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Gostaria de obter informações a respeito de viabilidade econômica de se implantar um sistema para tratamento e posterior  distribuição nos piquetes dos dejetos produzitos na sala de espera e ordenha. Haja vista que, no meu caso, o dejeto sólido é recolhido com uso de carriola para uma cassamba que depois de cheia, então, retiramos para distante do curral, onde fica curtindo e, não estou aproveitando esse produto. Assim Sendo, para ser viável, mais ou menos, qual volume de sólidos produzidos, justificaria a estrutura para tratamento e aquisição de um distribuidor?

Sem Mais,

Grato pelas considerções.

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O segundo Chat Temático da RepiLeite abordou, ontem (03/05), o tema "Alimentos alternativos para gado de leite", com os pesquisadores Mariana Magalhães Campos e Luiz Gustavo Ribeiro Pereira. Os pesquisadores da Embrapa Gado de Leite buscaram saber as experiências dos participantes para discutirem possíveis formas de alimentação para o rebanho. A troca de conhecimento entre membros de vários estados do Brasil foi importante para esclarecimentos e saber qual a melhor alternativa para trabalhar na propriedade.

Os alimentos mais apontados foram a mandioca, cana com uréia, milho e soja. As discussões sobre alimentos alternativos continuam no fórum da rede “Alimentos e Alimentação em bovinos leiteiros”. Participe e deixe sua opinião. Disponibilizamos abaixo para aprofundamento links citados durante o chat. Se você tem sugestões de assuntos para o próximo bate papo da RepiLeite, deixe um comentário. Agradecemos a participação de todos os membros.


Links para aprofundamento:

www.cnpgl.embrapa.br/downloads/material_chat_alimentacao.zip
http://cqbal.agropecuaria.ws/webcqbal/index.php
http://lrrd.org/lrrd19/3/ribe19045.htm
http://www.cileite.com.br/sites/default/files/44Instrucao.pdf
http://www.cafepoint.com.br/radares-tecnicos/poscolheita/casca-de-cafe-na-alimentacao-de-bovinos-32509n.aspx
http://www.tede.ufv.br/tedesimplificado/tde_arquivos/1/TDE-2009-06-04T081742Z-1650/Publico/texto%20completo.pdf
www.neef.ufc.br/pal03_3.pdf


9846955891?profile=original 

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Opinioes sobre o Codigo Florestal

Produção e preservaçãohttp://www.estadao.com.br/noticias/impresso,producao-e-preservacao-,865996,0.htm?reload=yO Estado de S.PauloO Brasil terá uma boa moldura institucional para combinar a produção agrícola e a preservação do ambiente, se a presidente Dilma Rousseff sancionar sem veto o Código Florestal recém-aprovado pelo Congresso. O governo federal deve preocupar-se, agora, com a definição das normas gerais dos programas de regularização ambiental (PRA) previstos no texto. Será preciso completar esse trabalho dentro de um ano. Essas normas servirão de base para a recomposição de áreas de preservação e de reserva legal e para a definição das áreas produtivas. Os Estados deverão completar a tarefa, ajustando as regras às condições de cada ambiente e às características da produção local. Em vez de insistir em punições inúteis e nocivas para a produção, é preciso legalizar a situação das áreas produtivas abertas até 22 de julho, permitindo aos produtores normalizar sua atividade. É necessário usar a lei como um instrumento de construção do futuro. Seria perda de tempo e de energia, nesta altura, assumir uma atitude policialesca, em vez de concentrar esforços, recursos administrativos e capital político na implantação do novo sistema de regras.Foi um erro político deixar o debate a respeito do assunto converter-se num confronto entre ruralistas e ambientalistas, como se os problemas da produção agropecuária e da preservação da natureza interessassem apenas a dois grupos. Só recentemente os representantes do setor rural tentaram abrir uma discussão mais ampla, num esforço para mostrar como um Código Florestal pode afetar, positiva ou negativamente, o bem-estar de todas as pessoas. Os chamados ambientalistas raramente abandonaram sua atitude missionária e quase sempre de antagonismo aos produtores (ou, para efeito retórico, de oposição ao abominado agronegócio).Os meios de comunicação com frequência caíram na armadilha de tratar o assunto como um confronto bipolar. O próprio governo foi incapaz de apresentar o problema na sua dimensão real à opinião pública.Essa dimensão deveria ser óbvia. Todos precisam de comida e bebida e também de roupas, combustíveis e outros bens produzidos com matérias-primas fornecidas pelo campo. Para entender a importância do debate basta olhar para uma mesa coberta com arroz, feijão, picadinho, pão e cerveja. Mas é preciso considerar também os efeitos da produção na qualidade do ar e das águas e na condição das florestas. Os dois conjuntos de valores são essenciais para o bem-estar, mas faltou mostrar essa verdade simples à maior parte dos brasileiros. Também nisso o governo falhou vergonhosamente.Mas o governo tem falhado também, e há muito tempo, na aplicação das normas ambientais já disponíveis. A ação oficial vem sendo lamentavelmente ineficaz, há muitos anos, e isso tem facilitado abusos de todo tipo, praticados tanto por grupos com muito dinheiro quanto por pequenos produtores e até por assentados. Isso não é segredo.A grande produção brasileira é realizada por uma agricultura comercial eficiente, moderna e, de modo geral, comprometida com a preservação dos recursos naturais. Não interessa a esse tipo de produtor o esgotamento de terras. Desde 1991 a produção brasileira de grãos cresceu 173%, enquanto a área plantada só aumentou 52%. Isso foi possibilitado pela incorporação de tecnologia e pela adoção de boas práticas. Ganhos notáveis de eficiência ocorreram também nas culturas permanentes e semipermanentes e na produção animal.A agropecuária brasileira foi capaz de, ao mesmo tempo, baratear a alimentação para o consumidor nacional e produzir grandes volumes de combustível de origem vegetal. Outros países foram incapazes de realizar essa combinação. Além disso, o campo tem sido a principal fonte do superávit comercial do País, um fator indispensável à segurança e à estabilidade da economia.A discussão do Código Florestal foi dificultada por um falso conflito entre produção e preservação. Regras ambientais são necessárias, sim, e o Código recém-aprovado é muito melhor do que as normas em vigor em outros países. A presidente deveria convencer-se disso e cuidar do futuro, sem pensar em fazer bonito para ONGs estrangeiras na Conferência Rio + 20
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Três anos após a divulgação do mapeamento do genoma bovino, realizado pela comunidade científica internacional, o Brasil apresenta os primeiros resultados do sequenciamento genético de animais das raças zebuínas para leite. O anúncio do mapeamento do genoma do Gir Leiteiro e do Guzerá será feito no dia quatro de maio, em Uberaba, às 14h30, durante a Expozebu - uma das maiores exposições pecuárias do mundo.

O anúncio será realizado no estande do Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos (PGMZ), da Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ). O evento contará com a presença do secretário de Estado de Ciência Tecnologia e Ensino Superior (SECTES) de Minas Gerais, Nárcio Rodrigues, do chefe geral da Embrapa Gado de Leite, Duarte Vilela, da coordenadora do Polo de Excelência em Genética Bovina de Minas Gerais, Beatriz Cordenonsi Lopes e de representantes da UFMG e Fiocruz (parceiros do projeto).

 O sequenciamento do genoma bovino, noticiado em abril de 2009 pela revista Science, envolveu cerca de 300 cientistas de todo o mundo, inclusive pesquisadores brasileiros. O animal objeto de estudo foi uma vaca da raça Hereford, que pertence à subespécie Bos taurus taurus, de origem europeia, assim como as raças Holandesa, Jersey e Pardo Suíço. Os animais das Raças Gir e Guzerá são da subespécie Bos taurus indicus. "De origem indiana, esta segunda subespécie tem grande importância econômica para o Brasil e países de clima tropical", diz o chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Gado de Leite, Rui Verneque. São animais rústicos e se adequam melhor às regiões de temperaturas mais elevadas.

Dada a estas características, a comunidade científica nacional acredita ser muito importante conhecer o genoma do gado zebuíno. "Ao descobrir quais as diferenças genéticas entre as raças europeias e indianas, poderemos subsidiar os estudos de melhoramento genético dos rebanhos Gir e Guzerá", afirma Marcos Vinícius G. B. da Silva, pesquisador da Embrapa Gado de Leite e coordenador do projeto. Segundo o pesquisador, o mapeamento possibilitará o desenvolvimento de ferramentas específicas para a seleção de animais zebuínos.

A maioria do gado bovino no Brasil é formada pelo Zebu (Nelore, Gir, Guzerá e Indubrasil) e seus mestiços com raças europeias. Na sequência dos estudos, será realizado o mapeamento das raças Sindi e da raça sintética Girolando. O trabalho é coordenado pela Embrapa Gado de Leite e envolve a Universidade Federal de Minas Gerais; a SECTES; os Pólos de Excelência do Leite e Genética Bovina de Minas Gerais; Fiocruz - Instituto René Rachou e associações de criadores.

A matéria é de Rubens Neiva, Jornalista da Embrapa Gado de Leite, adaptada pela Equipe MilkPoint.

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A Plataforma África-Brasil de Inovação Tecnológica (Africa-Brazil Agricultural Innovation Marketplace) é uma parceria entre Embrapa e o Forum for Agricultural Research in Africa (FARA), cujo objetivo é: inovar e desenvolver a agricultura no continente africano.

As áreas temáticas fomentadas são: tecnologias para aumentar a produtividade; melhoramento no manejo de recursos naturais; fortalecimento de políticas, instituições, mercados e manejo do conhecimento e tecnologias direcionadas para pequenos agricultores e redução da pobreza.

A Embrapa Gado de Leite e o International Livestock Research Institute (ILRI) têm em execução, projeto no âmbito da plataforma, intitulado “Introduction of Napier grass elite lines for screening for stunt resistance to provide feed for improved smallholder dairy productivity”.

O projeto tem como intuito principal o intercâmbio de germoplasma desenvolvido pelo Programa de Melhoramento de Capim-elefante da Embrapa e acessos do Banco Ativo de Germoplasma de Capim-elefante (BAGCE) com o ILRI, visando a identificação de fontes de resistência às doenças que tem sido problema para o cultivo de capim-elefante no continente africano, e consequentemente melhorar a produtividade de pequenos produtores de leite na África.

 

Site da Plataforma África-Brasil de Inovação Tecnológica: www.africa-brasil.org

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O site MilkPoint em parceria com o Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras (UFLA) desenvolveu um ebook inédito sobre práticas de produção e uso de silagens em fazendas leiteiras no Brasil. O trabalho, coordenado pelo Professor Thiago Fernandes Bernardes, da UFLA, baseou-se em uma pesquisa realizada no site MilkPoint tendo a participação de mais de 500 pessoas, entre técnicos e produtores. O intuito foi conhecer as práticas de ensilagem em fazendas leiteiras para que estratégias de alimentação, gestão e linhas de pesquisa e créditos possam ser aperfeiçoadas e/ou definidas, em benefício à cadeia produtiva do leite.

"É de conhecimento geral que as forragens conservadas (silagem e feno) constituem a base da alimentação de rebanhos leiteiros e que seu custo está altamente relacionado com a lucratividade das fazendas, mas a pergunta agora é: como as propriedades estão fazendo o manejo desses volumosos? Quais são os principais desafios que os produtores enfrentam? Conhecendo este cenário, a classe produtora, a academia, a indústria e os governos estarão mais aptos a definirem as suas ações para o futuro do setor leiteiro", escreveu Bernardes.

Desta forma, o levantamento possui grande relevância devido ao seu vanguardismo, pois há muitos anos que as silagens são utilizadas no plano alimentar dos animais e essa é a primeira vez que um banco de dados desta natureza vem a público. Esse trabalho foi realizado com o patrocínio da Dow AgroSciences Pastagens. Abaixo, o resumo das principais conclusões do levantamento:

- O milho é a espécie mais cultivada para a produção de silagens (45%). Devido as características nutricionais serem semelhantes a do milho, a silagem de sorgo apareceu como segunda opção na maioria das propriedades. A cana-de-açúcar parece que vem ganhando espaço neste cenário, na companhia das silagens de capins tropicais. As forrageiras de clima temperado surgem como opções na região Sul, principalmente como pré-secados;

- A maioria dos produtores possui os seus maquinários para a produção de silagens. Contudo, uma grande parcela (cerca de 40%) ainda depende do empréstimo de equipamentos ou terceiriza os serviços;

- As colhedoras tracionadas por trator foi citada em 87% das respostas, sendo o principal modelo utilizado nas propriedades leiteiras para a colheita e picagem das culturas;

- 71% dos produtores não utilizam aditivos. Quando utilizados ou recomendados, a classe dos inoculantes bacterianos foi a mais citada;

- O desabastecimento manual foi o mais utilizado por 85% participantes;

- O descarte de silagem deteriorada é uma prática comum nas propriedades;

- A avaliação da composição química e da matéria seca ainda são práticas da minoria das fazendas (42%);

- As principais barreiras encontradas nas fazendas para se produzir silagens são: Falta de equipamentos nas etapas da ensilagem, carência de mão-de-obra, variações no clima, custos dos insumos e dos maquinários, carência de informações dos produtores e a resistência deles em aceitar e executar as recomendações técnicas, falta de planejamento das operações e carência de serviços terceirizados qualificados

A matéria é da Equipe MilkPoint.

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Cresce o interesse no consórcio entre pecuária e floresta

Matéria veiculada no site Painel Florestal.

Silvicultura é alternativa de renda

Maior parte dos novos projetos são implantados em propriedades de pecuária

O investimento em silvicultura como forma de recuperar áreas degradadas e diversificar renda cresce na preferência dos pecuaristas. Segundo dados da Secretaria da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário do Tocantins (Seagro), em 2011 as àreas dedicadas à florestas no Estado cresceram 40% em comparação com 2010 e passaram de 58.051 hectares para 83.204 ha. Da mesma forma, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais recebem aporte de pecuaristas.

A maior parte dos empreendimentos é desenvolvida em áreas de pasto degradado, como é o caso das Fazendas Santa Maria I, II e III, localizadas nas cidades de Paraíso do Tocantins e Porto Nacional, em Tocantins. “Como tinha área degradada e necessitava de madeira para outra atividade, iniciei o investimento. Porém, ao analisar os ganhos da silvicultura, dividi os 2,9 mil hectares ao meio, sendo metade de pasto e metade de eucalipto”, conta Hélio Lourenço Nevack, proprietário das fazendas, que se dedica a engorda de Nelore e possui 1,8 mil cabeças de gado.

Nevack recuperou o aporte da implantação de R$ 3,3 mil por hectare, exclusivamente com a venda de créditos de carbono. Os primeiros certificados foram vendidos por R$ 26 mas, neste ano, o valor não ultrapassa os R$ 7. “É pouco, mas este é apenas um complemento”, analisa o produtor que pretende comercializar a madeira em 2013. “Vou esperar crescer um pouco mais, até porque consegui prolongar o financiamento”, projeta.

Em São Paulo, 95% das implantações de silvicultura são realizadas em áreas de criação de gado, segundo dados da Teca Consultoria e Empreendimentos Florestais. “O produtor busca variação da fonte de renda com uma produção de baixa mão de obra e alto rendimento”, comenta Alexandre Barboza Leite, engenheiro agrônomo e sócio da Teca.

Mato Grosso do Sul é outro polo investidor devido à duas fábricas de celulose instaladas no Estado e que passam por expansão. No Estado, toda a área de silvicultura está em propriedades de criação de gado, diz Breno Pereira, consultor da Correnteza Gestão e Investimentos Rurais.

A realidade no Sudeste se deve aos altos valores da terra, obrigando as empresas de celulose a buscarem parceria com pecuaristas. “Implantamos 200 ha em 2011 e vamos implantar outros 400 ha em 2012 em uma antiga fazenda de pecuária no Mato Grosso do Sul”, afirma Pereira. Segundo o consultor, o proprietário do local desistiu da criação de gado ao comparar o rendimento das duas atividades.

Segundo o diretor executivo da Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (ABRAF), César Augusto dos Reis, os investimentos em novas áreas são realizados em regiões diversas do Brasil. “Os estados que mais atraem investimentos em novas áreas florestais são Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Maranhão, Piauí e Tocantins”, afirma.

O Brasil possui 6,7 milhões de ha de florestas plantadas, sendo 73% com eucalipto e 27% de pinus. Em 2010, o faturamento do setor chegou a R$ 51,84 bilhões e as exportações atingiram US$ 5,6 bilhões. A média de crescimento da atividade nos últimos cinco anos é de 3,5% ao ano.

O conselheiro da Sociedade Brasileira de Silvicultura, Amantino Ramos de Freitas, projeta a continuidade da elevação . “Este mercado tem relação direta com a renda per capita da região e país. Tendo em vista o crescimento significativo da renda per capita nas diversas regiões brasileiras, sobretudo no Norte e Nordeste, é de se esperar que essa demanda continue em ascensão”, avalia.

O custo de implantação varia conforme as condições de maquinário e mão-de-obra próprios e fica entre R$ 3,2 mil e R$ 5 mil por ha. O produtor acompanha o desenvolvimento durante seis anos, com pouca demanda de força de trabalho, e chega a negociar 25 hectares de eucalipto por valores entre 300 e 400 mil reais, segundo Alexandre Barboza Leite. “Durante os seis anos de cultivo, o pecuarista pode realizar desbastes para obter maior desenvolvimento das árvores, e ainda vende o material retirado”, sugere o engenheiro agrônomo.

O Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), do governo federal, pode ser utilizado para financiar o produtor. No Plano 2011/2012 foram destinados R$ 3,15 bilhões, com taxa de juros de 5,5% ao ano, carência de até oito anos e prazo para pagamento de 15 anos.

Apesar dos pontos positivos na silvicultura, Leite deixa claro que não se trata da “salvação da pátria”, mas de mais uma atividade para diversificação de renda do produtor. É necessário analisar o alto investimento e o longo ciclo para analisar a viabilidade do empreendimento.

Leite afirma que existe um mito sobre os malefícios do eucalipto quanto à quantidade de água necessária para se desenvolver. “Existem alguns poucos impeditivos de cultivar eucalipto, mas não há nenhum prejuízo ambiental. Basta respeitar os 50 metros de distância das nascentes e 30 metros do curso do rio que não se registrará nenhum dano”, atesta.

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Atualmente, nos Estados Unidos, smartphones são utilizados na gestão da fazenda leiteira com aplicativos específicos e, os produtores de leite estão mudando a forma como fazem seus negócios. Abaixo estão algumas formas que se pode usar os aplicativos para celular para propostas de administração de negócios e rebanhos:

Coleta de informações ao lado da vaca: 

O produtor pode usar o PocketDairy, um aplicativo baseado no sistema Android como Dairy Records Management Systems, para ter acesso a dados do rebanho registrados no sistema de dados PCDART da fazenda. O aplicativo sincroniza em um sistema sem fio com o computador do escritório que armazena os dados, de forma que se pode obter esses dados a qualquer hora, em qualquer lugar.

Ainda é possível customizar o aplicativo, de forma que pode mostrar suas listas de ações para todo o rebanho e informações individuais sobre as vacas, como o status de produção, sua história de criação, além de dados de saúde. O produtor usa essa informação para monitorar as vacas, tomar decisões durante as avaliações do rebanho e para agendar tarefas como reprodução, vacinação e secagem. 

"Seja qual for a tarefa que você estiver fazendo naquele dia com seu rebanho, você pode simplesmente pegar o telefone e acessar a lista. Você pode classificá-las pela produção de leite, células somáticas, gordura e proteína. Você pode classificá-las quando estão indo para a secagem ou dias de reprodução. Cabe a você customizar de forma que seja melhor para sua operação", diz Joe Shockey, produtor de leite e veterinário de Ravenswood, West Virginia - USA.

Shockey tornou o aplicativo acessível para certos funcionários, particularmente aqueles que fazem tarefas de gerenciamento, mas também novos funcionários que não estão familiarizados com as vacas. "Se eles estão conduzindo as vacas ou estão nas salas de ordenha, podem checar a história das vacas sozinhos. Eles podem ver quando ela esteve vazia, quando teve cria, quem é seu pai, quem é sua mãe - toda história da vaca bem aqui. Eu não sei se recomendaria isso para todos os funcionários, mas definitivamente para as pessoas que estão bem perto das vacas trabalhando com elas todos os dias".

Para mais informações sobre o PocketDairy Android App, visite www.drms.org

Alguns produtores usam aplicativos gerais de agricultura para ter acesso a informações sobre o clima e notícias e o aplicativo financeiro para Android para rastrear o mercado de commodities e os preços futuros do leite (pFinance é o aplicativo para checar os preços futuros do leite).

Algumas fazendas leiteiras na África também estão usando aplicativos. Um aplicativo chamado iCow está sendo usado por pequenos produtores de leite do Quênia. Um produtor de leite explicou em um artigo sobre o aplicativo, dizendo como seu uso ajudou a administrar melhor suas vacas e até mesmo dobrar a produção de leite.

À medida que a tecnologia de aplicativos móveis se desenvolve nos Estados Unidos e em todo o mundo, torna-se uma ferramenta promissora para melhorar a forma de administração da fazenda e de manejo das vacas. 

O que procurar em um aplicativo móvel:

- Ele vai melhorar meus procedimentos de negócios?

- Ele vai me economizar tempo?

- Qual tipo de segurança do aplicativo? No caso de você perder ou estragar seu telefone, você comprometeria ou exporia informações críticas? "Certifique-se de que você tem a segurança apropriada e um controle de segurança", aconselhou Don Walborn, da AgWare, uma companhia de software de agricultura.

- Como ou onde eu usarei esse aplicativo? 

- Qual o nível de suporte tecnológico está disponível pelo desenvolvedor do aplicativo?

Existem ainda, aplicativos para aprender outras línguas, como o espanhol, que pode facilitar a comunicação dos proprietários com os funcionários das fazendas nos Estados Unidos (que, muitas vezes, são de origem hispânica). 

A reportagem é do http://www.dairyherd.com, traduzida, resumida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
Fonte: Milkpoint
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Dose diária de leite pode melhorar performance cerebral

Tomar ao menos um copo de leite todos os dias pode não apenas aumentar a ingestão dos nutrientes chaves mais necessários, mas também impactar positivamente a performance de seu cérebro, de acordo com um recente estudo publicado no "International Dairy Journal".

Os pesquisadores descobriram que adultos com consumo maior de leite e produtos derivados dele tiveram uma pontuação significativamente maior em testes de memória e funções cerebrais do que aqueles que beberam pouco ou nenhum leite. Quem consumia a bebida era cinco vezes menos propenso a falhar nos exames, comparado a quem não bebia leite.

Pesquisadores na Universidade de Maine realizaram testes com mais de 900 homens e mulheres com idade entre 23 e 98 anos. Os exames incluíam visão espacial, exercícios de fala e memória. O estudo também acompanhou os hábitos de consumo de leite dos participantes. Nas séries de oito diferentes medidas de performance mental, independentemente da idade e através de todos os testes, os que beberam ao menos um copo de leite por dia tinham vantagem.

Os benefícios persistiram mesmo depois do controle de outros fatores que podem afetar a saúde do cérebro, incluindo a saúde cardiovascular, estilo de vida e dieta. Na verdade, quem bebia leite tendia a ter uma dieta mais saudável.

Além dos diversos benefícios, como o fortalecimento dos ossos e a saúde cardiovascular, o potencial de evitar o declínio mental pode representar um benefício a mais, com grande potencial de impacto sobre o envelhecimento da população. Enquanto mais estudos são necessários, os cientistas sugerem que alguns dos nutrientes do leite podem ter um efeito direto sobre a função do cérebro e que "mudanças de estilo de vida facilmente implementáveis que os indivíduos podem adotar apresenta uma oportunidade de retardar ou prevenir a disfunção neuropsicológica".

Os benefícios para o cérebro são apenas mais uma razão para começar o dia com leite com baixa quantidade ou sem gordura. As Diretrizes Dietéticas para os Americanos de 2010 recomendou três copos de leite com baixa ou sem gordura por dia para adultos.

A matéria é da Agência O Globo, resumida e adaptada pela Equipe MilkPoint.


Fonte: Milkpoint

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Por Duarte Vilela - Chefe Geral da Embrapa Gado de Leite

Seria ótimo se bastassem leis para criar uma realidade ideal. Não haveria crimes, exploração ou corrupção. Todos os conflitos da sociedade se resolveriam com a redação de portarias, instruções normativas, decretos... e o leite brasileiro passaria a ter qualidade de primeiro mundo a partir de janeiro deste ano. Ou ainda: pela IN 51 já teríamos leite com qualidade de primeiro mundo desde julho do ano passado, quando a Normativa foi adiada para o ano seguinte.

A substituição da IN 51 pela Instrução Normativa 62, publicada em 29 de dezembro de 2011 traz a cadeia produtiva do leite de volta à realidade e mostra o quão distante do ideal o setor se encontrava. Pela nova Normativa, o Brasil precisará de mais quatro anos para ter sua pecuária de leite respeitando os limites de 100 mil/ml para Contagem Total Bacteriana (CTB) e 400 mil/ml para Contagem de Células Somáticas. É lógico que estou generalizando. Há muitos produtores que já possuem tais índices e parece ter sido esse o gancho para a polêmica que nasceu do adiamento das exigências: quem trabalhou para se adequar à antiga IN 51 não desejava o retrocesso.

Algo que se esforça para traduzir a realidade são os números. Segundo dados do Laboratório de Qualidade do Leite da Embrapa – que analisa mensalmente amostras de aproximadamente 20 mil rebanhos – se a IN 51 entrasse de fato em vigor a partir de primeiro de janeiro deste ano, poucos rebanhos estariam de acordo com a Normativa. Próximos de 95% das análises realizadas no Laboratório para CTB estão acima de 100 mil/ml e 45% delas ficam acima de 400 mil/ml para CCS. Chamada à Câmara Setorial do Leite e Derivados para emitir seu parecer, a Embrapa Gado de Leite apenas ratificou o que qualquer jurista faria. Nenhuma lei pode se confrontar com números tão expressivos.

O parecer da Embrapa, que embasou a IN 62, propôs que as exigências se dessem progressivamente, ao longo dos próximos quatro anos, num processo permanente e sistêmico de avaliação de resultados, ajustes e revisão de metas. Entendemos os leitores que emitiram suas opiniões contrárias na mídia, mas ressalto que a melhoria do produto deve ser uma bandeira do setor. Não se trata aqui de uma competição onde os que alcançaram os índices se mantêm no jogo enquanto os demais são eliminados. A cadeia produtiva do leite deve utilizar os produtores que trabalharam para se adequar à antiga norma como referência para os demais, reconhecendo que estes se encontram quatro anos (ou mais) a frente do seu tempo (e a maioria sendo bonificado por esta vanguarda).

Às instituições do setor cabe garantir que o prazo estabelecido pela nova Normativa seja cumprido. A todos nós, deve ficar patente a lição de que obter leite com baixa CTB e CCS não é uma mera questão de tempo. Exige muito trabalho para capacitar o produtor. O salto qualitativo do setor só se dará com a capacitação. Esta é uma posição histórica defendida pela Embrapa Gado de Leite, mas que muito pouco tem avançado.

Ao final da década de 90, o Programa Nacional de Melhoria da Qualidade do Leite (que teve a participação da Embrapa) contemplava a ‘capacitação do produtor’, além da criação da RBQL (IN 37) e da própria IN 51. Enquanto as duas últimas caminharam, até hoje aguardamos ações concretas de capacitação. O que levou ao não desenvolvimento de tais ações? O custo financeiro de atender próximo de dois milhões de estabelecimentos leiteiros em todo o país, naquela época, talvez tenha desencorajado as instituições públicas e privadas ligadas ao setor. Ora, mas não se obtém qualidade sem investimento... O resultado desta inércia foi a publicação da nova Normativa.

Não somos a única instituição a tocar na tecla da capacitação dos produtores de leite. Várias instituições têm programas próprios: o SEBRAE em Minas, com o Educampo, o Senar – com um programa de treinamento de produtores – além de outras iniciativas da assistência técnica pública e privada como, o Minas Leite (MG), o Tanque Cheio (GO) e o Balde Cheio (Nacional), etc. Tais iniciativas contribuem para reverberar a filosofia de que a mudança de cultura do trabalhador rural se faz por meio da educação e do treinamento. No entanto, precisamos de mais energia nesta luta, buscando recursos e apoio. Acreditamos que o mais lógico é a união dos esforços em prol da mesma causa. Neste sentido, uma parceria do Sebrae, Senai e Embrapa Gado de Leite, com o apoio do MAPA, foi implantado recentemente o Programa Alimentos Seguros para a cadeia produtiva do leite (PAS Leite), que tenta mudar esta realidade, elevando a segurança e a melhoria da qualidade do leite em todos os elos da cadeia produtiva, através de Boas Práticas das Produção.

Mas enquanto isso não acontece com todos os produtores e em toda a cadeia, a Embrapa Gado de Leite e a Câmara Setorial do Leite compreenderam a necessidade de se repensar a cronologia da busca pela qualidade do leite no Brasil, permitindo que os elos da cadeia produtiva possam se articular, definir prioridades e estratégias e finalmente agir. No entanto, registro que a contribuição da Embrapa levada à Câmara (unanimemente acatada como uma decisão do colegiado e encaminhada ao SDA/MAPA, que a transformou na IN 62/2011) não se limitou apenas a obter mais prazos. Sugere ainda:

- Criar no âmbito da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA/MAPA), um Programa Nacional de Controle e Prevenção da Mastite, elaborado por um grupo de trabalho envolvendo instituições de pesquisa e ensino, empresas de lácteos, serviços de extensão e demais participantes da cadeia do leite. A Embrapa e parceiros têm um projeto pronto que pode atender a esta demanda.

- Garantir investimentos em infraestrutura de energia elétrica e estradas, condições básicas e prioritárias para que o leite, produzido com a qualidade higiênico-sanitária desejada, seja mantido durante o transporte para a indústria, e dentro da mesma.

- Propor programas de qualificação e capacitação dos técnicos da extensão rural e autônomos que atendem os produtores de leite. O PAS-Leite pode atender a esta demanda.

- Propor programas de capacitação para os produtores e transportadores de leite com foco em educação sanitária e qualidade do leite. O PAS-Leite pode atender a esta demanda.

- Incentivar as empresas de lácteos a adotar programas de pagamento de leite baseado em indicadores de qualidade pode ser uma das principais estratégias para melhoria da qualidade do leite.

- Melhorar o acesso ao crédito para financiamento da produção de leite.

- Realizar ações para sensibilizar o consumidor da importância da qualidade do leite. O consumidor pode ser um importante agente no processo de transformação da cadeia do leite. A Láctea Brasil tem um projeto que pode atender a esta demanda.

Não é demais lembrar que sem a adoção destas, entre outras medidas; sem um foco constante na capacitação do produtor; sem o comprometimento de toda a cadeia produtiva em unir esforços, corre-se o risco de em 2016 estarmos aqui discutindo a redação de uma nova Normativa, com toda a polêmica, constrangimento e fadiga que isso provoca e que desde hoje pode ser evitada.

Clique aqui para ler a nota técnica da Embrapa enviada à Câmara Setorial do Leite e derivados.


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Leite tipo B volta ao mercado por mais dois anos

A classificação do leite tipo B, suprimida no final de dezembro, voltará a ter validade no Brasil por mais dois anos, de acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). De acordo com a entidade, a Instrução Normativa (IN) 62, que regulamenta os padrões de qualidade do produto será reeditada. A decisão foi tomada nesta terça, dia 17, durante reunião entre representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e do setor lácteo, que pediram a revisãoda norma.

A IN 62 alterou a IN 51 e passou a vigorar em 1º de janeiro, estabelecendo um novo cronograma para os padrões de qualidade e extinguindo os regulamentos técnicos do leite tipo B e C, mantendo apenas os do leite tipo A e do leite cru refrigerando. Como houve maior rigor da legislação sobre os parâmetros, os valores da Contagem de Células Somáticas (CCS) e da Contagem Bacteriana Total (CBT) do produto cru refrigerado ficaram semelhantes aos que eram válidos para o leite tipo B na IN 51, o que motivou a exclusão.

o assessor técnico da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Bruno Lucchi, aponta que, apesar da baixa produção do tipo B, existe um mercado aquecido do produto em determinadas regiões do Brasil, como é o caso de São Paulo, que conta com cerca de dois mil produtores e 12 empresas que trabalham no setor. Em sua opinião, com o prazo de dois anos, o segmento poderá se adaptar às mudanças e pensar em um diferencial para o produto.

– A extinção abrupta do leite tipo B pela IN 62 poderia causar prejuízos econômicos a muitos produtores e indústrias. O prazo de dois anos para transição foi uma sábia decisão do Mapa – argumenta.

A IN 62 foi publicada no Diário Oficial da União em 30 de dezembro e define exigências como a Contagem de Células Somáticas (CCS) e a Contagem Bacteriana Total (CBT) para medir a qualidade do leite. Pela IN, os limites são de 600 mil células por mililitro de leite de CCS e 500 mil Unidades Formadoras de Colônia (UFC) por mililitro para CBT e já valem para os produtores das regiões Sul e Sudeste.

Para o Nordeste e o Norte, esses limites passam a valer em 2013. A instrução normativa prevê que, até 2016, esses índices deverão ser de 400 mil células somáticas por mililitro e 100 UFCs por mililitro para o Centro-Sul, enquanto Norte e Nordeste devem alcançar estas metas em 2017.

CONFEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO BRASIL

Fonte: Rural BR

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Universidade Estadual de Londrina (UEL) inaugura no dia 18 de janeiro de 2012, as 10 horas, no Centro de Ciências Agrárias, o Centro Mesorregional de Excelência em Tecnologia de Leite - Norte Central. O Centro vai abrigar a nova sede do Laboratório de Inspeção de Produtos de Origem Animal, que faz análises químicas, físico químicas e microbiológicas de leite e derivados.

A área de 462 m², também possui um auditório com capacidade para 64 pessoas, que será destinado para treinamentos, aulas e cursos para a graduação e a pós-graduação.

A obra custou R$ 748.900,00 e foi financiada com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (SETI) e Fundação Araucária.

Mais Informações

Centro Mesorregional de Excelência em Tecnologia do Leite - Norte Central
Coordenadora: Profa. Dra. Vanerli Beloti
Vice-coordenador: Prof. Dr. Ernst Eckehardt Muller
Departamento de Medicina Veterinária Preventiva
Laboratório de Inspeção de Produtos de Origem Animal
Caixa Postal 6001
CEP 86.051-990 - Londrina/PR
Telefone:             (43) 3371-4708      
Fax: (43) 3371-4485

FONTE

Universidade Estadual de Londrina
Agência UEL de Notícias
Fone:             (43) 3371-4361      
Fax: (43) 3328-4593
E-mail: agenciauel@uel.br


Agrosoft Brasil

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Abaixo a Instrução Normativa nº 62, publicada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que define os rumos da qualidade do leite nacional, em substituição a Instrução Normativa nº 51.

Instrução Normativa nº 62

Dois fóruns na RepiLeite estão discutindo este assunto:

Adoção dos novos parâmetros de qualidade do leite poderá ser adiada para 2016

Adiamento dos Parametros da IN 51

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Andres Peralta agradece al equipo tecnico pesquizadores de Embrapa gado leite y en especial a Willian Fernandes,por las buenas atenciones brindadas durante el curso internacional sobre produccion de leche en condiciones tropicales dictada en Juiz de Fora M G del 28/11 al 2/12/2011. Las informaciones recibidas son gran importancia para nuestro desempeño como veterinarios en el campo, con los productores de leche en la cooperativa Colonias Unidas de  Paraguay.

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Holanda possui produção de leite moderna e totalmente automatizada

12/12 
Sensores a laser identificam a posição das tetas para a retirada de leite. No Brasil, por enquanto, o investimento nessa tecnologia não é lucrativo.

Do Globo Rural


Na Holanda é possível ter uma ideia para onde se inclina o futuro da pecuária leiteira. Você pode imaginar um curral de leite totalmente automatizado, com robô até para limpar o estrume das vacas? Isso não é ficção, não. Também na Europa, a seleção genética com base no DNA já evoluiu do gado de corte para o gado de leite.

Os estábulos e currais cada vez mais vão ganhando acara de indústrias. Uma universidade pública holandesa recebe apoio da iniciativa privada para pesquisar o que há de mais avançado em manejo de gado leiteiro. É como um super curral, um super estábulo, que abriga 500 vacas. Tudo tem funcionamento automático, até a tirada do leite.

São cinco robôs operando simultaneamente. A máquina faz a lavagem e a assepsia do úbere e um feixe de raio laser varre a área para informar ao computador a posição certa de cada teta. O engenho sugador entra em ação e, rapidamente, é feita a ordenha. O sistema funciona dia e noite sem parar. A vaca frequenta o robô por vontade própria, na hora que bem entender.
Importante saber que embaixo do piso gretado é tudo oco. No subsolo há uma enorme caixa coletora de fezes e urina. Com seu bip discreto, um robô vai passando, varrendo para as gretas os dejetos sólidos. Deixa o caminho limpinho. Sabe por onde andar e se desviar dos obstáculos graças aos sensores que funcionam mesmo com a carcaça coberta de estrume. Aliás, os sensores formam a espinha dorsal da tecnologia aplicada aqui. As vacas têm sensores para várias finalidades informando por exemplo quanto estão dando de leite, quanto devem comer.

O gerente do super curral, o engenheiro Jan Blomert, diz que são cerca de 2.000 propriedades na Holanda que já estão trabalhando nesse sistema. Surpreendente por causa do preço. Na propriedade de dona Trinska Reistman, foram financiados dois robôs para atender a um rebanho de 180 cabeças. O investimento foi o equivalente a três milhões de reais. Contando as máquinas automáticas e o galpão, com caixa subterrânea e tudo.

“No curral velho me sentia uma escrava. Agora, finalmente, me sinto uma produtora de leite. É mais fácil, mais tranquilo. Eu sou viúva e dou conta de fazer praticamente tudo sozinha. Diminuiu bem a mão de obra e aumentou significativamente a produção: minhas vacas davam, em média, 25 litros por dia e, agora, estão na faixa dos 29”, comenta Trinska Reistman.

No curral modelo, o gerente Blomert explica que o aumento do rendimento se dá pela combinação de vários fatores: tem a genética, a eficiência do manejo e, muito importante, a conversão alimentar. A proposta não é tirar o máximo da vaca, como se faz, por exemplo, no sistema americano, mas buscar o equilíbrio entre rendimento e longevidade. Compare: no sistema de super esforço, a vida útil da vaca é de duas lactações. Nesse método chega a três lactações e meia.

“Estamos de olho é na saúde do animal. Se você tira tudo da vaca, você a expõe a um estresse elevado, abrindo portas pra doenças. Se nos contentamos com produção na faixa dos 30 litros, que é o caso daqui, fica mais confortável pra vaca e longevidade depende basicamente do bem estar”, explica Jan Blomert.

No Brasil
A Fazenda Frankanna é uma das campeãs nacionais em eficiência de produção. A média de produção está entre as mais altas do mundo: cerca de 42 litros por dia. Dez a mais que o curral modelo da Holanda. Aquela relação entre rendimento e longevidade é a mesma: vida útil de três lactações e meia. A tirada do leite acontece não duas, nem três, mas quatro vezes ao dia.

A sala de ordenha é equipada com o que tem de mais moderno no Brasil hoje. A fazenda, porém, não trabalha com robôs. Por enquanto, no Brasil, não se paga o investimento nessa tecnologia, como explica um dos donos, Richard Djikstra: “No futuro é muito provável que venhamos a usar esse tipo de equipamento. Há uma tendência no custo de mão de obra, que está se elevando ano após ano. Com um equipamento desses você acaba tendo uma eficiência técnica e um resultado que viabiliza o investimento”. Mais do que investir em equipamento, no entanto, o forte da fazenda está na genética do gado. Uma tradição que vem desde que a família comprou as primeiras glebas no Paraná.

Genética
O gado fino que veio na bagagem dos Djikstras trouxe grandes contribuições pra a formação da pecuária leiteira do Brasil, conforme analisa o agrônomo William Tabchoury, gerente de uma das maiores companhias de genética bovina do mundo.

“Os holandeses são pioneiros na identificação e registro de animais. A partir daí teve a possibilidade de se realizar melhoramento genético do rebanho. O Brasil hoje é o quinto maior produtor de leite do mundo e cerca de 80% a 90% do leite produzido tem alguma influência da raça holandesa”, explica o agrônomo.

William trabalha na CRV que há 15 anos comprou a antiga Lagoa da Serra, uma das primeiras no Brasil a trabalhar com inseminação artificial. A sede da companhia na Holanda é uma das líderes no comércio de sêmen. Propriedade de uma cooperativa de 35 mil fazendeiros holandeses e belgas, a CRV distribui por ano cerca de oito milhões de doses de sêmen para 70 países.

Entre os touros que mais doaram sêmen em sua vida, está o campeão Sunny Boy, que doou dois milhões de doses, o que deve dar 1,4 milhões de filhos espalhados pelo mundo. Tudo começou no fim do século 19, quando o proprietário do touro campeão saia tocando corneta pra vender coberturas. Depois, mas ainda antes da Segunda Guerra Mundial, veio o programa de inseminação: o inseminador volante saia de moto levando nas costas o material de aplicação.
Hoje em dia a coleta se profissionalizou e, além do sêmen convencional, é possível comprar o sêmen sexado, escolhendo se vai querer só macho ou só fêmea. Oferecem o embrião já pronto com todo o pacote de fertilização in vitro e o devido implante já incluídos. Na Europa, a alta genética trabalha com o DNA. Os laboratórios já estão preparados para, comercialmente, analisar o potencial celular de uma doação.

Alfred de Vris, engenheiro genético encarregado mundial do programa de melhoramento da CRV, e Gus Laeven, que foi diretor da companhia por mais de dez anos no Brasil, explicam que já ficou completamente no passado distante o tempo de se ver crescer o bezerro, testar o touro por gerações até se conseguir o perfil da progênie. O mesmo valendo para as vacas.

“Agora a nossa seleção passa a ser feita no microscópio. Com a tecnologia do DNA podemos antecipar que características o animal vai transmitir ao longo da vida. Analisando um punhado de células já podemos dizer se ali teremos um animal bom de carne ou uma boa matriz”, conta Alfred de Vris.

Evolução
Esse futuro já chegou à Fazenda Frankanna, de Carambeí, no Paraná. Das 500 matrizes da propriedade, 15 vacas já são filhas dos chamados touros genômicos. A renovação do plantel segue nessa linha mirando o objetivo de se alcançar, dentro de três a quatro anos, a média diária recorde de 45 litros de leite por cabeça. Evolução que, claro, não depende só da alta genética, mas também da alimentação e do manejo. Os mínimos detalhes são observados. Os funcionários da leiteria, por exemplo, trabalham com dois porta-lenços na cintura. A cada vaca que entra na ordenha, eles usam dois paninhos na limpeza dos úberes. Como são quatro tiradas de leite, esses paninhos são usados cerca de 4.000 vezes por dia. Para dar conta da lavagem e desinfecção, foi montada uma lavanderia dentro do estábulo.

O cuidado com a limpeza é um entre inúmeros itens que entram na formação do preço do leite. A Cooperativa Batavo acaba de inaugurar uma das mais modernas indústrias de lacticínios do mundo. É totalmente automatizada. O produtor recebe de acordo com oito critérios: começa com o teor de gordura do leite mais o teor de proteína e dos sólidos totais; contagem bacteriana e de células somáticas; o volume de produção; a capacidade de estocagem e até a facilidade de acesso do caminhão à propriedade.

Na festa dos 100 anos de imigração, os produtores foram incentivados a continuarem na busca da atualização tecnológica, fator de sobrevivência e de sucesso da região. Um êxito que, no entender do presidente da Cooperativa Batavo, Renato Greidanus, não é só dos holandeses, mas deve ser creditado também a outras colônias.

Como a simbolizar a diversidade das contribuições, a sinfônica que veio da Holanda celebrar a data fechou o concerto tocando Aquarela do Brasil.

G1 - Globo
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Estarei no CONNEPI

Dia 16 as 09:20 h estarei apresentando minha pesquisa intitulada:

MANEJO DE ORDENHA NO SETOR DE BOVINOCULTURA DO IFAL – CAMPUS SATUBA: AVALIAÇÃO DA PRODUÇÀO E QUALIDADE DO LEITE.


Depois disponibilizo os resultados.

Abraços!!

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Chat: Controle do carrapato dos bovinos

A RepiLeite realizou hoje (07/12) o primeiro chat da rede com o pesquisador da Embrapa Gado de Leite, John Furlong, sobre controle do carrapato dos bovinos. O bate papo começou às 10 horas da manhã.

O médico veterinário debateu vários assuntos, por exemplo, como fazer o teste de sensibilidade dos carrapatos, produtos homeopáticos, manejo rotacional, vacinas. Além disso, o médico parasitologista tirou dúvidas e disponibilizou links com conteúdo de aprofundamento no assunto para as pessoas interessadas na área. Segue abaixo o material.

Vídeo: https://repileite.ning.com/video/os-tres-passos-para-combater-o-inimigo-do-gado-e-do-produtor-o-ca

Publicações: http://www.cnpgl.embrapa.br/controle_carrapato.zip

9846956871?profile=original

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Cultivares de milho para silagem

Na safra 2010/2011 estão disponíveis no mercado brasileiro 469 cultivares de milho. Dessas, 166 são indicadas para produção de silagem da planta inteira.

 

Dado o grande número de opções, há necessidade de se conhecer o desempenho das cultivares disponíveis, nas condições ambientais das diferentes bacias leiteiras do Brasil, de forma a embasar o produtor em qual, ou quais cultivares utilizar.

 

No trabalho apresentado no link abaixo, Oliveira et al., 2011 avaliaram o desempenho produtivo e a qualidade da forragem de alguns genótipos de milho, em diferentes anos e locais das regiões Sul, Sudeste e Brasil-Central.

 

Considerando o critério adotado da superioridade em relação ao potencial de produção de leite, as cultivares com desempenho superior são:

 

1. Para a Região Sul: B761, 2B619 e MAXIMUS

2. Para a Região Sudeste: POINTER, 30F90, B551, MAXIMUS, ALFA 80S e 2B619.

3. Para a Região Brasil-Central: 30F90, AGN20A20, ALFA 90S, 30S40 e BM2202.

 

Obs.: Não há favorecimento nem discriminação de qualquer marca de sementes. Não somos, portanto, contra o uso de qualquer cultivar participante ou não dessas avaliações.

 

Citação: OLIVEIRA, JS; SOUZA SOBRINHO,F; BENITES, FRG; MACHADO, JC. Cultivares de Milho Para Silagem. Circular Técnica 103, Embrapa Gado de Leite, 2010. Disponível em: http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/883849/1/CT103.pdfAcesso em 27 de novembro de 2011.

 

 

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Bioenergia é prioridade da Embrapa

Texto muito interessante

Opinião

16/11/2011 - 07:09:28 - Versão para impressão

Bioenergia é prioridade da Embrapa


A lista de prioridades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para os próximos anos inclui estudos sobre a agricultura de baixo carbono, o aumento da produção de bioenergia e cultivos de precisão. Quem afirma é Mauricio Antônio Lopes, diretor-executivo de pesquisa e desenvolvimento da companhia.

Valor: No ramo do agronegócio, como está o Brasil no ranking mundial de empresas inovadoras?
Mauricio Antônio Lopes: O salto da nossa produção agropecuária não teve paralelo em nenhuma região do mundo. No início dos anos 1960, a produtividade média era de 783 quilos por hectare. Em 2010, tinha saltado para 3,1 mil quilos por hectare, incremento de 774%. Além das políticas macroeconômicas, setoriais e da organização dos segmentos agroindustrial e agroalimentar, o avanço tecnológico foi um fator essencial para o sucesso. A Embrapa e as instituições parceiras, o braço tecnológico do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), tiveram um papel decisivo nesse processo. A Embrapa tornou-se a principal instituição de ciência e tecnologia do mundo tropical, reconhecida no Brasil e no exterior.

Valor: Quais as áreas mais inovadoras do agronegócio no Brasil?
Lopes: Segmentos como o complexo soja, o sucroalcooleiro e de carnes foram capazes de incorporar inovações substanciais. As exportações do agronegócio em 2010 atingiram um recorde de US$ 76 bilhões, aumento de 18% em relação a 2009, e 3,8 vezes mais que as de 2000. Para chegar a isso, foram necessárias inovações na ciência do solo e da água, no melhoramento genético vegetal e animal, no controle biológico de pragas, sanidade animal, segurança biológica e mecanização de sistemas.

Valor: O que o agronegócio precisa, hoje, em termos de inovação?
Lopes: Os avanços alcançados, embora relevantes, dificilmente vão garantir a competitividade no futuro. Análises mostram que a nossa agricultura será desafiada por transformações substanciais nas próximas décadas. O Brasil precisará responder à necessidade de produzir volumes crescentes de alimentos e matérias-primas. O setor precisará de avanços em diversificação, agregação de valor, produtividade, segurança e qualidade, com velocidade e eficiência superiores às alcançadas no passado. E, para se garantir a sustentabilidade da agricultura frente às mudanças climáticas e à intensificação de estresses térmicos, hídricos e nutricionais, serão necessários avanços em conhecimento científico e tecnologias que racionalizem o uso dos recursos naturais.

Valor: Quais os principais projetos da Embrapa para 2012?
Lopes: Há prioridade para o desenvolvimento de tecnologias que contribuam para uma agricultura de baixo carbono. Estamos aprimorando modelos de predição de impactos das mudanças climáticas no setor. A agenda também prevê o uso da genômica para a seleção mais rápida em plantas e animais e o desenvolvimento de instrumentação que permita ampliar a precisão da agricultura. O aprimoramento dos sistemas de produção de culturas energéticas, e a busca de novas rotas tecnológicas baseadas em biomassa para a produção de bioenergia também são prioridades (Valor, 14/11/11)

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