão de princípio, de filosofia de vida. Já implantamos uma agrofloresta, uma horta e criamos galinhas coloniais com um manejo bem simples”, conta.


Na fazenda Guadalupe a família de Gabriel já produz leite, mas no sistema convencional. “Adotamos algumas tecnologias, como inseminação e rotação de pasto. Queremos uma propriedade mais sustentável, um polo de educação ambiental, e estamos estimulando os funcionários a essa prática.” Há dez anos sem tomar medicamentos, Milena aposta muito na prevenção, tanto para a saúde humana como para a animal.

O veterinário Anderson Luís Marques, o engenheiro de produção Vinícius Eloi Woicik, e o agrônomo Raphael Anzalone vieram do Paraná para a capacitação. Eles trabalham no Spa Lapinha, em Lapa (PR), que tem capacidade para receber até 60 hóspedes. Junto ao spa funciona uma fazenda onde são produzidos os alimentos servidos aos visitantes.

Anderson contou que no passado já houve uma tentativa de converter a produção de leite para o sistema orgânico, mas sem sucesso. Agora a equipe busca treinamento para uma nova tentativa. Lapa fica a 80 quilômetros de Curitiba e a empresa pensa em explorar também o mercado da capital. Para isso, a será necessário alterar o serviço de inspeção municipal para o estadual. Na fazenda, são produzidos queijos, ovos e hortaliças.

ÚLTIMO SUSPIRO

No segundo dia do curso, sábado (27), Ricardo Schiavinato abriu a programação contando sua história de vida. Filho de um dentista, ele ganhou a propriedade do pai ao finalizar a faculdade de agronomia. Começou a produzir tomate, morango e outras culturas em sistema convencional. O negócio não ia bem e o produtor conta que praticamente quebrou. “Estava quase desistindo quando meus pais vieram visitar a propriedade e ele quis experimentar o tomate e o morango que eu produzia, mas não deixei, pois havia acabado de aplicar produtos químicos”, contou.


Segundo Ricardo, o pai percebeu que havia algo muito errado na situação em que o filho não servia à própria família o que produzia. Nessa ocasião ele começou a ter os primeiros contatos com a agricultura orgânica, buscou informações e decidiu “tentar o último suspiro”. Deu certo.

A vida de Ricardo mudou e ele conta, ainda emocionado, como tudo melhorou. Em 2006 ele procurou a Embrapa Pecuária Sudeste em busca de informações para produzir leite orgânico. Começava ali, em março de 2007, uma parceria e uma relação de aprendizado mútuo que persiste até hoje.

O segundo a falar foi André Novo, que mostrou conceitos básicos da pecuária de leite orgânico e falou dos princípios do programa Balde Cheio. “Não há fórmula pronta. Cada produtor é um caso diferente. Importante é descobrir o que importa em cada propriedade”, disse.

André falou da importância da visão sistêmica, já que cada produtor precisa olhar para sua terra de um modo diferente, “pensar a propriedade, pensar nas pessoas e entender a realidade do lugar onde está”.

O pesquisador da Embrapa Artur Chinelato, idealizador do programa Balde Cheio, chegou a Serra Negra na manhã de sábado e foi apresentado ao grupo. No período da tarde, os participantes visitaram os pastos e viram de perto os animais criados na Nata da Serra.

Ana Maio (Mtb 21.928)
Embrapa Pecuária Sudeste

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Tuberculose; é melhor ficar atento

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A tuberculose é transmitida pelo Mycobacterium tuberculosis, o bacilo de Koch, e tem como principais sintomas tosse por mais de duas semanas, produção de catarro, febre, sudorese, cansaço e dor no peito. A doença é transmitida pelo Mycobacterium tuberculosis, o bacilo de Koch. É provavelmente a doença infectocontagiosa que mais mortes ocasiona no Brasil. Estima-se, ainda, que mais ou menos 30% da população mundial estejam infectados, embora nem todos venham a desenvolver a doença.

A melhor forma de prevenção é a imunização ainda na infância. Portanto, os pais não podem deixar de levar seus filhos para tomarem a vacina BCG. Se a criança ou o adulto não for vacinado, deve fazer o teste de Mantoux, ou PPD. Caso não apresente reação, deve ser vacinado, o que pode ser feito em qualquer faixa de idade.

Para aqueles que por ventura forem acometidos pela tuberculose, o tratamento é feito com três drogas diferentes: pirazinamida, isoniazida e rifamicina. Durante dois meses, o paciente toma os três medicamentos e, a partir do terceiro mês, toma só isoniazida e rifampicina. A medicação não deve ser suspensa antes do prazo previsto. Se o paciente começar a tomar os remédios e interromper, facilitará a seleção de uma colônia de bactérias resistentes aos medicamentos e ficará mais difícil ser curado.

Contágio- A primoinfecção ocorre quando a pessoa entra em contato com o bacilo pela primeira vez. Proximidade com pessoas infectadas, assim como os ambientes fechados e pouco ventilados favorecem o contágio. O ser humano se comporta como reservatórios do bacilo, ou seja, convive com ele porque não conseguem eliminá-lo ou destruí-lo e, uma vez reativado o foco, a pessoa passa a ser um agente infectante.

Para que a primoinfecção ocorra, é necessário que ele chegue aos alvéolos. Se não alcançar os pulmões nada acontece. A partir dos alvéolos, porém, pode invadir a corrente linfática e alcançar os gânglios (linfonodos), órgãos de defesa do organismo. Como o bacilo destrói a estrutura alveolar, formam-se cavernas no tecido pulmonar e vasos sanguíneos podem romper-se. Por isso, na tuberculose pulmonar, é frequente a presença de tosse com eliminação de catarro, muco e sangue.Portadores do vírus HIV e de doenças como diabetes, por exemplo, podem desenvolver formas graves de tuberculose. Por isso, devem manter-se sob constante observação médica.

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O APPLeite foi desenvolvido pensando nos produtores, para que eles possam de forma descomplicada, rápida e agradável ter acesso as soluções tecnológicas, as informações, aos resultados de pesquisa e conteúdos técnicos relativos à pecuária de leite visando a melhoria das condições de trabalho, aumento na produção e renda.  Tornando assim, um canal efetivo de comunicação entre a Embrapa e seu público-alvo.

 

Para o acesso as informações, o layout das páginas, os ícones, a disposição dos elementos na tela, as funcionalidades, tipo de conteúdo, formato dos conteúdos, links e a própria navegação, foram pensados e validados junto com grupo de produtores.

 

O APPLeite:

  • Disponibiliza e integra o acesso aos principais produtos e serviços ofertados pela Embrapa, por meio de Links (EAd, cursos presencias, serviços laboratoriais, entre outros)
  • Oferece toda coleção e-rural que é formada por cartilhas, e-books e vídeos adaptados a cultura e a linguagem do produtor.

O conteúdo disponível nesta coleção foi elaborado a partir de textos científicos sobre temas de interesse prático e imediato dos produtores rurais. A linguagem destas cartilhas é simples, adaptadas a cultura e próxima ao vocabulário do produtores rurais.

Funcionalidades das publicações:

  • Enviar por email
  • Publicar no facebook
  • Enviar o link por whatApp, sms e gmail
  • Abrir, imprimir, salvar publicação na nuvem
  • Buscar por palavra chave dentro pdf
  • Buscar por voz os conteúdos adaptados
  • Visualizar vídeos
  • Acessar as principais soluções tecnológicas da Embrapa

Os ebooks podem ser lidos por telefone celulares equipados com leitor de epub. Caso não tenha leitor de ebook instalado em ser celular, acesse Google Play e digite:  Play livros.

Solicite o link para baixar o aplicativo, deixando seu e-mail.

Em caso de dúvidas e sugestões, post aqui seu comentário.

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USO DE BOTÃO DE OURO NA ALIMENTAÇÃO DE VACAS LEITEIRAS

 

Leonardo Henrique Ferreira Calsavara (Emater-MG)

Rafael Sandin Ribeiro (UFSJ)

Rogério Martins Maurício (UFSJ)

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Uma das limitações para a produção de bovinos é a disponibilidade de alimentos baratos e de qualidade, especialmente em períodos de seca ou estiagem. A cotação em dólar, o baixo estoque mundial e o alto preço dos ingredientes da ração impactam diretamente na produção de fontes proteicas de origem animal, como carne e leite, utilizadas na alimentação humana. A alimentação animal corresponde a 60 a 80% do custo operacional total da produção do leite.

Como alternativa para suprir o déficit forrageiro das pastagens, a ensilagem de milho é o método mais utilizado no Brasil. Entretanto, apenas a silagem não é capaz de atender as exigências nutricionais da vaca. Assim, torna-se necessária a suplementação com concentrados à base de milho e soja, alimentos de preços elevados e também utilizados por humanos, monogástricos e para produção de biocombustíveis.

A utilização de volumosos suplementares de elevados teores proteicos (arbustivas ou arbóreas, leguminosas ou não) pode ser uma opção capaz de reduzir a necessidade de concentrado e os custos com a alimentação. Este artigo tem como objetivo apresentar ao produtor rural a planta “Botão de Ouro” (Tithonia diversifolia) como alternativa forrageira para nutrição de vacas de leite. Para tal seguem informações baseadas em estudos conduzidos na UFSJ e em outras instituições (IFET - Barbacena; CIPAV - Colombia; Fundaccion Produce - México), as quais podem esclarecer o leitor quanto à forma de plantio, colheita e, formas de uso em dietas para vacas em lactação.

CARACTERÍSTICAS

Família da Asteraceae,

Planta herbácea-arbustiva,

Elevada produção de biomassa

Atingir de 1,5 a 4m de altura

Flor amarela, com forte odor de mel Muito ramificada

Multifunções

Origem e distribuição geográfica

América Central

Amplamente difundida na região tropical do mundo

Presente em diferentes continentes

Características agronômicas

Exigência a clima e solos

Altitude: desde o nível do mar até 2.500 metros

Chuva: 800 a 5.000 mm

Temperaturas: 20e 27º C

Cresce em diversos tipos de solo

Ácidos

Saturação mediana de alumínio

Baixo conteúdo de fósforo

Preparo do solo

Por meio de aração profunda e gradagem. Dependendo das condições de compactação a aração pode ser seguida por subsolagem

Plantio

Estacas de 30 a 50 cm de comprimento

Colhidas no terço médio da planta

O plantio em sulcos, profundidades de 25 a 30 cm, em fileiras duplas

Cobertas com leve camada de solo de 5 a 10 cm Ou

Via sementes (pouco utilizado no Brasil, mas com larga utilização em outros países)

Quebrar a dormência com água a 80ºC, por 30 segundos

Espaçamento de plantio

 Plantio solteiro (monocultura) 1x1mou0,75x0,75m

Consorciado com capim 5 entre linhas e 0,25 m entre estacas

Utilização do Botão de Ouro para bovinos

Quando pastejar ou colher?

Estádio do emborrachamento (antes da floração)

Elevada produção de forragem

Alto valor nutritivo

Valor nutricional no emborrachamento

Produção de biomassa: 70 t ha-1 / corte Crescimento rápido

Proteína bruta: 14,8 a 28,8%

FDN: 47,6%

FDA: 33,6%

Balanceamento de dietas contendo Botão de Ouro

Exemplos de dietas para vacas leiteira (550 kg de P.V. e produtividades médias de 15 e 25 kg/leite/dia) com diferentes níveis de inclusão de Botão de Ouro (Tabelas 1 e 2).

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Observa-se que a inclusão de Botão de Ouro promoveu a redução das despesas alimentares sem alterar a oferta de proteína, energia e fibra para a produção de leite em todos os níveis de inclusão. Com a inclusão de 20% (kg de matéria natural na dieta) de Botão de Ouro em um rebanho composto por 25 vacas em lactação, produção média de 15/litros/dia, é possível inferir uma economia mensal de R$ 975,00 nas despesas com alimentação, sem afetar o desempenho animal.

Simulando-se um rebanho composto por 25 vacas em lactação, produção média de 15/litros/dia, recebendo 20% (kg de matéria natural na dieta) de Botão de Ouro é possível inferir uma economia mensal de R$ 1.275,00 nas despesas com alimentação, sem afetar o desempenho animal.

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OUTROS USOS DA PLANTA

Constituinte de rações para aves, ovinos e coelhos

Substituição de 15% de MS do milho contido na dieta

Controle de erosão

Sistema radicular profundo

Capacidade de desenvolvimento em solos com baixos níveis de fertilidade

Elevada cobertura vegetal, reduzindo os impactos da chuva e do vento sobre o solo

Adubo verde

Ciclagem de nutrientes: nitrogênio (3,5% MS), fósforo (0,37% MS), potássio (4,1% MS) Absorção de fósforo, mesmo que esse esteja indisponível para outras plantas

17 t de MS de Botão de Ouro equivalem a 45 kg de fósforo

Planta apícola

Inflorescência em forma de capítulos

Inúmeras flores

Forte odor de mel

Atratividade das abelhas do gênero Apis mellifera, Trigona spinipese Tetragonista angustula

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Botão de Ouro apresenta potencial forrageiro na inclusão de dieta de vacas em lactação, principalmente devido ao alto teor proteico e elevada produção de biomassa, podendo reduzir o custo final.

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