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I Simpósio Internacional Leite Integral

Prezados participantes do REPILeite,

 

Gostaria de convidá-los a participar do I Simpósio Internacional Leite Integral, que será realizado entre os dias 28 e 30 de abril de 2011, no Hotel Ouro Minas, em Belo Horizonte.

Trata-se de um evento inédito no setor, pois reunirá os maiores nomes mundiais para apresentar o que há de mais atual sobre a criação de bezerras e novilhas.

Além do simpósio, acontecerão nos dias 26 e 27, dois cursos pré-simpósio, sobre glândula mamária e criação de bezerras, respectivamente. As vagas para os cursos estão praticamente esgotadas, portanto quem tiver interesse deve se inscrever o quanto antes.

Todas as informações sobre o evento, como programação, inscrições, hospedagem, dentre outras, podem ser obtidas no site www.simposioleiteintegral.com.br

Oferecemos condições especiais de preço para grupos à partir de 10 pessoas. Caso tenham interesse, por favor, me enviem um e-mail flaviafontes@revistaleiteintegral.com.br e eu passo todas as informações.

 

Um grande abraço e espero por todos em BH!!!

 

Flávia Fontes

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Nota: Mastite bovina causada por Bacillus

Infecção de glândula mamária causada por bactérias do gênero Bacillus foi um dos destaques do Newsletter do National Mastitis Council (NMC), de dezembro de 2010.

 

Essa é uma bactéria comumente isolada nas análises microbiológicas de leite nos laboratórios. Um pequeno crescimento (poucas colônias) em uma amostra de leite geralmente significa contaminação da amostra. Mas as bactérias do gênero Bacillus devem ser consideradas como causa da infecção intramamária se amostras contínuas de leite apontam grande e puro crescimento de colônias de Bacillus, juntamente com alta contagem de células somáticas ou casos clínicos de mastite.

 

A infecção intramamária bovina por Bacillus não é comum, mas tem sido associada a uso de material de tratamento contaminado (seringas, aplicadores), solução antibiótica contaminada ou inadequada desinfecção da extremidade dos tetos antes da aplicação do antibiótico intramamário.


Por isso, toda medida de higiene no manejo das vacas em lactação é fundamental para manter reduzido o risco de mastite por Bacillus, mesmo que a freqüência não seja alta.

 

NMC, Udder Topics Vol. 33, N° 6, Dez 2010.
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Cuidados com o pré-dipping

O newsletter do National Mastitis Council (NMC) de setembro/outubro de 2010 chama atenção para os cuidados necessários durante a realização da desinfecção de tetos antes da ordenha, também chamado de pré-dipping, para que esta etapa do processo de ordenha não se torne uma fonte de contaminação para o leite por resíduos químicos.A preocupação sobre como fazer o pré-dipping não deve ser apenas em relação ao tempo de ação do produto germicida na superfície dos tetos da vaca, para completa eliminação das bactérias que colonizam a região. O desinfetante utilizado nesta etapa da preparação para a ordenha pode contaminar o leite, principalmente, em duas situações: (1) quando os tetos não são bem secos com papel-toalha descartável (após 30 segundos da aplicação do produto); (2) quando a concentração do produto desinfetante está muito alta.Em alguns países, existe o limite máximo permitido de concentração de iodo a ser utilizado no pré-dipping. Como no Brasil ainda não temos essa definição, os técnicos, produtores e ordenhadores devem ficar atentos para que os benefícios do pré-dipping, como redução na ocorrência de mastite por patógenos ambientais e também na contagem bacteriana total do leite não sejam diminuídos diante do risco de contaminação do leite pelos desinfetantes utilizados.Maiores informações: Udder Topics, The NMC Newsletter. Volume 33, N° 4 & 5, pag 4. September/October, 2010.
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Quatro colaboradores da unidade participaram do XV MET Encontro Nacional sobre Metodologias de Laboratório da Embrapa e do II Simpósio sobre Metodologias de Laboratório de Pesquisa Agropecuária, que aconteceu na Embrapa Clima Temperado, em Pelotas (RS) entre os dias 25 a 29 de Outubro. O objetivo do encontro, que ocorre anualmente, é proporcionar que unidades de todo o país possam compartilhar conhecimentos sobre os procedimentos e técnicas que empregam em seus laboratórios. Durante o evento, ocorreram palestras, exposições de painéis, mesas redondas, mini-cursos e reuniões técnicas de grupos temáticos. A colaboradora Daniele Ribeiro de Lima Reis coordenou o grupo de discussão em Biologia Molecular e Celular. Carolina C. R. Quintão proferiu a palestra de abertura do encontro, intitulada: Avanços tecnológicos no suporte à pesquisa e sua contribuição para o desenvolvimento e inovação e integrou o grupo de discussão em Gestão da Qualidade. Também participaram do encontro, Cecília Pinto Nogueira no grupo de discussão de Nutrição Animal e Alimentos e Ernando Ferreira Motta no grupo de Gestão de Resíduos de Laboratórios.
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Segundo informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), 106 propriedades leiteiras no Brasil são certificadas pelo PNCEBT como livres de Brucelose e Tuberculose, e 788 propriedades estão em processo de certificação. Dessas propriedades certificadas ou em processo de certificação, 707 estão localizadas no estado do Rio Grande do Sul, no qual existem projetos de parceria público-privada, como o projeto Arroio do Meio, que une MAPA, orgãos estaduais, pecuaristas, laticínios, plantas de abate, transportadores de leite, sindicatos, prefeituras e universidades. Esta grande parceria promove ações facilitadoras como doação de antígenos para os testes, brincos de identificação, material de divulgação e esclarecimentos aos produtores, serviços veterinários, transporte de animais positivos ao abate e indenização.Essa é a prova concreta de que o caminho para tornarmos o Brasil, efetivamente, o grande produtor, exportador e consumidor de leite são as PARCERIAS. O chamado TRABALHO EM EQUIPE, que tanto se fala, mas pouco se pratica.Referência: Carvalho, C. M. R. Controlando e erradicando a brucelose e a tuberculose animal. Revista Danone no Campo. Abr/Mai 2010. Poços de Caldas, Minas Gerais.
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Compostagem de Carcaças de Grandes Animais

Embrapa realiza projeto pioneiro no país de compostagem de carcaças de grandes animais.As carcaças de grandes e médios ruminantes causam graves problemas ao meio ambiente. Dados zootécnicos apontam que o índice de mortalidade de bovinos pode atingir 3% do rebanho em condições normais. Em situações extremas, como raios, enchente, seca ou mudanças bruscas de temperatura, este índice pode subir de forma significativa. No último inverno, por exemplo, o Mato Grosso do Sul registrou a morte de cerca de três mil cabeças de gado devido ao frio.As carcaças destes animais se decompondo ao tempo facilitam a transmissão de doenças afetando outros animais e até mesmo o homem. Enterrar as carcaças também traz riscos. A decomposição dos animais gera chorume e o resultado pode ser a contaminação do lençol freático, rios e lagos.A compostagem é a proposta ambientalmente correta para o destino dos animais mortos. Trata-se de processo controlado de decomposição de animais. As carcaças são depositadas sobre matéria vegetal (folhas de árvores, galhos, restos de silagem, serragem, picados em tamanho máximo de 2 cm) e esterco seco.Os trabalhos de compostagem desenvolvidos fazem parte do Projeto de Gestão Ambiental da Embrapa. Os pesquisadores que estão à frente das ações foram capacitados na Universidade de Cornell, nos Estados Unidos. Na Embrapa Gado de Leite a compostagem é realizada no Campo Experimental de Santa Mônica, em Valença – RJ.
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O Centro de Inteligência do Leite/Embrapa Gado de Leite lançou o servidor de mapas na internet, cujo objetivo principal é apoiar a gestão territorial por meio da apresentação de temas cartográficos ligados a cadeia produtiva do leite, além do compartilhamento de dados geográficos e aspectos sócio-econômicos e ambientais para o Estado de Minas Gerais. Acompanhe as atualizações neste sistema, o qual incorporará outras classes de informações tais como imagens de satélite, do relevo realçado, dados sobre rebanhos de raças bovinas, quanto a programas de melhoramento e associação de criadores, e unidades de conservação no Estado de Minas Gerais. Estas informações estarão disponíveis juntamente com os dados sobre a produção de leite oriundos do IBGE. Inicialmente, foram disponibilizados alguns temas para consulta de informações sobre o Leite, apresentando variáveis tais como produção e rebanho ordenhado para escalas municipal, micro e mesorregional, além de alguns dados físico-ambientais os quais visam subsidiar a tomada de decisão e compreensão sobre fatores envolventes. As atualizações no sistema poderão ser visualizadas através do endereço http://www.cileite.com.br/inteligencia-geografica , no módulo de inteligência geográfica do CiLeite. Em breve, estará disponível módulo para aquisição de bases de dados para uso em Sistemas de Informações Geográficas (SIG), Google Earth e em outros sistemas para atividades ligadas à área acadêmica e à cadeia do leite em geral.
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Uma simples lavagem com água corrente e enxague com água destilada pode não ser suficiente para eliminar certos contaminantes. Este procedimento é indicado para remoção de contaminantes como ácidos, bases, tampões ou solventes orgânicos. Entretanto, na presença de compostos como ésteres, lipídios ou ácidos graxos, pode haver a necessidade de um procedimento de remoção destes produtos com detergentes (surfactantes aniônicos), que são moléculas orgânicas com uma extremidade polar, hidrofílica e outra não polar, hidrofóbica. Devido a esta estrutura química, tais moléculas são capazes de transformar resíduos insolúveis em solúveis.Detergentes alcalinos livres de minerais têm custo elevado, e geralmente não são suficientes para uma completa descontaminação. Outros procedimentos podem ser necessários para tornar estes materiais reutilizáveis, tais como lavagens ácidas, autoclavagem ou assepsias químicas para remoção de microrganismos. Estes procedimentos podem ter um custo bastante elevado, chegando a ultrapassar o valor de mercado dos materiais reaproveitados. E se adicionarmos a estes custos o tempo gasto pelos técnicos para execução destes protocolos? Podemos adicionar ainda, a estes, o custo de oportunidade, ou seja, o tempo gasto para executar estas tarefas, que poderiam ser utilizados com outros procedimentos analíticos no laboratório. E a questão ambiental, se optarmos por descartar estes materiais e não lavar? Basicamente, todos estes materiais podem ser reciclados caso não contenham agentes biológicos patogênicos a seres humanos, que geralmente são descartados segundo as normas de biossegurança.E você, como base nas colocações acima, optaria por descartar ou lavar estes matérias de laboratório?
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Como inserir uma foto na rede social

Há duas formas de acessar o mecanismo de inserção de fotos na rede social: A) Através do menu superior, acessando: Conteúdo interativo -> Fotos

Depois clicar no link Adicionar fotos

B) Através do bloco de fotos na página principal, clicando no link Adicionar fotos


Qualquer dos dois procedimentos te levará a seguinte tela, bastando clicar na figura da máquina para inserir uma foto.

1) Escolha a foto que deseja utilizar do seu dispositivo de disco local

2) O arquivo escolhido será relacionado em uma lista.

3) Caso queira removê-lo da lista, basta clicar no "X" ao lado do nome e tamanho do arquivo.

4) Caso queira adicionar mais arquivos além do selecionado, clique em Adicionar Mais, e repita os procedimentos descritos anteriormente, no passo número 1.

5) Selecionada as fotos, basta clicar no botão Carregar. Com isto, as fotos serão carregadas para o servidor.

6) Na próxima tela, existe a opção de editar as fotos, como dar um nome para elas, uma descrição e palavras-chave associadas a estas fotos. Também existe a possibilidade de girar a foto, clicando no link Girar a foto

7) Existe um campo opcional, logo abaixo, onde é possível criar um álbum para as fotos. Para tal, pede-se para especificar um título, descrição, local e marcações para este álbum.

8) Terminado todas as especificações, basta clicar no botão Salvar

Ao término do procedimento, a aplicação será direcionada para sua tela pessoal de fotos, com todas as suas fotos publicadas na rede social.

Vale lembrar que somente após a aprovação do moderador é que as fotos estarão disponíveis publicamente para os outros membros da rede social visualizarem.
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Venho comentando sobre introdução de árvores e arbusto em pastagens, sobre os benefícios ambientais e da possibilidade de retornos financeiros para o produtor rural.E uma indagação recorrente é: qual espécie devo usar?Assim, tenho certeza que o texto abaixo será esclarecedor!Árvores madeireiras para uso em sistemas agrossilvipastorisAdaptado de Müller et al. (2009)A introdução de árvores em áreas de pastagens é uma estratégia que tem demonstrado grande potencial para tornar a atividade pecuária mais sustentável e economicamente rentável. As árvores proporcionam várias melhorias nas características físicas e químicas do solo, também conferindo-lhe proteção adicional contra a erosão, proporcionando conservação da água, contribuindo para a manutenção do ciclo hidrológico por meio do aumento da taxa de infiltração de água no solo. Contribuem também para elevar o valor nutricional da forragem e proporcionam maior conforto térmico para os animais em pastejo, melhorando o seu desempenho produtivo e sua performance reprodutiva. Também proporcionam benefícios econômico-sociais, como diversificação produtiva e geração de renda adicional para o pecuarista, contribuindo para reduzir a sazonalidade da demanda por mão-de-obra no campo, o que torna a atividade pecuária mais sustentável e com maior rentabilidade econômica.Entretanto, uma grande dúvida que normalmente é levantada por interessados em estabelecer árvores em suas pastagens é: qual espécie devo usar? Para responder a este questionamento é preciso saber qual o objetivo do sistema (alimentação animal, conforto térmico, produção de madeira, etc.). Assim exposto, apresentamos, a seguir algumas espécies potenciais, suas principais características e seus possíveis usos.Eucalipto: Espécies de crescimento rápido e vigoroso, adaptadas a diversas condições edafoclimáticas e de fácil propagação. Devem ser plantadas em regiões com pluviosidade superior a 1.000 mm anuais e com temperaturas médias máximas entre 24-30º C e mínimas entre 8-12º C. Não são muito exigentes em fertilidade, entretanto respondem muito bem ao adequado preparo do solo. Possuem ciclo longo, podendo vegetar por mais de 100 anos. Sua copa é alta, pouco densa, e seu tronco é retilíneo, podendo chegar a 30 metros de altura. As espécies do Gênero Eucalyptus são extremamente versáteis, possibilitando uma série de usos tais como: madeira para construções rurais e urbanas, serraria, mourões, postes, escoras, lenha e carvão, dentre outras utilidades. Ademais, é possível extrair óleos essenciais das folhas de algumas espécies, os quais possuem grande valor para comercialização. Sendo bem manejados, conforme as recomendações técnicas, os plantios de Eucalipto não são nocivos ao meio ambiente.Acacia mangium: Espécie de crescimento rápido, adaptada a diversas condições edafoclimáticas, embora não tolere períodos de seca muito prolongados. Cresce bem em solos compactados, erodidos e degradados, em declividades acentuadas e em locais infestados com ervas daninhas. Não tolera solos salinos, sombreamento e baixas temperaturas. Devido à folhagem densa e às suas raízes serem superficiais, essa leguminosa é suscetível a quebras pelo vento. Deve ser plantada em regiões com pluviosidade acima de 1.500 mm anuais e com temperaturas médias máximas de 34º C e mínimas de até 12º C. Possui ciclo curto, vegetando por cerca de 15 a 20 anos, atingindo até 20-25 metros de altura. Por ser uma espécie leguminosa possui a vantagem de proporcionar melhoria da fertilidade do solo pela fixação biológica de nitrogênio, bem como pela grande deposição de folhas, com teores mais elevados de N, que formam a manta orgânica, a qual confere proteção adicional do solo contra os agentes erosivos, também contribuindo para minimizar as perdas de água por evaporação. Possui uma grande versatilidade de usos, desde sua exploração para uso como lenha, carvão e mourões até sua utilização para serraria e laminação.Cedro australiano (Toona ciliata var. australis): Espécie de crescimento moderado a rápido, que prefere solos aluviais, próximos a mananciais hídricos e ao pé de encostas, bem drenados, profundos e com boa fertilidade. Tem apresentado bom desenvolvimento em áreas com declive acentuado quando em consórcio agroflorestal. Na Zona da Mata Mineira, as áreas de meia encosta em Latossolos Vermelho-Amarelos e Argissolos Vermelho-Amarelos são as mais indicadas. Apresenta copa larga, devendo ser estabelecida em espaçamentos mais amplos para evitar o sombreamento excessivo do sub-bosque. Vegeta bem em regiões com pluviosidade mínima de 1.200 mm anuais e temperaturas oscilando entre 20 a 26º C. Espécie com alto valor comercial, mais adequada à serraria e laminação.Teca (Tectona grandis): Espécie de crescimento um pouco mais lento, própria de regiões tropicais quentes e úmidas. No Brasil, vegeta bem em regiões com temperaturas médias anuais acima de 24º C, devendo ser plantada em locais com pluviosidade superior a 1.500 mm anuais, em solos profundos, bem drenados, com textura média e boa fertilidade. Apresenta copa alta e pouco densa, apesar das folhas largas. Sua madeira é naturalmente imune a fungos e cupins, não apresentando empenamento após o corte. Por ser uma espécie com alto valor comercial, dadas as nobres qualidades da sua madeira, a produção é, frequentemente, destinada à serraria, para confecção de móveis e construções navais.Guanandi (Calophyllum brasiliense): Espécie de crescimento lento que vegeta bem em solos encharcados, ocorrendo naturalmente em planícies temporariamente inundadas, em solos aluviais, úmidos, com drenagem deficiente, e com textura variando de arenosa a franca. No entanto, apresenta melhor desenvolvimento em solos com fertilidade variando de alta a média, bem drenados, com textura franca ou argilosa. Possui copa larga e densa, devendo ser plantada em espaçamentos mais amplos, em regiões com pluviosidade média anual superior a 1.300 mm, com período seco de até três meses e temperaturas variando entre 18,1º C e 26,7º C. Necessita de sombreamento devendo ser plantado juntamente com outras espécies de hábito pioneiro. Espécie com alto valor comercial para serraria e móveis.Angico Vermelho (Anadenanthera colubrina): Espécie de crescimento rápido que vegeta bem em áreas com pluviosidade entre 400 a 2.500 mm, tolerando até nove meses de estiagem e preferindo temperaturas médias anuais variando entre 18º C e 29º C. Embora resista bem em regiões com elevado déficit hídrico, entre 800 e 1.300 mm, ocorre indiferentemente em solos secos e úmidos, desde que sejam profundos, apesar de tolerar solos rasos, compactados, mal drenados e até encharcados, de textura média à argilosa. Entretanto para se obter um bom desenvolvimento devem ser plantados em solos com boa fertilidade, profundos, bem drenados e com textura argilosa. Possui fuste normalmente tortuoso e copa abaulada e pouco densa, produzindo madeira própria para lenha, carvão e mourões.
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A evolução da microscopia

A história do microscópio começou com interesse da humanidade em aperfeiçoar e entender a visão. Já na Antigüidade, as primeiras teorias da luz eram as da visão. Duas correntes procuravam explicar a percepção visual: a teoria “táctil”, segundo a qual o olho emitiria raios ou partículas, a serem refletidos pelo objeto e a teoria de que o objeto emitisse algo (hoje em dia diríamos “um sinal”) percebido pelo olho. Ambas as teorias eram correntes na Grécia por volta de (500 a.C.) Platão, (400 a.C.) postulava que as “partículas sutis” eram emitidas pelo olho e refletidas pelo objeto porém, admitia também que os dois mecanismos pudessem agir em conjunto.Ainda que em Euclides (300 a.C.) possam ser encontrados os inícios da ótica, a Grécia antiga não era propícia ao desenvolvimento das ciências físicas. Com raras exceções, como Arquimedes, preferia-se o caminho da especulação metafísica ao da pesquisa experimental. Al-Hazen (65 d.C.) sugeriu o uso de globos de vidro para aumentar imagens e concentrar a luz. Ptolomeu (150 d.C.) foi quem estudou e mediu os índices de refração da luz.Em 1267, Roger Bacon discutiu a refração em lentes influenciando a invenção dos óculos mencionados pela primeira vez em Veneza por volta de 1300. Mas o surgimento dos óculos justamente nesta cidade, pode também estar relacionado com os relatos de Marco Pólo, segundo os quais os chineses do século XIII já os conheciam. Nas escavações de Níneve foram encontrados pedaços de vidro polido cuja única interpretação é seu uso como lentes.A partir do século XIV lentes começaram a ser usadas comumente para corrigir defeitos de visão e como dispositivos de aumento. Este uso atingiu seu apogeu com Leeuwenhoek, detentor de uma técnica extremamente desenvolvida levou o uso do microscópio simples (uma lente ou lupa) ao seu nível mais alto, devendo ser provavelmente o primeiro microscopista. Seus microscópios eram individualmente feitos para cada amostra e durante sua vida produziu centenas, dos quais infelizmente nove definitivamente autenticados. Durante anos descreveu o micromundo a sua volta em uma série de cartas destinadas a Royal Society de Londres na qualidade de membro correspondente o qual se orgulhava imensamente. Alguns de seus “pequenos animais” foram examinados com aumentos de 300 vezes, façanha considerável, mesmo em comparação com alguns instrumentos modernos.O microscópio simples não é, no entanto, um instrumento muito versátil ou cômodo nas mãos do público em geral. Paralelamente ao desenvolvimento do telescópio no século XVII, surgiu o microscópio composto, constituído no mínimo de uma lente ocular e uma objetiva.Em 1609, Galileu fez seu primeiro microscópio sendo considerado como época do desenvolvimento mecânico do microscópio os anos compreendidos entre 1650 e 1750. O primeiro aperfeiçoamento foi à tentativa de facilitar o foco, originando o tubo rosqueado dos microscópios de Hartsoeker e Wilson. Logo depois, foi incorporada a lente de campo, introduzida por de Monconys, que surgiu em 1665 no microscópio de Hooke.Os microscópios de Cuff representam um patamar no desenvolvimento do microscópio que só foi sensivelmente ultrapassado após um século. Em consonância com o desenvolvimento experimentado pela mecânica fina em meados do século XVIII, Cuff passou do uso da madeira e couro para o metal, e reuniu pela primeira vez em um instrumento focalização por parafuso, mesa para amostras, espelhos para a luz transmitida e refletida, que permite equivalência com a disposição moderna.A qualidade ótica dos microscópios não acompanhou o seu desenvolvimento mecânico. Em torno de 1750 recomendava-se ainda ao pesquisador sério o uso da lente simples capaz de fornecer uma imagem superior à do composto, dito “instrumento confortável para curiosos das ciências naturais”.A ciência foi se desenvolvendo e com ela a necessidade de novos e mais sofisticados equipamentos. A partir de 1930, uma maneira diferente começou a despertar o interesse dos microscopistas incentivados pelo desenvolvimento do radar e da televisão.Em 1935 Knoll descreveu pela primeira vez a aplicação do conceito da relação objeto/imagem/tempo e desenvolveu o microscópio eletrônico de varredura. Pouco depois em 1938, von Ardenne construiu um microscópio eletrônico de transmissão no qual a aquisição de imagem era feita por varredura, disposição muito mais tarde retomada na forma de microscópio eletrônico de varredura e transmissão, obtendo um aumento na ordem de 8.000 X, ainda que o tempo exigido para uma exposição não fosse muito prático.Em 1950, Oatley em Cambridge interessou-se em criar um grupo de pesquisa em ótica eletrônica e retomou o desenvolvimento do microscópio eletrônico de varredura. Foi então desenvolvido um instrumento com características modernas, como utilização de elétrons secundários e retro-espalhados, elucidação dos diversos mecanismos de contraste, e principalmente reconhecida a grande profundidade de campo para o exame de superfícies rugosas.Em 1952, foi atingida a resolução de 50 nm, que uma década depois havia sido reduzida de um fator de 5 nm; era então chegado o momento de comercializar o microscópio eletrônico de varredura com a Cambridge Instrument Company, a partir de 1965.A partir de 1943, Castaing sob orientação de Guirnier em Paris, dedicou-se ao desenvolvimento de uma microsonda eletrônica. Nesse instrumento, um feixe colimado de elétrons excita a emissão de raios X, que analisados através da lei de Moseley, permitem análises elementares em um volume da ordem de 1 μm3 do material. Inicialmente concebido como dois instrumentos distintos, o microscópio eletrônico de varredura e a microsonda foram progressivamente reunidos; a disponibilidade destes recursos simultaneamente consolidou definitivamente a posição do microscópio eletrônico de varredura para aplicações como análise de falhas e desenvolvimento de tecnologias industriais.Durante a década de 90 verificou-se um importante progresso no microscópio eletrônico de varredura: o desenvolvimento dos trabalhos inicial de Danilatos possibilitou a criação do microscópio eletrônico de varredura de baixo vácuo, capaz de operar com pressões até algo acima da pressão de vapor da água. Isto possibilitou não apenas o exame de amostras úmidas (como por exemplo, amostras biológicas), mas também o exame de amostras não condutoras de eletricidade, uma das limitações importantes dos instrumentos tradicionais.A formação da imagem do microscópio eletrônico por varredura foi provavelmente o desenvolvimento mais importante ocorrido em microscopia no século XX, introduzindo, ao cabo de quase quatro séculos, um novo conceito na visualização de microestruturas.Em princípio, cada fenômeno físico, com o qual seja possível provocar uma resposta localizada no objeto e adquirir um sinal correspondente, pode ser utilizado como base para um microscópio. Uma das primeiras, e até agora, a mais importante aplicação é utilizar o efeito de tunelamento (efeito quântico, segundo o qual uma pequena corrente “tunela” através de uma fina camada de material isolante). Varrendo a superfície de uma amostra condutora com uma sonda de dimensões atômicas, descreveram em 1982 o microscópio de tunelamento, com o qual obtiveram imagens de resolução atômica.Segundo eles próprios, conseguiram algo que em princípio nem deveria funcionar. A rapidez com que eles foram reconhecidos e agraciados pelo Prêmio Nobel em 1986 atesta o enorme impacto deste instrumento no desvendamento da estrutura de superfícies em dimensões atômicas, da maior importância no limiar, em nossos dias, da nanotecnologia. Pouco tempo depois, Binning e colaboradores introduziram o microscópio de força atômica, de concepção ainda mais improvável que contornou a limitação do exame apenas de amostras condutoras.Esta invenção iniciou a era dos Microscópios de sonda de varredura, campo no qual se verificaram atualmente os maiores desenvolvimentos de microscopia. Novas modalidades são propostas continuamente, e só a perspectiva histórica poderá decidir, no futuro, quais deles terão impacto comparável com os grandes desenvolvimentos do século XX, na nossa busca de ver o pequeno.Adaptado de: MANNHEIMER, W. A. Microscopia dos materiais: Uma Introdução. Rio de Janeiro: E-papers Serviços Editoriais, 2002.
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Leguminosas Forrageiras Arbustivas (Adaptado de Xavier e Castro, 2009) A exploração forrageira de leguminosas arbustivas com altas produções de matéria seca e elevado teor de proteína bruta constitui alternativa viável para suplementação alimentar de ruminantes, principalmente no período seco. Com esta finalidade, as espécies arbustivas, leucena (Leucaena leucocephala), guandu (Cajanus cajan) e cratilia (Cratylia argentea), por apresentarem tais qualidades, podem ser empregadas com sucesso. A seguir, algumas informações sobre essas espécies: 1) Leucena: é uma espécie perene de grande valor forrageiro, podendo ser utilizada sob várias formas, inclusive na arborização de pastagens. As folhas de leucena contêm em média 23% de proteína bruta e são altamente palatáveis. Em regiões com seca prolongada, é registrada queda acentuada das suas folhas. A leucena é exigente em relação à calagem e à adubação, principalmente de fósforo e micronutrientes; portanto, é imprescindível corrigir a acidez do terreno e fazer sua correta fertilização conforme a interpretação da análise do solo. 2) Guandu: planta de ciclo curto, caracterizada como leguminosa rústica, apresenta resistência à seca e tolerância à acidez do solo. Cultivado em todo Brasil, o guandu é usado não apenas na alimentação animal, mas também na humana, além de sua utilidade enquanto adubação verde. Como forrageira, exibe expressiva produção de matéria seca rica em proteína bruta, cerca de 20%, no entanto não é tão palatável aos ruminantes quanto a leucena. 3) Cratilia: de ocorrência natural em várias regiões do Brasil, essa espécie vem despertando interesse pela sua capacidade de produzir elevada quantidade de matéria seca rica em proteína durante o ano todo, demonstrando, assim, sua tolerância à seca. Na sua forragem é registrado teor de proteína bruta em torno de 21%. Outra característica importante desta leguminosa é a sua tolerância a solos ácidos e de baixa fertilidade. Alguns cuidados a serem adotados no estabelecimento destas leguminosas são baseados nas suas principais características, que estão resumidas na Tabela anexa. A época mais indicada para o plantio destas espécies ocorre no início da estação chuvosa. Para exploração sob corte, o espaçamento recomendado para leucena e cratilia é de 2 m entre linhas, com três sementes por cova e 0,50 m entre covas, enquanto para o guandu o espaçamento empregado é de: 1,0 a 2,0 m entre linha, com seis sementes por metro linear; quando explorado em sistema de pastejo, recomenda-se para o guandu espaçamento de 2,0 a 3,0 m entre linhas, com três sementes por metro linear. A leucena e a cratilia poderão ser estabelecidas nas pastagens em faixas de 2 a 5 m de largura, dependendo da topografia do terreno. A introdução da cratilia em pastagens, estabelecendo sistemas silvipastoris, constitui alternativa para o uso dessa leguminosa. O seu estabelecimento pode ser realizado em faixas intercaladas com faixas de árvores ou ao longo das faixas, promovendo proteção às árvores recém plantadas. Em pastagens já formadas, é recomendado o pastejo com a finalidade de manter rebaixada a vegetação existente, reduzindo a competição com as forrageiras herbáceas e melhorando, assim, o estabelecimento da leguminosa recém introduzida. Totem 1 - DFXavier e CRTCastro - Leucena, guandu e cratilia - REPLeite - Tab.doc
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Prezados,é procedimento raro entre os típicos pecuaristas do Brasil o correto manejo das pastagens (manejo no sentido mais amplo e não apenas aquele relacionado ao controle da taxa de lotação e da extensão do período e pastejo) e a adoção de medidas simples, como a periódica adubação de manutenção das pastagens baseada na interpretação dos resultados da análise de solo, podem contribuir sobremaneira para a manutenção da produtividade forrageira dessas áreas, possibilitando a exploração rentável do agronegócio leiteiro .Muitas vezes o produtor pondera sobre os custos envolvidos na análise de solo e na aquisição e posterior distribuição dos fertilizantes nas áreas de pastagem ... mas é lamentável que esses mesmos pecuaristas não ponderem sobre o custo de produção de 01 litro de leite em sua propriedade, informação que eles, normalmente, ignoram.Nossos pecuaristas carecem de mais informações (será?) sobre a importância da reposição periódica de nutrientes no solo? A resistência à adoção dessa prática é cultural ou fruto da limitação financeira?Todos sabemos que "onde não se põe, não se tira" e enquanto nossos pecuaristas continuarem negligenciando a necessidade de se manter os fatores de produção em níveis adequados o processo de degradação continuará avançando nas áreas de pastagens.Qual a experiência do setor de geração de tecnologia agropecuária nesse sentido? E do setor de ATER?Como o setor de assistência técnica e difusão de tecnologia tem atuado em prol da remediação dessa mazela? Quais as barreiras à adoção da tecnologia de manutenção da fertilidade do solo em sistemas de produção animal se os produtores fazem adubações das lavouras a cada novo plantio?Aguardo contribuições dos colegas para essa discussão!
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O projeto CDA-RAM trata da consolidação de um Centro Colaborador em Defesa Agropecuária (CDA) para monitoramento e avaliação do risco da resistência aos antimicrobianos (RAM) de bactérias patogênicas do gado de leite (CDA-RAM). Ele está estruturado para o monitoramento da resistência antimicrobiana dos patógenos da mastite bovina, devido à importância econômica e produtiva desta doença para a atividade agropecuária brasileira. O CDA-RAM é sediado na Embrapa Gado de Leite, Juiz de Fora, MG, e é coordenado pela pesquisadora Dra. Maria Aparecida V. P. Brito. Para atuar em escala nacional, foram estabelecidas parcerias estratégicas com seis unidades laboratoriais localizadas nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste. Os laboratórios parceiros estão sediados nas seguintes Instituições: (1) Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); (2) Centro de Ciências Agroveterinárias da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC); (3) Laboratório de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Pública da niversidade Paranaense (UNIPAR), Campus Umuarama; (4) Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP), Campus Pirassununga; (5) Departamento de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Lavras (UFLA); (6) Departamento de Medicina Veterinária da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Nas quatro etapas de campo do projeto - uma a cada semestre - são coletadas amostras de leite individuais de vacas, nos rebanhos previamente selecionados, para exame microbiológico do leite, isolamento e identificação dos patógenos causadores de mastite e testes de susceptibilidade aos antimicrobianos. A equipe do CNPGL já esteve nos municípios de Barbacena, Santa Rita do Ibitipoca e Rio Preto-MG.

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O laboratório de cromatografia da Embrapa Gado de Leite conta com 03 cromatógrafos a gás para análises diversas, entre elas, o perfil de ácidos graxos de cadeia longa do leite. Para tal o cromatógrafo está equipado com injetor split splitlles, detector FID e coluna CPSIL – 100 metros.

A Figura acima representa um cromatograma parcial da gordura do leite bovino, com destaque para a região dos ácidos graxos do tipo C18:1 trans, no qual pode-se observar a ampla variação de isômeros presentes no leite. A obtenção do perfil de ácidos graxos do leite, por cromatografia a gás, requer a preparação das amostras, num processo que envolve a extração e metilação da gordura do leite. Além disso, a identificação dos principais ácidos graxos é realizada com base na comparação dos tempos de retenção com os observados em padrões comerciais. A concentração de determinados ácidos graxos na gordura do leite bovino pode ser alterada por meio da manipulação da dieta dos animais, e esta é, uma das linhas de pesquisa do grupo de nutrição animal da Embrapa Gado de Leite.
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Prezados,embora seja ampla a minha área de atuação como pesquisador, meus estudos contemplam, principalmente os aspectos inerentes à sustentabilidade dos sistemas de produção agropecuários. Acredito que sem a introdução de árvores em tais sistemas é impossível o alcance da tão almejada sustentabilidade.Por muitos anos a presença de árvores em pastagens foi vista como antagônica ao processo de crescimento e desenvolvimento da pecuária. O interesse da sociedade contemporânea pela associação de árvores/arbustos com pastagens começou a se manifestar nos últimos vinte a trinta anos. Em diversos países, a sustentabilidade dos sistemas de produção agrícolas e/ou pecuários vem sendo ameaçada pela retirada do componente arbóreo-arbustivo para atender às demandas crescentes das populações rurais por madeira, lenha e forragem. O reconhecimento da importância que essas exercem na manutenção/reabilitação dos agroecossistemas é apontado como a principal causa desse interesse. Nas regiões tropicais e subtropicais é ainda mais evidente a contribuição das árvores/arbustos para o incremento da produção, qualidade e sustentabilidade das pastagens.São diversos os benefícios decorrentes da manutenção/introdução de árvores/arbustos nas pastagens cultivadas, os quais se manifestam sobre os seus diferentes componentes (clima, solo, microrganismos, plantas forrageiras e animais) em maior ou menor extensão conforme as espécies arbóreas/arbustivas associadas: exploração de camadas mais profundas do solo, absorvendo nutrientes e disponibilizando-os, por meio da decomposição de sua biomassa (serrapilheira composta por folhas, flores, frutos e galhos), nas camadas mais superficiais do solo, ao alcance das raízes das espécies forrageiras herbáceas; amenização ambiental por meio do provimento de sombra, com efeitos positivos sobre o conforto animal que repercutem em sua produtividade; o sistema radicular, mais profundo e com maior diâmetro, atua como suporte físico para o solo, reduzindo a ocorrência de deslizamentos em áreas declivosas; as copas ao interceptarem a água da chuva reduzem sua energia potencial, minimizando seu poder desagregador sobre as partículas do solo, efeito potencializado pela manta orgânica que se forma sobre o solo, devido à deposição da serrapilheira.A conservação do solo e a preservação dos mananciais hídricos dependem, essencialmente, da manutenção de adequada cobertura vegetal; a manutenção dessa cobertura em áreas de pastagens lhes confere grande eficiência na prevenção e controle da erosão. A cobertura vegetal deficiente, como ocorre em pastagens degradadas ou em algum estágio de degradação, deixa o solo exposto aos efeitos prejudiciais dos agentes erosivos e em tais condições as árvores/arbustos exercem decisivo papel na sua conservação e na manutenção/melhoramento da sua fertilidade.A copa das árvores/arbustos confere proteção física para a pastagem consorciada ao reduzir a velocidade dos ventos e o impacto da chuva na superfície do solo, contribuindo para minimizar as perdas de solo e a evaporação de sua umidade. Ao se controlar a erosão hídrica, reduzindo-se o escoamento superficial da água das chuvas, obtêm-se aumento de sua infiltração no solo, contribuindo para o reabastecimento dos lençóis freáticos. A morte e decomposição das raízes das árvores concorre para aumentar a porosidade do solo, também contribuindo para aumentar a taxa de infiltração de água.São vários os estudos que constataram melhorias na fertilidade do solo de pastagens em áreas sob a influência das copas de árvores/arbustos e as espécies que possuem sistema radicular mais profundo são mais eficientes, uma vez que exploram camadas do solo fora do alcance das raízes das plantas forrageiras, geralmente mais superficiais. A incorporação gradativa da biomassa das espécies arbóreo-arbustivas ao solo é outra via para o seu enriquecimento e esse efeito é maior quando tais espécies são leguminosas capazes de fixar o nitrogênio atmosférico. Tem-se argumentado que o efeito do sombreamento aumentando a disponibilidade de nitrogênio para as forrageiras somente se torna significativo em situações em que existe deficiência de nitrogênio no solo da pastagem. Dessa forma, em solos sem deficiência desse elemento ou na presença de fertilização nitrogenada, o sombreamento não estimularia a absorção de nitrogênio, podendo até prejudicar a resposta das forrageiras ao nitrogênio aplicado como fertilizante.As árvores/arbustos promovem modificações microclimáticas no ambiente ao seu redor, reduzindo a temperatura do ar e do solo, contribuindo para minimizar a evaporação e manter o solo com teor de umidade mais elevado. O efeito da sombra das espécies arbóreo-arbustivas sobre a temperatura do solo é ainda mais marcante, concorrendo para manter a sua maior disponibilidade de água, condição que favorece o crescimento das forrageiras em pastagens arborizadas. A literatura também contempla informações referentes ao papel das árvores/arbustos na redução dos extremos climáticos em áreas de pastagens, indicando que essa consorciação contribui para reduzir os danos provocados por geadas.Além de contribuírem para atenuar as temperaturas extremas nas pastagens, o componente arbóreo-arbustivo proporciona condições de conforto para os animais, também servindo-lhes de abrigo, fatores que repercutem positivamente sobre o desempenho produtivo e reprodutivo dos animais. A disponibilização de sombra para os animais em pastagens das regiões tropicais, onde predominam temperaturas mais elevadas, influencia positivamente os hábitos de pastejo, possibilitando melhor distribuição da ruminação ao longo do dia. O estresse animal decorrente da temperatura ambiente elevada compromete a fertilidade do rebanho, podendo reduzir alguns índices zootécnicos como taxa de parição e peso ao nascer dos bezerros. Em pastagens arborizadas com espécies arbóreo-arbustivas forrageiras, ao benefício da sombra adicionam-se melhorias na nutrição dos animais.As alterações ambientais decorrentes da sombra das árvores/arbustos afetam positivamente a atividade biológica do solo sob suas copas, havendo relatos de aumento da mineralização de nitrogênio em pastagens sombreadas quando comparadas com outras não sombreadas. Outra conseqüência observada em áreas sombreadas é o aumento da população de invertebrados do solo (macrofauna), principalmente de minhocas, as quais contribuem para a degradação da serrapilheira e para a ciclagem de nitrogênio.A presença do componente arbóreo-arbustivos nas pastagens influencia o equilíbrio ecológico do agroecossistema. Embora proporcione condições favoráveis para o desenvolvimento de pragas das pastagens, essas mesmas condições são propícias ao surgimento de inimigos naturais dessas pragas, possibilitando, potencialmente, o controle biológico delas. Estudos em pastagens de Brachiaria decumbens constataram haver maior quantidade de ninfas de cigarrinhas nas áreas sombreadas, porém menor número de cigarrinhas adultas, além de significativa e maior ocorrência de seus inimigos naturais.As alterações microclimáticas decorrentes do sombreamento e seus efeitos sobre os solos das pastagens, como maior disponibilidade de água e incremento da mineralização do nitrogênio, contribuem para o crescimento das forrageiras sombreadas. No entanto, outros efeitos acarretados pelas árvores/arbustos, como redução da luminosidade e competição por água e nutrientes, podem comprometer o crescimento das forrageiras em maior ou menor extensão conforme o nível de sombreamento imposto. A redução da luminosidade ambiente pode ser benéfica ou prejudicial para as forrageiras, dependendo de sua intensidade e de outras condições, como nível de nitrogênio no solo, tolerância das espécies forrageiras ao sombreamento, arquitetura da copa das espécies arbóreas/arbustivas consorciadas e do manejo da pastagem.Diversos estudos comprovaram os benefícios da sombra moderada para o crescimento de espécies forrageiras, principalmente gramíneas, cujo crescimento foi favorecido quando a sombra variou de 50 a 70% de transmissão de luz em relação às áreas não sombreadas, efeito que, na maioria dos casos, foi associado a um aumento na concentração de nitrogênio na forragem, indicando sua maior disponibilidade no solo. Relatos sobre o comprometimento da produção de forragem em decorrência da sombra estão relacionados à sua intensidade excessiva. A intensidade da sombra natural pode ser modulada variando-se a densidade e o arranjo das árvores/arbustos nas pastagens, embora também esteja condicionada às características de crescimento dessas espécies, principalmente a arquitetura de suas copas: aquelas que possuem copas mais amplas, com maior diâmetro, requerem espaçamento maior e aquelas com copas pouco densas, mais ralas, proporcionam maior transmissão de luz para o sub-bosque.A Arborização de Pastagens, integrando árvores/arbustos em pastagens ocupadas por animais herbívoros, é um dos tipos de sistemas silvipastoris, também conhecidos como sistemas agroflorestais pecuários, cuja prioridade é a produção animal (leite, carne ou lã), ao contrário de outras modalidades de sistemas agroflorestais que priorizam a obtenção do produto florestal (madeira, carvão, energia, frutas, resinas etc), nos quais a produção de forragem e, conseqüentemente, a obtenção do produto animal são considerados de menor relevância.
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