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O XIII Congresso Internacional do Leite foi realizado de 28 a 30 de julho de 2015 em Porto Alegre/RS. Participaram do evento 1.200 pessoas de 19 estados, além do Distrito Federal, e cinco países: Colômbia, Holanda, Uruguai, Argentina e Itália. Entre o público estavam imprensa, produtores, pesquisadores, laticinistas, cooperativas, autoridades e demais stakeholders do setor. 

Foram debatidos temas como mercado nacional e internacional de lácteos, assistência técnica e extensão rural, mão de obra no campo, sucessão e herança na propriedade leiteira, reprodução, reaproveitamento de água residuária em sistemas de produção, gestão de propriedade, sustentabilidade, gestão ambiental, ILPF, boas práticas, qualidade do leite, governança no agronegócio, políticas públicas, benefícios do consumo de lácteos, novos produtos e probióticos.

Palestras, anais, fotos e outras informações do Congresso podem ser acessadas no endereço https://www.embrapa.br/gado-de-leite/congresso-internacional-do-leite



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Foi publicada no Diário Oficial da União a Portaria nº 142, de 08 de julho de 2015 do Mapa, que estabelece os preços mínimos para o leite. A Conab divulgará em seu site os preços de referência para Empréstimo do Governo Federal (EGF).

Os preços mínimos estabelecidos para o leite foram os seguintes: para as regiões Sul e Sudeste, R$0,76/litro; para o Centro-Oeste (exceto MT), R$0,74/litro; para o Norte e MT, R$0,68; para o Nordeste, R$0,78.

Abaixo, segue a portaria publicada no Diário Oficial da União.


GABINETE DA MINISTRA
PORTARIA N 142, DE 8 DE JULHO DE 2015

A MINISTRA DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, INTERINA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição, tendo em vista o disposto no § 1 do art. 5 do Decreto-Lei n 79, de 19 de dezembro de 1966, alterado pela Lei n 11.775, de 17 de setembro de 2008, e o que consta do Processo n 21000.003865/2015-92, resolve:

Art. 1 Publicar os preços mínimos para as culturas de verão das safras 2015/2016 e 2016, para os produtos extrativos e culturas regionais da safra 2015/2016, conforme anexos I a IV desta Portaria, fixados pelo Conselho Monetário Nacional, respectivamente por meio dos Votos CMN 36/2015, 37/2015 e 38/2015.

Art. 2 Os preços mínimos de que trata esta Portaria são estabelecidos em favor dos produtores.

Art. 3 Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Abaixo a tabela do ANEXO IV.

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Fonte: DOU

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Kennya B. Siqueira

Lorildo A. Stock

 

Conhecer o preço que será pago pelo leite nos próximos meses é um dos maiores desejos dos produtores. De acordo com a teoria econômica, o preço de um produto é formado pela interação entre a oferta e a demanda desse produto. No caso do leite no Brasil, apenas recentemente, com o aumento do consumo dos derivados lácteos, é que a demanda passou a influenciar mais no preço. Mas, durante muito tempo, a oferta do produto exerceu mais impacto no preço pago ao produtor.

Diante disso, no intuito de dar subsídios iniciais para que os agentes do setor possam antecipar ou antever o preço que será pago pelo leite, realizou-se um estudo com as séries de preços do leite pago ao produtor nos estados que mais produzem leite no Brasil: Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Goiás, Santa Catarina, São Paulo e Bahia.

Os preços reais do leite pago ao produtor foram coletados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para o período de agosto de 2005 a dezembro de 2014. A Figura 1 ilustra a evolução mensal desses preços.

  

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Fonte: Cepea.

Figura 1. Séries de preços de leite cru nos estados maiores produtores do Brasil.

 

Pela Figura 1, é possível notar que há um movimento conjunto e similar entre os preços do leite nos estados selecionados. Os movimentos das diferentes séries de preços em muitos períodos se sobrepõem, dificultando assim a percepção mais clara de tendências ou relações entre esses preços.

Usando um modelo econométrico foram avaliadas as relações de cointegração, ou seja, as relações de longo prazo do preço do leite entre os estados citados. Para completar a análise empregou-se um modelo chamado Directed Acyclic Graph (DAG), que permite a visualização das relações causais entre os preços. A ideia principal do DAG é representar as relações causais entre um conjunto de variáveis usando um gráfico ou figura com setas. Neste estudo, a causação representa a possibilidade de mudança do preço do leite em um estado Y, mudando o preço do leite no estado X. O resultado do DAG é apresentado na Figura 2.

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Fonte: resultados da pesquisa.

Figura 2. Resultado do teste DAG sobre a relação causal dos preços do leite no Brasil.

 

O resultado do teste DAG revelou que Minas Gerais é o mercado líder na formação do preço do leite cru no Brasil. Pela Figura 2 é possível observar que o estado de Minas Gerais tem relação causal direta com preços do leite nos seguintes estados: Goiás, Bahia e Rio Grande do Sul. Além disso, o fato dos preços em Goiás terem efeito direto sobre os preços de São Paulo, que por sua vez, causam os preços no Paraná e estes impactam as cotações em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, faz com que Minas Gerais mantenha também uma relação causal com estes estados, porém de forma indireta.

O fato de Minas Gerais ser o maior produtor de leite do Brasil, respondendo por quase 30% da produção nacional e abrigar apenas 10,2% do mercado consumidor brasileiro, gera um excedente de produção que é exportado a outros estados. Esse fluxo de produto de Minas para os outros estados pode explicar a influência mineira na formação do preço do leite no Brasil.

Portanto, o resultado dessa pesquisa indica que, realmente, a oferta é variável determinante do preço do leite no Brasil. Além disso, o estudo sugere que uma forma dos agentes do setor gerenciarem seu risco de preços seria monitorar o comportamento da oferta e os movimentos de preços do leite em Minas Gerais. Isso não quer dizer que o que acontecer em Minas Gerais vai necessariamente acontecer no restante do País. Mas, a pesquisa indica que, no longo prazo, os preços do leite nos diversos estados do Brasil seguem uma tendência comum, que geralmente é liderada por Minas Gerais.

 

Agradecimentos

Á FAPEMIG (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais) o apoio financeiro fundamental ao desenvolvimento dessa pesquisa.

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Reportagem exibida pelo programa Globo Rural do dia 14/6/2015 mostra que se bem administrada, a produção de leite pode ser um negócio vantajoso e que o sucesso do produtor depende de uma boa gestão e de tecnologia.

Em 2014, a Bolsa de Valores de São Paulo fechou com resultado negativo de quase 3%. Quem aplicou em poupança teve rendimento de 7% no acumulado do ano passado. Já o dólar valorizou pouco mais de 13%, e o ouro 14%. Já entre os produtores de leite pesquisados pela Embrapa, teve gente que conseguiu quase 24% de retorno sobre o capital investido.

Para o Chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo, o resultado dessa pesquisa não pode servir de base para toda a cadeia produtiva do leite, mas pode ensinar muita coisa para quem ainda patina no negócio.

“Quando a gente afirma que tem produtor que está ganhando o dobro de dólar e ouro, não significa dizer que todos os produtores do Brasil ganharam muito dinheiro, ao contrário, boa parte dos produtores que perdem dinheiro está relacionado à falta de gestão”, fala.

A reportagem completa, que tem 7 minutos, pode ser acessada no site do Globo Rural pelo link abaixo:


http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2015/06/pecuaristas-de-leite-investem-em-planejamento-e-aumentam-os-lucros.html

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O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (SENAR-MT) dá início a uma nova frente de trabalho. A novidade foi divulgada na tarde desta quarta-feira (27) com a apresentação da Gerência de Educação Formal e Assistência Técnica (Gefat), criada recentemente pela instituição. "O papel do SENAR-MT sempre foi qualificar e capacitar os trabalhadores do campo e a partir de agora também passa a oferecer assistência técnica", ressalta o presidente do Sistema FAMATO/SENAR, Rui Prado.

A Bovinocultura de Leite é a primeira cadeia produtiva a ter a assistência técnica do SENAR-MT. O  SENARtec Leite, apresentado nesta quarta-feira tem como objetivo melhorar a qualidade e a produção do leite. Prado destaca ainda que um dos maiores problemas enfrentados pelos produtores rurais em Mato Grosso é a falta de assistência técnica. "Essa demanda é grande e antiga, e quem sofre mais são os pequenos e médios".

"Num primeiro momento o SENARtec Leite atenderá 120 propriedades na região de Pontes e Lacerda por um período de dois anos", explica o superintendente do SENAR-MT, Tiago Mattosinho. "O processo de credenciamento das propriedades rurais já está em andamento e nesta quinta-feira (28.05) começa o credenciamento de Técnicos de Campo", adianta.

De acordo com o gerente da Gefat, Armando Urenha, o SENARtec Leite contará com a ação do supervisor técnico do SENAR-MT e outros quatro técnicos de campo. "Cada um deles atenderá 10 propriedades, por semana, com uma visita de quatro horas. Já o supervisor fará a visita a cada dois meses", cita. O programa irá capacitar os produtores rurais, transportadores  e os técnicos dos laticínios, abrangendo uma grande gama da cadeia produtiva.

Urenha acrescenta ainda que os produtores rurais irão participar de vários outros treinamentos de Formação Profissional Rural (FPR) do portfólio do SENAR-MT e também participarão da qualificação Negócio Certo Rural (NCR), que tem como foco principal o empreendedorismo, visando o fortalecimento do agronegócio.

Mato Grosso é o oitavo produtor nacional de leite, registrando uma produção anual de 618 milhões litros, o que representa 3% da produção brasileira. Apesar disso, nos últimos 10 anos a produção de leite cresceu 154,29%. Mesmo com as dificuldades, a cadeia produtiva está em expansão no Estado.  Em Mato Grosso, a região Oeste, onde está localizada Pontes e Lacerda é responsável por 43% da produção, ou seja, 264.914 milhões de litros/ano.

Dados do Instituo Mato-grossense de Pesquisa Agropecuária (IMEA), apontam que 84% das propriedades produtoras de leite contam com mão de obra familiar. A média da produção é de 5,9 litros por dia e apenas 2,9% contam com assistência técnica. Deste total 2,6% recebem orientação dos laticínios e 0,3% assistência técnica do setor público. "Outro dado preocupante é que cerca de 50% dos filhos de produtores de leite informaram que não pretendem continuar na atividade", ressalta o analista do Imea, Daniel Latorraca.

Publicado em: 27/05/2015.

Fonte Original: SENAR-MT

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VACAS QUE NÃO EMPRENHAM

BOA TARDE AMIGOS 

GOSTARIA DA AJUDA DE VOCES QUANTO A UM CASO QUE ESTÁ ACONTECENDO NA MINHA PROPRIEDADE.

TENHOS UMAS VACAS QUE NÃO CONSEGUEM ENTRAR NO CIO MESMO COM O USO DE SINCROCIO, POREM QUE FOI FEITO PROTOCOLO ITF NAS MESMAS E VIERAM A APRESENTAR O CIO FORAM TODAS INSIMINADAS POREM QUE ESTÃO REPETINDO O CIO. PERGUNTO ELES ENTRAM NO CIO SÃO INSIMINADAS POREM QUE NAO ESTÃO SENDO EMPRENHADAS ISSO PODERIA SER DEVIDO A BAIXA FERTILIDADE DOS ANIMAIS?

OBRIGADO 

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Abaixo link para download de cartilhas produzidas pela equipe da Embrapa Gado de Leite.

Esta coleção é elaborada a partir de textos científicos de interesse prático e imediato dos produtores rurais, com a linguagem adaptada ao dia a dia no campo. 

As cartilhas tem como objetivo auxiliar a melhoria das condições de trabalho, produção e produtividade agrícola e também servem de apoio pedagógico para a interlocução entre extensionistas e produtores rurais.

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Pesquisadores da Embrapa Gado de Leite estiveram em Uberaba/MG no último dia 04, durante a 81a. Expozebu, para participarem do lançamento dos sumários de touros das raças bovinas Gir Leiteiro e Guzerá. Anualmente, são divulgadas na "Série Documentos" da Embrapa as listas de touros avaliados pelos Programas de Melhoramento Genético dentro de cada raça leiteira. Estas publicações são comumente disponibilizadas ao longo do ano tanto na forma impressa quanto na forma digital. Trata-se de ferramenta útil e de acesso irrestrito ao produtor que visa aumentar a produtividade através do melhoramento genético do seu rebanho leiteiro.

Vale a pena conferir!

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Recebi esta pergunta e resolvi repassar para os amigos.

Um produtor pode chega a produzir quantos litros de leite dia em 15 ha.

Sendo que ele deve manter na propriedade a as vacas em lactação, vacas secas, vacas e novilhas amojando, bezerra e bezerros recém nascido e a recria dos mesmo a te que cheguem em lactação.

O sistema das vacas em lactação pode ser em sistema a pasto ou em confinamento. alguém ai consegue o projeto para uma area de 15 hectare, isso com o preço do leite em torno de 0,95.

atenciosamente.

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Confinamento de gado leiteiro.

Bom dia. 

Preciso de ajuda. Espero que algum amigo tem conhecimento ou informações de modelos mais barratos e adequados para confinamento de gado leiteiro, já vi e ouvi fala de alguns mas o custo de implantação e de manejo se torna muito carro. gostaria de pode receber informações caso alguém tem conhecimento do assunto.

atenciosamente

ROSICLEITON.

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Estão abertas as inscrições e a submissão de trabalhos científicos para a 13ª edição do Congresso Internacional do Leite. O evento será realizado nos dias 28 e 30 de julho em Porto Alegre/RS e é organizado pela Embrapa Gado de Leite, Instituto Gaúcho do Leite e parceiros.

Mais informações no site do evento: http://www.congressoleite.com.br


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9846965499?profile=originalO sequenciamento do genoma da raça bovina Gir Leiteiro está concluído. O feito tem importância histórica, já que é o primeiro sequenciamento do genoma de um mamífero feito por equipe 100% brasileira. O avanço científico também traz perspectivas muito otimistas para o setor produtivo, pois completa a outra metade do quebra-cabeça que forma a genética do Girolando. Este híbrido das raças Gir e Holandesa é responsável por mais de 80% do leite produzido no Brasil. A cadeia leiteira detém o maior faturamento do agronegócio nacional e é a que mais gera emprego, principalmente no interior, já que apenas 50 municípios não produzem leite no país.
 
O genoma da vaca holandesa foi sequenciado em pesquisas nos Estados Unidos. É o animal de produção cujas pesquisas genômicas estão mais adiantadas e com melhores resultados na aplicação comercial. Agora, com as informações sobre o DNA da raça Gir organizadas, o trabalho de sequenciamento do genoma do Girolando será simplificado. A expectativa é que o resultado seja obtido em um ano, enquanto o sequenciamento do genoma do Gir levou quatro anos para ser concluído, envolvendo pesquisadores da Embrapa, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Fiocruz-Minas.
 
O pesquisador Marcos Vinícius da Silva, líder do projeto na Embrapa Gado de Leite, explica como se dá o processo, comparando o DNA a um quebra-cabeça: "O genoma já sequenciado das raças puras seriam a foto que vem na caixa do jogo e que serve de guia para a montagem. Temos então duas fotos: a do Gir e a do Holandês. Partes do quebra-cabeça do Girolando vão seguir a foto do Gir e outras partes seguirão a foto do Holandês. Importante lembrar que são guias apenas. Isto porque o processo de evolução pode gerar novas mutações".
 
Os estudos levam à identificação dos genes que conferem a animais Gir maior tolerância ao calor e mais resistência a doenças, enquanto genes do Holandês respondem pela maior produção de leite. Mas qual é o impacto para o setor produtivo destes avanços da ciência? Neste contexto, basta compreender que será possível acelerar os ganhos genéticos e otimizar os sistemas produtivos em fatores como produtividade, qualidade do leite e saúde animal.
 
Na medicina, estudos do DNA humano já permitem a execução de procedimentos preventivos para eliminar riscos de desenvolver doenças herdadas geneticamente. Também permitem determinar a dieta e o programa de exercícios físicos adequados com base nas informações genéticas individuais do metabolismo. A precisão que começa a transformar a maneira de o homem lidar com sua saúde também poderá transformar a produção no agronegócio.
 
DNA Mitocondrial
 
Outra conquista científica foi o sequenciamento do genoma das mitocôndrias dessas raças. Cada célula carrega informações genéticas no núcleo – DNA nuclear – e também no citoplasma – DNA mitocondrial. Este é menor e com poucos genes em relação ao núcleo, porém porta as características de herança materna, enquanto no núcleo são obtidas as informações herdadas do pai. O genoma mitocondrial está relacionado à possibilidade de se verificar a origem do indivíduo, também a de algumas doenças e processos que envolvem grande demanda energética, como a produção de leite. Foram identificadas diferenças relevantes entre os genomas mitocondriais das raças zebuínas, caso do Gir Leiteiro e do Guzerá, quando comparados com raças taurinas, como o Holandês. 
 
Ferramentas genômicas
 

Com o genoma sequenciado, o grupo de pesquisa atua no desenvolvimento de ferramentas para a seleção de indivíduos com foco no melhoramento genético das raças. Silva explica que já identificaram variantes específicas nos genes do Gir relacionados às características de maior importância econômica: tolerância ao calor, resistência a doenças e metabolismo de lipídios da glândula mamária, que influenciam a concentração e a secreção de lipídios no leite e também o volume da produção leiteira.

Em julho deste ano, essas ferramentas genômicas serão aplicadas na prova de pré-seleção para o Sumário Brasileiro de Touros, uma publicação anual do Programa Nacional de Melhoramento de Gir Leiteiro que ranqueia os indivíduos pelo mérito genético. Embrapa, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Fiocruz-Minas, juntamente com a Associação Brasileira de Criadores de Gir Leiteiro (ABCGIL) estudam um modelo de negócio para que as ferramentas também sejam disponibilizadas no mercado, visando a atender, principalmente, a produtores e centrais de inseminação.

O mesmo caminho será percorrido em relação ao gado Girolando. A perspectiva é disponibilizar até o início de 2016 as primeiras ferramentas associadas a genes de importância econômica para a raça. A solução permitirá que, a partir de um investimento relativamente baixo, os produtores sejam recompensados por evitar que animais geneticamente inferiores sejam incorporados ao rebanho.

Os resultados científicos relatados foram obtidos em pesquisas financiadas por Fapemig, CNPq e Embrapa. Contam com apoio da Secretaria do Estado de Ciência Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais (Sectes/MG), Polo de Genética, Polo de Excelência do Leite, Epamig, Centro Brasileiro de Melhoramento do Guzerá (CBMG) e as associações de Criadores ABCZ e ABCGIL.

 
Viabilidade econômica
 
As diferentes técnicas de seleção, advindas da genética tradicional, da genética molecular e da genômica, são usadas como estratégias complementares no melhoramento de raças. Uma aplicação prática pode ser feita na incorporação de novos indivíduos ao sistema produtivo.
 
Em bovinos leiteiros, a taxa de substituição gira em torno de 20 a 25%. Se um produtor tem 100 vacas em lactação, por exemplo, irá descartar 20 vacas no ano seguinte e deve substitui-las por novilhas geneticamente superiores. Em um plantel de 50 novilhas, é indicado fazer uma avaliação genética tradicional, reduzindo o grupo de interesse para 30 novilhas e, só então, genotipar esses indivíduos. A associação das técnicas garante a eficiência tecnológica e econômica da estratégia de seleção.
 
Outra tecnologia, os chips de DNA, tornou possível maximizar os ganhos genéticos por meio da redução do intervalo de gerações e do aumento da intensidade de seleção. A ferramenta pode ser usada para genotipar, por exemplo, touros testados para banco de sêmen, vacas destinadas para leilão e até mesmo embriões. Assim, não é preciso esperar nove meses de gestação até o nascimento para executar a avaliação genética.
 
Carolina Rodrigues Pereira  (MTb 11055-MG) 

Embrapa Gado de Leite 
 
Telefone: (32)3311-7548

Fonte: Portal Embrapa

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O CAR é o registro público eletrônico das informações ambientais dos imóveis rurais. Tem como objetivos promover a identificação e integração das informações ambientais das propriedades e posses rurais, visando ao planejamento ambiental, monitoramento, combate ao desmatamento e regularização ambiental.

Para acessar uma cartilha com orientações básicas sobre o CAR clique aqui.

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Cepea – A menor oferta de leite no campo, justificada pelo início da entressafra na região Sul do País, resultou em ligeira alta nas cotações do leite pago ao produtor em março, de acordo com levantamentos do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. Observando-se os 20 anos da série Cepea, constata-se que os preços ao produtor nunca recuaram de fevereiro para março, devido, justamente, ao início do período da entressafra no Sul. Porém, neste ano, o aumento dos preços ocorreu de forma mais amena devido, principalmente, ao enfraquecimento da demanda em algumas regiões do País.

Na “média Brasil” (GO, MG, RS, SP, PR, BA e SC), o preço do leite recebido pelo produtor subiu 2,05% com relação ao mês anterior, fechando a R$ 0,8554/litro (valor líquido – sem frete e impostos) – este é o primeiro aumento após nove meses de quedas consecutivas. O preço bruto (inclui frete e impostos) pago ao produtor teve média de R$ 0,9376, alta de 1,63% (ou de 1,5 centavo por litro) frente ao mês anterior. Considerando-se a série histórica deflacionada do Cepea (pelo IPCA de fev/15), o preço médio líquido de março/15 é 14,6% inferior ao de março/14.

O Índice de Captação do Leite (ICAP-L) de fevereiro sinalizou leve aumento de 0,62% em relação a janeiro, considerando-se os sete estados que compõem a “média Brasil”. Ainda assim, o volume produzido em fevereiro foi 14,6% superior ao do mesmo período de 2014. O avanço de 0,62% do ICAP-L em fevereiro foi obtido com o aumento de 8,02% da captação em Minas Gerais, de 2,82% em São Paulo e de 1,42% na Bahia, já que nos três estados do Sul e também em Goiás, houve diminuição do volume entre janeiro e fevereiro – recuo de 9,3% em Santa Catarina, de 7,41% no Rio Grande do Sul, de 0,3% no Paraná e de 0,1% em Goiás.

Para abril, a expectativa é de que os preços do leite sigam em alta, impulsionados pela menor oferta da região Sul. Dentre os agentes (laticínios/cooperativas) consultados pelo Cepea, 67,5% dos entrevistados (que representam expressivos 92,6% do leite amostrado) acreditam em nova alta nos para o próximo mês. Outros 27,5% dos agentes (que representam 7,2% do volume de leite amostrado) têm expectativas de estabilidade nos preços. Apenas 5% dos agentes esperam queda para abril/15.

A valorização da matéria-prima se refletiu no segmento de derivados, que teve influência também da interrupção do abastecimento causada pela greve dos caminhoneiros. No atacado paulista, os preços do leite UHT aumentaram 1,66% entre fevereiro e março, fechando o mês com a média mensal indo para R$ 1,8250/litro. Esse reajuste ocorre após cinco meses seguidos de queda. O queijo muçarela, que normalmente segue as tendências do UHT, também se valorizou, 1,5%, com o quilo na média de R$ 11,3576. Para o levantamento de preços de derivados, a equipe Cepea contata diariamente representantes de laticínios e atacadistas; essa pesquisa tem apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e da Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios (CBCL).

 

Veja gráficos e tabelas abaixo.

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Fonte: Cepea

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A Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, lançou nesta quarta-feira (11), um hotsite especial na internet com as principais informações sobre os efeitos da crise hídrica na agricultura brasileira. Acesse o site.

"Vamos mostrar como técnicos e produtores rurais poderão fazer uma gestão mais racional da água nas suas propriedades", disse a ministra. “Graças ao notável trabalho dos nossos técnicos, cientistas e especialistas temos inúmeras informações que vamos compartilhar com os produtores e a sociedade brasileira”, completou.

As informações são de extrema relevância e foram organizadas na Embrapa, Agência Nacional de Águas (ANA), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e nstituto Nacional de Meteorologia (Inmet). “Reunimos uma força-tarefa e vamos prestar informações qualificadas, inéditas e de utilidade pública à sociedade brasileira”, resumiu a ministra.

Além de soluções tecnológicas para o melhor uso da água na produção vegetal e na criação de animais, o Hot Site vai relacionar projetos de pesquisa em andamento que estão buscando maneiras inovadoras e diferentes para captar e armazenar água da chuva nas diferentes formas de irrigação.

Outro destaque será o link Observatório Safra 2014/2015, que traz informações inéditas, com análise dos impactos atuais e potenciais da crise hídrica sobre a agricultura e o abastecimento de alimentos no Brasil.

O desafio do uso da água na agricultura brasileira

O conhecimento científico gerado nas últimas décadas comprova ser possível utilizar água na agricultura com racionalidade e sem desperdício. Diante da crise hídrica em regiões importantes do Brasil, é fundamental que a sociedade tenha acesso a este conhecimento.

No site é possível encontrar soluções tecnológicas desenvolvidas ou adaptadas para diferentes biomas, que mostram como usar a água na produção vegetal e na criação animal.

Muitas dessas tecnologias já estão amplamente sendo adotadas no campo, outras começam a despertar a atenção de produtores rurais.

Também estão relacionados projetos de pesquisa em andamento que estão buscando maneiras inovadoras e diferentes para captar e armazenar água da chuva e aproveitar ainda mais esse bem nas diferentes formas de irrigação.

São informações públicas geradas na forma de publicações, vídeos e notícias.

Por fim, o link Observatório Safra 2014/2015 traz informações inéditas, com análise dos impactos atuais e potenciais da crise hídrica sobre a agricultura e o abastecimento de alimentos no Brasil.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

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pastagem

Pontos críticos na determinação da estratégia de manejo a ser adotada:

Dentre os componentes de um sistema de produção animal baseado em pastagens, além dos citados anteriormente, deve-se perguntar quais serão os critérios a serem usados como referencia para a determinação das estratégias de manejo, e dos métodos de pastejo. Por exemplo, altura do pasto (de entrada/saída, ou altura a ser mantida, no caso de lotação contínua), intervalo (cronológico ou fisiológico) entre dois pastejos sucessivos, bem como as alternativas para se quantificar o alimento existente (massa de forragem de entrada ou de saída, ou existente, no caso de contínuo).

De forma geral, os dois primeiros são determinados em função de outras características, relacionadas ao perfil da propriedade, sua localização, tipo de solo, topografia e clima, na etapa de concepção do sistema de produção (Figura 1), mas condicionam as opções de estratégia de manejo do pastejo a serem adotadas.

Decisões ligadas ao manejo do pastejo têm enfatizado dois aspectos: a frequência de pastejo, ou o número de colheitas num dado intervalo de tempo (Figura 3) e a intensidade de pastejo, ou a proporção do material presente no pré-pastejo, da massa de forragem acumulada, é retirada no evento do pastejo (Figura 4).


Figura 3. Exemplo de diferentes frequências de pastejo: A= menor B= maior.




Figura 4. Exemplo de diferentes intensidades de pastejo: A= menor B= maior.

 

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