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Cooperar no Leite

Dados da Aliança Cooperativa Internacional, no seu site na internet, indicam que pelo menos 12% da população mundial é membro de algum tipo das mais de 3 milhões de cooperativas que existem no mundo, hoje. Das 7,7 bilhões de pessoas, somos 924 milhões de cooperados! Se cada um dos cooperados tiver três dependentes, chega a quase 3 bilhões o número de pessoas com algum vínculo com cooperativas. Destes, 40 milhões são brasileiros, aproximadamente 20% da nossa população.

De acordo com o ex-Ministro da Agricultura, Professor Roberto Rodrigues, as pessoas se unem em cooperativas pela necessidade de serviços de interesse comum. Mas alerta que cooperativas bem-sucedidas se alicerçam em três condições: Primeira, que os participantes reconheçam a necessidade de se associarem para obter melhores serviços que garantam seu progresso social, ou econômico, ou ambos, que dificilmente conseguiriam obter individualmente. A segunda condição é ter viabilidade econômica, porque cooperativa é empresa, tem que buscar resultados econômicos para se sustentar. E a terceira condição, é que os participantes devem escolher sua liderança.

O Cooperativismo do leite brasileiro foi estudado numa parceria entre a Organização de Cooperativas do Brasil, OCB e a Embrapa Gado de Leite em duas ocasiões: inicialmente em 2002 e novamente a partir de 2015, com resultados divulgados em 2017.  Do último censo foi possível constatar que, no período de 2013 e 2015, o número de associados que entregavam leite nas cooperativas diminuiu em dez por cento, de pouco mais de 77 mil, para 70.483. Em Minas Gerais, por exemplo, no início dos anos 2000 existiam mais de 180 cooperativas de leite, que em geral buscavam soluções isoladamente, sem estratégias coletivas. Hoje, existem cerca de 80.

 

Apesar da drástica redução no número de cooperativas e de cooperados, o volume recebido pelas cooperativas em 2015 nas nossas maiores bacias leiteiras, foi de 23,4 milhões de litros de leite por dia; 47% desse volume proveniente da região Sul e 40% da região Sudeste.  A maior captação de leite reflete a tendência das propriedades leiteiras aumentarem sua escala de produção, mas também o maior profissionalismo das lideranças das cooperativas de leite, que por meio de gestão eficiente, focada em resultados, estão conseguindo atenuar os impactos dos custos elevados de insumos, da oscilação dos preços do leite e de lácteos, dentre outros resultados econômicos, desta forma garantindo ao produtor seu progresso social e econômico.

 

Além disso, as lideranças compromissadas com o sucesso das cooperativas estão viabilizando seu fortalecimento, ao se unirem em federações e à OCB, sem que cada cooperativa perca sua identidade. São “cooperativas de cooperativas”, que juntam o que cada uma tem de melhor, desta forma valorizando a colaboração, o uso eficiente das instalações e reduzindo custos, com resultados positivos para todos os seus cooperados.

 

Num balanço, os produtores de leite brasileiros têm mais exemplos de êxito econômico ao se organizarem em cooperativas do que trabalhando isoladamente.  Na repetição desse raciocínio, as cooperativas podem manter sua identidade e se congregar para formarem federações de cooperativas. Além de benefícios econômicos as cooperativas unificam a posição dos produtores em assuntos complexos como a importação e exportação de lácteos, barreiras sanitárias, rotulagem dos lácteos e tantos outros que vêm sendo tratados nesta coluna. E mais, podem explorar melhor os mercados e vender melhor seus produtos.

Unificando esforços e com instituições voltadas para as condições de sucesso do Professor Roberto Rodrigues, que também é Embaixador Especial para o Cooperativismo da ONU/FAO, os produtores de leite estarão solidamente representados para obter importantes conquistas para o segmento. Sejamos COOP!

Pedro Braga Arcuri
Pesquisador
Chefe Adjunto de Pesquisa Embrapa Gado de Leite

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Nesse oitavo episódio, o médico veterinário da Embrapa Gado de Leite, Cláudio Antonio Versiani Paiva, fala sobre a Redução da CBT do leite, trazendo informações e dicas com a finalidade de melhorar a qualidade da produção do leite.

Confira esse e outros episódios em nosso canal de Podcast da Embrapa Gado de Leite.

A Embrapa contribuindo na transformação da cadeia produtiva do leite!

Para ouvir: Clique aqui!

Ficha Técnica:

Entrevistado: Médico Veterinário da Embrapa Gado de Leite, Cláudio Antonio Versiani Paiva 
Entrevistadora: Rosângela Zoccal
Produção: Rosângela Zoccal e Eliane Hayami
Edição: Eliane Hayami e Leonardo Venâncio
Criação: Adriana Barros Guimarães
EaD Moodle e Repileite: Luiz Ricardo da Costa e Vanessa Maia Aguiar de Magalhães

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Desafio de Startups

Provavelmente você recebeu esta edição da Balde Branco, alguns dias antes de 22 de outubro. Portanto, poderá agendar esta data para acompanhar, de onde estiver, a edição 2019 do Desafio de Startups, que ocorrerá no Cubo-Itaú em São Paulo.

Serão apresentadas soluções que incorporam a transformação digital, a informática, suas ferramentas e processos para aumentar a precisão e rapidez na tomada de decisões pelos agentes da cadeia do leite. Produtores, indústrias, investidores, pesquisadores, imprensa estarão presentes neste que será o encontro mais importante do ano para o ecossistema de inovação do Leite, o Leite 4.0.

Soluções para problemas são sempre muito bem-vindas, especialmente quando a cadeia produtiva do leite segue em crescimento e ganhando novos mercados. Dados recentes divulgados pela Associação VivaLácteos indicam que a estratégia “GoodDairy” elaborada em parceria com a Agência Brasileira de Promoção das Exportações, APEX, resultou em aumento nas exportações de queijos. A base dessa estratégia foi a constatação de que lácteos brasileiros com maior valor agregado seriam competitivos em mercados específicos. Esta estratégia deu certo! De 15 países que importavam lácteos há cinco anos, hoje são 50, com algumas situações surpreendentes: somos o segundo maior exportador de queijo tipo Gorgonzola para a Rússia. Chile e México são importadores significativos dos produtos brasileiros.

Soluções para problemas são igualmente bem-vindas, quando há ainda muito a ser feito internamente, em especial para superar as graves deficiências que temos em infra-estrutura. Para citar um caso crítico para o leite: ter energia elétrica em quantidade e com a garantia do fornecimento constante e estável, é um pré-requisito para a entrega de leite fluido com qualidade. Qualidade da matéria prima, por sua vez, é a base de qualquer estratégia de competitividade. A geração de energia solar fotovoltaica é hoje uma alternativa para a distribuição convencional de energia elétrica. O ensolarado Brasil precisa de mais energia solar fotovoltaica, porém, na contra mão dessa tendência, em outubro passado, a Agência Nacional de Energia Elétrica, ANEEL encaminhou proposta ao Congresso Nacional que aumenta a cobrança de taxas no mercado de energia solar!

Este é o Brasil, de muitos contrastes: No Desafio de Startups, dia 22 de novembro, iremos discutir e promover o Leite 4.0, fortalecendo a cadeia para nos tornarmos exportadores competitivos de lácteos, ao passo que nas propriedades existem dificuldades, como a precariedade do fornecimento de energia elétrica que nos remetem a 40 anos atrás, talvez mais. Pensar e agir no mundo 4.0, buscando soluções para problemas antigos, uma realidade 2.0, do tempo que o novo era a energia elétrica! E ainda preocupados com articulações que podem retardar as inovações, a exemplo da proposta de taxas elevadas para a energia solar fotovoltaica.

“O importante não é vencer, o que importa é competir”, é a máxima do espírito Olímpico. Por analogia, não importa qual será a proposta vencedora do Desafio de Startups no próximo dia 22 de novembro. O mais importante, demonstrando o acerto da proposta da iniciativa Ideas for Milk, é participar do ecossistema de inovação na pecuária leiteira. Este é a vanguarda da transformação digital no agro brasileiro, para reduzir o custo Brasil pela solução de problemas e promoção da competitividade da cadeia do leite.

Pedro Braga Arcuri
Pesquisador
Chefe Adjunto de Pesquisa Embrapa Gado de Leite

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Podcast – episódio 7 – Silagem de capim

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Nesse sétimo episódio, Jackson Silva e Oliveira, agrônomo com mestrado em Zootecnia e doutorado em Nutrição, traz importantes dicas sobre silagem de capim.

Aproveite a oportunidade para se reciclar, acessando os nossos Podcasts e Vídeos que estão disponíveis em nossa plataforma da Repileite e nos cursos de EAD!

Para ouvir: Clique aqui!

Ficha Técnica:

Entrevistado: Pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Jackson Silva e Oliveira
Entrevistadora: Rosângela Zoccal
Produção: Rosângela Zoccal e Eliane Hayami
Edição: Eliane Hayami
Criação: Adriana Barros Guimarães
EaD Moodle e Repileite: Luiz Ricardo da Costa e Vanessa Maia Aguiar de Magalhães

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9846979254?profile=originalPesquisadores da Embrapa Meio Ambiente (SP), em parceria com a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, campus Salto (IFSP), desenvolveram um sensor capaz de medir parâmetros de qualidade da água como clorofila, oxigênio dissolvido e turbidez, sem a necessidade de reagentes químicos, o que o torna mais sustentável e econômico. Trata-se de um equipamento optoeletrônico de última geração, baixo custo, fácil manutenção e tamanho reduzido, capaz de ser acoplado futuramente a drones.


Feito sob medida para os aquicultores brasileiros, o aparelho gera resultados mais precisos do que os obtidos por métodos tradicionais utilizados nos laboratórios para detecção analítica de compostos químicos. A tecnologia é fruto de uma das ações de pesquisa do BRS Aqua, o maior projeto científico em aquicultura do Brasil, com mais de 50 parceiros públicos e 11 empresas privadas.

O sistema é dotado de sondas ópticas de imersão que medem 1 cm de comprimento por 2,5 cm de diâmetro, pesando cerca de 300 g, uma fração do tamanho de sondas tradicionais do mercado, com cerca de 4,5 cm (comprimento) x 9,6 cm (diâmetro), pesando cerca de 1,8 kg. O novo sensor é acompanhado de um display de 1,15 cm (largura) x 6,6 cm (altura) x 2,83 cm (comprimento), aproximadamente.

9846979854?profile=originalAlém da portabilidade, o equipamento é de fácil operação. Sensores optoeletrônicos presentes na sonda conseguem captar ondas de luz de diferentes comprimentos (multiespectrais) e, assim, detectam e quantificam a clorofila presente na água mesmo em baixas concentrações. Resultados similares poderiam ser obtidos em laboratório com um equipamento denominado fluorímetro, porém, o custo maior, a fragilidade do sistema óptico e as grandes dimensões do aparelho inviabilizariam o seu uso em áreas aquícolas.

Segundo o pesquisador da Embrapa Luiz Eduardo Vicente, por ser óptico, o sensor dispensa a necessidade de reagentes ou elementos químicos de excitação (eletroquímicos). Isso o torna uma alternativa interessante aos sensores tradicionais, como as sondas multiparâmetros, que têm custos mais elevados de aquisição e manutenção.

"Nosso sensor foi desenvolvido a partirde métodos espectrorradiométricos [medição de ondas de luz] para auxiliar os piscicultores na análise da qualidade da água com mais economia e eficiência. Em termos simples: utilizamos a luz e sua relação com os parâmetros da qualidade da água, clorofila, por exemplo, para medirmos a nossa amostra, sendo que conseguimos baratear e tornar o processo mais acessível por meio da utilização de microssensores optoeletrônicos aprimorados”, detalha.

Protótipo já mede a clorofila na água

Vicente explica que já existe um protótipo pronto, testado, validado e apto a medir a clorofila, que é um dos parâmetros de qualidade da água mais importantes para o aquicultor. Além de essa medição ser uma exigência do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) para avaliação do impacto ambiental da atividade, ela é fundamental ao manejo da piscicultura. Uma grande quantidade de clorofila pode significar maior presença de algas ou cianobactérias, as quais podem prejudicar a saúde dos peixes e causar prejuízos econômicos aos piscicultores. Ademais, o aumento de algas e consequentemente de clorofila pode estar associado a fatores contaminantes como a presença de esgoto na água.

O pesquisador prevê que, em breve, o equipamento estará disponível no mercado, com uso em diferentes plataformas de coleta. “Graças ao seu tamanho e peso reduzidos, está em nosso planejamento a utilização do sensor em drones. Ainda estamos aprimorando os métodos de coleta, mas basicamente o drone colocaria o sensor em contato com a água em voo baixo por pouco segundos e iria para outro ponto”, planeja o cientista. Atualmente, o sensor pode ser usado por parceiros e colaboradores do projeto. Após a sua finalização, a tecnologia estará disponível para empresas interessadas em produzi-lo e comercializá-lo.

Vicente acredita que o novo sensor será bem recebido pelos aquicultores, já que os custos para a realização de medidas de clorofila por métodos químico-destrutivos tradicionais são extremamente elevados para o produtor e para os órgãos de fiscalização. Pode chegar a mais de R$ 100,00 por amostra para apenas um parâmetro como a clorofila, o que restringe seu uso.

Agricultura e a medição das ondas de luz

O pesquisador Luiz Vicente conta que o uso de geotecnologias e ferramentas de ponta na área de sensoriamento remoto, como a microeletrônica embarcada e a espectrorradiometria, são uma importante frente de inovação para a agricultura brasileira. Elas conjugam métodos de coleta e análise de amostras ambientais sem uso de químicos ou processos complexos de preparo e destruição das amostras, abrindo a possibilidade de uso de sensores de baixo custo que possam ser utilizados em rotinas no campo. Esses métodos são, de maneira geral, definidos como espectrorradiométricos e baseiam-se no registro da interação da luz, tecnicamente radiação eletromagnética, sobre os alvos em diferentes comprimentos de onda.

Conhecimento restrito a poucos centros de pesquisa

Os experimentos de validação e calibração envolvem novas técnicas, aprimoramento e desenvolvimento de equipamentos como os espectrorradiômetros recém-incorporados à Embrapa Meio Ambiente que trabalham com instrumentos tradicionais como espectrofotômetros e fluorímetros, disponíveis no parque laboratorial da Empresa, possibilitando o desenvolvimento dos novos sensores.

“Cabe ressaltar que o desenvolvimento de sensores é um ramo altamente especializado, que abrange desde o alto nível de conhecimento físico-químico e espectral dos alvos, até os princípios matemáticos e eletrônicos para a criação de sensores e instrumentos de medição. Esse tipo de conhecimento é dominado por apenas alguns centros de pesquisa no mundo”, revela o cientista da Embrapa.

Os recursos financeiros para a realização desse trabalho vêm do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio de seu Fundo Tecnológico (Funtec), da Secretaria de Aquicultura e Pesca do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SAP/Mapa), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e da própria Embrapa.

Trabalho de parceiros

Além da Poli-USP e do IFSP, os estudos que levaram ao desenvolvimento do protótipo contaram ainda com a parceria da Plataforma Multi-institucional de Monitoramento das Reduções de Emissões de Gases de Efeito Estufa na Agropecuária (Plataforma ABC).

Vicente menciona que o trabalho contou com a colaboração de especialistas em microeletrônica e sensores, como a equipe do professor Walter Jaimes Salcedo, da Poli-USP, e do professor Mauro Sérgio Braga, do IFSP. Também participaram os especialistas em sensoriamento remoto e limnologia (estudo de rios e lagos) Ana Carolina Campos Gomes e Jorge Laço Portinho, contratados com recursos do projeto BRS Aqua.

O desenvolvimento foi realizado no âmbito da atividade "Sistema de espectrorradiometria e sensores remotos multi/hiperespectrais aplicados na instrumentalização da rede de pesquisa em monitoramento da aquicultura", coordenada por Vicente, e parte do projeto “Manejo e Gestão Ambiental da Aquicultura”, coordenado pelo pesquisador da Embrapa Celso Manzatto.

O primeiro usuário do sensor é o próprio projeto BRS Aqua. “Atualmente, levamos meses entre coleta, análise e disponibilização dos dados em meio digital, sendo que com o uso do sensor num futuro próximo teremos como utilizar os dados em tempo quase real, cobrindo áreas bem maiores com menor custo”, destaca Luciana Spinelli, pesquisadora do projeto responsável pela elaboração da base de dados geoespaciais (disponibilizados na forma de mapas para acesso online).

Cristina Tordin (MTb 28.499/SP)
Embrapa Meio Ambiente

Contatos para a imprensa
meio-ambiente.imprensa@embrapa.br
Telefone: (19) 3311 2608

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

Fonte: https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/47649148/sensor-de-ultima-geracao-mede-qualidade-da-agua-sem-usar-quimicos

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Nesse sexto episódio, Claudio Antonio Versiani Paiva, médico-veterinário, fala sobre as novas Instruções Normativas 76 e 77 que regem a produção de leite no país, especificando os padrões de identidade e qualidade do leite cru refrigerado, do pasteurizado e do tipo A.

Confira esse episódio e fique por dentro das inovações na cadeia do leite

O ecossistema do leite em sinergia com a inovação!

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Ficha Técnica:

Entrevistado: Médico-veterinário da Embrapa Gado de Leite, Claudio Antonio Versiani Paiva

Entrevistadora: Rosângela Zoccal

Produção: Rosângela Zoccal e Eliane Hayami

Edição e produção de imagens: Eliane Hayami, Adriana Barros Guimarães

Criação: Adriana Barros Guimarães

EaD Moodle e Repileite: Vanessa Maia Aguiar de Magalhães, Luiz Ricardo da Costa

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Está próximo o encerramento das inscrições do novo curso do E@D Leite, ”Silagem de milho e de sorgo para o gado de leite” não perca essa chance.

Objetivo: Neste curso você terá informações sobre a importância do uso da silagem, o planejamento da quantidade e da área necessária para a sua produção, os tipos de silo, como calculá-los e sua capacidade de armazenamento. Conhecerá as características das cultivares de milho e de sorgo, para a produção silagem, preparo para implantação da lavoura, tratos culturais e influências de fatores climáticos na sua produtividade. Saberá também dos corretos procedimentos para a produção de uma boa silagem e suas fases. Por fim, poderá avaliar física e quimicamente a silagem antes de ser fornecida aos animais e cuidados para sua correta retirada do silo. Este curso é ministrado por técnicos e pesquisadores da Embrapa.

Próxima turma: 05/11/2019 a 15/12/2019 (inscrições até 30/10)

Para se inscrever clique aqui

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Segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos, é dever das prefeituras municipais a realização da gestão dos resíduos sólidos gerados em seu território, contudo as áreas rurais muitas vezes não fazem parte de um sistema de coleta eficiente.
Todo resíduo na propriedade rural deve ter uma destinação adequada, restos de pneus, óleos, graxas, pilhas, baterias e demais produtos.
O produtor rural que optar por vender resíduos, ou mesmo doar materiais como sucatas, papéis, metais, plásticos, deve certificar-se de que a pessoa ou a empresa que está recebendo tem condições adequadas de receber e armazenar esses resíduos, sem risco de causar danos ambientais. Lembre sempre que se um terceiro causar danos ambientais em razão da disposição inadequada dos resíduos (incluindo embalagens e sucatas) de sua empresa, usina, fazenda, você poderá ser responsabilizado pela reparação do dano.
Quanto ao lixo orgânico da propriedade, este por sua vez, pode ser separado e utilizado para a compostagem.

Descartes de resíduos nas propriedades rurais

Descarte de Pneus
De acordo com a Resolução (CONAMA 416/09). É vedada a disposição final de pneus no meio ambiente, tais como o abandono ou lançamento em corpos de água, terrenos baldios ou alagadiços, a disposição em aterros sanitários e a queima a céu aberto. Deve-se ajustar um local adequado para o seu armazenamento e assim poder mandar para a reciclagem ou direcioná-lo para pontos de recolhimento (logística reversa).

Descarte de Pilhas e Baterias
De acordo com a Resolução do CONAMA 401/08 – Todas as pilhas e baterias que contenham em suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos, necessárias ao funcionamento de quaisquer tipos de aparelhos, após seu esgotamento energético, devem ser entregues aos estabelecimentos que as comercializam ou à rede de assistência técnica autorizada pelas respectivas indústrias. Elas serão repassadas aos fabricantes ou importadores, para que estes adotem, diretamente ou por meio de terceiros, os procedimentos de reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição fi nal ambientalmente adequada.

Descarte de óleo lubrificante queimado
Todo óleo lubrificante usado ou contaminado deverá, obrigatoriamente, ser recolhido e terá uma destinação adequada, de forma a não afetar negativamente o meio ambiente. Existem empresas especializadas no recolhimento de óleo queimado, que retiram em sua propriedade e pagam pelo volume comprado. Todo produto que também esteja contaminado com óleo queimado deve ter uma destinação correta.

Descarte de lâmpadas fluorescentes
As lâmpadas fluorescentes contêm em sua composição mercúrio. Quando não mais utilizadas, não devem ser quebradas, nem descartadas com o lixo comum, pois necessitam de destinação e tratamento específico. O gerenciamento de resíduos deve fazer parte da rotina de atividades do produtor rural.

Queima de resíduos no Meio Rural
É proibido a queima de resíduos no meio urbano e rural, os problemas gerados pela queima estão principalmente associados à eliminação de substâncias tóxicas, que causam prejuízos à saúde da população.
Além disso o fogo pode se alastrar provocando grandes incêndios. Ao se enterrar os resíduos também existe o problema da poluição dos solos e da água do lençol freático.

DICA: Organize em sua propriedade baias para depósito temporário de materiais, antes de destinar para reciclagem ou destinação final.

FIQUE ATENTO: O gerador do resíduo é responsável desde a geração até a destinação final do resíduo.

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Podcast – episódio 5 – Conjutura do leite

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Nesse quinto episódio, o economista da Embrapa Gado de Leite Glauco Rodrigues Carvalho fala sobre a atual conjuntura do leite no Brasil.

O leite e seus derivados possuem um papel de grande destaque para a economia, ao gerar aproximadamente 4 milhões de empregos e movimentar cerca de R$84 milhões por ano, sendo o setor que mais expandiu no mercado (78%) nos últimos 5 anos.

Confira esse episódio e fique por dentro das inovações na cadeia do leite

O ecossistema do leite em sinergia com a inovação!

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Ficha Técnica:

Entrevistado: Pesquisador Glauco Rodrigues Carvalho

Entrevistadora: Rosângela Zoccal

Produção: Rosângela Zoccal e Eliane Hayami

Edição: Eliane Hayami

Criação: Adriana Barros Guimarães

Web design: Luiz Ricardo da Costa e Vanessa Maia Aguiar de Magalhães

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Nesse quarto episódio, a pesquisadora da Embrapa Gado de Leite, Maria Gabriela Campolina Diniz Peixoto, fala sobre Melhoramento Genético Animal, trazendo informações a respeito do desempenho das raças na produção de leite.

 

Confira esse e outros podcasts da Embrapa sobre as inovações da cadeia produtiva do leite! 

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Ficha Técnica:

Entrevistado: Pesquisadora da Embrapa Gado de Leite, Maria Gabriela Campolina Diniz Peixoto

Entrevistadora: Rosângela Zoccal

Produção: Rosângela Zoccal e Eliane Hayami

Edição: Eliane Hayami

Criação: Adriana Barros Guimarães

Web design: Luiz Ricardo da Costa e Vanessa Maia Aguiar de Magalhães

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Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ) e a Embrapa Gado de Leite (MG) desenvolveram protocolos de higienização de tanque coletivo de armazenamento de leite cru refrigerado. A iniciativa atende a demandas apresentadas pelos próprios produtores de leite de base familiar, que apontaram orientações para limpeza e higiene de ordenha como alguns dos principais problemas enfrentados por eles na comercialização do produto.

Os protocolos vão auxiliá-los no cumprimento das novas exigências impostas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que aumentaram o controle na qualidade e segurança da cadeia produtiva leiteira. As instruções normativas nº 76 e 77, de 2018, preveem, entre outras questões, que os produtores estejam aptos a higienizar de forma adequada os equipamentos de armazenamento de leite.

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Terceiro maior produtor mundial de leite

Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO/ONU), em 2017 o Brasil se tornou o terceiro maior produtor de leite do mundo, com 35 bilhões de litros por ano. O leite cru permanece armazenado no tanque de resfriamento até sua coleta pela indústria. A higienização adequada do tanque de resfriamento mantém a qualidade do leite obtido na propriedade. Já o procedimento inadequado leva à formação de biofilme, uma película na superfície interna que proporciona a proliferação de bactérias e outros microrganismos que contaminam o leite.

“A correta higienização dos equipamentos é uma operação estratégica para manutenção da qualidade do leite cru refrigerado e deve ser realizada imediatamente após a coleta do leite pelo caminhão-tanque do laticínio”, afirma André Dutra, analista da área de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agroindústria de Alimentos e responsável pelo projeto “Estratégia de Manutenção da Qualidade do Leite Cru Refrigerado Armazenado em Tanques Coletivos”.

Foco na qualidade e no aumento do lucro

O trabalho da Embrapa foi desenvolvido na bacia leiteira do sul do estado do Rio de Janeiro e na região da Zona da Mata mineira, com o apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) e de outros parceiros locais.

Técnicos da Embrapa instalaram duas Unidades Demonstrativas de Referência (URT) com o protocolo de higienização de tanques de armazenamento de leite em municípios dos dois estados e capacitaram cerca de 150 agricultores familiares, que utilizam tanques coletivos, em parceria com a Cooperativa Boa Nova, localizada no município de Valença (RJ), e com a Associação dos Produtores Rurais do Vale de Santana (Aprovas), sediada em Rio Preto (MG).

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Os procedimentos validados pela pesquisa contribuem para o aumento do lucro do produtor de leite, do rendimento industrial e da qualidade e segurança dos produtos derivados ofertados ao consumidor final. “Incentivamos a produção de leite de qualidade pelos nossos cooperados. O produtor pode receber um valor a mais por litro de leite, ou ao contrário, pode ser até penalizado. Para isso, apoiamos iniciativas como essa da Embrapa, que o orientam a manter a qualidade do leite”, afirma Júlio César Costa, diretor da Cooperativa Boa Nova.

Segundo o protocolo, o processo de higienização deve ser realizado em duas etapas: limpeza e sanitização. “Normalmente, os produtores de leite realizam apenas a primeira etapa de lavagem do tanque para remoção dos resíduos de leite que ficam aderidos às paredes internas do tanque, o que não é suficiente para a eliminação dos microrganismos”, destaca Dutra.

Além disso, muitas vezes a água utilizada pelos pequenos produtores rurais não recebe tratamento adequado, podendo vir a contaminar novamente a superfície limpa. Por essa razão, o procedimento desenvolvido pelos cientistas incorpora uma segunda etapa de higienização para assegurar a eliminação completa dos microrganismos. Isso é feito com a aplicação de uma solução sanitizante.

Há diversas marcas comerciais no mercado a um baixo custo. Algumas opções, como o dióxido de cloro estabilizado, oferecem a vantagem de não necessitar de enxague após a aplicação, reduzindo assim o uso de água.

Índices de contaminação próximos de zero

Os resultados das análises realizadas pela Embrapa indicaram que após o procedimento de higienização do tanque de leite a Contagem Total de Bactérias (CTB) na superfície interna caiu para índices próximos de zero.

“Realizamos três análises em períodos diferentes, antes e após a coleta do leite. As medições iniciais indicavam a presença de milhões de bactérias por centímetro quadrado e ao fim obtivemos uma contagem menor do que dez, o que indica a eficácia do método de higienização empregado”, conta a pesquisadora Janine Passos, do Laboratório de Microbiologia da Embrapa Agroindústria de Alimentos.

Também foram realizadas análises da água utilizada na limpeza do tanque e utensílios. “As análises microbiológicas da água mostraram que as condições higiênico-sanitárias melhoraram após o treinamento realizado pelos técnicos da Embrapa com os produtores cooperados. Mesmo assim, recomendamos a realização do procedimento de cloração da água pelo produtor rural”, ressalta a pesquisadora.

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Solução foi motivada por demandas do setor produtivo do leite

Os pesquisadores Sérgio Rustichelli Teixeira e Guilherme Nunes de Souza, da Embrapa Gado de Leite, realizaram recentemente uma pesquisa com mais de 150 técnicos das regiões Sul e Sudeste que validou a necessidade de estabelecer protocolos técnicos em diferentes etapas da produção de leite. De acordo com os entrevistados, as principais demandas dos produtores se concentravam em orientações para limpeza, uso correto de detergente, saúde animal, higiene de ordenha e aquisição de equipamentos.

“Uma queixa recorrente de produtores de leite está relacionada à mão de obra, que resiste em seguir orientações relacionadas a questões de higiene, desde a ordenha até a correta limpeza do tanque de armazenamento. Os técnicos atribuem a resistência a questões culturais envolvidas. Os produtores enxergam qualidade como custo e, por isso, insistem em seguir o que já faziam”, revela Rustichelli.

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Solução foi motivada por demandas do setor produtivo do leite

Os pesquisadores Sérgio Rustichelli Teixeira e Guilherme Nunes de Souza, da Embrapa Gado de Leite, realizaram recentemente uma pesquisa com mais de 150 técnicos das regiões Sul e Sudeste que validou a necessidade de estabelecer protocolos técnicos em diferentes etapas da produção de leite. De acordo com os entrevistados, as principais demandas dos produtores se concentravam em orientações para limpeza, uso correto de detergente, saúde animal, higiene de ordenha e aquisição de equipamentos.

“Uma queixa recorrente de produtores de leite está relacionada à mão de obra, que resiste em seguir orientações relacionadas a questões de higiene, desde a ordenha até a correta limpeza do tanque de armazenamento. Os técnicos atribuem a resistência a questões culturais envolvidas. Os produtores enxergam qualidade como custo e, por isso, insistem em seguir o que já faziam”, revela Rustichelli.

Um dos técnicos entrevistados informou que o produtor avalia que se melhorar a qualidade de leite, vai ganhar só R$ 0,02 por litro de leite, mas precisará realizar um investimento considerado de alto custo.


Mais de 90% dos técnicos entrevistados estavam empregados em indústrias cooperativas de leite, cuja maioria efetuava pagamento por qualidade. De acordo com os entrevistados, a política de pagamento por qualidade se mostrou um instrumento estimulante para as iniciativas com foco na melhoria da qualidade do leite que chega aos laticínios.

“Alguns problemas foram superados apenas apresentando os cálculos aos produtores e evidenciando as recomendações técnicas que podem facilitar o trabalho na fazenda depois que a rotina se estabelece. Assim, os produtores entenderam que se gasta menos do que se perde pela baixa qualidade do leite”, destaca Rustichelli ressaltando que, ao fim, ganham todos os atores da cadeia leiteira, principalmente o consumidor ao ter acesso a produtos lácteos de melhor qualidade.

Aline Bastos ((MTb 31.779/RJ))
Embrapa Agroindústria de Alimentos

Contatos para a imprensa

Telefone: 21 3622-9739

Mais informações sobre o tema

Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
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Podcast – episódio 3 – BRS Capiaçu

9846986870?profile=originalNesse terceiro episódio, o pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Paulino José Melo Andrade, fala sobre o capim elefante – BRS Capiaçu, destacando as vantagens dessa cultivar. Além de fornecer dicas de manejo para se obter melhores resultados, já que ela possui boa tolerância ao estresse hídrico.

 

A cada ano, a BRS Capiaçu tem conquistado a preferência de vários produtores no Brasil, devido a sua produção de matéria seca a um menor custo em relação ao milho e a cana-de-açúcar.

 

A BRS Capiaçu foi registrada no RNC (Registro Nacional de Cultivares) em 08/01/2015, sob o nº33503, e protegida no SNPC (Serviço Nacional de Proteção de Cultivares) em 23/01/2015, certificado nº20150124.

 

Confira esse e outros podcasts da Embrapa sobre as inovações da cadeia produtiva do leite! 

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Ficha Técnica:

Entrevistado: Pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Paulino José Melo Andrade 

Entrevistadora: Rosangela Zoccal

Produção: Rosângela Zoccal e Eliane Hayami

Edição: Eliane Hayami

Criação: Adriana Barros Guimarães

Web design: Luiz Ricardo da Costa e Vanessa Maia Aguiar de Magalhães

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9846986281?profile=originalO Pasto Certo é um aplicativo para dispositivos móveis que permite o acesso, de forma rápida e integrada, às características das principais cultivares de forrageiras tropicais lançadas pela Embrapa e outras de domínio público. Esse aplicativo contribuirá para identificar/diferenciar cultivares e informar as principais recomendações e restrições de cada cultivar. Ademais, o usuário poderá enviar dúvidas, sugestões e críticas à equipe responsável e com isso auxiliar na melhoria do aplicativo. O aplicativo Pasto Certo será um veículo de comunicação e de orientação técnica, possuindo uma aplicação Mobile, de fácil acesso, gratuita e dinâmica. Esta solução tecnológica foi desenvolvida pela Embrapa em parceria com outras instituições.

Onde Encontrar:
O aplicativo para dispositivos móveis encontra-se disponível nas lojas virtuais dos principais sistemas operacionais existentes. Inicialmente o aplicativo foi desenvolvido para Google Android, uma vez que este sistema operacional compreende a maior fatia do mercado (cerca de 87%). Em um segundo momento, o aplicativo será desenvolvido também para Apple iOS.

Link para baixar o aplicativo:

https://play.google.com/store/apps/details?id=br.embrapa.pastocerto

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Podcast – episódio 2 – Leite 4.0

9846986074?profile=originalNesse segundo episódio, o Chefe-Geral e pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, fala sobre o Leite 4.0.

 

Atualmente, a cadeia leiteira tem investido em inovações, por meio de pesquisas aliadas às tecnologias em prol de avanços para facilitar a gestão e para promover o bem estar animal.

 

A Embrapa engajada e atuante na cadeia produtiva do leite!

Para ouvir: Clique aqui!

Ficha Técnica:

Entrevistado: Chefe Geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins

Entrevistadora: Rosângela Zoccal

Produção: Rosângela Zoccal e Eliane Hayami

Edição: Eliane Hayami

Criação: Adriana Barros Guimarães

Web design: Luiz Ricardo da Costa e Vanessa Maia Aguiar de Magalhães

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A Embrapa Gado de leite elaborou um curso, ”Silagem de milho e de sorgo para o gado de leite” na modalidade a distância. Gostaríamos de convidá-lo a participar da capacitação.

Objetivo: Neste curso você terá informações sobre a importância do uso da silagem, o planejamento da quantidade e da área necessária para a sua produção, os tipos de silo, como calculá-los e sua capacidade de armazenamento. Conhecerá as características das cultivares de milho e de sorgo, para a produção silagem, preparo para implantação da lavoura, tratos culturais e influências de fatores climáticos na sua produtividade. Saberá também dos corretos procedimentos para a produção de uma boa silagem e suas fases. Por fim, poderá avaliar física e quimicamente a silagem antes de ser fornecida aos animais e cuidados para sua correta retirada do silo. Este curso é ministrado por técnicos e pesquisadores da Embrapa.

Público-alvo: Produtores de leite, profissionais de ciências agrárias, de assistência técnica e extensão rural.

Conteúdo: Planejamento e importância da silagem para a produção de leite
                 Implantação da lavoura de milho e de sorgo
                 Práticas de ensilagem
                 Avaliação e utilização da ensilagem

Carga Horária: 40h

Próxima turma: 05/11/2019 a 15/12/2019 (inscrições até 30/10)

Para se inscrever: clique aqui

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A IN76 e IN77 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) entrou em vigor no dia 30 de maio de 2019 e, entre as regras dispostas no documento, a que tem mais preocupado os produtores no atual momento diz respeito à interrupção da coleta do leite daqueles que não atenderem aos requisitos mínimos para a Contagem Padrão em Placas (CPP), também conhecida por Contagem Bacteriana Total (CBT).

De acordo com o artigo 7º da IN 76, o leite cru refrigerado de tanque individual ou de uso comunitário deve apresentar médias geométricas trimestrais de CPP de no máximo 300.000 UFC/mL (trezentas mil unidades formadoras de colônia por mililitro). As médias geométricas devem considerar as análises realizadas no período de três meses consecutivos e ininterruptos com no mínimo uma amostra mensal de cada tanque. As três primeiras médias geométricas trimestrais consecutivas, que serão consideradas para efeito de interrupção da coleta do leite, serão referentes aos meses de agosto, setembro e outubro de 2019.

Para o cálculo da primeira média geométrica trimestral, o produtor deve levar em conta os resultados das análises oficiais dos meses de junho, julho e agosto de 2019. Dessa forma, em agosto o produtor terá formado a primeira média geométrica trimestral referente à qualidade microbiológica do seu leite. A coleta do leite pelo laticínio permanece inalterada nesse mês, independente do resultado obtido. Porém, se o resultado estiver acima do limite máximo definido pela legislação, medidas de correção deverão ser tomadas rapidamente para que o valor da CPP retorne a níveis satisfatórios o quanto antes e, assim, não comprometa o resultado da próxima análise que será realizada em setembro. A segunda média geométrica trimestral será formada pelos resultados dos meses de julho, agosto e setembro de 2019. Por fim, a terceira e última média geométrica trimestral será formada pelos meses de agosto, setembro e outubro de 2019.

Conforme disposto no Artigo 45º da IN 77, o estabelecimento deve interromper a coleta do leite na propriedade que apresentar, por três meses consecutivos, resultado de média geométrica fora do padrão estabelecido em Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do leite cru refrigerado para Contagem Padrão em Placas - CPP. Portanto, a decisão de interromper a coleta do leite por parte do laticínio em função do não atendimento aos requisitos microbiológicos da IN 77 somente ocorrerá a partir de outubro de 2019, quando cada produtor terá formado uma sequência de três médias geométricas trimestrais.

Veja abaixo alguns exemplos para melhor entendimento:

Exemplo 1: Em agosto, a primeira média geométrica trimestral (formada pelos resultados oficiais dos meses de junho, julho e agosto) foi de 342.000 UFC/mL (fora do padrão), porém, a coleta do leite não é interrompida nesse momento. Com o resultado mensal de setembro, a segunda média geométrica trimestral diminuiu para 267.000 UFC/mL e, em outubro esse valor ficou em 150.000 UFC/mL. Nesse caso, o leite desse produtor não terá a sua coleta interrompida pelo laticínio. Com a manutenção de resultados mensais subsequentes satisfatórios, as médias geométricas trimestrais permanecem sempre abaixo do limite máximo permitido na legislação, evitando a interrupção da coleta do leite pelo laticínio. Nesse exemplo, a significativa diminuição da contagem bacteriana total do leite no mês de agosto e a partir de outubro, provavelmente em função da adoção de boas práticas de ordenha e higiene na produção, foi fundamental para a manutenção de valores abaixo do limite máximo permitido pela legislação.

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Exemplo 2: Em agosto, a primeira média geométrica trimestral (formada pelos resultados oficiais dos meses de junho, julho e agosto) foi de 881.000 UFC/mL (fora do padrão), porém, a coleta do leite também não é interrompida nesse momento. Com o resultado mensal de setembro muito alto, a segunda média geométrica também permanece muito alta (803.000 UFC/mL) e, em outubro esse valor ficou em 420.000 UFC/mL. Apesar da melhora do resultado mensal em outubro (147.000 UFC/mL), esse resultado não foi suficiente para diminuir a média geométrica trimestral que leva em conta no cálculo os resultados dos dois meses anteriores (agosto e setembro). Nesse caso, o leite desse produtor terá a sua coleta interrompida pelo laticínio já no mês de outubro.

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No parágrafo único do artigo 45º da IN 77, o documento dispõe sobre o restabelecimento da coleta do leite: “Para restabelecimento da coleta do leite, deve ser identificada a causa do desvio, adotadas as ações corretivas e apresentado 1 (um) resultado de análise de Contagem Padrão em Placas - CPP - dentro do padrão, emitido por laboratório da RBQL”.  É importante observar nesse exemplo 2 que, provavelmente, se o produtor apresentar um resultado satisfatório ainda no mês de outubro, retomará rapidamente a entrega do leite e, ainda, mantendo as ações corretivas e as boas práticas de ordenha e higiene na produção ao longo dos meses subsequentes (novembro, dezembro, etc.), obterá resultados mensais e médias geométricas trimestrais dentro dos limites aceitáveis pela legislação, evitando a interrupção da coleta do leite pelo laticínio.

 

Uma vez entendido como funcionará a normativa ministerial, produtores e laticínios deverão focar no treinamento e capacitação dos seus funcionários.

Produtores devem focar na capacitação do ordenhador, enquanto os laticínios devem priorizar o treinamento dos seus técnicos sobre os principais procedimentos que podem afetar negativamente a qualidade microbiológica do leite na fazenda.

Os fatores associados à alta CBT estão relacionados principalmente à não adoção das boas práticas agropecuárias; à precária limpeza e higiene do ambiente das vacas, do equipamento de ordenha e tanque de refrigeração; à não adoção de hábitos higiênicos do ordenhador e, à qualidade da água utilizada na produção e, ao maior tempo para diminuição da temperatura do leite após a ordenha.

O ordenhador tem um papel muito importante na rotina da fazenda, mas muitas vezes sem a capacitação necessária, passa a desempenhar suas atividades de forma ineficaz. O processo de ordenha depende da interação harmoniosa entre a vaca, o equipamento de ordenha e o ordenhador. A escolha do ordenhador dependerá do seu perfil, habilidades e vontade para realizar essa atividade. O treinamento é muito importante, porém a ordenha só será eficiente se o ordenhador atender a alguns pré-requisitos, como: gostar de vacas e interagir com elas de forma natural, cuidadosa e tranquila; gostar de ordenhar e ter ciência da importância do seu trabalho, seguir procedimentos padronizados de ordenha e possuir hábitos higiênicos.

A água pode ser uma fonte importante de contaminação microbiana. A água utilizada na produção deve ser de boa qualidade bacteriológica. Caixas de abastecimento de água não tratadas ou de fontes naturais como poços perfurados, tanques e rios, também podem estar contaminados com microrganismos fecais. Além disso, uma grande variedade de bactérias saprófitas também podem estar presentes na água e podem contaminar o leite.

A limpeza do equipamento e do tanque deve seguir sempre o protocolo indicado pelos fabricantes, utilizando produtos registrados no MAPA ou ANVISA e próprios para essa finalidade. O produtor deve sempre seguir a recomendação de dosagem do fabricante, assim como as recomendações de tempo e temperatura de cada ciclo para minimizar os riscos relativos às falhas na limpeza dos equipamentos, que acarretam: aumento da contaminação bacteriana e podem ocasionar a presença de resíduos químicos para o leite.

Tanques de refrigeração bem dimensionados à capacidade produtiva da fazenda permitem que o leite seja refrigerado à 4°C em até 3 horas após a ordenha, diminuindo significativamente o crescimento bacteriano durante o período de armazenamento. Portanto, um bom dimensionamento do tanque ajustado ao volume de produção da propriedade faz parte do planejamento da atividade.

Para maiores informações sobre os bons hábitos de um ordenhador, procedimentos padrão de rotina de ordenha, limpeza dos equipamentos de ordenha e tanque de refrigeração, e refrigeração adequada do leite, acesse os links abaixo:

Manejo de ordenha mecânica:

https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/89985/1/COT-72-Manejo-de-Ordenha-Mecanica.pdf

Higienização do tanque de refrigeração:

https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/930349/1/COT65HigienizacaodotanquederefrigeracaoLeticiaMendoncan65.pdf

Refrigeração adequada do leite:

https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/89854/1/COT-69-Refrigeracao-adequada-do-leite.pdf

Hábitos do ordenhador:

https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/89983/1/COT-70-Os-Bons-Habitos-do-Ordenhador-Competente-Leticia-Mendonca-n-70.pdf

Manejo de ordenha manual:

https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/89984/1/COT-71-Manejo-de-Ordenha-Manual.pdf

Higienização do equipamento de ordenha mecânica:

https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/930341/1/COT64HigienizacaodoequipamentodeordenhamecanicaLeticiaMendoncan64.pdf

 

 

Cláudio Antonio Versiani Paiva

Médico Veterinário – Dsc. Ciência Animal

Analista da Embrapa Gado de Leite

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EMBRAPA GADO DE LEITE LANÇA PODCAST

9846982298?profile=originalPodcast é uma forma de transmissão de arquivos multimídia na Internet criados pelos próprios usuários.


Nestes arquivos, as pessoas disponibilizam listas e seleções de músicas ou simplesmente falam e expõem suas opiniões sobre os mais diversos assuntos.
Pense no podcast como um blog, só que ao invés de escrever, as pessoas falam.

A Embrapa Gado de Leite lança o seu canal de Podcast voltado para pessoas físicas, profissionais e empresas que tenham interesse em assuntos
relacionados à cadeia leiteira.

Nesse primeiro episódio, o Chefe-Geral e pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, fala um pouco sobre o Ideas for Milk e destaca a importância dessa rede de parceiros para se promover avanços para a cadeia leiteira.

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Pesquisadores desenvolveram um novo fertilizante à base de hidrogel modificado, capaz de reunir em um único produto água e nutrientes e fazer a liberação de forma gradual. Seu uso racionaliza o emprego dos nutrientes, que são disponibilizados às plantas paulatinamente, ação obtida por meio de nanotecnologia. Desse modo, o produto reduz as perdas geradas por carreamento, que provocam impactos ambientais e financeiros. Além disso, a tecnologia é um modo de aumentar os intervalos de irrigação, uma vez que a água também é liberada aos poucos pelo produto, promovendo manejo hídrico mais eficiente e reduzindo custos.

Outra vantagem para o agricultor é que o custo de produção é cerca de 50% menor comparado aos produtos convencionais que, em média, custam em torno de R$ 45,00 o quilo, são exclusivos para a retenção hídrica e não fazem a liberação controlada dos nutrientes.

Nomeado de Fertgel, o produto pode ser aplicado em culturas anuais e sazonais de lavouras de pequeno ou grande porte, com formulações próprias para cada cultura. A aplicação no solo pode ser em pó ou em formato de gel. A proposta é atender também grandes cadeias produtivas, como soja, milho e laranja, entre outras. Os ensaios preliminares mostraram o potencial de produção em larga escala, de forma sustentável e economicamente competitiva.

O desenvolvimento realizado no Laboratório Nacional de Nanotecnologia para o Agronegócio (LNNA), da Embrapa Instrumentação (SP), gerou uma spin off (derivada), a empresa Fertgel.

Para desenvolver a solução, os pesquisadores usaram nanotecnologia para adicionar modificantes no material. Com a incorporação de um argilomineral, foi possível aumentar a capacidade de armazenar água, carregar os nutrientes e liberá-los de maneira gradativa. Modificantes contidos na fórmula são os responsáveis pela liberação controlada e pela redução do custo de produção. “A formulação diferenciada do hidrogel abre uma nova fronteira no mercado de fertilizantes”, afirma o chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Instrumentação, José Manoel Marconcini.

A atual fase da pesquisa de escalonamento da síntese dos materiais conta com apoio do programa de Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (Pipe), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), por meio do projeto “Produção de hidrogéis para aplicações agrícolas”, coordenado pelo proprietário da empresa Fertgel, o químico Adriel Bortolin.

Nessa etapa, pretende-se avaliar a qualidade do material sintetizado em quantidades diferentes em um projeto-piloto em planta industrial. Bortolin disse que também quer identificar possíveis fornecedores, nacionais e internacionais, de matéria-prima para a produção dos hidrogéis nanocompósitos.

Produto retém mil vezes o seu peso em água

“Atualmente o uso de hidrogel na agricultura está apenas relacionado ao fornecimento de água em períodos de seca, com a finalidade de aumentar o intervalo de irrigação. Por isso, espera-se que o hidrogel tenha um alto grau de intumescimento, que é a capacidade de o material absorver água”, diz Bortolin.

Em ensaios preliminares, o hidrogel elaborado com a técnica alternativa de produção demonstrou absorver até mil vezes o seu peso em água. Segundo ele, os hidrogéis convencionais são capazes de intumescer entre 200 e 400 vezes o próprio peso em água. "Basicamente, são formulações copoliméricas que fazem com que o hidrogel perca a água armazenada para o solo de maneira bastante rápida e apresente uma baixa interação com nutrientes", explica.

Versatilidade para culturas de diferentes portes

De acordo com o pesquisador, com a nova metodologia de tratamento de hidrólise foi possível obter duas granulometrias diferentes de hidrogéis. "Esses materiais podem ser aplicados em setores agrícolas distintos: produção de mudas, aditivo de substratos, hortaliças, bem como em larga escala para a produção de citros, eucalipto e cana-de-açúcar, por exemplo”, revela.

Após definir as etapas de síntese, o projeto pretende calcular o custo de produção do material final, considerando os processos de secagem e moagem, além dos custos da matéria-prima importada e da comercialização no Brasil. Esses cálculos vão apoiar os estudos de viabilidade do produto.

As formulações que se destacarem nessas etapas de caracterização serão testadas em casas de vegetação. A proposta é desenvolver hidrogéis incorporados a nutrientes específicos para cada tipo de cultura-teste. Os ensaios em campo vão compreender cadeias produtivas importantes para o País, como milho, café, citros e cana-de-açúcar.

“Tivemos que buscar um caminho muito diferente para tornar a tecnologia disponível, que envolvia encontrar uma empresa do ramo químico, mas muitas sem experiência na área agro, para iniciar o processo de produção”, conta o pesquisador da Embrapa Caue Ribeiro. “Nossa expectativa hoje é que a empresa nascente possa se consolidar no mercado agro, com a possibilidade de explorar no futuro outras aplicações do hidrogel nanocomposito, principalmente no mercado de saúde (health care), onde está hoje o maior consumo de produtos similares”, revela o pesquisador.

"Sistemas de liberação devem ser baseados em materiais biodegradáveis, facilmente incorporáveis ao solo e, preferencialmente, capazes de carregar quantidades elevadas da fonte do nutriente de interesse, no intuito de minimizar custos", defende Marconcini.

Mas Bortolin alerta para o fato de o hidrogel carregado com nutriente não substituir totalmente a fertilização convencional. "Há indícios de que o uso de hidrogel carregado, concomitantemente com a fertilização, otimiza a ação dos macro e micronutrientes, o que pode resultar em lucro para o produtor", esclarece.

O nascimento de uma empresa

O novo fertilizante desenvolvido no LNNA envolve esforços de uma equipe multidisciplinar, empenhada há mais de uma década em diversos estudos que resultassem em um material capaz de absorver mais água, carregar, reter e liberar, de forma controlada, macro e micronutrientes.

Com a dificuldade de encontrar uma instituição que reunisse todas as competências em conhecimento químico, de materiais e de aplicação no agro, a solução foi criar uma empresa nascente.

Assim nasceu a spin off Fertgel, com foco na finalização e exploração do produto, que recebeu o mesmo nome da empresa. À frente do empreendimento está Bortolin, que já havia abordado a aplicação de hidrogéis para uso agrícola na dissertação de mestrado. Naquela etapa, foram realizados ensaios em pimentão e tomate em parceria com a Embrapa Hortaliças (DF), com resultados promissores.

No doutorado, realizado no programa no Departamento de Química da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Bortolin avançou na pesquisa iniciada em 2006 por Fauze Ahmad Aouada, atualmente professor da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), campus Ilha Solteira (SP), nas ações da Rede de Nanotecnologia Aplicada ao Agronegócio (Rede AgroNano) e do Programa Embrapa Labex.

Bortolin foi acompanhado por especialistas no desenvolvimento de novos materiais, como o pesquisador Luiz Henrique Capparelli Mattoso, responsável pela introdução do tema na Embrapa Instrumentação, além dos cientistas Marconcini e Caue Ribeiro, da mesma unidade de pesquisa.

Joana Silva (MTb 19.554/SP)

Embrapa Instrumentação

Contatos para a imprensa
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Telefone: (16) 2107-2901

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

Fonte: https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/46540736/produto-com-nanotecnologia-libera-agua-e-nutrientes-gradualmente-na-lavoura

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